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Cientistas detectam evidências de ondas


gravitacionais de baixa frequência
HÁ MAIS DE 21 HORAS RODRIGO ESTEVAM CIÊNCIA

Cientistas parecem estar cada vez mais perto de confirmar uma previsão publicada por Al-

bert Einstein na Teoria da Relatividade. Nesta quinta-feira (29), o North American Nanohertz
Observatory for Gravitational Waves (NANOGrav), um observatório focado no tema, divulgou a

informação de que foram encontradas significantes evidências de ondas gravitacionais de

baixa frequência.

Utilizando equipamentos de ponta, os cientistas foram capazes de pela primeira vez na histó-

ria, detectar este fenômeno, formado por ondas gravitacionais de frequência ultrabaixa e

acredita-se permear o universo.

Ondas gravitacionais de baixa frequência são detecta-


das no espaço
A descoberta foi feita utilizando um detector de ondas chamado Pulsar Timing Array, capaz

de analisar dados emitidos por pulsares, um tipo especial de estrela de nêutrons. Segundo o

time do NANOGrav, quando um pulsar interage com outro, atraídos por suas respectivas gravi‐

dades, esta interação libera ondas gravitacionais que até não haviam sido devidamente

capturadas.
O impacto da fusão entre duas estrelas de nêutrons libera ondas gravitacionais capazes de gerar ondula‐

ções no tecido espaço-tempo

Segundo reportagem do IFLScience, as ondas identificadas até o momento foram todas prove‐

nientes de eventos específicos. Porém, o pano de fundo destas ondas não tem origem em um

único evento: na verdade, acredita-se que sejam originados de pares de buracos negros.

Como teorizou Einstein, as evidências coletadas corroboram que a interação entre a gravidade

de objetos massivos — como por exemplo os buracos negros supermassivos — seja capaz

de gerar ondulações no tecido espaço-tempo.

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E não apenas isso: existe ainda a possibilidade de que algumas destas ondas datem do Big

Bang ou até mesmo do período de inflação cósmica. Este última, uma teoria proposta inicial‐

mente por Alan Guth, afirma que no momento de seu surgimento, o universo passou por uma

fase de crescimento exponencial. Nestes casos, a imensa quantidade de energia e movimen-

tação poderia ter gerado parte destas ondas gravitacionais de baixa frequência.

Pulsar, o farol do universo


Utilizar especificamente pulsares de milissegundos como ponto de observação facilitou o tra‐

balho, já que estas estrelas emitem um pulso eletromagnético — composto em sua maioria

por elétrons — em intervalos muito, muito regulares.

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Considerados "faróis do universo", quando em pares, os Pulsares emitem pulsos eletromagnéticos que po‐

dem gerar ondulações no espaço-tempo

Além de servirem como verdadeiros faróis nos céus para os cientistas, os pulsares de milisse‐

gundos possibilitaram ao time criar equipamentos sensíveis o suficiente para capturarem es-

tas ondas. Por terem frequência tão baixa, outros detectores utilizados pela comunidade cien‐

tífica não são capazes de observar o fenômeno.

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Tão precisa quanto um relógio atômico, uma estrela pulsar emite estes pulsos em intervalos

incrivelmente regulares. Quando observados aqui da Terra, estes pulsos são influenciados
por vários fatores determinantes: por exemplo, a posição do nosso planeta e até mesmo ou‐

tras estrelas próximas à pulsar influenciam o tipo de informação coletada pelo NANOGrav.

Desta forma, os cientistas são capazes de não apenas determinar a região da qual estes pul‐

sos se originaram, mas também de observar o efeito do espaço-tempo sendo alterado pelas

ondas gravitacionais.

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Fonte IFL Science
Imagem  NASA/Wikimedia Commons 
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