Você está na página 1de 17

CAPÍTULO – 0008

ELETROMAGNETISMO - II.

FLUXO MAGNÉTICO.

Prof. Vicente Teixeira Batista


ELETROMAGNETISMO – II.
FORÇA MAGNÉTICA:
Pode-se analisar a força magnética, sobre uma carga, sobre um fio percorrido por uma corrente elétrica e entre dois
fios percorridos por correntes elétricas.

FORÇA MAGNÉTICA SOBRE UMA CARGA:


Quando uma partícula carregada se desloca obliquamente, em um campo magnético uniforme, com uma determinada
velocidade, esta carga sofre o efeito de uma força de natureza magnética.
A força magnética é diretamente proporcional à velocidade, à indução magnética, à carga elétrica e depende do ângulo
formado entre os vetores indução magnética e velocidade.
⃗𝐵

𝐹 𝑚 =𝑣 . 𝐵. 𝑞 . 𝑠𝑒𝑛 
⃗𝑣
Onde:
 força magnética;
 velocidade da partícula;
 módulo do vetor indução magnética;
q  carga da partícula.
 ângulo formado entre os vetores velocidade e indução magnética.
ELETROMAGNETISMO – II.
FORÇA MAGNÉTICA SOBRE UMA CARGA:
Os vetores força magnética , velocidade e indução magnética são perpendiculares.

𝑞
Regra do tapa  partícula positiva  tapa será dado com a mão direita.
Regra do tapa  partícula negativa  tapa será dado com a mão esquerda..

Direção da força magnética  sempre perpendicular ao plano determinado por e .


ELETROMAGNETISMO – II.
FORÇA MAGNÉTICA SOBRE UMA CARGA:
Se  a partícula se desloca paralelamente ao campo com velocidade constante  a força é mínima  .

Se  a partícula se desloca perpendicularmente ao campo  a força é máxima  .

neste caso, a força magnética atua como uma força centrípeta, forçando a partícula a realiza um movimento circular uniforme, ou
seja, 𝑚 .𝑣
a descrever uma trajetória circular com velocidade de módulo constante, de raio;
𝑅=
𝐵.𝑞
 raio da circunferência do MCU.
𝐵 .𝑞 . 𝑅
𝑣=
𝑚 ⃗
 velocidade linear do MCU. 𝐹𝑚

2 𝝿 .𝑚
𝑇=
𝐵 .𝑞
 período do MCU
ELETROMAGNETISMO – II.
FORÇA MAGNÉTICA SOBRE UMA CARGA:

Se 0° <  < 90°: aquela em que a velocidade da carga não é nem perpendicular e nem paralela ao campo  aqui a
velocidade da partícula é decomposta em dois vetores sendo um deles paralelo ao campo e outro perpendicular. A
composição desses vetores, obrigam a partícula a descrever um movimento helicoidal onde a trajetória é uma hélice
cilíndrica com o raio dado pela componente perpendicular do vetor velocidade e o passo dado pela componente paralela
do vetor velocidade ao campo.
𝑚. 𝑣 . 𝑠𝑒𝑛 
𝑅=
𝐵. 𝑞
Onde:

 raio da trajetória helicoidal;


 massa da partícula;
 velocidade linear;
 componente horizontal da velocidade linear;
 componente vertical da velocidade linear;
 indução magnética;
 carga da partícula;
 ângulo formado entre os vetores velocidade linear e indução magnética.
ELETROMAGNETISMO – II.
FORÇA MAGNÉTICA SOBRE UM FIO CONDUTOR:
Quando um fio condutor, que se encontra mergulhado em um campo magnético uniforme, é percorrido por uma corrente
elétrica o fio sofre uma força de natureza magnética. Esta força magnética é diretamente proporcional ao produto da indução
magnética da corrente e do comprimento do fio.

Onde:

 força magnética;
 indução magnética;
 corrente elétrica;
 comprimento do fio.

Observação: A direção e o sentido são dados pela regra da mão direita, basta trocar a velocidade pela corrente elétrica
(convencional), assim a força será sempre perpendicular a palma da mão e saindo.

 
ELETROMAGNETISMO – II.
FORÇA MAGNÉTICA ENTRE DOIS FIOS CONDUTORES EM PARALELO:
ANTIGA LEI DE AMPÈRE:
Os fios paralelos que conduzem corrente elétrica podem sofrer atração ou repulsão magnética. Isso dependerá dos
sentidos da forças e das correntes. Estas forças são diretamente proporcionais as correntes e o comprimento do fio e
inversamente a distância entre eles.

µ0 . 𝐼 1 . 𝐼 2 . 𝐿
𝐹𝑚=
2 𝝿. 𝑟

Onde:
 força magnética;
 permeabilidade magnética do meio;
 corrente no fio 1;
 corrente no fio 2;
 comprimento dos fios;
 distância entre os fios.
ELETROMAGNETISMO – II.
FLUXO MAGNÉTICO:
O módulo do fluxo da indução magnética através de uma superfície aberta é igual ao número de linhas de indução
que atravessam a superfície. O módulo do fluxo da indução magnética através de uma superfície fechada é nulo.
O fluxo magnético é diretamente proporcional ao produto da indução magnética e a área de incidência das linhas de
indução e depende do ângulo formado entre as linhas de indução e a normal à área,

𝚽= 𝐵. 𝐴 .𝑐𝑜𝑠 

Se =90º  o fluxo é mínimo  .


Se =0º  o fluxo é máximo  .

A unidade do fluxo magnético no SI é o weber ()  .

Onde:
 fluxo magnético;
 indução magnética;
 área de incidência;
 ângulo entre a normal à área de incidência.
ELETROMAGNETISMO – II.
LEI DE FARADAY:
A força eletromotriz induzida é igual a variação negativa do fluxo magnético no intervalo de tempo.
𝑓 𝑒𝑚=𝜀=− △ 𝚽/ △ 𝑡
Unidade de no SI é o volt ()  .
 
Quando uma barra metálica se move com velocidade constante dentro de um campo magnético, ficará sob ação
de uma força magnética. A força magnética provoca um deslocamento de cargas, devido a indução magnética, gerando
nas extremidades da barra uma diferença de potencial.

𝑓 𝑒𝑚=𝜀= 𝐵. 𝑣 .𝓵

Onde:
 força eletromotriz;
 variação do fluxo magnético;
 intervalo de tempo;
 indução magnética;
 velocidade constante;
 comprimento da barra.
ELETROMAGNETISMO – II.
LEI DE LENZ:
O sentido da corrente induzida em um circuito é tal que o efeito da corrente tende sempre a se opor à variação do
fluxo magnético que a gerou. A lei de Lenz justifica o sinal negativo na lei de Faradey.
ELETROMAGNETISMO – II.

TRANSFORMADORES:
Os transformadores são aparelhos que permitem elevar ou abaixar tensões mantendo constante a potência. Os
transformadores só funcionam em correntes alternadas.
Um transformador é constituído de um núcleo de ferro com duas bobinas que se chamam, respectivamente, primário
e secundário do transformador.
O transformador eleva ou abaixa a tensão, conforme o número de espiras do secundário seja maior ou menor que o
número de espiras do primário. O aumento da tensão é acompanhado de uma redução da intensidade da corrente e vice-
versa.
A voltagem é diretamente proporcional ao número de espiras:
Se  ocorre abaixamento da voltagem;
Se  ocorre elevação da voltagem.

A corrente é inversamente proporcional ao número de espiras:


Das relações acima temos que:  
Onde:
 número de espiras no primário e no secundário;
 voltagens no primário e no secundário;
 correntes no primário e no secundário;
 potências no primário e no secundário.
ELETROMAGNETISMO – II.

EXERCÍCIOS:

EXERCÍCIO 8.1 – Uma partícula ionizada está descrevendo uma trajetória circular em um campo magnético uniforme.
Sabendo que o valor do campo magnético é B = 0,1 T, a carga de cada partícula vale , a velocidade é de e a massa da
partícula vale kg, determine:
 
a) a força magnética que atua em cada partícula, em N;
b) o raio da circunferência descrita pela partícula, em m.
EXERCÍCIO 8.2 – Uma partícula de massa e com carga é lançada com uma velocidade em um campo magnético ,
uniforme, como mostra a figura. Verifica-se que a partícula move-se em linha reta, em virtude da força magnética
equilibrar o peso da partícula . Considerando , determine o valor do vetor indução magnética .

 
ELETROMAGNETISMO – II.
EXERCÍCIO 8.3 – Uma partícula de massa “m” e carga “q” foi lançada com velocidade em uma região onde existem doi s
campos uniformes: um magnético e outro elétrico . Verificou-se que a partícula atravessou a região com velocidade vetorial
constante, em virtude de a força magnética ter equilibrado a força elétrica conforme a figura. Desprezando os efeitos da
gravidade e sabendo que os módulos dos vetores campo magnético e campo elétrico valem respectivamente e ,
determine:
a) o sinal da carga q;
b) a velocidade da partícula, em m/s.
 

EXERCÍCIO 8.4 – a figura mostra uma barra metálica horizontal, de comprimento e peso , suspensa por molas também
metálicas de constante cada, em uma região onde atua um campo de indução magnética , perpendicular à barra.
Sabendo-se que a barra conduz uma corrente elétrica , determine a intensidade da indução magnética, para que as molas,
no equilíbrio, fiquem deformadas de .
ELETROMAGNETISMO – II.
EXERCÍCIO 8.5 – Uma partícula de carga q = 4 x 10-18 C e massa m = 2 x 10-26kg penetra, ortogonalmente, numa região de
um campo magnético uniforme com velocidade V = 10 5 m/s. Sabendo que a intensidade da indução magnética do campo
vale B = 10-3T, determine:
a) o sentido de rotação desta partícula;
b) o raio da circunferência descrita pela partícula.

EXERCÍCIO 8.6 – Uma espira quadrada, de lado igual a 2 cm, é colocada paralelamente às linhas de campo magnético, cuja
intensidade do campo é de 2 . 10-3T. Determine o fluxo magnético, em Wb, através dessa espira.

EXERCÍCIO 8.7 – Um elétron é arremessado com uma velocidade de 10 9 m/s paralelamente às linhas de campo de um
campo magnético uniforme de intensidade B = 1,6 T. Sabendo que a carga do elétron vale , determine a força magnética
sobre o elétron.
ELETROMAGNETISMO – II.

EXERCÍCIO 8.8 – Um próton é lançado perpendicularmente a um campo magnético uniforme de intensidade 2,0.10 9 T com
uma velocidade de 1,0.106 m/s. Sabendo a carga do próton vale , determine a intensidade da força magnética que atua
sobre a partícula, em N.
EXERCÍCIO 8.9 – Um próton com velocidade penetra perpendicularmente em um campo magnético uniforme de
indução magnética , passando a descrever uma trajetória circular uniforme conforme mostra a figura. Sabendo que a massa
do próton vale e sua carga é , determine:

a) o raio da trajetória R, em cm, descrita pelo próton entre os pontos M e N;


b) o intervalo de tempo , em s, decorrido entre a entrada no ponto M e a saída do próton no ponto N.
ELETROMAGNETISMO – II.

EXERCÍCIO 8.10 – Um transformador, onde as perdas de energia são desprezadas, possui uma relação entre as espiras do
primário e secundário, igual a 2:5. Aplicando no primário uma tensão alternada de 30V, determine a tensão obtida no
secundário será, em V.

EXERCÍCIO 8.11 – No circuito abaixo, o transformador é ideal. Determine a corrente elétrica, em ampères, no primário do
transformador.

EXERCÍCIO 8.12 – Uma lâmpada elétrica de 100 W é colocada no secundário do transformador mostrado na figura abaixo.
Sabendo que esta lâmpada funciona perfeitamente, determine a corrente “i”, em ampères, no primário do transformador
ideal para acende-la totalmente.
ELETROMAGNETISMO – II.

EXERCÍCIO 8.13 – Determine a corrente, em A, no primário do transformador ideal para acender todas as lâmpadas do
secundário nas potências indicadas.

EXERCÍCIO 8.14 – Determine o número de espiras no secundário do transformador ideal, para que as condições dadas no
circuito abaixo estejam satisfeitas.

EXERCÍCIO 8.15 – Determine a corrente, em ampères, no secundário do transformador, sabendo que os seus números de
espiras iguais a 1.000/500 (primário/secundário).

Você também pode gostar