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ENSINO MÉDIO

3º ANO
AULA 39.1

PROFESSORES
Decio Gomes Marques
Deise Silva Lima
Mcenroe Franco da Silva
2

Força Magnética – Parte III

Aplicação dos fenômenos


AULA relacionados à força magnética
39.1
3

HABILIDADES
Calcular a força magnética em uma ou várias
1 cargas em movimento.

Resolver problemas que envolvam campo e


força magnética em condutores percorridos
2 por corrente elétrica.
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Aplicação dos fenômenos


relacionados à força magnética

A aplicação da força magnética sobre


um condutor percorrido por corrente
elétrica e imerso em um campo
magnético se dá em diversos
aparelhos elétricos.
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Quando uma carga elétrica penetra em um
campo magnético uniforme, verifica-se que
essa carga fica sujeita a uma força magnética,
também chamada de força de Lorentz. A
origem dessa força pode ser explicada
sabendo que uma carga elétrica em
movimento gera campo magnético e este
interage com o campo magnético da região
onde a carga se move
6

A mesma força surge também quando um fio condutor


de eletricidade, percorrido por uma corrente elétrica, é
colocado em um campo magnético uniforme. A mesma
força surge também quando um fio condutor de
eletricidade, percorrido por uma
corrente elétrica, é colocado em um
campo magnético uniforme.
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A força magnética que age sobre o fio


condutor, percorrido por uma corrente elétrica,
quando imerso em uma região onde há um
campo magnético, é usada em uma grande
quantidade de aparelhos como, por
exemplo, motores, amperímetros,
voltímetros e galvanômetros.
8

Aplicações práticas da força magnética sobre condutores


Uma das primeiras aplicações
da força magnética sobre
condutores foi na construção
do motor elétrico rudimentar: a
roda de Barlow.

Fonte: Ramalho, Nicolau e Toledo Vol. 3 10ª ed, 2009, p. 345.


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Um disco vertical de cobre pode mover-se em torno


de um eixo horizontal O e sua extremidade inferior A
está em contato com uma cuba contendo mercúrio.
Perpendicularmente ao plano do disco, na região
entre O e A, estabelecemos o
campo magnético de indução 𝐵.
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Ligando os terminais de um gerador ao eixo do disco


e ao mercúrio, estabelecemos entre A e O uma
corrente elétrica i e, consequentemente, a força
magnética 𝐹𝑚 , que age sobre o disco.
Devido ao momento de rotação dessa
força, em relação ao eixo O, o disco
se põe a girar continuamente.
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Nos motores elétricos atuais, um quadro móvel em torno do
eixo 𝑋𝑌 e percorrido pela corrente elétrica 𝑖 é colocado em
um campo 𝐵. Esse quadro fica sujeito a um binário, cujo
momento é máximo quando o quadro está paralelo a 𝐵 e
nulo quando perpendicular ao campo.

Fonte: Ramalho, Nicolau e Toledo Vol. 3 10ª ed, 2009, p. 346.


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Nesses motores, utilizam-se inúmeros quadros


montados sobre um cilindro (rotor) e dotados de
ligações elétricas (comutador e escovas). A utilização
desses vários quadros é importante não apenas para
intensificar os binários, pela soma de seus efeitos,
mas também para possibilitar o
aproveitamento de cada quadro
no melhor instante, isto é, quando
este for paralelo a 𝐵.
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Ao atingir a posição de momento de rotação nulo, o


sentido da corrente no quadro é invertido pelo
comutador, garantindo uma rotação contínua no
mesmo sentido.

Fonte: Ramalho, Nicolau e Toledo Vol. 3 10ª ed, 2009, p. 346.


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Outra importante aplicação da força magnética sobre
condutores ocorre nos amperímetros analógicos. Nesses
aparelhos, o quadro móvel é ligado a um eixo ao qual se
adaptam duas molas e um ponteiro.

Fonte: Ramalho, Nicolau e Toledo Vol. 3 10ª ed, 2009, p. 346.


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O eixo é disposto perpendicularmente ao campo 𝐵 e,


quando não passa corrente elétrica no quadro, as molas
mantêm o ponteiro na graduação zero da escala.
Ao se estabelecer a corrente elétrica 𝑖 no circuito, o binário,
originado pelas forças magnéticas, fará o quadro girar e o
ponteiro deslocar-se ao longo da escala.
As molas serão comprimidas
simultaneamente, reagindo com um binário
contrário, que equilibra o das forças
magnéticas.
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Nessas condições, o ponteiro para na graduação


correspondente ao valor da corrente elétrica 𝑖 que
atravessa o amperímetro. Interrompendo-se a corrente,
as forças magnéticas deixam de agir sobre o quadro,
seu binário se anula e as molas fazem o conjunto
retornar à posição inicial.
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17
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TUTORIAL
USANDO O SENSOR DE EFEITO HALL
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Exemplo 01: Suponha que uma carga elétrica de 4 𝜇𝐶 seja
lançada em um campo magnético uniforme de 8 𝑇. Sendo
de 60° o ângulo formado entre 𝑣 e 𝐵, determine a força
magnética que atua sobre a carga supondo que a mesma
foi lançada com velocidade igual a 5 ∙ 103 𝑚/𝑠.
a) 𝐹𝑚 = 0,0014 ∙ 10−1 𝑁
b) 𝐹𝑚 = 1,4 ∙ 10−3 𝑁
c) 𝐹𝑚 = 1,2 ∙ 10−1 𝑁
d) 𝐹𝑚 = 1,4 ∙ 10−1 𝑁
e) 𝐹𝑚 = 0,14 ∙ 10−1 𝑁
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Calculamos a intensidade da força magnética que age
sobre uma carga através da seguinte equação:
𝐹𝑚 = 𝑞 ∙ 𝑣 ∙ 𝐵 ∙ 𝑠𝑒𝑛 𝜃
𝐹𝑚 = 4 ∙ 10−6 ∙ 5 ∙ 103 ∙ 8 ∙ 𝑠𝑒𝑛 60°

−3
3
𝐹𝑚 = 160 ∙ 10 ∙
2
𝐹𝑚 ≈ 1,37 ∙ 10−1
𝐹𝑚 = 80 ∙ 10−3 ∙ 3
𝐹𝑚 ≈ 1,4 ∙ 10−1 𝑁
𝐹𝑚 ≈ 137 ∙ 10−3
𝑙𝑒𝑡𝑟𝑎 𝐷
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Exemplo 02: Imagine que 0,12 N seja a força que atua sobre
uma carga elétrica com carga de 6 μC e lançada em uma
região de campo magnético igual a 5 T. Determine a
velocidade dessa carga supondo que o ângulo formado
entre v e B seja de 30º.
a) 𝑣 = 8 𝑚/𝑠
b) 𝑣 = 800 𝑚/𝑠
c) 𝑣 = 8000 𝑚/𝑠
d) 𝑣 = 0,8 𝑚/𝑠
e) 𝑣 = 0,08 𝑚/𝑠
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A equação nos permite determinar a velocidade dessa carga é
a equação também fornece a força magnética. Sendo assim,
temos:
𝐹𝑚 = 𝑞 ∙ 𝑣 ∙ 𝐵 ∙ 𝑠𝑒𝑛 𝜃

0,12 = 6 ∙ 10−6 ∙ 𝑣 ∙ 5 ∙ 𝑠𝑒𝑛 30°


0,12
𝑣=
6 ∙ 10−6 ∙ 5 ∙ 0,5
𝑣 = 0,008 ∙ 106
𝑣 = 8000 𝑚/𝑠
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Exemplo 03: (MED - ITAJUBÁ)
I. Uma carga elétrica submetida a um campo magnético sofre
sempre a ação de uma força magnética.
II. Uma carga elétrica submetida a um campo elétrico sofre
sempre a ação de uma força elétrica.
III. A força magnética que atua sobre uma carga elétrica em
movimento dentro de um campo magnético é sempre
perpendicular à velocidade da carga.
Aponte a seguir a opção correta:
a) Somente I está correta
b) Somente II está correta
c) Somente III está correta
d) II e III está correta
e) Todas estão corretas
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A afirmação I está INCORRETA pelo fato de a carga elétrica nem


sempre sofrer ação de uma força magnética. Para uma carga
elétrica lançada paralelamente as linhas de campo a força
magnética será nula.
A afirmação II está CORRETA , pois as cargas elétricas lançadas
em campos elétricos sempre sofrem a ação de uma força
elétrica.
A afirmação III está CORRETA , pois a força
magnética é sempre perpendicular à velocidade da
carga. Essa comprovação pode ser realizada
através da regra da mão direita.
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Exemplo 04: (PUC) Um elétron num tubo de raios
catódicos está se movendo paralelamente ao eixo do tubo
com velocidade 107 𝑚/𝑠 . Aplicando-se um campo de
indução magnética de 2𝑇, paralelo ao eixo do tubo, a força
magnética que atua sobre o elétron vale:
a) 3,2 ∙ 10−12 𝑁
b) 𝑛𝑢𝑙𝑎
c) 1,6 ∙ 10−12 𝑁
d) 1,6 ∙ 10−26 𝑁
e) 3,2 ∙ 10−26 𝑁
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Se a direção do deslocamento da carga elétrica for
paralela à direção do vetor indução magnética 𝐵, o ângulo
𝜃 será tal que 𝑠𝑒𝑛 𝜃 = 0, pois 𝜃 = 0° ou 𝜃 = 180°, a força
magnética será igual a zero. Aplicando a equação
podemos provar:

𝐹𝑚 = 𝑞 ∙ 𝑣 ∙ 𝐵 ∙ 𝑠𝑒𝑛 0

𝐹𝑚 = 0
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Referências
• FIGUEIREDO, Eduardo et. al. Ciências da natureza e
suas tecnologias. CERED, SD.
• FERRERO, Nicolau Gilberto, TOLEDO, Paulo Antônio.
Física Básica: volume único, - São Paulo: Atual, 1998.
• HALLIDAY, David, et al. Fundamentos de Física. 10ª
edição, Vol. 3. Rio de Janeiro. LTC. 2016.
• LUZ, Antônio Máximo Ribeiro da. Física contexto e
Aplicações: ensino médio. – 1. Ed. – São Paulo: Scipione,
2013.
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Referências
• PERUZZO, Jucimar. Experimentos de física básica: eletromagnetismo, físca
moderna e ciências espaciais / Jucimar Peruzzo. – São Paulo - Editora
Livraria da Física, 2013.
• RAMALHO, F.; G. F. NICOLAU, P.A. TOLEDO – Os Fundamentos da Física.
10ª edição, Vol. 3. São Paulo, Editora Moderna. 2009.
ENSINO MÉDIO

3º ANO
AULA 39.2

PROFESSORES
Decio Gomes Marques
Deise Silva Lima
Mcenroe Franco da Silva
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AULA Força Magnética – Parte III


39.2
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Aplicação dos fenômenos relacionados à força


magnética

A aplicação da força magnética sobre


um condutor percorrido por corrente
elétrica e imerso em um campo
magnético se dá em diversos
aparelhos elétricos.
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Aplicações práticas da força magnética sobre


condutores Uma das primeiras aplicações da
força magnética sobre condutores
foi na construção do motor elétrico
rudimentar: a roda de Barlow

Fonte: Ramalho, Nicolau e Toledo Vol. 3 10ª ed, 2009, p. 345.


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Nos motores elétricos atuais, um quadro móvel em torno do
eixo 𝑋𝑌 e percorrido pela corrente elétrica 𝑖 é colocado em
um campo 𝐵. Esse quadro fica sujeito a um binário, cujo
momento é máximo quando o quadro está paralelo a 𝐵 e nulo
quando perpendicular ao campo.

Fonte: Ramalho, Nicolau e Toledo Vol. 3 10ª ed, 2009, p. 346.


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Ao atingir a posição de momento de rotação nulo, o sentido da
corrente no quadro é invertido pelo comutador, garantindo
uma rotação contínua no mesmo sentido.

Fonte: Ramalho, Nicolau e Toledo Vol. 3 10ª ed, 2009, p. 346.


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Outra importante aplicação da força magnética sobre
condutores ocorre nos amperímetros analógicos. Nesses
aparelhos, o quadro móvel é ligado a um eixo ao qual se
adaptam duas molas e um ponteiro.

Fonte: Ramalho, Nicolau e Toledo Vol. 3 10ª ed, 2009, p. 346.


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eletrico-bmw-i8-concept-cz-branca.jpg

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ATIVIDADE DE SALA
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Questão 01: (UFG-GO) Peter Barlow (1776-1862), cientista e
engenheiro inglês, foi um dos primeiros a inventar um motor de
corrente contínua, esquematizado na figura.

Fonte: Ramalho, Nicolau e Toledo


Vol. 3 10ª ed, 2009, p. 367.
O circuito elétrico fecha-se no encontro da ponta de
um raio da roda com o mercúrio. Devido ao campo
magnético produzido pelo ímã, de polos C e D, a
roda gira, mantendo sempre um raio em contato
com o mercúrio. Assim, vê-se a roda girando no
sentido:
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a) horário, se C for polo norte e a corrente fluir, no contato,


do raio para o mercúrio.
b) anti-horário, se C for polo sul e a corrente fluir, no
contato, do raio para o mercúrio.
c) horário, se C for polo norte e a corrente fluir, no contato,
do mercúrio para o raio.
d) anti-horário, se C for polo norte e a
corrente fluir, no contato, do mercúrio para
o raio.
a) horário, se C for polo sul e a corrente
fluir, no contato, do mercúrio para o raio.
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Questão 02: (UFSM-RS) A figura Fonte: Ramalho, Nicolau e Toledo Vol.


3 10ª ed, 2009, p. 367.

representa uma espira ligada a


uma bateria por meio de uma
chave S e imersa numa região
de campo magnético.
Ao se ligar a chave S, a espira tende a:
a) girar ao redor do eixo X, no sentido Y p Z.
b) girar ao redor do eixo X, no sentido Z p Y.
c) se deslocar, sem girar, na direção do eixo Z.
d) escapar da região de campo ao longo do eixo X.
e) escapar da região de campo ao longo do eixo Y.
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Questão 03: PUC-SP) A figura mostra um prego de ferro envolto
por um fio fino de cobre esmaltado, enrolado muitas vezes ao
seu redor. O conjunto pode ser considerado um eletroímã
quando as extremidades do fio são conectadas aos polos de um
gerador, que, no caso, são duas pilhas idênticas, associadas em
série.

Fonte: Ramalho, Nicolau e Toledo Vol. 3 10ª ed, 2009, p. 367.


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A respeito do descrito, fazem-se as seguintes afirmações:


I. Ao ser percorrido por corrente elétrica, o eletroímã
apresenta polaridade magnética. Na representação da
figura, a extremidade A (cabeça do prego) será um polo
norte e a extremidade B será um polo sul.
II. Ao aproximar-se um prego de ferro da
extremidade A do eletroímã e outro da
extremidade B, um deles será atraído
e o outro será repelido.
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III. Ao substituir-se o conjunto de duas pilhas por outro de 6


pilhas idênticas às primeiras, também associadas em
série, a intensidade do vetor indução magnética no interior
e nas extremidades do eletroímã não sofrerá alteração,
uma vez que esse valor independe da intensidade da
corrente elétrica que circula no fio.
Está correto apenas o que se afirma
em:
a) I e II
b) II e III
c) I e III
d) I
e) III

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