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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA – CCT


UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA – UAF
DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE ÓPTICA, ELETRCIDADE E
MAGNETISMO

BALANÇA DE CORRENTE

Autor: Gabriel Nazario Gonçalves (*)

Matrícula: 121110419

Curso: Engenharia Elétrica Turma: 06

Professor: Pedro Luiz do Nascimento

*gabriel.goncalves@estudante.ufcg.edu.br

CAMPINA GRANDE – PB

2022
Índice
1. Introdução ..................................................................................................................5
1.1 Objetivo geral ......................................................................................................6
2. Material utilizado........................................................................................................6
3. Procedimento experimental.........................................................................................6
4. Dados coletados ...........................................................................................................7
5. Conclusão....................................................................................................................9
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1. Introdução
Quando um pedaço de fio reto e muito longo conduz uma corrente elétrica i um campo
de indução magnética B aparece ao seu redor. Para pontos próximos ao fio, as linhas de
força, ou mesmo as linhas de campo, são círculos concêntricos ao fio. É possível descobrir
o sentido convencional desse campo com a regra da mão direita, onde o dedo polegar
aponta no sentido da corrente e os demais dedos apontam no sentido do campo. A figura
1 é uma representação da regra da mão direita citada.

Figura 1 - Regra da mão direita

Quando um portador de carga elétrica q em movimento com uma velocidade v penetra


uma região do espaço onde existe um campo elétrico E e um campo de indução magnética
B, ele fica submetido a uma força F conhecida por força de Lorentz dada por:
B = q(E+v× B).
Na ausência do campo elétrico, resta apenas a força magnética
Fm = q vx B.
O vetor Fm é perpendicular ao plano dado pelos vetores v e B. A velocidade das cargas
transportadas é medida através da corrente elétrica IL. A carga total de elétrons na seção
do circuito condutor de comprimento L deve ser formulada da seguinte maneira: como
qv=IL tem-se que
Fm = IL.L.B.
As linhas de campo são perpendiculares ao movimento dos elétrons (v perpendicular
a B).
Com isso é possível perceber que com um dispositivo comum, como um ímã, pode-se
produzir um campo magnético aproximadamente constante numa dada região e ainda
verificar as forças que agem em um fio ou em uma espira com corrente.
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1.1 Objetivo geral


O presente experimento tem como principal objetivo analisar as forças magnéticas
numa espira com corrente submetida a um campo magnético constante e uniforme, e
calcular o valor deste campo magnético.
Objetiva-se também apresentar como funciona a balança de corrente como um método
de calcular a força magnética a partir da variação da força peso sobre um corpo uma vez
que este fica submetido à uma passagem de corrente e à presença de um campo
magnético.

2. Material utilizado
Balança; Blocos polares; Placas com espiras condutoras retangulares; Fonte;
Amperímetro; Cabos; Teslômetro.

3. Procedimento experimental
Inicialmente montou-se o experimento segundo a figura 2, com uma fonte fornecendo
a corrente que circula pela espira, a qual está presa a balança suspensa em um suporte, e
logo abaixo da espira-se posiciona-se um imã convencional com dois polos a medida que
se tenha necessidade de acordo com os procedimentos experimentais de medidas.

Figura 2 - Montagem do experimento

Para a primeira parte do experimento a espira (L=50mm) foi pendurada no braço da


balança e a equilibrada de modo que a seção horizontal do condutor ficasse perpendicular
às linhas de campo.
A balança foi ajustada e mediu-se a massa inicial da espira (m). Esta é a massa medida
quando é campo magnético é nulo (ou seja, sem a presença do imã).
Em seguida, a corrente no condutor é variada em intervalos de 0,5A, utilizando o ajuste
da fonte de corrente. Mediu-se então as massas conforme a corrente ia variando. Os
resultados obtidos foram anotados na tabela I.
A massa inicial m0 das espiras é determinada sem campo magnético. O campo
magnético é então inserido, e a massa m (aparentemente aumentada) é medida, a Força
Magnética é igual à Força obtida pela diferença entre as duas leituras de massas (m – m0),
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que corresponde ao peso necessário para equilibrar a força magnética provocada pela
corrente I. Dados na Tabela I.
mo = 38.12g. l fixo de l = 100mm
Aceleração da gravidade g= 9,81m/s2
Logo após, com a corrente fixada em I = 2,0 A, foram substituídos os condutores de
corrente por outro e anotando os valores de mo (g) e m (g). Dados na Tabela II.
Usando o teslômetro efetue a medida do campo magnético no CENTRO da abertura
de 1 cm do imã permanente. Observe que antes de efetuar a medida o teslômetro deve
ser “zerado” e colocado na posição de medição de campo contínuo, isso se faz
colocando a ponta de prova tangencial distante do campo de atuação do imã e ajustando
o cursor de zeramento.

4. Dados coletados
Tabela I
I (A) 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0
mo (g) 38,12 38,12 38,12 38,12 38,12 38,12 38,12 38,12
m1 (g) 38,55 38,95 39,41 39,82 40,22 40,70 41,07 41,72
M=(m1 - mo)g 0,43 0,83 1,29 1,7 2,1 2,58 2,95 3,6
P = Mxg (mN) 4,22 8,14 12,65 16,68 20,60 25,31 28,94 35,32

Tabela II
Comprimento da Massa Massa Massa diferença Fpeso
Espira (mo)g (mi)g (M) (N)
12,5 mm 32,34 32,56 0,22 2,16
25 mm 31,26 31,74 0,48 4,71
50 mm 36,59 37,46 0,87 8,53
100 mm 38,12 40,22 2,1 20,60

B = 85mT.
Com os valores medidos foi possível notar que a força magnética se dá para baixo
quando a corrente também está para baixo, sendo os valores positivos.
Gráfico em FxI
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Gráfico em FxL

A partir do gráfico de F x I, foi possível obter o valor do campo magnético B. O


produto L.B (onde L é o comprimento horizontal do condutor) é igual à inclinação da
reta.
Fm = IL.L.B.
L.B = 8,48
B = 8,48/100 = 0,0848 = 84,8 mT
Assim, temos o desvio percentual, utilizando o valor do Teslômetro medido de 85mT,
de 0,23%
A partir do gráfico de F x L, foi possível obter o valor do campo magnético B. O
produto IL.B (onde IL é a corrente na espira) é igual à inclinação da reta.
IL.B = 0,198
B = 0,198/2,5 = 0,0792 = 79,2mT
Assim, temos o desvio percentual, utilizando o valor do Teslômetro medido de 85mT,
de 6,82%
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5. Conclusão
A partir do presente experimento foi possível observar como medir uma força
magnética e um campo magnético conhecendo apenas a força peso obtida
experimentalmente e a corrente e o comprimento das espiras manipulados e controlados
durante o experimento. Essa é uma maneira relativamente eficaz e prática de poder medir
e analisar as grandezas magnéticas que muitas vezes são mais difíceis de compreender
por serem mais difíceis de visualizar.
Os erros obtidos não foram tão grandes observando pela perspectiva de que esta
experiência é muito susceptível a influências externas e erros de leitura e observação,
visto que a balança é extremamente sensível a fatores como o vento, impactos na bancada
e outras possíveis interferências. Sendo assim, conclui-se que o experimento cumpriu o
seu objetivo de analisar as forças magnéticas e os campos magnéticos obtidos pela
presença do imã e da corrente elétrica, bem como de poder compreender melhor o sentido
e a posição dessas grandezas nas espiras e poder comparar os valores obtidos
experimentalmente com os valores teóricos já vistos.
É importante observar que o campo magnético não é na realidade constante, mas que
esta suposição é apenas uma aproximação para facilitar a compreensão dos cálculos e do
experimento. Além disso, campos magnéticos externos podem ter influenciado no
experimento assim como imprecisões nas medidas das massas.

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