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LABORATÓRIO DE FÍSICA

AUTOINDUÇÃO

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1. INTRODUÇÃO

Podemos definir um indutor como topo dispositivo que, ao ser agregado a um


circuito elétrico, permite a criação de um campo magnético com características bem
específicas. Uma vez atravessado por uma corrente de intensidade i, as N espiras de um
indutor são enlaçadas pelo fluxo desse campo magnético, de modo que podemos definir
a sua indutância através da equação:

𝑵. 𝚽𝑩
𝑳=
𝒊

Onde L é a indutância medida em Henry (homenagem ao físico americano Joseph


Henry), N é o número de espiras, 𝚽𝑩 é o fluxo do campo magnético medido em T.m² e
i é a corrente medida em Ampère.

𝑵.𝝁𝟎 .𝒊
Seja o campo magnético de um solenoide dado por 𝑩 = , considerando o
𝒍

fluxo do campo magnético sobre uma área de secção A, teremos que a indutância por
unidade de comprimento será dada por:

𝑳
= 𝝁𝟎 𝑵²𝑨
𝒍

Percebam que a indutância, assim como a capacitância, depende exclusivamente


das características geométricas do indutor. Assim, podemos afirmar que o indutor é um
dispositivo de função análoga a de um capacitor, porém usado para produzir de maneira
controlada, campos magnéticos, enquanto os capacitores são utilizados para produzir
campos elétricos.

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Ao ser atravessado por uma corrente elétrica variável no tempo, um indutor


produzirá uma força eletromotriz denominada autoinduzida, cujo sentido obedecerá ao
estabelecido pela Lei de Lenz, e que pode ser determinada através da seguinte equação:

𝒅𝒊
𝜺𝑳 = −𝑳
𝒅𝒕

A relação acima obedece também à Lei de Faraday, haja vista que, uma variação
no fluxo do campo magnético provocada pela corrente elétrica variável que atravessa o
indutor produzirá esta força eletromotriz denominada autoinduzida.

2. CIRCUITO RL

Ao introduzirmos uma fonte de tensão ε num circuito simples, onde um


resistor de resistência R encontra-se em série com um indutor de indutância L, a
corrente elétrica produzida crescerá desde o zero até ε / R, quando se manterá
constante e o indutor se comportará como um resistor comum, após um tempo
considerável. A figura 1 ilustra o circuito em questão, sendo o mesmo denominado
circuito RL. Na situação em abordada, como mencionado, observaremos um aumento
da corrente elétrica.

Figura 1: circuito RL ligado à fonte de tensão (corrente aumentando)

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Usando a lei das malhas de Kirchhoff, teremos:

𝒅𝒊
−𝒊𝑹 − 𝑳 +𝜺 =𝟎
𝒅𝒕

Como resultado da aplicação da lei das malhas, obtivemos uma equação


diferencial cuja solução é dada por:

𝜺
𝒊= (𝟏 + 𝒆−𝒕/𝝉𝑳 )
𝑹

𝑳
Onde 𝝉𝑳 = 𝑹 é chamada de constante de tempo indutiva. Ao analisarmos a

solução da equação diferencial obtida para os casos limites (tempo tendendo a zero no
início e ao infinito depois), constataremos o que já foi falado a respeito do
comportamento da corrente.
Ao modificarmos a posição da chave S no circuito da figura 1 para a posição b,
num intervalo de tempo suficientemente rápido, verificaremos a corrente i sobre o
resistor R diminuir. A situação descrita é ilustrada no circuito da figura 2.

Figura 2: circuito RL ligado à posição b (corrente diminuindo).

Aplicando novamente a lei das malhas, obteremos a seguinte equação


diferencial:
𝒅𝒊
𝒊𝑹 + 𝑳 =𝟎
𝒅𝒕

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Cuja solução será dada por:

𝜺 −𝒕/𝝉
𝒊= 𝒆 𝑳
𝑹

Logo podemos concluir que a mesma constante de tempo indutiva que governa
o aumento da corrente, também se fará presente na redução.

3. APLICAÇÕES

Os indutores possuem uma vasta aplicação que vão depender das suas
características e funcionalidades, mas podemos citar como exemplo a utilização deles
nas linhas de transmissão de altas correntes. São também utilizados em receptores de
TV para corrigir diferenças de tempo entre sinais luminosos de frequências diferentes
ou em filtros de linha e carregadores de baterias de celulares.

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