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Universidade Federal de Campina Grande – UFCG

Centro de Ciências e Tecnologia – CCT


Unidade Acadêmica de Física – UAF
Física Experimental II
Campus Bodocongó – CEP: 58109-970

BALANÇA DE CORRENTE

Relatório Apresentado à
Disciplina de Física
Experimental II da Unidade
Acadêmica de Física do
CCT da UFCG como
requisito básico para
aprovação na citada
disciplina.

Autora:
Maria

Campina Grande – PB, 05 de Novembro de 2023


INTRODUÇÃO

A balança de corrente é um dispositivo que permite detectar e medir variações


nas forças às quais um condutor é submetido enquanto é percorrido por uma corrente
elétrica. Um imã permanente com o formato de ferradura suspenso por um eixo produz
um campo magnético em uma espira por onde passa uma corrente I. A interação entre a
corrente elétrica I e o campo magnético B (gerado pelo imã) no qual o condutor desta
corrente é imerso, resulta numa força dF, que neste caso, atua no trecho dL do condutor
e é dada por dF = I dL x B.
Essa força que aparece no condutor é capaz de desequilibrar a haste a qual o imã
está preso. O momento mecânico gerado por essa força pode ser compensado por um
momento oposto resultante de uma massa colocada na haste. Através desse fenômeno
podemos obter o campo magnético do imã utilizado.

OBJETIVOS

Análise da Força magnética de um campo magnético uniforme sobre um


segmento retilíneo de corrente.

MATERIAIS

 Balança;
 Blocos polares;
 Placas com espiras condutoras retangulares;
 Fonte;
 Amperímetro;
 Cabos;
 Teslômetro,

PROCEDIMENTOS E ANÁLISES

Fez-se as ligações conforme a figura abaixo.


Figura 01: Montagem balança de corrente

Foi pendurada a espira escolhida no braço da balança e a equilibrada de modo


que a seção horizontal do condutor ficasse perpendicular às linhas de campo – sendo a
seção horizontal do condutor ajustada, no CENTRO do campo uniforme (ajuste fino
com parafuso no tripé).
Ajustou-se a balança e mediu a massa inicial das espiras. A massa inicial m 0 das
espiras é determinada sem campo magnético. O campo magnético é então inserido, e a
massa m (aparentemente aumentada) é medida, a Força Magnética é igual à Força
obtida pela diferença entre as duas leituras de massas (m – m 0), que corresponde ao peso
necessário para equilibrar a força magnética provocada pela corrente I.

m0 = 40,18g

Em seguida, variou-se a corrente no condutor em intervalos de 0,5A, utilizando


o ajuste da fonte de corrente. Os valores obtidos foram anotados na tabela I.

Tabela I – L=100mm fixo e I variável


I (A) 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4
m1 (g) 40,67 41,4 41,58 42,07 42,53 43,08 43,44 43,99
M (g) 0,49 1,22 1,4 1,89 2,35 2,9 3,26 3,81
Fpeso 4,81 11,97 13,73 18,54 23,05 28,45 31,98 37,38

Posteriormente com a corrente fixada em I = 2,5 A, foi substituída os condutores


de corrente por outro e repetiu os procedimentos anteriores, anotando os valores de
m0(g) e m(g). Repetiu-se para os outros condutores de corrente. Anotou-se os dados na
tabela II.
Tabela II – I = 2,5A fixa e L variável
Comprimento da Espira Massa (m0)g Massa (m) g Diferença das massas (m-m0)g Fpeso (N)
12,5 mm 33,54 33,84 0,30 2,94
25 mm 32,62 33,19 0,57 5,59
50 mm 37,95 38,94 0,99 9,71
100 mm 40,18 42,07 1,89 18,54

Usando o teslômetro efetuou-se a medida do campo magnético no CENTRO da


abertura de 1 cm do imã permanente. Observou-se que antes de efetuar a medida o
teslômetro deveria ser “zerado” e colocado na posição de medição de campo contínuo,
isso se fez colocando a ponta de prova tangencial distante do campo de atuação do imã e
ajustando o cursor de zeramento. Anotou-se o valor de B (mT).
B = 85 mT

Utilizando os dados da Tabela I, traçamos o gráfico de Força(10-3) x Corrente.

Pela teoria temos que:

F = ILB (1)

Do gráfico obtemos:
-3
tg α = ΔF/ΔI = 9x1 (2)

Substituindo (2) em (1), temos:

ΔF/ΔI = LB

Na tabela 1 o comprimento da espira é fixo de L = 100mm => l = 100x10-3m.


Fazendo as manipulações necessárias,

B = (ΔF/ΔI)/L
9x10−3
B = 90x10-3 N/Am
100x10−3

B = 90mT

Daí, calculamos o erro percentual


𝑉te𝑜ri𝑐𝑜− 𝑉e𝑥𝑝
E= 𝑥100% => E =85−90 𝑥 100% = 5,88%
𝑉te𝑜ri𝑐𝑜 85

Utilizando os dados da Tabela II, traçamos o gráfico de Força x Comprimento

CONCLUSÃO

Ao calcularmos o erro percentual em relação ao valor teórico medido pelo


teslômetro, obtivemos um valor de 5,88%. Esse erro é relativamente pequeno, indicando
que o experimento foi realizado com precisão, considerando as limitações do
equipamento e os possíveis erros sistemáticos.
Os gráficos esperados para o experimento eram os da figura abaixo, comparando
com o que fizemos durante esse relatório, percebemos que os resultados foram
satisfeitos.
Portanto, concluímos que a balança de corrente é um método eficaz para
determinar o campo magnético em uma região onde uma corrente elétrica flui, e os
resultados obtidos foram consistentes com a teoria, evidenciando a relação entre a força
magnética e a corrente elétrica, bem como a influência do campo magnético.

REFERÊNCIAS

Laboratório de óptica eletricidade e magnetismo física experimental II / Pedro Luiz do


Nascimento... [et al.]. - Campina Grande: Maxgraf Editora, 2019. 280 p. : il. :color.

https://www.ifi.unicamp.br/~lunazzi/F530_F590_F690_F809_F895/F809/F809_sem1_2003/00
2907Danilo-Pedro_RFnaofezpdf08_2.pdf

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