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AULA 3
2
∆𝑞 𝑑𝑞
𝑖= ⇔ 𝑖= (1)
∆𝑡 𝑑𝑡
𝐶
1 =1𝐴
𝑠
∆𝑞 = 𝑛 ∙ 𝑒 ∙ 𝑉
𝑉 =𝐿∙𝐴
∆𝑞 = 𝑛 ∙ 𝑒 ∙ 𝐿 ∙ 𝐴
3
A velocidade de deriva pode ser determinada pela razão entre
comprimento do condutor L e o intervalo de tempo t.
𝐿
𝑣𝑑 = ⇔ 𝐿 = 𝑣𝑑 ∙ ∆𝑡
∆𝑡
∆𝑞 = 𝑛 ∙ 𝑒 ∙ 𝑣𝑑 ∙ ∆𝑡 ∙ 𝐴
∆𝑞 𝑛 ∙ 𝑒 ∙ 𝑣𝑑 ∙ ∆𝑡 ∙ 𝐴
𝑖= =
∆𝑡 ∆𝑡
𝑖 = 𝑛 ∙ 𝑒 ∙ 𝑣𝑑 ∙ 𝐴 (2)
𝑖
𝐽= = 𝑛 ∙ 𝑒 ∙ 𝑣𝑑 ⇔ 𝐽⃗ = 𝑛 ∙ 𝑒 ∙ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣𝑑 (3)
𝐴
D 2
A=π∙( )
2
4
2
5 ∙ 10−3 𝑚
𝐴 =𝜋∙( )
2
𝐴 = 3,927 ∙ 10−5 𝑚²
𝑖
𝑖 = 𝑛 ∙ 𝑒 ∙ 𝑣𝑑 ∙ 𝐴 ⇔ 𝑣𝑑 =
𝑛∙𝑒∙𝐴
2,0𝐴
𝑣𝑑 =
(8,47 ∙ 1028 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑜𝑛𝑠/𝑚³)(1,602 ∙ 10−19 𝐶)(3,927 ∙ 10−5 𝑚2 )
𝑣𝑑 = 3,76 ∙ 10−6 𝑚/𝑠
5
percebeu que havia uma relação entre a intensidade da corrente elétrica e o
comprimento do condutor. Ele percebeu que uma “perda de força” (analisada a
partir da alteração na corrente elétrica) ocorria de acordo com as dimensões do
condutor. Com esse estudo, Ohm conclui que a resistência elétrica dependia da
geometria e do material que compunha o condutor. O conceito de força
eletromotriz (FEM) foi inserido por Ohm para explanar a ideia de tensão elétrica
já utilizada por Benjamin Franklin anteriormente (Rocha, 2002).
Um resistor fixo é representado graficamente em um circuito como mostra
a Figura 2. Mas alguns tipos de resistores de resistência variável têm sua
representação diferenciada.
𝑉 =𝑅∙𝑖 (4)
6
A resistência elétrica tem como unidade o Ohm representado pela letra
grega ômega ().
A variação das dimensões do condutor é relacionada à resistência elétrica
pela Segunda Leis de Ohm (Equação 5). A resistência elétrica R é diretamente
proporcional ao comprimento do condutor L, mas é inversamente proporcional à
área da seção transversal A desse (vide Figura 1).
𝜌∙𝐿
𝑅= (5)
𝐴
𝜌𝐿
𝑅=
𝐴
Logo:
7
através de uma área do condutor. Ou seja, podemos definir a resistividade
elétrica pela Equação 6, em que J é a densidade de corrente elétrica e E
representa o campo elétrico no condutor.
𝐸
𝐸⃗⃗ = 𝜌𝐽⃗ ⇒ 𝜌= (6)
𝐽
𝜌 = 𝜌0 [1 + 𝛼 ∙ ∆𝑇] (7)
8
Figura 3 – Gráfico da resistividade versus temperatura para metais comuns,
supercondutores e semicondutores
RESISTIVIDADE COEFICIENTE DE
SUBSTÂNCIA TEMPERATURA DA
ELÉTRICA (m) RESISTIVIDADE (°C-1)
CONDUTORES
Prata 1,47 ∙ 10−8 0,0038
−8
Cobre 1,72 ∙ 10 0,00393
Alumínio 2,63 ∙ 10−8 0,0039
Metais
Tungstênio 5,51 ∙ 10−8 0,0045
−8
Ferro 9,68 ∙ 10 0,0050
−7
Chumbo 2,2 ∙ 10 0,0043
Manganino 44 ∙ 10−8 0,0000
Ligas Constantan 49 ∙ 10−8 +0,000002
Nicrômio 100 ∙ 10−8 0,0004
SEMICONDUTORES
Carbono 3,5 ∙ 10−5 -0,0005
Puro Germânio 0,60 -0,0048
Silício 2300 -0,0075
ISOLANTES
Âmbar 5 ∙ 1014 -
Vidro 1010 − 1014 -
Lucita > 1013 -
Mica 1011 − 1015 -
16
Quartzo (fundido) 75 ∙ 10 -
15
Enxofre 10 -
13
Teflon > 10
Madeira 108 − 1011
9
O inverso da resistividade elétrica de um material é denominado
condutividade (Equação 8). A condutividade tem como unidade de medida
(m)-1.
1
𝜎= (7)
𝜌
𝜌0 = 5,5 ∙ 10−8 Ω ∙ 𝑚
𝛼 = 0,0045 °𝐶 −1
𝐿 = 2 ∙ 10−2 𝑚
𝑟 = 0,25 ∙ 10−3 𝑚
𝐴 = 𝜋 ∙ 𝑟2
𝐴 = 𝜋 ∙ (0,25 ∙ 10−3 )2
𝐴 = 1,96 ∙ 10−7 𝑚²
𝜌0 𝐿
𝑅0 =
𝐴
(5,5 ∙ 10−8 Ω ∙ 𝑚)(2 ∙ 10−2 𝑚)
𝑅0 =
1,96 ∙ 10−7 𝑚2
𝑅0 = 5,61 ∙ 10−3 Ω
10
𝐿
𝜌 = 𝜌0 [1 + 𝛼 ∙ ∆𝑇] → 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑟
𝐴
𝐿 𝐿
𝜌∙ = 𝜌0 ∙ ∙ [1 + 𝛼 ∙ ∆𝑇]
𝐴 𝐴
𝑅 = 𝑅0 [1 + 𝛼 ∙ ∆𝑇]
𝑅 = (5,61 ∙ 10−3 Ω)[1 + (0,0045 °𝐶 −1 ) ∙ (1500 °𝐶 − 20 °𝐶)]
𝑅 = 43,0 ∙ 10−3 Ω
Veja que nos resistores ôhmicos, a reta que representa a relação entre a
tensão elétrica V e a intensidade da corrente elétrica i tem como coeficiente
angular o valor da resistência elétrica do dispositivo. Isso significa que o resistor
obedece a lei de Ohm (Young; Freedman, 2015).
𝑉 𝑉
𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟 = ⇒ =𝑅
𝑖 𝑖
Para os resistores não ôhmicos, o coeficiente angular da reta tangente em
cada ponto da função do gráfico permite determinar a resistência elétrica do
11
dispositivo para as condições de tensão V e intensidade de corrente elétrica i
específicas do ponto.
−∆𝑈 = 𝑄 ∙ 𝑉
−∆𝑈 𝑄 ∙ 𝑉
𝑃= =
∆𝑡 ∆𝑡
𝑃 =𝑖∙𝑉 (8)
12
𝑉2
𝑃 = 𝑖 ∙ 𝑉 = 𝑖2 ∙ 𝑅 = (9)
𝑅
1 𝐽⁄𝑠 = 1𝑊
𝑃 = 5000 𝑊
𝑉 = 254 𝑉
𝑃
𝑃 =𝑖∙𝑉 ⇔ 𝑖 =
𝑉
5000 𝑊
𝑖=
254 𝑉
𝑖 = 19,69 𝐴
𝑉2 𝑉2
𝑃= ⇔ 𝑅=
𝑅 𝑃
(254 𝑉)2
𝑅=
5000 𝑊
𝑅 = 12,9 Ω
13
3.1 Associação de resistores em série
𝑖 = 𝑖1 = 𝑖2 = 𝑖3 = ⋯
𝑉 = 𝑉1 + 𝑉2 + 𝑉3 + ⋯
𝑉 = 𝑉1 + 𝑉2 + 𝑉3 + ⋯
𝑖 ∙ 𝑅𝑒𝑞 = 𝑖 ∙ 𝑅1 + 𝑖 ∙ 𝑅2 + 𝑖 ∙ 𝑅3 + ⋯
𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 + ⋯ (10)
𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 + ⋯ → 𝑅𝑒𝑞 = 40 ∙ 𝑅𝐿
14
Pela Lei do Ohm (Equação 4), teremos que:
𝑉
𝑉 = 𝑅𝑒𝑞 ∙ 𝑖 ⇔ 𝑅𝑒𝑞 =
𝑖
𝑉 = 120 𝑉
𝑖 = 2,5 𝑚𝐴 → 𝑖 = 2,5 ∙ 10−3 𝐴
12 𝑉
𝑅𝑒𝑞 =
2,5 ∙ 10−3 𝐴
𝑅𝑒𝑞 = 4,8 ∙ 103 𝛺
4,8 ∙ 103 𝛺 = 40 ∙ 𝑅𝐿
4,8 ∙ 103 Ω
𝑅𝐿 =
40
𝑅𝐿 = 120 Ω
15
em paralelo equivale a corrente elétrica que atravessa o circuito (Young;
Freedman, 2015; Tipler, 2000; Halliday; Resnick; Walker, 1996).
𝑉 = 𝑉1 = 𝑉2 = 𝑉3 = ⋯
𝑖 = 𝑖1 + 𝑖2 + 𝑖3 + ⋯
𝑖 = 𝑖1 + 𝑖2 + 𝑖3 + ⋯
𝑉 𝑉 𝑉 𝑉
= + + +⋯
𝑅𝑒𝑞 𝑅1 𝑅2 𝑅3
1 1 1 1
= + + +⋯ (11)
𝑅𝑒𝑞 𝑅1 𝑅2 𝑅3
𝑅1 ∙ 𝑅2
𝑅𝑒𝑞 = (12)
𝑅1 + 𝑅2
1 1 1 1 1 1
...
Req R R R R R
1 n R
n
Req R Req
16
V² V²
P R
R P
127V
2
R
500W
R 32,258
V
V Req i Req
i
127V
Req
15 A
Req 8
Ou seja,
R
n
Req
32,258
n
8
n 4,0
17
Figura 7a – Circuito do Exemplo 7
1 1 1
R1 5,0 10
1 21
R1 10
1 3
R1 10
R1 3,33
18
R2 R1 2,0
R2 3,33 2,0
R2 5,33
R3 3,0 4,0
R3 7,0
1 1 1
Req R2 R3
1 1 1
Req 5,33 7,0
Req 3,0
19
Figura 8 – Lei dos Nós
Veja que essa lei pode ser descrita pela Equação 13.
Veja que essa lei pode ser descrita pela Equação 14.
∑𝑉 = 0 (14)
20
Para circuitos com mais de uma malha, é necessário utilizar as duas leis.
Quando adotamos o sentido de uma malha, as quedas e os aumentos de
potencial são definidos pelo sentido da malha e da corrente elétrica nos
elementos do circuito. Quando a malha atravessa uma fonte, entrando pelo polo
negativo e saindo pelo polo positivo, caracteriza aumento de potencial. No caso
contrário, quando a malha atravessa uma fonte entrando pelo polo positivo e
saindo pelo polo negativo, caracteriza queda de potencial. No caso de resistores,
quando a corrente elétrica sugerida segue o mesmo sentido da malha, o resistor
causa uma queda de potencial. E quando a corrente elétrica sugerida segue o
sentido contrário ao da malha, o resistor causa um aumento de potencial. Veja
no exemplo.
Exemplo 8: um aluno de engenharia precisa analisar o circuito elétrico
dado pela Figura 10a, e identificar a intensidade da corrente elétrica que passa
em cada ramo do circuito e a ddp entre os pontos a e b do circuito. Determine a
intensidade das correntes e a ddp que o aluno precisa descobrir.
21
Figura 10b – Circuito Elétrico do Exemplo 10 – Resolução
Veja que, pela Lei dos Nós, tanto pelo nó a quanto pelo nó b chegamos a:
i1 i2 i3
i1 i2 i3
3,0V 2,0 i1 3,0 i3 0
3,0 i 3,0 i 0
2 3
i1 0,86 A
i2 0,43A
i3 0,43A
Vb 6,0V 3,0 i3 Va
0 6,0V 3,0 0,43A Va
Va 4,71V
Vab Va Vb
Vab 4,71V 0
Vab 4,71V
TEMA 5 – CIRCUITO RC
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Ao fecharmos a chave, fechamos o circuito, permitindo a passagem de
uma corrente elétrica i neste. A corrente é gerada pela ddp que atua sobre o
resistor, sendo provocada pelo deslocamento da carga elétrica Q0 armazenada
no capacitor. Essa corrente varia no tempo, sendo seu valor inicial i0 dado pela
razão entre a ddp inicial V0 e a resistência elétrica R do resistor.
𝑉0
𝑖0 =
𝑅
Essa ddp inicial é dada pelo acúmulo de cargas nas placas do capacitor,
sendo V0 dada por:
𝑄0
𝑄0 = 𝐶 ∙ 𝑉0 ⇔ 𝑉0 =
𝐶
𝑑𝑄
𝑖=− (15)
𝑑𝑡
𝑉𝐶 − 𝑉𝑅 = 0
𝑄
−𝑖∙𝑅 =0
𝐶
𝑄 𝑑𝑄
− (− ) ∙ 𝑅 = 0
𝐶 𝑑𝑡
𝑄 𝑑𝑄
+ ∙𝑅 =0
𝐶 𝑑𝑡
1 1
𝑑𝑄 = − 𝑑𝑡
𝑄 𝑅𝐶
𝑄 𝑡
1 1
∫ 𝑑𝑄 = − ∫ 𝑑𝑡
𝑄0 𝑄 0 𝑅𝐶
𝑄 𝑡
𝑙𝑛 =−
𝑄0 𝑅𝐶
𝑡
𝑄(𝑡) = 𝑄0 ∙ 𝑒 − ⁄𝑅𝐶 (16)
24
Veja que essa descarga é uma função exponencial, que permite que
determinemos a variação da corrente elétrica no circuito em função do tempo
(Equação 17).
𝑑𝑄
𝑖=−
𝑑𝑡
𝑑 𝑡
𝑖=− (𝑄0 ∙ 𝑒 − ⁄𝑅𝐶 )
𝑑𝑡
𝑡
𝑖 = 𝑖0 ∙ 𝑒 − ⁄𝑅𝐶 (17)
𝜏 = 𝑅𝐶 (18)
25
conforme a Figura 13, o capacitor (inicialmente descarregado Q0=0) é carregado
até adquirir uma carga elétrica Q.
𝑑𝑄
𝑖=+ (19)
𝑑𝑡
𝜀 − 𝑉𝑅 − 𝑉𝐶 = 0
𝑄
𝜀−𝑅∙𝑖−=0
𝐶
𝑑𝑄 𝑄
𝜀−𝑅∙ − =0
𝑑𝑡 𝐶
𝑑𝑡 𝑑𝑄
=
𝑅𝐶 𝜀𝐶 − 𝑄
𝑡 𝑄
𝑑𝑡 𝑑𝑄
∫ =∫
0 𝑅𝐶 0 𝜀𝐶 − 𝑄
𝑡 𝜀𝐶 − 𝑄
= −𝑙𝑛 ( ) × (−1)
𝑅𝐶 𝜀𝐶
𝑡 𝜀𝐶 − 𝑄
− = 𝑙𝑛 ( )
𝑅𝐶 𝜀𝐶
𝑡 𝜀𝐶 − 𝑄
𝑒 − ⁄𝑅𝐶 =
𝜀𝐶
𝑡 𝑡
𝑄(𝑡) = 𝜀𝐶 (1 − 𝑒 − ⁄𝑅𝐶 ) ⇔ 𝑄(𝑡) = 𝑄𝑓 (1 − 𝑒 − ⁄𝑅𝐶 ) (20)
26
Veja que a carga elétrica final do capacitor será dada pelo fator 𝑄𝑓 = 𝜀𝐶.
Inicialmente, a corrente elétrica no circuito é 𝑖0 = 𝜀⁄𝑅, tornando-se nula
quando o capacitor estiver totalmente carregado. Podemos definir a variação da
corrente elétrica em função do tempo pela Equação 21.
𝑑𝑄
𝑖=
𝑑𝑡
𝑑 𝑡
𝑖= ( 𝜀𝐶 (1 − 𝑒 − ⁄𝑅𝐶 ))
𝑑𝑡
𝜀 −𝑡⁄ 𝑡
𝑖= ∙ 𝑒 𝑅𝐶 ⇔ 𝑖 = 𝑖0 ∙ 𝑒 − ⁄𝑅𝐶 (21)
𝑅
FINALIZANDO
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Aprendemos também como trabalhar com circuitos fechados de corrente
contínua com redes de malhas, compostos por elementos resistivos e fontes de
tensão por meio das Leis de Kirchhoff. Além disso, analisamos o comportamento
de capacitores associados a resistores em seu processo de carga e descarga.
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REFERÊNCIAS
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