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UNIVERSIDADE LURIO

FACULDADE DE ENGENHARIA
LICENCIATURA EM ENGENHARIA INFORMATICA

TRABALHO DE FISICA 2

Tema: Campo Magnético, Fontes do campo magnético, Indução electromagnética e


Equações de Maxwell

Docente: Francisco Américo Macuba

Discentes:
Mussinady Abubacar

Pemba, Dezembro de 2022


Índice
Introdução..................................................................................................................................1

1. Campo Magnético..............................................................................................................2

1.1. Definição qualitativa e quantitativa do campo magnético (interação magnética). 2

2. Fontes do Campo Magnético...............................................................................................12

2.1. Campo magnético gerado por uma corrente elétrica..............................................13

1.2. Campo magnético de uma espira condutora......................................................14

1.3. Campo magnético de uma bobina (solenoide)....................................................14

2. Indução Electromagnética...............................................................................................14

3. Equações de Maxwell.......................................................................................................18

3.1. Lei de Gauss..............................................................................................................18

3.3. Lei de Gauss do magnetismo...................................................................................20

3.5. Equações de Maxwell aplicação...............................................................................20

Resumo das equações...........................................................................................................21

Conclusão..................................................................................................................................22

Bibliografia...............................................................................................................................23
Introdução
Neste presente Trabalho abordarei sobres os seguintes temas Campo Magnético, Fontes
do campo magnético, Indução electromagnética e Equações de Maxwell, onde
aprofundarei sobre cada tema referido e seus respeitivos exemplos páticos. Onde
intenderemos que um campo magnético pode ser definido em termos do que acontece
com uma partícula carregada que se move na presença do campo. Adiantando diria que
um Campo magnético é uma região do espaço capaz de exercer forças sobre cargas
elétricas em movimento e em materiais dotados de propriedades magnéticas. O campo
magnético é uma grandeza física vetorial medida em tesla (T). Tanto o campo
magnético produzido pelos ímãs naturais quanto aquele gerado por ímãs artificiais são
resultado da movimentação das cargas elétricas no interior dos ímãs.

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1. Campo Magnético
1.1. Definição qualitativa e quantitativa do campo magnético (interação
magnética)
Quando uma partícula eletricamente carregada move-se, dá-se origem a um
campo magnético. De acordo com as leis do eletromagnetismo, esse campo
magnético origina-se da variação de intensidade do campo elétrico.
Determinamos o campo elétrico em um ponto colocando uma partícula de
prova com uma carga q nesse ponto e medindo a força elétrica que age sobre a
partícula. Em seguida, definimos o campo usando a relação:

Se dispuséssemos de um monopolo magnético, poderíamos definir de forma


análoga. Entretanto, como os monopolos magnéticos até hoje não foram
encontrados, devemos definir de outro modo, ou seja, em termos da força
magnética exercida sobre uma partícula de prova carregada eletricamente e em
movimento.
Assim, podemos em seguida definir um campo magnético ⃗
Bcomo uma grandeza
vetorial cuja direção coincide com aquela para a qual a força é zero. Depois de medir

F B Para ⃗v Perpendicular a⃗
B , Definimos o módulo ⃗
Bde em termos do módulo da

força:
em que q é a carga da partícula.

B - é o campo magnético

F B - é a força magnetica que age sobre a partícula
⃗v - é a velocidade da partícula
Podemos expressar esses resultados usando a seguinte equação vetorial:

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Ou seja, a força⃗
F B que age sobre a partícula é igual à carga q multiplicada pelo
produto vetorial da velocidade ⃗v pelo campo ⃗
B (medidos no mesmo
referencial).
Assim podemos escrever o módulo de ⃗
F B na forma:

Em que Ф é o ângulo entre as direções da velocidade ⃗v e do campo magnético



B.
1.1.2. Determinação da Força Magnética
A força magnética, ou força de Lorentz, é resultado da interação entre dois
corpos dotados de propriedades magnéticas, como ímãs ou cargas elétricas em
movimento.
No caso das cargas elétricas, a força magnética passa a existir quando uma
partícula eletricamente carregada movimenta-se em uma região onde atua um
campo magnético.
Considerando que uma carga pontual Q, com velocidade v, é lançada em uma
região onde existe um campo magnético uniforme B, passa a atuar sobre ela
uma força magnética com intensidade dada pela seguinte equação:

α é o ângulo entre os vetores da velocidade v e do campo magnético B.


A direção do campo magnético é perpendicular ao plano que contém os vetores
v e F, e o sentido é dado pela regra da mão direita. Observe a figura:

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Veja que o dedo médio aponta na direção do campo magnético B, o indicador indica a
direção da vlocidade V com que a carga se movimenta e o polegar aponta no sentido
da Força magnética F.
O movimento adquirido pela carga elétrica ao entrar em contato com o campo
magnético depende do ângulo em que ela foi lançada:
1. Quando a partícula lançada possui velocidade paralela às linhas de indução do
campo magnético, a força magnética é nula.
2. Partícula lançada perpendicularmente ao campo magnético: o ângulo entre v
e B será α = 90º. Como sen 90º = 1.
3. Partícula lançada obliquamente às linhas de campo: Nesse caso, devemos
considerar as componentes x e y do vetor velocidade. A velocidade vx tem o
mesmo sentido que as linhas de campo magnético, enquanto vy é
perpendicular. A resultante da velocidade ocasiona um movimento circular e
uniforme, com direção perpendicular ao vetor B, que pode ser denominado de
helicoidal uniforme.
A unidade de medida da força magnética é a mesma de qualquer outro tipo de
foça: o Newton. Existem inúmeras aplicações da força magnética, dentre elas,
podemos citar os seletores de velocidade, motores elétricos e galvanômetros.

1.1.3. Linhas de Campo Magnético


O campo magnético, como o campo elétrico, pode ser representado por linhas
de campo. As regras são as mesmas:
(1) a direção da tangente a uma linha de campo magnético em qualquer ponto
fornece a direção de ⃗
Bnesse ponto;
(2) o espaçamento das linhas representa o módulo de ⃗
B— quanto mais intenso
o campo, mais próximas estão as linhas, e vice-versa.
Dois Polos. As linhas de campo entram no ímã por uma das extremidades e
saem pela outra. A extremidade pela qual as linhas saem é chamada de polo
norte do ímã; a outra extremidade, pela qual as linhas entram, recebe o nome de
polo sul. Como um ímã tem dois polos, dizemos que ele se comporta como um
dipolo magnético. Os ímãs que usamos para prender bilhetes nas geladeiras são
ímãs em forma de barra. Os dois tipos comuns de ímãs: o ímã em forma de
ferradura e o ímã em forma de C (no segundo tipo, o campo magnético entre os

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polos é aproximadamente uniforme). Seja qual for a forma dos ímãs, quando
colocamos dois ímãs próximos um do outro sempre observamos o seguinte:

1. Aproxime do Pólo Norte de um dos imanes, o Pólo Norte do outro íman.


Sentirá que uma força tende a repelir os imanes, não permitindo que os dois
pólos «norte» se juntem.

2. Aproxime do Pólo Sul de um dos ímanes, o Pólo Sul do outro íman. De


modo semelhante, surgirá uma força de repulsão, que não permite que os dois
pólos se juntem.

3. Aproxime o Pólo Sul de um íman do Pólo Norte do outro íman. Entre eles
surge uma força de atracção.

 Pólos magnéticos do mesmo nome, repelem-se.


 Pólos magnéticos de nomes contrários atraem-se.

Linhas de campo magnético nas proximidades de um ímã em forma de barra.

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. Um “ímã de vaca” — ímã em forma de barra introduzido no rúmen das vacas
para evitar que pedaços de ferro ingeridos acidentalmente cheguem ao
intestino do animal. A limalha de ferro revela as linhas de campo magnético.

Ímã em forma de ferradura e (b) ímã em forma de C. (Apenas algumas linhas


de campo externas foram desenhadas.)

Exemplo:

No interior de uma câmara de laboratório existe um campo magnético uniforme


,de módulo1,2 mT, orientado verticalmente para cima. Um próton com uma
energia cinética de 5,3 MeV entra na câmara movendo-se horizontalmente do
sul para o norte. Qual é a força experimentada pelo próton ao entrar na câmara?
A massa do próton é 1,67 × 10 −27 kg. (Despreze o efeito do campo magnético
da Terra.)

Teremos:

De acordo com a equação:

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Temos:

Essa força pode parecer pequena, mas, como age sobre uma partícula de massa
muito pequena, produz uma grande aceleração:

Orientação: Se a carga da partícula fosse negativa, a força magnética teria o


sentido oposto, ou seja, de leste para oeste. Esse resultado pode ser obtido
substituindo q por –q.

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1.2. Força magnética sobre um condutor
Um campo magnético exerce força sobre um condutor no qual flui corrente elétrica
estacionária.

Um fio flexível passa entre os polos de um ímã (apenas o polo mais distante
aparece no desenho).
(a) Quando não há corrente, o fio não se encurva para nenhum lado.
(b) Quando há uma corrente para cima, o fio se encurva para a direita.
(c) Quando há uma corrente para baixo, o fio se encurva para a esquerda. As
ligações necessárias para completar o circuito não são mostradas no desenho

.
Vista ampliada do fio da Figura acima. O sentido da corrente é para cima, o
que significa que a velocidade de deriva dos elétrons aponta para baixo. Um

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campo magnético que aponta para fora do papel faz com que os elétrons e o
fio sejam submetidos a uma força para a direita.

1.2.1. Cálculo da Força


Considere um trecho do fio de comprimento L. Após um intervalo de tempo t =
L/vd , todos os elétrons de condução desse trecho passam pelo plano xx da
Figura acima. Assim, nesse intervalo de tempo, uma carga é dada por:

Ou
A equação acima permite calcular a força magnética que age sobre um trecho
de fio retilíneo de comprimento L percorrido por uma corrente i e submetido a
um campo magnético que é perpendicular ao fio. Se o campo magnético não é
perpendicular ao fio, a força magnética é dada por uma generalização da
equação acima:

(Força aplicada em uma corrente)


Aqui, é um vetor comprimento de módulo L, com a mesma direção que o
trecho de fio e o sentido (convencional) da corrente. O módulo da força FB é

dado por:
1.2.2. Fio Curvo
Se o fio não é retilíneo ou o campo não é uniforme, podemos dividir
mentalmente o fio em pequenos segmentos retilíneos e aplicar a Equação acima
a cada segmento. Nesse caso, a força que age sobre o fio como um todo é a
soma vetorial das forças que agem sobre os segmentos em que o fio foi
dividido. No caso de segmentos infinitesimais, podemos escrever:

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E podemos calcular a força total que age sobre um fio integrando a equação
acima para todo o fio.

Ao aplicar a equação acima, é útil termos em mente que não existem segmentos
isolados de comprimento dL percorridos por corrente; deve sempre haver um
meio de introduzir corrente em uma das extremidades do segmento e retirá-la
na outra extremidade.
Exercicio:
Um fio horizontal retilíneo, feito de cobre, é percorrido por uma corrente i = 28
A. Determine o módulo e a orientação do menor campo magnético capaz de
manter o fio suspenso, ou seja, equilibrar a força gravitacional. A densidade
linear (massa por unidade de comprimento) do fio é 46,6g/m.
Pela equação:

1.3. O efeito de Hall


Efeito Hall, permite verificar se os portadores de corrente em um condutor têm
carga positiva ou negativa. Além disso, pode ser usado para determinar o
número de portadores de corrente por unidade de volume do condutor.
1.3.1. Equilíbrio
De acordo com a equação do campo uniforme, ao campo elétrico está associada
uma diferença de potencial de Hall entre as bordas da fita. Essa diferença é
dada por:
V = Ed,

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em que d é a largura da fita.
Ligando um voltímetro às bordas da fita, podemos medir essa diferença de
potencial e descobrir em qual das bordas o potencial é maior.
1.3.2. Concentração de portadores
Vamos passar à parte quantitativa. De acordo com as equações do campo
electirco e da força magnética, quando as forças elétrica e magnética estão em
equilíbrio, temos:

A velocidade de deriva vd é dada por:

1.4. O dipolo magnético (barra magnética e espira magnética; momento do dipolo


magnético)
Momento dipolar magnético à bobina. A direção de ⃗μ é a do vetor normal ;
portanto, é dada pela mesma regra da mão direita das equações passadas
Quando os dedos da mão direita apontam na direção da corrente na bobina, o
polegar estendido aponta na direção de ⃗μ . O módulo de ⃗μ é dado por:

1.5. Cálculo do campo magnético a partir da lei de Ampere (a lei de Ampere, B,


nas vizinhanças de uma corrente retilínea, B de um solenoide)
1.5.1. Cálculo do Campo Magnético Produzido por uma Corrente
Módulo. O módulo do campo produzido no ponto P por um elemento de
corrente i é dado por:

em que θ é o ângulo entre as direções de ds e r , um vetor unitário que aponta


de ds para P, e μ0 é uma constante, conhecida como constante magnética, cujo
valor, por definição, é dado por:

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1.5.2. Solenoide

Chamamos de solenoide um condutor longo e enrolado que forma um tubo


constituído de espiras igualmente espaçadas. A intensidade do vetor campo
magnético no interior de um solenoide é determinada pela seguinte equação:

1.5.3. Lei de Ampère


Analogamente, é possível obter o campo magnético total associado a qualquer
distribuição de correntes somando os campos magnéticos elementares
produzidos por todos os elementos de corrente i da distribuição. No caso de
uma distribuição complicada de correntes, o método pode exigir o uso de um
computador. Por outro lado, se a distribuição possui certos tipos de simetria,
podemos usar a lei de Ampère para determinar diretamente o campo magnético
total. A lei, que pode ser demonstrada a partir da lei de Biot-Savart, é expressa
pela equação:

O produto escalar B e ds . do lado esquerdo da Equação acima é igual a B cos θ


ds. Isso significa que a lei de Ampère pode ser escrita na seguinte forma:

De acordo com as equações acima , o produto escalar B e ds, pode ser


interpretado como o produto de um comprimento elementar ds da amperiana
pela componente do campo magnético tangente à amperiana no ponto onde se
encontra o comprimento elementar ds, B cos θ, e, portanto, a integral pode ser
interpretada como a soma desses produtos para toda a amperiana.

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2. Fontes do Campo Magnético
Existem diferentes fontes de campo magnético. Elas afetam a forma como o campo é
distribuído no espaço, e, por isso, é importante conhecer algumas delas, bem como as
fórmulas usadas para calculá-las. Começaremos com o campo magnético produzido por
uma corrente elétrica.

2.1. Campo magnético gerado por uma corrente elétrica

Quando uma corrente elétrica percorre um fio condutor retilíneo, um campo magnético
circular forma-se ao longo de toda a sua extensão. As linhas de indução desse campo
são concêntricas em relação ao fio. O seu sentido é determinado pela regra da mão
direita, de acordo com ela, quando apontamos o polegar no sentido da corrente elétrica,
os demais dedos da mão fecham-se no sentido do campo magnético.

O campo magnético produzido por uma corrente elétrica, denotado pelo símbolo B,
pode ser calculado pela fórmula a seguir:

B – campo magnético (T)

μ0 – permeabilidade magnética do vácuo (4π.10 –7 T.m/A)


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i – corrente elétrica (A)

R – distância ao fio (m)

1.2. Campo magnético de uma espira condutora

Uma espira é um fio condutor fechado, em formato circular. O campo magnético


produzido na região central dela pode ser calculado pela fórmula seguinte, confira:

1.3. Campo magnético de uma bobina (solenoide)

Bobinas, também conhecidas como solenoides, são formadas por um longo fio condutor
enrolado diversas vezes, tratando-se, portanto, da combinação de um grande número de
espiras.

A fórmula usada para calcular o campo magnético no interior do solenoide é esta:

N – número de voltas do solenoide

L – comprimento do solenoide

2. Indução Electromagnética
Indução eletromagnética e lei de Faraday

De acordo com a lei de Faraday, quando há variação de fluxo de campo magnético em


algum circuito condutor, como em uma bobina, uma força eletromotriz induzida (tensão
elétrica) surge nesse condutor.

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Fluxo magnético, por sua vez, diz respeito à quantidade de linhas de campo magnético
que atravessam uma área. Essa grandeza física, medida em Wb (Weber ou T/m²),
relaciona a intensidade do campo magnético com a área e o ângulo entre as linhas de
campo magnético e a reta normal da área.

Φ – fluxo magnético (Wb ou T/m²)

B – campo magnético (T – Tesla)

A – área (m²)

θ – ângulo entre B e a normal da área A

Apesar de a indução eletromagnética ter sido uma descoberta de Faraday, ele não a
deduziu matematicamente, nem pôde explicar a forma como a força eletromotriz surgia
no circuito, essas implementações surgiram depois, pelas mãos de Heinrich Lenz e
Franz Ernst Neumann, moldando a lei de Faraday na forma como a conhecemos
atualmente.

A contribuição de Neumann diz respeito ao equacionamento da lei de Faraday, ele a


descreveu como uma variação temporal do fluxo de campo magnético, confira:

ε – força eletromotriz induzida (V – Volts)

ΔΦ – variação de fluxo magnético (Wb)

Δt – intervalo de tempo

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A contribuição de Lenz, por sua vez, foi relacionada ao princípio da conservação da
energia. Lenz explicou qual devia ser a direção da corrente elétrica induzida pela
variação de fluxo magnético. De acordo com ele, a corrente elétrica que é induzida
sempre surge de modo a opor-se à variação de fluxo magnético externo. A constatação
de Lenz fez com que adicionássemos o sinal negativo à lei de Faraday:

A figura seguinte mostra como ocorre o surgimento da força eletromotriz induzida de


acordo com a lei de Faraday-Lenz, observe que as linhas do campo magnético induzido
surgem de modo a compensar a variação de fluxo de campo magnético que aumenta em
direção ao interior do solenoide:

Ao aproximarmos o norte magnético da bobina, ela produz um norte magnético que se


opõe.

O afastamento do norte magnético faz com que a bobina produza um sul magnético.

Fórmulas de indução eletromagnética

As principais fórmulas de indução eletromagnética são a fórmula do fluxo de campo


magnético e a lei de Faraday-Lenz, confira:

Aplicações da indução eletromagnética

Vamos conhecer algumas aplicações diretas da indução eletromagnética, entre elas


podemos citar os geradores de corrente alternada, os transformadores e os motores
elétricos.

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Geradores de corrente alternada

Todos os geradores de corrente elétrica alternada operam de acordo com a indução


eletromagnética de Faraday. Esses geradores estão presentes em diversos tipos de usinas
elétricas, e o fator comum a todas elas é que a energia elétrica é obtida a partir da
conversão da energia mecânica.

Nas usinas hidrelétricas, por exemplo, a queda d'água transforma a energia potencial
gravitacional de uma grande massa de água em energia cinética, essa energia produz o
movimento de rotação das pás do gerador, ligadas a poderosos ímãs e grandes bobinas
condutoras. Caso tenha mais interesse no tema, acesse nosso texto: Geradores.

Transformadores

Os transformadores são dispositivos que fazem uso direto do fenômeno da indução


eletromagnética. Esses aparelhos só funcionam com correntes elétricas alternadas e são
constituídos de uma barra de ferro, geralmente em formato de U, envolta em duas
bobinas, com diferentes números de espiras. Quando a corrente elétrica passa pelo
primeiro enrolamento, um campo magnético é produzido pela bobina, sendo então
concentrado e transmitido através da barra de fero. A segunda bobina, exposta ao campo
magnético oscilante, gera um campo magnético induzido, contrário àquele que é
transmitido pela barra de ferro.

A diferença entre o número de espiras em cada um dos lados da barra de ferro faz com
que a intensidade da corrente elétrica induzida seja diferente nas duas bobinas, no
entanto, a potência elétrica em cada uma delas é a mesma, desse modo, aumentando-se
a corrente elétrica, surge uma queda de potencial e vice-versa.

É assim que os transformadores operam: eles podem abaixar ou diminuir a intensidade


da corrente elétrica de acordo com a proporção entre o número de enrolamentos em
cada uma de suas bobinas. A fórmula utilizada para os transformadores é mostrada a
seguir, confira:

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VP e VS – tensões primária e secundária

NP e NS – número de enrolamentos da bobina primária e secundária

Motores elétricos

Os motores elétricos operam como geradores elétricos invertidos, ou seja, em vez de


converterem energia mecânica em eletricidade, produzem energia mecânica a partir de
energia elétrica. Nesse caso, em vez de usarmos a rotação de um eixo para gerar
eletricidade, fazemos com que uma corrente elétrica passe através de um eixo enrolado
por diversas bobinas, fazendo-o girar.

3. Equações de Maxwell
Trazendo a seguinte equação do campo elétrico onda:

Como a gente pode encontrar, a partir desse campo elétrico o campo magnético por
exemplo? A gente usa as equações de Maxwell, elas conseguem fazer a união da
eletricidade com o magnetismo . Serão mostradas 4 equações, cada uma tem forma
integral e diferencial e pra sair da forma integral pra diferencial não é só derivar nesse
caso.
O importante aqui é guardar especialmente as equações diferenciais que são bastante
usadas e tentar compreender o processo de sair da forma integral pra diferencial.

3.1. Lei de Gauss


A forma integral da lei de gauss é:

Onde:

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A idéia é que não precisa entender essa lei pra aplicar ela, compreender quem é quem
já basta pra você fazer as alterações necessárias. A integral é o fluxo do campo elétrico
numa superfície esférica.

Qint é a quantidade de carga elétrica total da região escolhida e ϵ0é a permissividade no


vácuo.
ϵ0≅8,85×10-12 F/m
dA→ é o diferencial da área A da esfera.
dV é o diferencial de volume da esfera.
ρ é a densidade volumétrica de carga.

Nessa equação aplicarei o teorema da divergência e procurar deixar os dois lados com o
mesmo integrante.

Onde ∇→∙E→ é o divergente de E→, dado por .


E trazendo a equação do ínicio:

Derivamos dos dois lados pra dV e aí encontramos.


3.2. (Lei de Gauss - Forma diferencial)

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Na maioria dos casos a gente vai trabalhar no vácuo e quando isso aí rolar teremos:
ρ=0

Ou seja:

3.3. Lei de Gauss do magnetismo


A forma integral dessa lei é:

Seguindo o mesmo pensamento que tivemos antes, o termo calculará agora o


Fluxo Magnético (ϕB) através da região cuja área é A, que será sempre nulo!

Você pode enxergar o “fluxo” do campo elétrico e do campo magnético como as linhas
que saem e entrar na nossa região!
Do mesmo jeito usaremos o teorema da divergência pra encontrar a forma diferencial:

Derivaremos as duas partes

E enfim encontramos:
3.4. (Lei de Gauss para o magnetismo - Forma diferencial)

Basicamente estamos dizendo que o divergente de B→ é sempre igual a zero.

3.5. Equações de Maxwell aplicação


Bom a gente já sabe como deduzir e não vamos sair daqui sem aplicar, lembra que eu
dei pra você um campo elétrico de uma onda no inicío que era dado por:

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Agora pra esse caso podemos usar a lei de faraday diferencial.

E o rotacional desse cara vai ficar:

Resumo das equações


Bom pra resumir as equações de Maxwell com essa tabelinha.

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Conclusão
Finalizando o trabalho direi que o desenvolvimento do presente trabalho possibilitou
uma análise de como Saber a diferença entre um eletroímã e um ímã permanente, Saber
que o campo magnético é uma grandeza vetorial e que, portanto, tem um módulo e uma
orientação.

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Bibliografia
Halliday, David, 1916-2010 Fundamentos de física, volume 3 : eletromagnetismo /
David Halliday, Robert Resnick, Jearl Walker ; tradução Ronaldo Sérgio de Biasi. - 10.
ed. - Rio de Janeiro : LTC, 2016. il. ; 28 cm.

Eletromagnetismo. 2. Física. I. Resnick, Robert, 1923-2014. II. Walker, Jearl, 1945-.


III. Biasi, Ronaldo Sérgio de. IV. Título

https://app.respondeai.com.br/aprender/topico/38/709/teoria/688

https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/inducao-eletromagnetica.htm

VILLAS BÔAS, Newton - Tópicos de física: volume 3 / Gualter José Biscuola, Ricardo
Helou Doca, Newton Villas Bôas. —18. ed. — São Paulo : Saraiva, 2012.

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