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FISICA II
2º Semestre de 2010
1. Efeito fotoelétrico
2. Espectroscopia com rede de difração em gases elementares
3. Efeito Zeeman
4. Dependência da condutividade elétrica com a temperatura: cobre e
germânio
5. Efeito Hall em metais
Efeito Fotoelétrico
1. INTRODUÇÃO
Este experimento tem como objetivo investigar o efeito fotoelétrico e, como
consequência, verificar o caráter quântico da radiação eletromagnética e determinar o valor da
constante de Planck.
Este experimento é baseado no fato de que elétrons são emitidos por uma superfície de
um metal quando este é bombardeado por íons positivos. Em um experimento típico de efeito
fotoelétrico (ver figura 1), como o que você fará, é estabelecida uma diferença de potencial U
entre os eletrodos (catodo (C) e anodo (A)) que estão dentro de um detector de luz
(fotocélula), sendo o catodo iluminado com luz de freqüência f e intensidade I0. Ao iluminar-
se o catodo elétrons são arrancados e uma corrente elétrica i no circuito externo é observada.
energia cinética dos elétrons emitidos. No entanto os experimentos mostram que isso não
acontece.
Einstein, em um trabalho publicado em 1905, propôs uma teoria para explicar este
efeito. Baseou-se na hipótese de que a energia E da radiação eletromagnética da luz incidente
é quantizada, sendo a energia de cada “pacote” (quantum de energia ou fóton) dada por
E hf
onde h é a constante de Planck e f a freqüência da radiação. Assim, os elétrons do fotocatodo
só poderiam absorver energia correspondente a múltiplos inteiros deste valor.
Então, se um fóton de freqüência f atinge o catodo, transferindo sua energia para um
elétron, este poderá ser arrancado do fotocatodo se essa energia for maior do que a energia
que o elétron deve gastar para alcançar a superfície do fotocatodo mais a energia W (potencial
de freamento que é uma característica intrínseca de cada material usado na construção do
fotocatodo) necessária para superar as forças atrativas. Os elétrons que conseguem escapar do
fotocatodo possuem energia cinética dada por:
mv 2
hf W
2
onde v é a velocidade do elétron, m é a massa de repouso do elétron e h é a constante de
Planck a ser determinada.
Assim somente os elétrons que tiverem energia potencial elétrica (eU) igual a energia
cinética alcançarão o anodo, ou seja:
mv 2
eU
2
com e = 1,602x10-19As, a carga elementar do elétron. Um potencial φ adicional ocorre devido
a diferenças entre as superfícies dos eletrodos (anodo e catodo), ou seja:
mv 2
eU
2
Se assumirmos que W e φ são independentes da freqüência, então uma relação linear existe a
voltagem U (a ser medida) e freqüência da luz:
W h
U f
e e
Do experimento é construído um gráfico relacionando a diferença de potencial U medida com
a freqüência da luz incidente e a partir de uma regressão linear com a expressão acima
calcular constante de Planck, cujo valor na literatura é de:
6,62x10-34Js.
Para finalizar podemos destacar três pontos acerca da teoria do efeito fotoelétrico
proposta por Einstein:
A) A energia cinética de cada elétron não depende da intensidade da luz. Isto significa que
dobrando a intensidade da luz teremos mais elétrons ejetados, mas as velocidades não serão
modificadas.
B) Quando a energia cinética de um elétron for igual a zero significa que o elétron adquiriu
energia suficiente apenas para ser arrancado do metal.
C) A ausência de um lapso de tempo entre a incidência da radiação e a ejeção do fotoelétron.
2. OBJETIVOS
Este experimento como objetivos a medida da constante de Planck e a observação do
caráter quântico da radiação eletromagnética através do efeito fotoelétrico
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
O aparato experimental utilizado para medir a constante de Planck através do efeito
fotoelétrico é mostrado na figura 1 abaixo. Ele consiste de uma fonte de tensão para lâmpadas
espectrais, uma lâmpada de mercúrio de 80W, um trilho, um multímetro, filtros de cores com
suporte, uma lente com suporte, uma fenda de abertura ajustável, uma fotocélula, um
amplificador de sinal e uma rede de difração de 600 linhas/mm.
Primeiro verifique a tensão a ser utilizada pela fonte e pelo amplificador, ligue-os e
aguarde que a lâmpada de mercúrio atinja o regime de operação, isso ocorre quando ela emitir
COR (nm)
UV1 366
UV2 406
AZUL 435.8
VERDE 546.1
AMARELO 578
VERMELHO 620
4. BIBLIOGRAFIA
1. INTRODUÇÃO
Um anteparo dotado de várias fendas difratava a luz principalmente em algumas direções
específicas dadas pela equação da rede
d sen (1)
Esse tipo de anteparo é chamado de rede de difração e pode funcionar tanto por transmissão,
como por reflexão. Se a luz de um comprimento de onda λ atinge uma rede de constante d, ela
é difratada e máximos de intensidade são produzidos para ângulos de difração θ satisfazendo
a equação (1). Numa determinada ordem m cada comprimento de onda se difrata em um
ângulo diferente. Por isto diz-se que uma rede dispersa a luz e pode ser usada para analisar o
espectro de uma fonte de luz. O dispositivo que utiliza uma rede de difração para analisar o
espectro de uma fonte de luz chama-se espectrômetro de rede de difração. Pode-se calibrar
um espectrômetro com qualquer fonte de comprimento de onda conhecido para usá-lo na
análise química, na astronomia, no diagnóstico de plasmas e em muitos outros campos. Nesta
experiência vamos usá-lo para analisar as linhas dos espectros de emissão óptica do He e do
Na.
O espectro atômico dos elementos pode ser obtido estimulando uma amostra amostra
com calor ou com uma descarga elétrica. Nas lâmpadas espectrais o elemento no estado
gasoso, no interior de um tubo de vidro e sob baixa pressão, é submetido a uma descarga
elétrica. Elétrons são excitados para níveis de energia mais elevados (E1) no átomo e, ao
retornarem para o nível original (E0), emitem a diferença de energia como fótons de
freqüência , dada por
h E1 E0 (2)
ser descritos como sendo constituídos de um caroço de gás inerte mais um único elétron que
se move numa subcamada externa. Este elétron é dito opticamente ativo. Neste sentido, o
espectro do átomo de sódio é equivalente ao do hidrogênio, exceto pela carga central
“percebida” pelo elétron externo. Os dez elétrons externos produzem uma “blindagem” da
carga nuclear. Em primeira aproximação, o potencial resultante é dado por
e 2 Z (r )
V r (3)
4 0 r
Os níveis de energia são similares aos níveis do átomo de hidrogênio com uma redução da
degenerescência do momento angular
me4 1
En Z n2 2 (4)
8 0 h
2 2
n
Nesta aproximação não foi considerada a interação spin-órbita do elétron opticamente ativo.
Na verdade, as linhas do espectro óptico do sódio evidenciam um desdobramento de
estrutura fina, caracterizado pelo fato de que todos os níveis são duplos, exceto aqueles para
os quais ℓ=0. Isto é devido à interação spin-órbita, isto é, devido ao acoplamento entre o
momento de dipolo magnético do elétron e o campo magnético interno ao qual está submetido
por mover-se através do campo elétrico do átomo. Isto pode ser entendido considerando-se a
energia de interação
E
2
2 2
j j 1 1 ss 1 1 dV r (5)
4m c r dr
Para ℓ=0, a equação (5) mostra que a interação spin-órbita é nula. Para os demais valores de ℓ,
E apresenta dois valores diferentes, um positivo e outro negativo, dependendo se
j 1 / 2 ou j 1 / 2 . Assim, exceto para ℓ=0, cada nível de energia é separado em duas
componentes, uma de energia ligeiramente superior, quando os momentos angulares orbitais e
de spin são “paralelos”, e outra ligeiramente inferior, quando esses momentos angulares são
“antiparalelos”. A diferença de energia é o trabalho necessário para girar o momento de
dipolo magnético do elétron de uma orientação para outra no campo interno do átomo. No
caso do átomo de sódio, esta interação é mais evidente na divisão da transição 3P 3S (raia
amarela) em duas linhas, o chamado dubleto amarelo do átomo de sódio.
Nas Figuras 1 e 2 são mostrados os diagramas de níveis de energia dos átomos de sódio e
hélio. Para maiores detalhes sobre os níveis de energia e transições permitidas nestes dois
átomos consulte, por exemplo, as referências [1] e [2].
2. OBJETIVO
Medir os espectros de emissão dos átomos de He e Na, comparar estes resultados com os
correspondentes diagramas de níveis de energia, investigar o dubleto amarelo do sódio e
calcular a constante de uma rede de difração.
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
O aparato experimental a ser utilizado nesta experiência está ilustrado na Figura 3. O
procedimento experimental pode ser dividido em duas partes, como detalhado a seguir.
3.1. Espectro do Hélio e Cálculo da Constante da Rede de Difração
- Ligar a lâmpada de He (aguardar cerca de 5 minutos para que a condição adequada de
operação seja atingida);
- a mesa que sustenta a rede de difração deve estar em nível;
Figura 3 - Aparato experimental utilizado para medida dos espectros atômicos do hélio e do sódio.
- a altura da fenda deve ser regulada de modo a caber inteiramente na ocular (os ajustes de
largura e altura da fenda se encontram na extremidade do colimador);
- ajustar a fenda o mais estreita possível para melhor resolução (para facilitar os
procedimentos de ajuste manter a fenda, durante este estágio, um pouco mais aberta);
- ajustar o foco da imagem da fenda usando o parafuso do lado direito da luneta;
- a cruz da ocular é focada ajustando-se a posição da ocular, empurrando-a para frente ou para
trás;
- ajustar a altura da luneta, do colimador e a orientação da rede de difração, de maneira que ao
percorrer o espectro de difração do hélio, tanto à direita quanto à esquerda, não haja variações
nas alturas das raias interceptadas pela cruz da ocular;
- feitos os ajustes, fixar as posições relativas, deixando livre apenas a luneta;
- alinhar a luneta com o feixe direto (m=0) e anotar a posição angular (use o vernier);
- girar progressivamente a luneta e anotar as posições angulares das raias de primeira ordem,
tanto à direita quanto à esquerda (nos cálculos use a média aritmética destes valores);
Vermelho 667,8 nm
Amarelo 587,6 nm
Verde 501,6 nm
Verde-azulado 492,2 nm
Azul-esverdeado 471,3 nm
Azul 447,1 nm
4. DISCUSSÕES ADICIONAIS
1) Explique como funciona o processo de emissão de luz em uma lâmpada espectral.
2) Explique detalhadamente por que os espectros de emissão das lâmpadas espectrais são
compostos por raias discretas ao invés de um contínuo.
3) Costuma-se dizer que os átomos de Na e He possuem respectivamente 1 e 2 elétrons
oticamente ativos. Explique o que significa essa afirmação.
5. BIBLIOGRAFIA
[1] R. Eisberg, R. Resnick: Física Quântica. Editora Campus, Rio de Janeiro, Brasil, 1988.
[2] A.C. Melissinos: Experiments in Modern Physics. Academic Press, Boston, USA, 1966.
[3] Laboratory Experiments in Physics, 5.1.10, Phywe Systeme GmbH, Göttingen, 1999.
[4] http://www.cce.ufes.br/jair/
EFEITO ZEEMAN
1. Introdução
Este experimento trata da observação do desdobramento da linha espectral vermelha
do átomo de cádmio sob a ação de um campo magnético com o objetivo de se determinar o
valor do magneton de Bohr.
O Efeito Zeeman1 pode ser classificado como Normal, ou seja, aquele pelo qual o
desdobramento de uma raia espectral acontece de duas maneiras: (a) se a observação se fizer
ao longo de uma direção paralela ao vetor de indução magnética B, então a raia espectral
original do espectro desdobrar-se-á em duas raias e (b) Se a observação for feita em uma
direção perpendicular ao vetor B, a raia original desdobrar-se-á em três raias. Ou pode ser
ainda classificado como Anômalo onde uma raia espectroscópica (situada na região do visível
do espectro óptico) é desdobrada em 2j + 1 raias diferentes, onde j é a projeção do vetor
momento angular qüântico sobre o eixo de quantização.
O efeito Zeeman envolve, então, a interação entre o momento de dipolo magnético
atômico e um campo magnético externo B , levando ao desdobramento dos níveis de
energia devido ao levantamento da degenerescência espacial.
No caso de um átomo obedecendo ao acoplamento LS (ou de Russel-Saunders), o
desdobramento depende do momento angular total (caracterizado pelos números quânticos j’
e m’j), do momento angular orbital total (caracterizado pelos números quânticos l’ e m’l) e do
momento angular de spin total (caracterizado pelos números quânticos s’ e m’s), sendo todos
referentes aos elétrons da(s) camada(s) incompleta(s).
Na situação em que o campo magnético não tem intensidade suficiente para perturbar
significativamente o acoplamento LS (condição de campo fraco), a energia potencial de
orientação será dada pela expressão:
E B B Bgmj , (1)
e
B (2)
2m
j ( j 1) s ( s 1) l (l 1)
g 1 , (3)
2 j ( j 1)
Como resultado, cada nível com número quântico j’ será desdobrado em 2j’+1
subníveis na presença do campo magnético. Assim, serão observadas várias linhas espectrais
desdobradas com aplicação do campo magnético, sendo a quantidade de componentes do
multipleto dependente dos valores de j’ para os níveis envolvidos nas transições.
Quando os dois níveis envolvidos em uma dada transição são ambos estados de
singleto (s’ = 0), os desdobramentos passam a depender apenas de l’. Cada nível é então
desdobrado em 2l’+1 subníveis na presença co campo magnético, sendo essa situação
conhecida como Efeito Zeeman Normal. (O caso em que s’ 0 recebe a denominação de
Efeito Zeeman Anômalo).
No caso do efeito Zeeman normal, a energia orientacional fica então dada por:
E B B Bml , (4)
Transições através de radiação de dipolo elétrico entre esses níveis são permitidas de acordo
com as regras de seleção:
ml 0 ou 1 (5)
Como conseqüência, observa-se sempre o desdobramento de cada linha espectral em um
tripleto, sendo uma componente central com mesma freqüência da linha original (m’l = 0),
uma com freqüência mais alta (m’l = –1) e a outra com freqüência mais baixa (m’l = +1).
A situação investigada nesta experiência corresponde à transição 6 1D2 5 1P1 (em
notação espectroscópica) do elemento Cd. Ambos os estados possuem s’ = 0 (estados de
singleto) e, portanto, trata-se de efeito Zeeman normal. Os desdobramentos nos níveis de
energia assim como as transições permitidas encontram-se ilustrados na figura 1(a).
(a) (b)
Figura 1: (a) Efeito da aplicação de um campo magnético sobre a transição 1D2 1P1 do
elemento Cd. (b) Estado de polarização das componentes desdobradas pelo efeito Zeeman
quando observadas nas direções paralela e perpendicular ao campo aplicado.
2t cos n , (6)
onde n é um número inteiro e assumiu-se o índice de refração igual a 1 na região entre as
placas.
(a) (b)
2(n 0 n)
n , (7)
n0
onde n é um inteiro (para um anel brilhante) e n0 = 2t/ é um parâmetro (em geral não inteiro)
que indica a condição de interferência no centro da figura ( = 0).
O raio do p-ésimo anel brilhante pode então ser escrito como:
2f 2
rp ( p 1) , (8)
n0
onde f é a distância focal da lente usada para focalização (L2) e é um parâmetro fracional
(0 < < 1) que indica o quanto n0 difere de um inteiro, ou seja, n0 = n1 + , sendo n1 a ordem
de interferência do primeiro anel brilhante (contado a partir do centro).
A partir da Eq. 8 pode-se então obter a seguinte relação entre os raios de anéis
sucessivos:
2f 2
r p21 r p2 (9)
n0
Considerando agora a existência de duas componentes espectrais desdobradas com
comprimentos de onda a e b muito próximos (como ocorre no caso do efeito Zeeman
estudado), a diferença q entre os números de onda a-1 e b-1 será dada por:
1 rp 1,a
2
1 1 rp21,b
2 2 (10)
a b 2t rp 1,a rp,a
2
rp 1,b rp,b
2
Assim, pode-se calcular os valores médios das quantidades acima para vários anéis e
utilizar esses valores médios e para obter, a partir da Eq. 9:
1
(13)
2t
Essa expressão fornece finalmente o desdobramento Zeeman (em termos de números de onda)
a partir de parâmetros que podem ser medidos em laboratório (raios dos anéis) e o resultado
pode ser então comparado com as previsões teóricas através da expressão:
2B B hc , (14)
2. Objetivos
Este experimento tem como objetivos principais determinar o valor do magneton de
Bohr através de medidas do desdobramento das linhas espectrais vermelhas de uma lâmpada
de cádmio em função do campo magnético aplicado.
3. Procedimento experimental
O aparato experimental utilizado é mostrado na figura 3 abaixo, consiste de uma fonte
de corrente contínua, um eletroímã, um multímetro, uma lâmpada de cádmio, um teslâmetro,
lentes, polarizadores, um capacitor eletrolítico, interferômetro de Fabry-Perot e uma tela com
escala micrométrica.
O eletromagneto é colocado numa mesa giratória, sendo que o gap entre as peças
polares deve ser de 9 mm para permitir-se o encaixe da lâmpada de Cd. As peças polares
devem estar bem fixadas de tal forma que elas não se movam durante a realização do
experimento. A lâmpada de cádmio é inserida no gap sem tocar as peças polares e conectada a
fonte de tensão para lâmpadas espectrais. As bobinas do eletromagneto são conectadas a fonte
de tensão variável para até 20 V DC, 12 A. Um capacitor de 22.000 μF é ligado em paralelo na
saída da fonte de tensão para atenuar flutuações na tensão DC fornecida.
Figura 4. Disposição dos componentes óticos do experimento, com posições típicas sobre o
trilho (em cm)
O eletroímã já se encontra previamente calibrado e a curva de calibração é dada por:
entre essas duas posições (em mm) dividido por dois fornece o raio dessa componente,
denominado r4,b (quarto anel, componente espectral “b”).
Repita o procedimento para o anel interno no mesmo quarto conjunto obtendo,
portanto o raio r4,a (quarto anel, componente espectral “a”). Meça sucessivamente os raios de
todos os outros conjuntos mais internos (r3,b, r3,a, etc) utilizando o mesmo método. Varie
agora a corrente no eletroímã entre 1 e 5 A,sendo este último valor somente por alguns
instantes, e repita as medidas dos raios ria e rib sendo i = 1, 2 , 3 , 4 o número do anel.
Para cada conjunto de raios e para cada corrente, deve-se montar uma tabela como a
mostrada abaixo:
Componente Número do Anel
1 2 3 4
a 2
r1,a a2,1 r22,a a3,2 2
r3,a a4,3 r42,a
p 1,p
onde a,b e a,b
p
podem ser obtidos através das equações:
1 2
a
4 p 1
2 p,2 p 1
b2 p,2 p 1
e
1 4 p
a,b
4 p 1
Monte agora uma segunda tabela com os valores da corrente, e seu respectivo campo
magnético que pode ser calculado através da equação: B(mT) = 159,1i + 14,1i2 – 2,7i3, e com
os valores de calculados a partir dos resultados da primeira tabela e da equação (13).
Faça um gráfico de em função de B, e faça um fitting (regressão linear) e através do
2
coeficiente angular encontre o valor do magneton de Bohr B . A literatura fornece um valor
J
de B 9,273x10 24 .
T
4. Bibliografia
1997.
1. R. Eisberg, R. Resnick, Física Quântica, Ed. Campus, Rio de Janeiro, 1979.
1. F. A. Jenkins, H. White, Fundamentals of Optics, McGraw Hill, USA, 1976.
1. Laboratory Experiments in Physics, 5.1.10, Phywe Systeme GmbH, Göttingen, 1999.
1. C. Cohen-Tannoudji, B. Diu, F. Laloë, Quantum Mechanics, John Wiley & Sons,
USA, 1977
1. http://www.cce.ufes.br/jair/web/lem2.htm
ne 2
, (1)
m
onde e e m são respectivamente a carga e a massa do elétron e é um parâmetro denominado
tempo médio de colisão, o qual é característico de cada material e depende fundamentalmente
da temperatura e da presença de defeitos e impurezas.
A variação com a temperatura da resistividade elétrica () de metais (igual ao inverso
da condutividade elétrica) é usualmente descrita pela seguinte expressão de origem empírica:
0 1 T T0 , (2)
2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
O que fazer: (a) medir a resistência elétrica de uma amostra de cobre e outra de Ge
(puro) em função da temperatura; (b) a partir da variação da condutividade elétrica do Ge
com a temperatura determinar o gap de energia do Ge; (c) a partir da variação da resistência
elétrica do Cu com a temperatura determinar o coeficiente de temperatura da resistividade do
Cu, seguindo as instruções abaixo.
O arranjo experimental para esta etapa encontra-se esquematizado na Fig. 1 e as
conexões elétricas estão mostradas na Fig. 2.
3. ALGUMAS PERGUNTAS
1) Apresente claramente os conceitos de velocidade de deriva, livre caminho médio e
tempo médio de colisão para elétrons livres em metais e deduza a Eq. 1.
4. BIBLIOGRAFIA
1. D. Halliday, R. Resnick, J. Walker, Fundamentos de Física, Vols. 3 e 4, LTC, 4a ed.,
Rio de Janeiro, 1993.
2. R. Eisberg, R. Resnick, Física Quântica, Ed. Campus, Rio de Janeiro, 1979.
3. Laboratory Experiments in Physics, 5.3.04, Phywe Systeme GmbH, Göttingen, 1999.
4. Sérgio M. Rezende, A Física dos Materiais e Dispositivos Eletrônicos. Ed.
Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 1996.
5. A.C. Melissinos: Experiments in Modern Physics. Academic Press, Boston, USA,
1966.
6. P.A. Tipler, R.A. Llewellyn, Fisica Moderna, 3a Edição, LTC, Rio de Janeiro, 2001.
7. http://www.cce.ufes.br/jair/web/rot_efhall_novo.pdf
1. INTRODUÇÃO
Neste experimento investigaremos o efeito Hall em função do campo magnético
aplicado em metais. A magnitude do coeficiente Hall será obtida experimentalmente e
comparada com valores esperados.
Consideremos um condutor na forma de uma barra de seção retangular conduzindo
uma corrente elétrica I. Apliquemos um campo de indução magnética B perpendicular à
densidade de corrente J conforme o desenho a seguir. Os portadores de carga q que estão em
movimento com uma velocidade de arraste v estarão sob efeito de uma força magnética que
os deslocarão para a lateral do condutor, aumentando a concentração desses portadores nessa
região. Essa maior concentração de cargas na lateral dá origem a um campo elétrico lateral
conhecido como campo Hall ou EH . Esse campo pode ser detectado pela medida da diferença
de potencial que aparece entre as faces laterais do condutor, chamada de tensão Hall ou VH .
Os portadores de carga não podem sair pela lateral do condutor. Portanto, na situação de
equilíbrio, o campo Hall exerce uma força nos portadores de carga em movimento no sentido
oposto à força magnética.
EH v B
ou
1
E J B R H J B
nq
onde RH é definida como a constante Hall do material. A constante Hall pode ser determinada
a partir das medidas da tensão Hall e da corrente que passa pelo semicondutor, sendo
conhecida a espessura da barra e o valor da indução magnética pois,
VH I V
EH e J RH H
b bd IB
A mobilidade, μ, dos portadores de carga é definida como a constante de
proporcionalidade entre a velocidade de arraste dos portadores e o campo elétrico que os
coloca em movimento, campo esse resultante da aplicação de uma diferença de potencial V
entre os extremos da barra ao longo da dimensão a.
J
v E E
nq
mas
I V 1 V d I VH d V
J , E , RH H
bd a aq IB bd IB a
Vemos portanto que a mobilidade pode ser determinada pelas medidas das tensões, da
indução magnética, do comprimento e largura da barra semicondutora. Ou seja a tensão Hall
fornece uma medida direta da mobilidade.
aVH
bVB
Sendo fácil, portanto, verificar que a mobilidade está relacionada com a condutividade, σ,
através da constante Hall, μ = RH σ pois,
1
J E e J E
RH
2. OBJETIVOS
Laboratório de Física Moderna II - Instituto de Física – UFG
Efeito Hall em Metais 26
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
A figura 1 mostra o arranjo experimental para as medidas da voltagem Hall, as
conexões elétricas estão mostradas na figura 2. Mantenha inicialmente a fonte de tensão
desligada e, como todos os procedimentos a seguir serão efetuados à temperatura ambiente.
Figura 1. Arranjo experimental para realização das medidas envolvendo efeito Hall.
Figura 2. Conexões elétricas para realização das medidas envolvendo efeito Hall.
b) Com cuidado, afaste as peças polares do eletroímã para evitar campos residuais
devidos à remanência dessas peças, mantendo as bobinas do eletroímã sem corrente
(desconecte um dos cabos da fonte de corrente). Introduza a placa contendo a amostra de
metal cuidadosamente entre as peças polares do eletroímã inicialmente sem campo aplicado.
e) ajuste a voltagem Hall no multímetro 2 para 1 Volt, com a ajuda de uma chave de
fenda e do potenciômetro na parte de trás da placa,
g) reajuste a voltagem Hall para um volt, repita esta operação 3 ou 4 vezes até se obter
um ajuste preciso.
h) ligue o(s) cabo(s) amarelo(s) na fonte de corrente DC, e ajuste a corrente transversal
para o valore máximo ~ 9 A.
Usando a chave liga-desliga meça a voltagem Hall com o campo B ligado e também
com ele desligado. A diferença entre os dois valores multiplicado por 105 (ganho do
amplificador) é a voltagem Hall UH a ser determinada.
Em seguida ajuste a corrente transversal para o seu valor máximo e varie a intensidade
do campo magnético de 450 mT a 450 mT de 50 em 50 mT, anotando os valores de
voltagem com campo e sem campo magnético.
B = 450 mT
I=9A
1. BIBLIOGRAFIA