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Introdução:
A Força magnética é uma espécie de força que age entre materiais ferromagnéticos,
cuja atuação independe desses materiais estarem ou não em contato, tal como a força
gravitacional. Podendo ser de atração ou repulsão.
A região do espaço na qual um determinado corpo fica sujeito a ação de forças de
origem magnética, chamamos de Campo Magnético. Tal campo sempre possui tanto uma
direção quanto uma magnitude, sendo portanto um campo vetorial.
O ímã cria o campo magnético, da mesma forma como é a carga elétrica e a massa
que, respectivamente, criam os campos elétrico e gravitacional. A força do ímã é representada
pelo seu momento magnético, m; para magnetos simples, m aponta na direção de uma linha
desenhada do polo sul ao polo norte do magneto.
Figura 2 - Diagrama do Efeito Hall. (1-Elétrons; 2-Sensor Hall; 3-Imãs; 4-Campo Magnético;
5-Fonte)²
A figura 2 ilustra o efeito Hall. No primeiro quadro, o sensor Hall recebe uma carga
negativa na extremidade superior (azul), e uma positiva na extremidade inferior (vermelha).
Nos dois quadros seguintes, tanto a corrente elétrica ou o campo magnético são revertidos,
causando a polarização reversa. Invertendo ambas, corrente e campo magnético, no último
quadro, faz com que o elemento Hall novamente assuma a carga negativa na extremidade
superior.
Objetivo:
Utilizar os princípios do Efeito Hall para determinar o valor de campos magnéticos,
estudar sua interação com segmentos que conduzem corrente elétrica e observar como cada
parâmetro da fórmula FM=B∗i∗L∗sin (θ) influencia na força magnética, com B sendo o
campo, i a corrente elétrica que passa no circuito, L o comprimento do fio pelo qual se passa
a corrente e θ o ângulo entre o campo e a força.
Materiais:
Procedimentos:
1. Resposta do campo à corrente de enrolamento
Na primeira etapa do experimento, os valores de campo magnético (B) foram
mapeados para cada corrente no circuito de enrolamento das bobinas (𝑖𝐵), que geram
o campo magnético. Primeiramente, os blocos polares foram posicionados a uma
distância de aproximadamente 1 cm. A fonte de correntes nas bobinas foi ligada e a
sonda Hall foi posicionada verticalmente entre os blocos. O grupo então variou a
corrente no enrolamento de 0 a 2A, anotando os valores de campo magnéticos
mostrados no teslâmetro para cada intervalo de corrente. Um gráfico de 𝑖𝐵 vs B foi
construído e obteve-se uma equação para a curva resultante. O procedimento foi
repetido, e, dessa vez, posicionando os blocos polares a uma distância de
aproximadamente 4 cm, obtendo-se outra regressão.
Resultados e Análise:
1. Resposta do campo à corrente de enrolamento
Para a distância de 1 cm entre os blocos polares, obteve-se a tabela 1 e o
respectivo gráfico apresentado na figura 3:
0 0,01
0,681 -33,7
1,123 -60,5
1,599 -73,2
2,149 -106
Figura 3 - Gráfico campo magnético x corrente de enrolamento - distância de 1 cm.
0 0,01
0,681 -4,5
1,088 -6,8
1,697 -17,9
2,182 -24,3
Figura 4 - Gráfico campo magnético x corrente de enrolamento - distância de 4 cm.
Observamos ao analisar os dados dos gráficos e das tabelas, vemos que há uma taxa de
crescimento e esse aumento acontece pois ao diminuir a distância entre as bobinas faz com que a força
magnética cresça.
Ao comparar os dois espaçamentos empregados, observamos que para um mesmo aumento de
corrente o campo magnético medido entre os espaçamento de 1 cm foi maior do que para 4 cm, isso
porque quanto mais próximo os dois blocos, mais intenso é o campo magnético e as linhas de campo
magnético estarão mais próximas uma das outras, assim tendo maior intensidade de campo magnético.
Já para o de 4 cm a intensidade do campo foi menor e as linhas de campo estavam mais espaçadas
entre si.
2
𝑃 = 𝑚. 𝑔, 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑔 = 9, 81 𝑚/𝑠
Tabela 3 - Corrente na espira, massa aparente, peso aparente e força magnética para espira de
12,5 mm com 𝑃0 = 0, 2996 𝑁.
0 30,54 0,2996 0
0 34,98 0,3431 0
Tabela 5 - Corrente na espira, massa aparente, peso aparente e força magnética para espira de
50 mm com 𝑃0 = 0, 3883 𝑁.
0 39,58 0,3883 0
Tabela 6 - Corrente na espira, massa aparente, peso aparente e força magnética para espira de
100 mm com 𝑃0 = 0, 3919 𝑁.
0 39,95 0,3919 0
Tabela 7 - Corrente no enrolamento, massa aparente, peso aparente e força magnética para
espira de 100 mm com 𝑃0 = 0, 3913 𝑁.
0 39,89 0,3913 0
Tabela 8 - Corrente no enrolamento, massa aparente, peso aparente e força magnética para
espira de 50 mm com 𝑃0 = 0, 3776 𝑁.
0 38,49 0,3776 0
4. Dependência angular
Para essa parte, o grupo usou a espira de 25 mm de lado e fixou 𝑖𝐿 = 5 A e 𝑖𝐵
= 2 A, buscando dessa maneira manter a corrente real e o campo magnético
constantes, o sistema de bobinas foi rotacionado em relação ao seu próprio eixo e,
com a ajuda de um transferidor, foi possível controlar a angulação do sistema e ver a
influência do seno do ângulo na força. Além disso, se tem também a informação do
peso real da espira de 𝑃0= 0,3047 N .
Tabela 9 - Ângulo entre o vetor campo magnético e o vetor na direção definida pelo segmento
da espira imerso no campo, seno do ângulo, massa aparente, peso aparente e força magnética
para espira de 25 mm com 𝑃0 = 0, 3047 𝑁.
0 0 31,06 0,3047 0
Figura 11 - Gráfico força magnética x seno do ângulo entre o vetor campo magnético e o
vetor na direção definida pelo segmento da espira imerso no campo - L = 25 mm.
Quando o ângulo entre o vetor campo magnético e vetor na direção definida pelo segmento da
espira é igual a 90°, vemos pelo gráfico que o sen(90°) é igual a 1. Nos outros ângulos, a força é
menor sendo nula quando a corrente se move em paralelo às linhas de campo.
Podemos concluir que através do gráfico acima, que conforme se aumentava o ângulo entre o
vetor campo magnético e o vetor na direção definida pelo segmento da espira, e a força magnética
aumenta de forma gradativa.
Conclusão:
Neste experimento foram analisados vários parâmetros diferentes, dentre eles o
campo magnético, corrente elétrica e ângulos, onde eles foram relacionados a algumas
variações de força magnética. De acordo com os experimentos feitos, pudemos analisar que o
efeito Hall tem uma influência significativa no potencial de um determinado condutor, e
pudemos provar também que a fórmula 𝐹𝑚 = 𝐵 * 𝑖 * 𝐿 * 𝑆𝑒𝑛(θ), pois em cada uma das
etapas houve uma mudança e a forma como a força foi sendo alterada também auxiliou nisso,
provando que a fórmula utilizada é aplicável ao experimento.
Bibliografia:
O trabalho teve como embasamento o uso do material “Experimento 4 - Força Magnética”
disponível no ambiente Aprender3 da turma.
¹Site: https://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_magn%C3%A9tico, consultado em 05/07/2022.
²Site: https://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_Hall, consultado em 05/07/2022.