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Física Experimental 3 - Eletromagnetismo

Experimento 2: Resistores e Lei de Ohm


Escrito por Maycon Motta e revisado por Adenilson José Chiquito, Thiago Silva Tavares e Maycon Motta.

1. Objetivos:

• Medir correntes em circuitos;


• Verificar as Leis de Kirchhoff, associação de resistores e a resistência interna de
aparelhos de medida;
• Investigar curvas características corrente-tensão (IV ou I-V) de componentes;
• Investigar a Lei de Ohm e comparar o método de duas e quatro pontas para medidas de
resistência e resistividade.

2. Introdução ao Experimento:

2.1 Corrente elétrica e densidade de corrente

De forma simplificada, corrente elétrica é qualquer movimento líquido de cargas de


uma região para outra. No equilíbrio eletrostático, o campo elétrico é zero em todos os
pontos no interior de um condutor. Isso significa que não existe corrente elétrica. Mesmo
nessa condição, existe a movimentação de elétrons livres em um metal comum, como cobre
e alumínio. Entretanto, esses elétrons se movem caoticamente em todas as direções com
velocidades de aproximadamente 106 m/s, mas resultam em um fluxo efetivo de cargas igual
a zero.
Quando um campo elétrico, estacionário e constante, é estabelecido no interior de
um condutor metálico ao aplicar uma diferença de potencial 𝑉, também chamada de ddp, os
elétrons livres são submetidos a uma força elétrica 𝐹⃗ = 𝑞𝐸⃗⃗ . Contudo, quando essas partículas
se movem no interior do condutor, elas colidem frequentemente com os íons do material que
permanecem praticamente estáticos dissipando energia.
Define-se a corrente elétrica (𝐼) através da área com seção reta 𝐴 como igual ao fluxo
total das cargas através da área por unidade de tempo, ou seja:
𝑑𝑄
𝐼= Eq. 1
𝑑𝑡
Apesar da corrente ser um escalar e medida em Ampères (A), é necessário definir
também um sentido para a corrente. Para tal, a convenção do sentido da corrente adotado é
dado pelo movimento de cargas positivas, denominado corrente convencional, como é
apresentado na Figura 2.1.1(a). Esse sentido é adotado mesmo que não seja necessariamente
o mesmo do sentido real do movimento das cargas, como em um condutor metálico usual,
na qual os elétrons livres são os portadores de carga e se movimentam no sentido oposto ao
convencional.

Figura 2.1.1 – (a) Circuito simples com uma lâmpada ligada a uma fonte, que mostra o sentido convencional da
corrente, que vai do polo positivo da bateria para o polo negativo. (b) Representação do campo elétrico 𝐸⃗⃗ e da densidade
de corrente 𝐽⃗ em um condutor com seção reta uniforme. Figuras retiradas da Ref. [1].

Para realizar uma medida de corrente, usa-se um amperímetro. Um amperímetro


mede a corrente que passa através dele, logo deve ser disposto em série no circuito que se
deseja medir. Um amperímetro ideal possui resistência interna igual a zero e não apresenta
nenhuma ddp entre seus terminais.
Do ponto de vista microscópico, ao considerar uma diferença de potencial aplicada a
um condutor metálico com seção reta uniforme e área 𝐴 com 𝑛 partículas carregadas por
unidade de volume, existe uma velocidade resultante ou líquida do movimento caótico das
cargas agora levemente ordenado devido à ddp, chamada de velocidade de arraste 𝑣𝑎 (.
Apesar da alta velocidade individual do elétron livre, a velocidade de arraste é da ordem de
10-4 m/s em metais comuns. Em um intervalo de tempo 𝑑𝑡, cada partícula desloca-se 𝐿 =
𝑣𝑎 𝑑𝑡. O volume do cilindro é dado por 𝐴𝐿 = 𝐴𝑣𝑎 𝑑𝑡 e o número de portadores de cargas por
𝑛𝐴𝑣𝑎 𝑑𝑡. Considerando que cada portador de carga possui uma carga 𝑞, a carga 𝑑𝑞 que flui
no tempo 𝑑𝑡 é:
𝑑𝑞 = 𝑛𝑞𝐴𝑣𝑎 𝑑𝑡 Eq. 2
e a corrente é:
𝑑𝑞
𝐼= = 𝑛𝑞𝐴𝑣𝑎 Eq. 3
𝑑𝑡
Adicionalmente, a chamada densidade de corrente ( 𝐽⃗ ) é uma grandeza comumente
empregada no estudo de corrente em condutores. Ela é definida como a corrente que flui por
unidade de área da seção reta, sendo uma grandeza vetorial e independe das características
geométricas do condutor. Sua unidade de medida é A/m2 e é escrita como:
𝐼
𝐽⃗ =𝑛̂ = 𝑛𝑞𝑣
⃗⃗⃗⃗⃗𝑎 Eq. 4
𝐴 𝑎
com 𝑛̂𝑎 sendo o o vetor normal a área 𝐴.

2.2 Resistência e Resistividade

De maneira errônea, usa-se definir a Lei de Ohm como sendo 𝑉 = 𝑅𝐼. Entretanto,
essa “lei” não é seguida por todos os materiais. Na verdade, ela é um caso especial da Lei de
Ohm, que é definida à partir da relação entre 𝐽⃗ e 𝐸⃗⃗ . Em outras palavras, a densidade de
corrente em um condutor isotrópico depende do campo elétrico e das propriedades do
material. Matematicamente, portanto, a lei de Ohm é escrita como:
𝐽⃗ = 𝜎(𝐸)𝐸⃗⃗ , Eq. 5
onde 𝜎 é a condutividade, que depende do material e é medida no SI como (Ω. 𝑚)−1 . Se
𝜎(𝐸) = 𝜎, isto é, a condutividade possui um valor constante e independe de 𝐸⃗⃗ , resultando
em 𝐽 linearmente proporcional a 𝐸, o material é dito ôhmico e segue a equação definida na
primeira linha dessa seção. Assim, a resistividade 𝜌 pode ser definida pela lei de Ohm
simplificada pela equação:
𝐸
𝜌 = 𝐽, Eq. 6
na qual 𝜌 = 1/𝜎 depende do material e independe de 𝐸⃗⃗ . Do ponto de vista das unidades,
𝑉 𝐴 𝑉
temos que [𝐸] = 𝑉/𝐿 e [𝐽] = 𝐴/𝐿2, assim a resistividade [𝜌] = 𝐿 / 𝐿2 = 𝐴 . 𝐿, que no SI é
dado por Ω. 𝑚.
Como é mais fácil medir a tensão e a corrente em um circuito, define-se a razão entre
essas grandezas como a resistência elétrica 𝑅:
𝑉
𝑅= Eq. 7
𝐼
cuja relação com a Eq. 6 para um condutor com seção reta uniforme, como o mostrado na
Figura 2.1.1(b) com 𝐸 = 𝑉𝐿 e 𝐽 = 𝐼/𝐴, é igual a:
𝐿
𝑅=𝜌 Eq. 8
𝐴
com 𝐿 e 𝐴 sendo o comprimento e a área do condutor.
Microscopicamente, a fonte da resistividade dos metais advém da existência dos
chamados centros espalhadores dos elétrons de condução, isto é, de defeitos inerentes à
estrutura cristalina dos metais. Ou seja, o aumento do número de centros espalhadores
aumenta a sua resistividade e, portanto, diminui a sua condutividade. Experimentalmente,
observou-se que a resistividade total 𝜌𝑇 de um metal é a soma de diferentes contribuições,
tais como das vibrações térmicas (𝜌𝑡 ), das impurezas (𝜌𝑖 ), deformação plástica (𝜌𝑑 ), etc.
Numericamente, essa soma das resistividades é também chamada de Regra de Matthiessen,
sendo igual a:
𝜌𝑇 = 𝜌𝑡 + 𝜌𝑖 + 𝜌𝑑 + ⋯ Eq. 9
A primeira contribuição diz respeito à variação da temperatura em um condutor. À
medida que a temperatura aumenta, aumenta-se a probabilidade de colisões dos elétrons
com os íons do material, que vibram com uma amplitude mais elevada. Para intervalos de
aproximadamente 100oC em torno da temperatura ambiente, a resistividade de um metal
pode ser aproximada pela equação
𝜌(𝑇) = 𝜌0 [1 + 𝛼(𝑇 − 𝑇0 )] Eq. 10
em que 𝜌0 é a resistividade para uma temperatura de referência 𝑇0 e 𝛼 denomina-se o
coeficiente de temperatura da resistividade.
Como última observação, se o condutor tiver um perfil não-uniforme, isto é, uma
seção transversal que varia no espaço, como em uma cunha, a sua resistência deve ser
calculada levando em conta que a sua área varia com a posição. Em outras palavras, uma
integração da Eq. 8 deve ser realizada.

2.3 Leis de Kirchhoff e associação de resistências

Apesar de existirem potenciômetros comerciais, que são resistores variáveis e


ajustáveis, resistores com 𝑅 fixa são mais baratos com apenas alguns valores de resistência
disponíveis. Portanto, muitas vezes a associação de resistências se faz necessário em um
circuito elétrico. Assim, uma resistência equivalente é obtida por meio das Leis de Kirchhoff,
que também se aplicam em casos de circuitos mais complexos. Para tal, os conceitos de nó e
malha são importantes e dizem respeito a um ponto no circuito que une dois ou mais
condutores e à qualquer caminho condutor fechado, respectivamente.
A primeira Lei de Kirchhoff ou Lei dos Nós é baseada na lei de conservação de carga
elétrica, na qual a soma algébrica de todas as correntes que entram e saem de um nó é igual
a zero, isto é:
∑𝐼 = 0 Eq. 11
A segunda Lei de Kirchhoff ou Lei das Malhas é baseada na natureza conservativa das
forças eletrostáticas, pois a soma algébrica de todas as diferenças de potencial através de
uma malha, incluindo os elementos resistivos e a fem de todas as fontes, é necessariamente
igual a zero, ou seja:
∑𝑉 = 0 Eq. 12
Usualmente, as Leis de Kirchhoff resultam em um sistema de equações com um
número de equações igual ao número de incógnitas. Entretanto, a parte mais trabalhosa é
compreender os sinais em cada componente, cuja regra convencionada pode ser consultado
em qualquer livro-texto de Eletromagnetismo.
Para 𝑁 resistores dispostos em série, a resistência equivalente 𝑅𝑒𝑞 obtida pelas Leis
de Kirchhoff é:
𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 + ⋯ + 𝑅𝑁 Eq. 13
Já para 𝑁 resistores dispostos em paralelo, a resistência equivalente 𝑅𝑒𝑞 calculada
pelas Leis de Kirchhoff é:
1 1 1 1 1
= + + +⋯+ Eq. 14
𝑅𝑒𝑞 𝑅1 𝑅2 𝑅3 𝑅𝑁
2.4 Curvas características corrente-tensão ou curva IV

A curva característica corrente-tensão (ou curva característica IV) é uma


representação gráfica da relação entre a tensão aplicada e a corrente que flui em um
componente elétrico ou material. Esse tipo de curva é usado para determinar e compreender
o comportamento de um dispositivo, permitindo modelá-lo dentro de um circuito. No
entanto, para a descrição completa do comportamento de um dispositivo, é necessário
construir um grupo de curvas em diferentes regimes de operação, por exemplo, variando o
intervalo de corrente ou tensão analisados, a frequência de operação, a temperatura de
operação, etc. Exemplos de curvas características IV são mostradas na Figura 2.4.1.

Figura 2.4.1 – Exemplos de curvas características IV de diferentes dispositivos para resistores com (a) baixa resistência
e (b) alta resistência, (c) diodo semicondutor e (d) bateria real.

Neste experimento, esse tipo de curva será usado para discutir o comportamento de
diferentes componentes elétricos e também de diferentes fios metálicos a serem estudados.

2.5 Método de duas e quatro pontos para medidas elétricas

Há várias métodos experimentais para medidas de resistência e resistividade elétrica


DC, tais como o da ponte de impedância, o de pulsos e o sem contato, por exemplo.
Entretanto, os métodos mais comuns são o de duas pontas (ou de dois terminais) e o de
quatro pontas (ou de quatro terminais) [2].
O método de duas pontas é o mais simples de todos e um diagrama esquemático é
mostrado na Figura 2.5.1(a). Considerando um material com dimensões precisas e bem
conhecidas, pode-se obter a resistividade medindo-se a diferença de potencial e a corrente
que flui na amostra sob ação de um campo elétrico DC aplicado. Usualmente, esse método é
mais adequado para o caso em que (i) a resistência do material a ser analisada é maior que
outras resistências envolvidas no experimento, como será discutido abaixo, e (ii) sob
pequenas variações de temperatura, na qual a densidade desses portadores não seja muito
alterada (como no caso de materiais ditos ôhmicos). Caso contrário, aparecerão flutuações
aleatórias da condutividade em função do tempo e somente uma média temporal da
condutividade elétrica do material estudado será determinada. Esses problemas são muito
importantes na determinação da resistividade de isolantes e semicondutores de baixa
condutividade.
Apesar de algumas limitações, um multímetro pode ser empregado para se obter a
resistividade de um material. Usando a sua própria bateria interna, que funciona como uma
fonte de tensão DC, aplica-se uma tensão elétrica ao material e o próprio circuito do
multímetro obtém a sua resistência calculando 𝑅𝑇 = 𝑉/𝐼. Entretanto, para materiais com alta
resistividade essa tensão pode não ser suficiente e o uso de uma fonte externa se faz
necessária.
Ao realizar a medida pelo método de duas pontas, há ao menos três contribuições
para a resistência total 𝑅𝑇 :
𝑉
𝑅𝑇 = = 2𝑅𝑐 + 2𝑅𝑝𝑟 + 𝑅𝑠 , Eq. 15
𝐼
onde 𝑅𝑐 é a resistência de contato mecânico das pontas com a amostra, 𝑅𝑝𝑟 é a resistência
relacionada à propagação da corrente quando flui do multímetro para o interior da amostra
e 𝑅𝑠 é a resistência da amostra. Como 𝑅𝑐 e 𝑅𝑝𝑟 não podem ser calculadas ou obtidas
separadamente, somente se 𝑅𝑠 ≫ 𝑅𝑐 , 𝑅𝑝𝑟 , pode-se obter o valor aproximado da resistência
da amostra com 𝑅𝑇 ≈ 𝑅𝑠 .
Já no método de quatro pontas, utilizam-se duas pontas para transportar a corrente e
outras duas para monitorar a tensão, como mostrado na Figura 2.5.1(b). Embora as duas
pontas que transportam a corrente ainda possuam resistências elétricas associadas com a
propagação da corrente e com os contatos, o mesmo não ocorre nas outras duas pontas, pois
nelas a tensão é medida usualmente com um voltímetro de alta resistência interna (ou alta
impedância), isto é, no qual uma fração muito pequena de corrente flui do circuito para o
voltímetro. Assim, o método quatro pontas é o mais utilizado para a determinação da
resistividade elétrica de condutores metálicos e semicondutores, nas suas mais diversas
formas (discos, cilíndricas, etc.) ou arranjos (volumétricos ou como filme finos).
Matematicamente, cada geometria de amostra e dos contatos tem a sua própria equação
com diferentes fatores de correção. Uma descrição dos dois métodos estão discutidos nas
Refs. [4,5].

Figura 2.5.1 – Representação esquemática do método de duas e quatro pontas para medidas da resistência e
determinação da resistividade elétrica.

É importante ressaltar ainda que em estudos em laboratórios de pesquisa, é muito


comum a utilização de amostras com geometrias não tão bem definidas e contatos que não
são pontuais. Nesse caso, utiliza-se o chamado Método de Van der Pauw para obter a medida
de resistividade elétrica a partir de uma montagem dos contatos sobre a amostra de forma
singular. Esse método é descrito em vários artigos científicos e uma simples busca permite
encontrar várias referências de fontes confiáveis.
3. Materiais e Equipamentos:

Fios de diferentes materiais e diâmetros, condutores com diferentes geometrias,


resistores, diodo, lâmpadas, suportes, fonte, protoboard, multímetro e cabos.
Atenção: os instrumentos que vocês estão manipulando devem ser manuseados com
cuidado. Portanto, sempre aja com delicadeza já que outros estudantes irão utilizar esses
materiais.

3.1 Caixa de montagem ou protoboard

Neste experimento, faremos uso de caixa de montagens (ou protoboard). Esse


protoboard foi confeccionado especialmente para esta disciplina, como mostrado na Figura
3.1.1(a), já que os protoboards comerciais, apresentado na Figura 3.1.1(b), podem apresentar
problemas relacionados à contato elétrico mais corriqueiros. A região do lado direito contem
9 quadrados vermelhos com 5 conexões em curto. Essa é a região em que montaremos os
circuitos elétricos experimentais desta prática. Além disso, alguns experimentos há algumas
partes pré-montadas para alguns experimentos já anexadas à caixa do lado esquerdo:
indutores, potenciômetro, circuito RC e um circuito defasador. Acima da parte vermelha
temos um transformador.

Figura 3.1.1: (a) Caixa de montagem ou protoboard utilizada nesta disciplina. (b) Exemplo de protoboard comercial.

Todo elemento a ser adicionado a um circuito deve ficar entre dois desses quadrados
como esquematizado na Figura 3.1.2. As cinco conexões em curto (contatos ou bornes)
contornados pelo quadrado em vermelho podem ser entendidas como nós naquele ponto em
particular. A fonte de tensão ou o gerador de funções é externa à caixa e alimentará o circuito
através da conexão entre os fios vermelho (polo positivo) e preto (polo negativo ou terra
quando for o caso).
Figura 3.1.2 - Esquema de um circuito com fonte de tensão e três resistores em série e circuito real montado na
protoboard, com um aumento do primeiro resistor.

3.2 Multímetro como amperímetro

A medida de corrente elétrica em um circuito tem algumas peculiaridades. Uma delas


é que o amperímetro deve ser colocado em série com o circuito ou com a região do circuito
em que se quer determinar a corrente elétrica. De uma forma simplista, a corrente que se
quer medir tem que fluir através do medidor. Para isso, a chave seletora deve ser posicionada
no fundo de escala de correntes desejados, indicada pela região identificada como “A”, e o
tipo de corrente também deve ser escolhida, isto é, corrente direta (DC ou ) ou
alternada (AC ou ). Além dessas escolhas, a entrada das pontas de prova no multímetro
também devem ser alteradas para a leitura de corrente. A ponta de prova preta deve ser
posicionada no conector “COM” e a ponta de prova vermelha ser posicionada no primeiro
conector à esquerda para medidas de corrente mais altas, de até 10 A ou 20 A (dependendo
do modelo), ou no segundo conector para medidas na faixa de mA ou mesmo A
(microampères). A Figura 3.2.1 mostra um multímetro colocado como multímetro no mesmo
circuito da Figura 3.1.2.

Figura 3.3 – Multímetro devidamente configurado para a medição de corrente DC na faixa de mA ou A.
4. Roteiro:

A seguir é apresentada uma sequência de atividades, compatíveis com o material


disponibilizado, com o intuito de orientar o procedimento experimental a ser realizado. Para
a realização do experimento, entre outras escolhas individuais de cada grupo, sugere-se:

(a) Identificar o material a ser utilizado, procurando entender o funcionamento de cada


componente;
(b) Construir circuitos em série e paralelo com resistores e comprovar a Lei de Kirchhoff;
(c) As curvas características IV devem ser amplamente usadas neste experimento para
obter informações sobre os componentes estudados;
(d) Deve-se construir as curvas características IV de resistores, lâmpadas e diodos;
(e) Os fios condutores devem ser estudados tanto pelo método das duas pontas como o de
quatro pontas e a Eq. 8 pode ser estudada seguindo a descrição vista na disciplina de
Métodos Experimentais usando o Método Científico;
(f) Medir e comparar a resistência de um condutor com uma área variável;
(g) Essas observações e análises propostas são apenas um breve guia. Mais análises podem
e devem ser realizadas com os resultados experimentais obtidos.

6. Exemplos de bibliografias recomentadas para esse experimento:

Abaixo seguem algumas referências sobre os conceitos tratados nesse experimento:

[1] Sears, F. W., Zemansky; M. W.; Young, H. D.; Freedman, R. A. Física III: Eletromagnetismo,
12a. ed., São Paulo: Addison Wesley, 2009, 425 p.

[2] Nussenzveig, H. M. Curso de Física Básica, vol. 3, São Paulo: Edgard Blucher, 2002, 328 p.

[3] R. A. Serway e J. W. Jewett Jr. Física: para cientistas e engenheiros, 3ª ed., São Paulo:
Cengage Learning, 2008. v. 3.

[4] E. M. Girotto e I. A. Santos. Medidas de resistividade elétrica dc em sólidos: como efetuá-


las corretamente. Quim. Nova, vol. 25, p. 639-647 (2002), disponível em
https://www.scielo.br/j/qn/a/PxrHmw3ywzdDRJpymSZ55Pr/?lang=pt&format=pdf,
acessado em 01/11/2023.

[5] Dieter K. Schroder. Semiconductor material and device characterization. Wiley: Nova
Jersey, 3a ed., 2006, 779 p. Capítulo de interesse: Capítulo 1 - Resistivity.

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