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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE FÍSICA
ELETRICIDADE E MAGNETISMO II

PRÁTICA 05 – FORÇA MAGNÉTICA

BANCADA: Thales Paixão Rodrigues (511548), Sebastião Thiago Pontes Costa (484883), Gabriel
Gilberto Aguiar de Oliveira (496256), Jardel Felix de Oliveira (497140)
CURSO: FÍSICA-LICENCIATURA
TURMA: 01
PROFESSOR: NILDO LOIOLA DIAS

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2023.1

1. OBJETIVOS
- Verificar a direção e o sentido da força magnética em função da orientação da corrente elétrica
num condutor e da orientação do campo magnético.

- Medir a força magnética sobre um condutor (de comprimento fixo) em função da intensidade da
corrente elétrica.

- Medir a força magnética em função do comprimento do condutor para um valor constante da


intensidade da corrente elétrica.

2. MATERIAIS
- Balança;
- Fonte de Tensão (regulável de 0 ...32 V, 0...5 A);
- Espiras retangulares;
- Cabos;
- Base com haste;
- Imã com terminais;
- Conector distribuidor.
- Chave liga/desliga;
- Resistor de 10 Ω/20W;
- Ímã de neodímio em forma de paralelepípedo;
- Bússola;
- Suporte com barras condutoras paralelas e uma barra transversal móvel;

3. PROCEDIMENTOS

PROCEDIMENTO 1: Força magnética sobre um fio percorrido por uma corrente.

1.1 Montamos o circuito de alimentação como mostra a Figura 4. Conectamos uma chave
liga/desliga e em seguida a resistência de 10 Ω/20W para limitar a corrente elétrica. Este
conjunto foi ligado ao arranjo da Figura 5. A fonte foi ajustada para fornecer uma tensão
de 14 V quando a chave liga/desliga for acionada.

Figura 4 - Circuito de alimentação.

Fonte: o autor.

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1.2 Montamos o arranjo experimental como mostra a Figura 5. O ímã foi colocado com o
polo norte voltado para cima. O circuito de alimentação foi conectado de modo que a corrente
percorra o condutor móvel no sentido indicado (saindo do plano da folha de papel).
Pressionamos a chave liga/desliga por alguns segundos e verificamos para que lado a força
F atua sobre o condutor móvel.

Figura 5 - Arranjo experimental para a verificação da força magnética.

1.3 Verificamos a validade da regra da mão direita para o produto: F = iL x B.

1.4 Representamos na Figura 6 os vetores F, L e B de acordo com o experimento realizado.

1.5 Invertemos a polaridade das ligações do arranjo experimental da Figura 5; verificamos a


validade da regra da mão direita e representamos na Figura 6 os vetores F, L e B.

1.6 Invertemos a posição do ímã de modo que o polo sul fique voltado para cima. Ligamos os
terminais positivo e negativo do circuito de alimentação como indicado na Figura 5, verificamos a
validade da regra da mão direita e represente na Figura 7 os vetores F, L e B.

1.7 Invertemos a polaridade das ligações do arranjo experimental da Figura 5; verificamos a


validade da regra da mão direita e representamos na Figura 7 os vetores F, L e B.

1.8 Nas Figuras 6 e 7 a representação dos vetores: B, L e F foi feita como segue: o campo
magnético, B, gerado pelo ímã está representado pelas linhas verticais (o sentido está
indicado através de pequenas setas); a orientação do vetor, L, segue a orientação da corrente
elétrica, no condutor móvel (o sentido de L está representado por círculos com um ponto para
a corrente saindo do plano da figura e de círculos com um X para a corrente entrando no
plano da figura) e F, o vetor força magnética que está representado por vetores (setas) de
acordo com o deslocamento do condutor móvel observado em cada caso.

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Figura 6 - Representação dos vetores: B, L e F de acordo com os resultados experimentais.

Fonte: o autor.

Figura 7 - Representação dos vetores: B, L e F de acordo com os resultados experimentais.

Fonte: o autor.

PROCEDIMENTO 2: Representação do vetor força magnética sobre a espira.

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2.1 Montamos o experimento como ilustrado na Figura 8.

Figura 8 - Arranjo experimental.

Fonte:

2.2 Suspendemos na balança a espira de 50 mm de largura, conectamos os cabos flexíveis e ajustamos


a balança de modo que a mesma fique em equilíbrio na ausência de corrente elétrica. Os cabos
(vermelho e azul) foram conectados à fonte de modo que inicialmente o vetor L já representado na
Figura 9 esteja entrando no plano do papel.
2.3 Posicionamos o imã de modo que o polo norte, N (vermelho) fique à sua esquerda.
2.4 Certificamos de que o lado inferior da espira está bem centralizado entre os terminais do imã.
2.5 Aplicamos uma corrente de 3,0 A, observamos as orientações dos vetores B e L. Representamos
o vetor F na Figura 9 superior esquerda.
2.6 Invertemos o sentido do campo magnético, observamos e anotamos. Representamos o vetor F na
Figura 9 superior direita.
2.7 Invertemos o sentido da corrente elétrica, para isso desligamos a fonte, permutamos os cabos
entre os terminais (+) e (-), ligamos novamente a fonte. Observamos e anotamos. Representamos
vetores B, L e F na Figura 9 inferior esquerda.
2.8 Invertemos, novamente, o sentido do campo magnético, observamos e anotamos. Representamos
os vetores B, L e F na Figura 9 inferior direita.

Figura 9 - Figura com a representação dos vetores B, L e F. O sentido de B é sempre do polo Norte
para o polo sul. O vetor L, indicado por um (X) representa o mesmo entrando no plano do papel. Um
( . ) dentro do círculo representa o vetor L saindo do plano do papel. O vetor F atua sobre o segmento
vertical da espira, aqui representada pelos círculos. A figura deve ser completada pelo aluno segundo
o Procedimento 2.

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Fonte: o autor.

PROCEDIMENTO 3: Força magnética em função da corrente elétrica.

3.1 Meça a força necessária para equilibrar a balança na ausência de corrente elétrica, Fo.
3.2 Aplique as correntes indicadas na Tabela 1 e meça as forças correspondentes, F(gf). Anote nas
colunas indicadas por F(gf) as forças totais. Subtraia F-Fo (gf), de modo a obter somente a força
magnética em gf. Anote também na coluna indicada por F(mN), a força magnética correspondente
em mN.
OBS: A fonte usada nesta prática tem como limite máximo 5,0 A. Cuidado!

Tabela 1 - Força magnética em função da corrente para L = 50 mm.


Força Magnética
Força Total Força Magnética
(mN)
I(A) F (gf) [F - Fo] (gf) [F - Fo](gf) x 9,81
0 40,35 0 0
1 40,83 0,48 4,7088
1,5 40,93 0,58 5,6898
2 41,00 0,65 6,3765
2,5 41,24 0,89 8,7309
3 41,53 1,18 11,5758
3,5 41,69 1,34 13,1454
4 41,84 1,49 14,6169

3.3 Repita o procedimento anterior para a espira com L = 25 mm.

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Tabela 2 - Força magnética em função da corrente para L = 25 mm.
Força Magnética
Força Total Força Magnética
(mN)
I(A) F (gf) [F - Fo] (gf) [F - Fo](gf) x 9,81
0 34,04 0 0
1 34,15 0,11 1,0791
1,5 34,25 0,21 2,0601
2 34,35 0,31 3,0411
2,5 34,34 0,30 2,943
3 34,55 0,51 5,0031
3,5 34,66 0,62 6,0822
4 34,75 0,71 6,9651

PROCEDIMENTO 4: Força magnética em função do comprimento L.

4.1 Anotamos na Tabela 3 os resultados obtidos com as espiras com L = 50 mm e 25 mm.


4.2 Medimos a força magnética para a espira dupla de 50 mm quando 1 = 3,0 A e anotamos.
Consideramos a espira dupla de 50 mm equivalente a uma espira simples de lado 100mm.
4.3 Repetimos o procedimento anterior para a espira de 12,5 mm e anotamos.

Tabela 3 - Força magnética em função do comprimento para I = 3,0 A.


Força Magnética
Força Total Força Magnética
L (mm) I(A) (mN)
F (gf) [F - Fo] (gf) [F - Fo](gf) x 9,81
0 34,70 0 0
12,5
3 34,85 0,15 1,4715
0 34,21 0 0
25
3 34,86 0,65 6,3765
0 40,35 0 0
50
3 41,00 0,65 6,3765
100 0 42,45 0 0
=(2X50) 3 44,59 2,14 20,9934

4. QUESTIONÁRIO

1- Quais os vetores da Equação 1 que formam pares sempre ortogonais entre si? Quais os que não
precisam ser sempre ortogonais?

Conforme vimos nos procedimentos, os vetores B e L, sempre são ortogonais. Já B e F não


são necessariamente ortogonais

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2- Represente em um mesmo gráfico, F versus i, de acordo com as Tabelas 1 e 2.

3- Represente em um gráfico, F versus L para i = 3,0 A.

F x L (i = 3,0 A)
50
45
40
35
30
F (gf)

25
20
15
10
5
0
12.5 25 50 100
L (mm)

4- Se um elétron não sofre desvio ao atravessar em linha reta certa região do espaço, podemos
afirmar que não existe campo magnético nesse lugar?

Não necessariamente, pois se o vetor velocidade do eletron for paralelo as linhas de fluxoB
não haverá desvio.

5- Qual a intensidade do campo magnético entre os polos do imã em “U” usado nesta prática?

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6- A figura ao lado mostra uma espira retangular, parcialmente
imersa em um campo magnético B perpendicular ao plano da
figura e apontando para dentro da mesma. Indique se há força
magnética atuando nos ramos verticais da espira, e se houver como
estão orientadas. Indique também a orientação da força magnética
na parte horizontal inferior da espira.

Existe força magnética atuando nas verticais. O vetor F está na


vertical esquerda apontando para esquerda e na vertical da direita para o lado esquerdo.

5. CONCLUSÃO

Conclui-se que através deste experimento podemos identificar a existência de forças


magnéticas. Estas são um tipo de força entre dois objetos eletricamente carregados.

Concluímos também que o campo magnético pode ser gerado por uma corrente
elétrica e que todas as cargas elétricas em movimento produzem esse campo.

Além disso vimos que cargas pontuais em movimento produzem um campo


magnético complicado mas bem conhecido que depende da carga, velocidade, e
aceleração da partícula. Outro fato que comprovamos foi que se
um fio condutor retilíneo, assim como um fio, estiver sendo percorrido por uma
corrente elétrica em uma região onde há campo magnético externo, ele sofrerá a
ação de uma força magnética.

Todos os processos experimentalmente realizados obedecem aos


princípios apresentados teoricamente.

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