Universidade Federal de Santa Maria

Centro de Tecnologia
Conversão eletromecânica 1 – Engenharia Elétrica

Determinação de indutâncias próprias e mútuas em uma máquina rotativa de rotor cilíndrico a

partir de medidas de tensões e correntes.
Pedro Teixeira Jacques - 201521579

Prof. Dr. Luiz Carlos de Souza Marques

I. Introdução: Ou o valor eficaz:

O relatório seguinte trata da obtenção 𝑖1

𝐼1 = [4]
das indutâncias mútuas e próprias dos √2

enrolamentos de um motor trifásico. Para

Substituindo I1 em [2] e considerando e1=V1
realização do mesmo foi feito as medições
obtemos;
em laboratório junto com os cálculos
apresentados pelo professor em aula. 𝑉1
𝐿11 = 𝜔𝐼1
[5]
II. Fundamentos teóricos
Então a indutância nos outros enrolamentos
Para a realização da medição das ficará da seguinte forma:
indutâncias em cada enrolamento,
𝑉2
figura 1, foi utilizado um método muito 𝐿12 = [6]
𝜔𝐼1
parecido com o adotado para encontrar
as indutâncias próprias e mútuas em 𝑉3
𝐿13 = [7]
𝜔𝐼1
transformadores, as equações
utilizadas seguem abaixo: Sendo a indutância própria:

𝑁𝑛 Փ
𝐿𝑛 = [8]
𝐼𝑛

Já para o cálculo das indutâncias mútuas no

rotor, temos que:

𝑉𝑟𝑜𝑡𝑜𝑟 = 𝐴𝑠𝑒𝑛(2𝜃 + 𝜑) [9]

E a indutância no rotor sendo:

FIGURA 1 – DISPOSIÇÃO DOS ENROLAMENTOS
𝑉𝑟𝑜𝑡𝑜𝑟
CONFORME A LIGAÇÃO ESTRELA 𝐿𝑛𝑟𝑜𝑡𝑜𝑟 = 𝜔𝐼𝑛
[10]

O fluxo concatenado referente à

n= enrolamento referido;
indutância na bobina 1 é dado por:
Onde:
𝜆1 = 𝐿11 𝑖1 + 𝐿12 𝑖2 + 𝐿13 𝑖3 [1]
𝐴 – é a amplitude.
Para o calculo da tensão eficaz do
circuito, apenas aplicaremos tensão na 𝜃 – é o ângulo mecânico, o ângulo
bobina 1. Com isso a tensão eficaz nela elétrico é dado por α = 2θ.
é dada por:
𝜑 – é a defasagem.
𝑑𝜆1 𝑑𝑖1
𝑒1 = = 𝐿11 [2]
𝑑𝑡 𝑑𝑡

Sendo I1:

𝑖1 = 𝑖1 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡) [3]
 III. Procedimentos práticos 𝐿13 = 0,130𝐻
Tensão aplicada na fase 1 com 2 e 3 em 𝐿21 = 0,1337𝐻
aberto:
𝐿23 = 0,1236𝐻
V1 65,5 (V)
V2 25,5 (V) 𝐿31 = 0,131𝐻
V3 24,8 (V)
I1 0,5 (A) 𝐿32 = 0,1313𝐻
θmin 0°
θmax 45° Indutâncias no rotor:
VRotor 0° 0 (V)
VRotor 45° 37 (V)
𝐿1𝑟𝑚á𝑥 = 0,196𝐻
Tabela 1- Tensão Fase 1
𝐿2𝑟𝑚á𝑥 = 0,192𝐻
Tensão aplicada na fase 2 com 1 e 3 em
aberto:
𝐿3𝑟𝑚á𝑥 = 0,185𝐻
V1 25,2 (V)
IV. Conclusão
V2 61,1 (V)
V3 24,75 (V) Nesse relatório concluímos que, a
I1 0,5 (A)
θmin 60°
obtenção das indutâncias mútuas e próprias
θmax 105° dos enrolamentos de um motor trifásico
VRotor 60° 0 (V) podem ser obtidas de uma maneira similar à
VRotor 105° 36,16 (V) de um transformador. Assim, com os dados
Tabela 2- Tensão Fase 2
obtidos dos ensaios observamos que, existem
Tensão aplicada na fase 3 com 1 e 2 em pequenos erros de medição como fios
aberto: aparelhos e perdas, obtendo assim L12
diferente de L21, não respeitando fielmente a
V1 24,72 (V)
V2 23,33 (V) teoria. Portanto mesmo não conseguindo
V3 61 (V) obter total exatidão nas medições vimos a
I1 0,5 (A) ideai da maneira como podemos obter tais
θmin 120°
indutâncias em máquinas rotativas.
θmax 165°
VRotor 120° 0 (V)
V. Bibliografia:
VRotor 165° 34,8 (V)
Tabela 3- Tensão Fase 3 [1] A.E. Fitzgerald, “Máquinas elétricas”, 6ª
Ed., São Paulo: McGraw-Hill, 2006.
Com os valores medidos encontramos as
indutâncias próprias dos enrolamentos [2] S. J. Chapman, “Fundamentos de
utilizando [8]: Máquinas Elétricas”, 5ª Ed., São Paulo:
McGrawHill e Bookman (AMGH Editora),
𝐿11 = 0,3459𝐻 2013.

𝐿22 = 0,3241𝐻 [3] BOYLESTAD, R. L., Introdução à análise

de Circuitos. Editora PEARSON. 10ª
𝐿33 = 0,3236𝐻
Edição. São Paulo, 828 p, 6ª reimpressão,
Já para as indutâncias mutuas, utilizando Julho de 2010.
[5], [6] e [7] foram encontrados os seguintes
valores:

𝐿12 = 0,135𝐻