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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS FÍSICAS E MATEMÁTICA


DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

Disciplina: QMC5417 – Físico-Química Experimental B


Professor: Luiz Fernando Probst
Alunos: Ligia Souza1, Mariane Duarte2, Yonara Soares3
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ligiasoouza@gmail.com; duarte.nany@hotmail,com; yonarasoares@hotmail.com;

DETERMINAÇÃO DA CARGA ESPECÍFICA DO ELÉTRON

Palavras Chave: Carga/massa do elétron; campo elétrico; campo magnético.

Introdução

O objetivo do experimento é determinar a relação Carga/Massa do elétron


através de um campo magnético criado pelo campo elétrico. Neste experimento
os elétrons são acelerados dentro de um campo elétrico até que entrem em um
campo magnético com ângulos retos em relação à direção de deslocamento.
Sabendo-se que quando é aplicado um campo elétrico criamos um campo
magnético, torna-se possível, através leis básicas de eletricidade e
magnetismo, calcularmos a razão entre a carga e a massa das partículas no
feixe. O valor encontrado foi de 2,335x1011 ± 1,040x1011 C/kg, e o erro
experimental corresponde a 32,74%.

Resultados e Discussão

Ligou-se todo o sistema (Figura 1). Fixou-se o potencial em 111 V e


variou-se a corrente de 0,50 a 2,00 A, anotou-se os valores do diâmetro do
círculo formado pelo feixe de elétrons na bobina.
Novamente anotou-se os valores do diâmetro do circulo formado pelo
feixe de elétrons na bobina, porém agora, fixou-se a corrente em 2,00 A e
variou-se o potencial de 150 a 250V. Os dados obtidos encontram-se nas
Tabelas 1 e 2.

Figura 1. Esquematização do sistema utilizado.


Tabela 1: Dados obtidos com o potencial fixo em 111 V

Corrente (A) Diâmetro (cm) Raio (cm)


0,5 11,5 5,75
1,0 9,5 4,75
1,5 6,5 3,25
2,0 4,5 2,25

Tabela 2. Dados obtidos com a corrente fixa em 1,50 A:

Potencial (V) Diâmetro (cm) Raio (cm)


150 5,5 2,75
175 6,1 3,05
200 6,5 3,25
250 7,0 3,50

QUESTIONÁRIO
1. Apresente em forma de tabela os valores experimentais do diâmetro
e raio do círculo determinados em função da corrente da bobina e do
potencial, e o valor para a relação carga/massa do elétron.
As tabelas encontram-se na parte de RESULTADOS E DISCUSSÃO.
Para o cálculo do campo magnético foi utilizada a Eq. 1.

(Eq. 1)
Onde:
μ0 = 1,26 x 10-6 (V s/A m) R = raio da bobina (0,15 m)
n = número de voltas da bobina (130) I = corrente que passa
pela bobina
Para o cálculo da razão carga/massa do elétron utilizamos a Eq. 2.

(Eq. 2)
Onde:
U= potencial r= raio do círculo formado pelo feixe
de elétrons
Tabela 3. Dados obtidos para o Campo Magnético e a relação carga/elétron.
U (V) I (A) r (m) B x10-3 (Vs.m-2) eo/mo x1011 (C/kg)
111 0,5 0,0575 0,390 4,41
111 1,0 0,0475 0,781 1,61
111 1,5 0,0325 1,172 1,53
111 2,0 0,0225 1,562 1,79

2. A partir dos dados experimentais apresentados na tabela anterior,


determine o valor médio da relação carga/massa dos elétrons. Utilize
algarismos significativos e expresse o resultado indicando o erro
experimental (e/m= x ± y, onde x é o valor médio e y é o erro).

Tabela 4. Média e Desvio padrão


eo/mo x1011 (C/kg) (xi) Y = (xi-x)
4,41 2,075x1011
1,61 -7,25x1010
1,53 -8,05x1010
1,79 -5,45x1010
11 -1
x= 2,335x10 C.kg y= ±1,040x1011
3. Compare o valor calculado com o valor da literatura.

O valor encontrado na literatura é de 1,759x1011 C/kg. O valor


experimental encontrado foi de 2,335x1011 ± 1,040x1011 C/kg, o erro
experimental corresponde a 32,74%. O erro está associado com a dificuldade
de medir o diâmetro do circulo formado pelo feixe de elétrons na bobina.

4. Se o movimento do elétron for perpendicular às linhas de força,


demonstre que a equação (2) reduz-se à equação (3). Que
procedimento pode ser utilizado para verificarmos este efeito.
Quando o movimento de elétrons for perpendicular ás linhas de força
temos que θ=90º
F=e0.[v x B] (Eq. 2)
F=e0.v.B. sen θ
F=e0.v.B. sen 90°
F=e0.v.B. 1
F=e0.v.B (Eq. 3)
O feixe está para cima antes de ser torcido pela força do campo
magnético, quando se aplica uma corrente nas bobinas, o campo magnético
está para fora da direção das bobinas. Portanto, para verificarmos o feixe
perpendicular, as espirras devem estar desligadas, assim não tem um campo
magnético atuando sobre a partícula. Pois, quando ligadas elas criam uma
circunferência, ou seja, na vertical tem a componente velocidade e o campo
magnético formado por essas espiras esta na horizontal formando um ângulo
de 90°, isso faz com que apareça uma força atuando sobre a partícula fazendo
que apareça essa curvatura.
5. Em que condições experimentais não teríamos o movimento
resultante do elétron na forma de um círculo de raio r?

Se o bulbo de vidro for inclinado, os vetores do campo magnético


sofreriam uma alteração relativa à nova inclinação. Se tal inclinação for
perpendicular à posição inicial, ou seja, o bulbo de vidro ser inclinado 90 o, o
vetor campo magnético e o vetor velocidade estarão paralelos entre si e
portanto, o produto vetorial se torna nulo, não há mais uma força agindo sobre
o elétron e então o feixe de elétron não é mais defletido, ou seja, o círculo
desaparece.

6. O desvio do feixe de elétrons formando um círculo ocorre


predominantemente devido a força de Lorentz. Mostre
esquematicamente o sentido da força de Lorentz a partir dos
parâmetros experimentais.

Quando uma partícula move-se em um plano perpendicular ao campo


magnético, esta realizará um movimento circular uniforme. Igualando a força
centrípeta, envolvida no movimento circular, com a força magnética, temos
que:

de modo que o raio descrito pela partícula será:


Em um tubo de raios catódicos, dispositivo presente em muitos
monitores e televisores, a posição com que um feixe de elétrons atinge
uma tela revestida de fósforo, é controlada, via força de Lorentz, pelo
campo magnético existente na região entre placas cujos terminais se
faz passar uma corrente elétrica.

7. Experimentalmente seria possível avaliar se o sentido da força de


Lorentz que você esperava está correto?

Sim, seria!

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