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ENSINO MÉDIO

3º ANO
AULA 48.1

PROFESSORES
Decio Gomes Marques
Deise Silva Lima
Mcenroe Franco da Silva
2

Ondas gravitacionais.

AULA Ondas gravitacionais.


48.1
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HABILIDADES
Conhecer as ondas gravitacionais e o seu
1 processo de descoberta.
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Ondas Gravitacionais

Em 16 de outubro, cientistas anunciaram uma


observação inédita: a detecção de ondas
gravitacionais, ondulações no espaço-tempo
previstas por Einstein há mais de um século,
lançadas no espaço pela colisão de duas
estrelas de nêutrons.
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O acidente estelar, que ocorreu há 130 milhões de anos na


constelação de Hydra, marca a primeira vez que
astrônomos combinaram ondas gravitacionais com uma
fonte visível – inaugurando uma nova era da astronomia.
A descoberta é o mais recente sucesso de uma das
experiências de física mais ambiciosas (e caras) em
décadas: o Observatório de Ondas
Gravitacionais do Interferômetro Laser
(Ligo, na sigla em inglês).
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Duas estrelas de nêutrons giram em torno de si; quanto mais
se aproximam, mais rápido giram. Eventualmente, colidem. A
energia da espiral e da fusão libera energia na forma de ondas
gravitacionais, ou ondulações no espaço-tempo. A fusão
provavelmente resultou em um buraco negro, embora também
seja possível criar uma estrela de nêutrons incrivelmente
densa. De qualquer forma, o objeto final é menos
denso do que as duas estrelas de nêutrons combi
nadas.
A massa equivalente a 25 Júpiteres foi
convertida em ondas gravitacionais. A colisão
também espalhou 50 Júpiteres de elementos
pesados, como ouro e prata, pelo universo.
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FOTO DE ILUSTRAÇÃO DE REDAÇÃO NATIONAL GEOGRAPHIC. FONTE: LIGO-VIRGO COLLABORATION


https://www.nationalgeographicbrasil.com/sites/brazil/files/styles/image_1900/public/GravatationalWavesNeutron
_ai2html_template-GravatationalWavesNeutron_desktop-small_1.jpg
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"Esta é a primeira vez que o cosmos nos forneceu o


que eu chamaria de ‘filme com áudio", disse David
Reitze, diretor executivo do Ligo, em evento no
National Press Club em Washington, DC. "Neste caso,
o ‘áudio’ da trilha sonora vem da onda [gravitacional]
das estrelas de nêutrons enquanto elas estão
circulando e colidindo entre si.
O vídeo é a luz que vimos".
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Foram semanas importantes para ondas


gravitacionais. Recentemente, astrônomos revelaram
a quarta detecção gerada por um conjunto de buracos
negros em colisão. E, em 3 de outubro, os fundadores
do Ligo, Rai Weiss, Kip Thorne e Barry Barish,
ganharam o Prêmio Nobel de física pelo trabalho na
detecção de ondas gravitacionais.
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"As pessoas estão pensando sobre isso há


40 anos, tentando detectar algo. Às vezes
falhando no início, e depois, lentamente,
desenvolvendo a tecnologia para poder
detectar", disse Weiss. "Estou muito
emocionado por ter dado tudo certo no final,
e agora realmente podemos detectar coisas
e contribuir para o conhecimento sobre o que
acontece no universo através de ondas
gravitacionais".
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O que são ondas gravitacionais?


De forma simplificada, as ondas gravitacionais são ondulações
no tecido rígido e duro do espaço-tempo produzidas pelos
fenômenos mais violentos que o cosmos pode oferecer –
explosões e colisões entre estrelas de nêutrons ultradensas ou
fusões de buracos negros, por exemplo.
As ondas gravitacionais atingem a
Terra o tempo todo, mas nossos
instrumentos não eram sensíveis o
suficiente para detectá-las até há
pouco tempo.
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Quem pensou no conceito de ondas gravitacionais?
Em 1916, Albert Einstein sugeriu que as
ondas gravitacionais poderiam ser um
resultado natural de sua teoria geral da
relatividade, que diz que objetos com massas
muito grandes distorcem o tecido do tempo e
do espaço – um efeito que sentimos como a
gravidade. Assim, objetos com massas muito
grandes que se movem em espiral na direção
um do outro, devem produzir rugas no
espaço-tempo e enviar essas distorções pelo
cosmos – como ondas que se espalham por
uma lagoa – na velocidade da luz.
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As ondas gravitacionais "propagam distúrbios da forma do
espaço-tempo", diz Shane Larson, astrofísica da
Universidade de Northwestern e membra da colaboração
científica do Ligo.
Embora muitos outros cientistas tenham
aceitado a previsão de Einstein, o próprio
Einstein não estava totalmente convencido
de que estava certo. Ao longo dos anos, ele
continuou a estudar ondas gravitacionais e
de vez em quando publicava documentos
que refutavam sua própria teoria.
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Por que é tão difícil detectar essas ondas?

Quando nos alcançam, as ondas


gravitacionais, geradas em eventos muito
distantes, distorcem um valor minúsculo do
espaço-tempo. A distorção é inúmeras vezes
menor do que a largura de um próton – uma
das partículas no núcleo do átomo. A medição
de tais mudanças de comprimento é
impossível de ser feita pela maioria dos
instrumentos.
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Quando os astrônomos foram capazes de
detectar ondas gravitacionais diretamente?

Na década de 70, enquanto cientistas


observavam dois pulsares – estrelas de nêutron
ou anãs brancas com intensa atividade magnética
– orbitando um ao outro, detectaram, de forma
indireta, ondas gravitacionais pela primeira vez na
história. Com o auxílio do enorme radiotelescópio
de Arecibo, em Porto Rico, a equipe mediu as
órbitas dos dois pulsares e determinou que eles
estavam se aproximando.
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Para que isso ocorresse, o sistema deveria estar
irradiando energia na forma de ondas gravitacionais –
um insight que rendeu o Prêmio Nobel de Física de
1993 a Joe Taylor e Russell Hulse.

Porém, apenas em 2015 a equipe


do Ligo detectou ondas
gravitacionais diretamente, usando
detectores ultrassensíveis. A
descoberta colocou fim a um
século de especulação e confirmou
a previsão original de Einstein.
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Então, como funciona o Ligo?

As instalações do Ligo consistem em dois


detectores idênticos em forma de L, um no estado
de Washington e outro em Louisiana. Ambos
utilizam lasers e espelhos para medir pequenas
mudanças no espaço-tempo causadas por
radiação gravitacional. O objetivo é que cada
local registre alterações mínimas na distância
entre espelhos colocados em cada extremidade
dos dois braços perpendiculares, cada um com 4
km de comprimento.
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Um laser que percorre os espelhos


registra a distância entre eles em um grau
incrivelmente preciso. Como os
detectores são sensíveis a eventos locais,
como a passagem de caminhões, raios,
ondas oceânicas e terremotos, o mesmo
sinal precisa aparecer nas duas
instalações, tanto em Washington quanto
em Louisiana, para se configurar uma
distorção no espaço-tempo.
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Agora, o detector Virgo, do Observatório


Gravitacional Europeu, cujo design é
semelhante ao do Ligo, começou a
funcionar. Com três observatórios
instalados, cientistas podem identificar
com mais precisão a região no céu onde
determinada onda gravitacional foi
produzida. Em breve, espera-se que
experiências similares sejam feitas no
Japão e na Índia.
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Por que devemos nos importar com essas coisas?
Desde a primeira detecção, o Ligo tem fornecido informações
novas e inesperadas do cosmos. Afinal, as ondas
gravitacionais são uma nova maneira de "ver" o que ocorre no
espaço. Agora, podemos detectar eventos que, de outra
forma, deixariam pouca ou nenhuma luz observável, como
colisões de buracos negros.
Nessa última detecção, em 16 de outubro,
astrônomos conseguiram combinar ondas
gravitacionais com formas mais tradicionais
de ver o universo, ajudando a desvendar os
mistérios das densas – e mortas – estrelas de
nêutrons.
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Usando os telescópios Swope e Magellan no Chile, os
astrônomos registraram a explosão da estrela de nêutron
quando ela apareceu de repente como um ponto brilhante
de luz visível (à esquerda) e depois desbotada (à direita).

https://www.nationalgeographicbrasil.com/sites/brazil/files/styles/image_1900/public/02-neutron-star-merger.adapt_.1900.1-2.jpg

Após cerca de 7 dias, o ponto não foi mais


detectado em comprimentos de onda visíveis.
FOTO DE 1M2H TEAM/UC SANTA CRUZ & CARNEGIE OBSERVATORIES/RYAN FOLEY
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"A maioria de nós espera aprender
coisas que ainda não sabemos", diz
Weiss. "Nós conhecemos os buracos
negros de outras maneiras, e
conhecemos as estrelas de nêutrons,
mas esperamos ver vários outros tipos
de fenômenos pelas ondas gravitacionais
que emitem. Isso vai criar uma nova
ciência".
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O que é uma estrela de nêutrons?

Como o próprio nome indica, as estrelas de nêutrons


são feitas quase que inteiramente de nêutrons –
partículas subatômicas não carregadas. Elas se
formam quando uma estrela muito maior e mais
brilhante do que o sol esgota seu
combustível termonuclear e explode
em uma violenta supernova.
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Embora as camadas externas da estrela sejam destruídas e
lançadas no espaço, o núcleo implode e forma uma esfera
menor que Sergipe, mas com massa equivalente a, pelo
menos, um Sol. Essas estrelas, que giram muito rápido,
são, com exceção dos buracos negros, os objetos mais
compactos do universo – uma colher de sopa do material
que as compõe pesa um bilhão de toneladas.
E tudo fica ainda mais bizarro. As estrelas de
nêutrons estão mortas – não fundem
elementos em seu núcleo –, por isso não
brilham como o Sol.
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Referências
• FIGUEIREDO, Eduardo et. al. Ciências da natureza e
suas tecnologias. CERED, SD.
• FERRERO, Nicolau Gilberto, TOLEDO, Paulo Antônio.
Física Básica: volume único, - São Paulo: Atual, 1998.
• HALLIDAY, David, et al. Fundamentos de Física. 10ª
edição, Vol. 3. Rio de Janeiro. LTC. 2016.
• LUZ, Antônio Máximo Ribeiro da. Física contexto e
Aplicações: ensino médio. – 1. Ed. – São Paulo: Scipione,
2013.
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Referências
• PERUZZO, Jucimar. Experimentos de física básica:
eletromagnetismo, físca moderna e ciências espaciais /
Jucimar Peruzzo. – São Paulo - Editora Livraria da Física,
2013.
• RAMALHO, F.; G. F. NICOLAU, P.A. TOLEDO – Os
Fundamentos da Física. 10ª edição, Vol. 3. São Paulo,
Editora Moderna. 2009.
• https://www.nationalgeographicbrasil.com/espaco/2017/10
/ondas-gravitacionais-o-que-sao-de-onde-vem-e-o-que-
tem-de-importante
ENSINO MÉDIO

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AULA 48.2

PROFESSORES
Decio Gomes Marques
Mcenroe Franco da Silva
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AULA Ondas gravitacionais.
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Ondas Gravitacionais
Em 16 de outubro, cientistas anunciaram uma
observação inédita: a detecção de ondas gravitacionais,
ondulações no espaço-tempo previstas por Einstein há
mais de um século, lançadas no espaço pela colisão de
duas estrelas de nêutrons.
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O que são ondas gravitacionais?


De forma simplificada, as ondas gravitacionais são ondulações no tecido
rígido e duro do espaço-tempo produzidas pelos fenômenos mais violentos
que o cosmos pode oferecer – explosões e colisões entre estrelas de
nêutrons ultradensas ou fusões de buracos negros, por exemplo.
Quem pensou no conceito de ondas gravitacionais?
Em 1916, Albert Einstein sugeriu que as ondas
gravitacionais poderiam ser um resultado natural de sua
teoria geral da relatividade, que diz que objetos com
massas muito grandes distorcem o tecido do tempo e do
espaço – um efeito que sentimos como a gravidade.
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Por que é tão difícil detectar essas ondas?


Quando nos alcançam, as ondas gravitacionais, geradas
em eventos muito distantes, distorcem um valor
minúsculo do espaço-tempo.
O que é uma estrela de nêutrons?

Como o próprio nome indica, as estrelas de


nêutrons são feitas quase que inteiramente de
nêutrons – partículas subatômicas não carregadas.
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ATIVIDADE DE SALA
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Questão 01: (UDESC 2017/1) Os pesquisadores do projeto
LIGO (Laser Interferometer Gravitacional-Wave
Observatory) anunciaram, no início deste ano, a primeira
detecção das ondas gravitacionais.
Analise as proposições em relação à informação.
I. Estas ondas se propagam com a mesma
velocidade da luz.
II. Estas ondas se propagam com velocidade
superior à velocidade da luz.
III. Estas ondas foram previstas por Albert
Einstein em sua Teoria da Relatividade
Geral.
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IV. Estas ondas foram previstas por Albert Einstein em sua
Teoria do Efeito Fotoelétrico.

Assinale a alternativa correta.


a) Somente a afirmativa III é verdadeira.
b) Somente as afirmativas I e IV são
verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I e III são
verdadeiras.
d) Somente a afirmativa IV é verdadeira.
e) Somente as afirmativas II e IV são
verdadeiras.
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Questão 02: Se uma estrela que se encontra a 30 anos-luz
da Terra explode, ondas gravitacionais provenientes de sua
explosão atingiriam a Terra em:
a) 10 anos.
b) 15 anos.
c) 20 anos.
d) 25 anos.
e) 30 anos.
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Questão 03: Por que as ondas gravitacionais são tão
difíceis de detectar?
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Questão 04: Como se forma uma estrela de nêutrons?

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