6 Espetro eletromagnético

Subdomínio
Unidade
 6.8 O Big Bang,
o desvio para o vermelho
e a radiação cósmica de fundo
A radiação eletromagnética captada
pelos telescópios...
... tem permitido conhecer melhor
o Universo e a sua origem.
 Edwin Hubble, astrónomo
norte-americano, contribuiu para
o conhecimento que hoje temos
Edwin Hubble
(1889-1953) sobre as origens do Universo.

Hubble determinou a distância a que

se encontravam algumas «nebulosas»,
entre elas a Nebulosa de Andrómeda.

Andrómeda.
 Edwin Hubble, astrónomo
norte-americano, contribuiu para
o conhecimento que hoje temos
Edwin Hubble
(1889-1953) sobre as origens do Universo.

Concluiu que a distância a que

se encontravam da Terra era tão grande,
que ultrapassava os limites da Via Láctea.

Andrómeda.
 Edwin Hubble, astrónomo
norte-americano, contribuiu para
o conhecimento que hoje temos
Edwin Hubble
(1889-1953) sobre as origens do Universo.

Estas nebulosas eram galáxias

independentes, tal como a Via Láctea.

Andrómeda.
 Como já estudou anteriormente,
os espetros de emissão das estrelas não são contínuos.

Espetro de emissão do Sol. Riscas características

do elemento sódio (Na)

As bandas a negro indicam a presença de elementos na atmosfera

da estrela, que absorvem comprimentos de onda bem definidos.

Conhecendo os espetros de emissão/absorção de diferentes

elementos, é possível saber se estes se encontram na estrela.
Hubble analisou os espetros de emissão de algumas galáxias
e identificou a presença de vários elementos conhecidos.

Verificou que havia um desvio para o vermelho

nas riscas espetrais desses elementos.

Posição esperada
para as riscas espetrais.

Posição observada

Quanto mais afastadas de nós estavam as galáxias,

maior era o desvio para o vermelho observado.
Segundo o efeito Doppler, quando a fonte emissora de sinal se afasta do observador,
o sinal captado pelo observador sofre um desvio para uma frequência menor.

Por isso, o som da sirene da ambulância é mais grave quando esta se afasta de nós.

O efeito Doppler é válido tanto para ondas mecânicas (como as ondas sonoras)
como para ondas eletromagnéticas.
 No espetro de luz visível:

• o violeta tem maior frequência;

• o vermelho tem menor frequência.

Maior frequência Menor frequência

O desvio para o vermelho das riscas espetrais significa

um desvio para frequências menores.

Hubble concluiu que…

• … as galáxias observadas se afastam da Terra;

• … quanto mais distantes estão as galáxias,

mais rapidamente se afastam.
As observações de Hubble estavam de acordo
com o modelo de «Universo em expansão».
A radiação cósmica de fundo
Se o Universo se encontra
em expansão, ...

... isso significa que, há muito tempo,

ocupava um volume menor.
 O Universo poderá ter evoluído a partir
de um volume muito pequeno, muito denso
e com uma temperatura muito elevada.
 O momento inicial do Universo, no qual
foi criado o espaço-tempo, a matéria e a energia,
é conhecido como o Big Bang.

Logo após o Big Bang, o Universo, recém-formado,

encontra-se a uma temperatura extremamente elevada.

Torna-se, assim, uma fonte de radiação eletromagnética

(radiação térmica), de frequência muito elevada.
 O momento inicial do Universo, no qual
foi criado o espaço-tempo, a matéria e a energia,
é conhecido como o Big Bang.

Com a expansão do Universo,

a energia criada no momento
de formação distribui-se
por um maior volume.
Expansão
Big Bang
 O momento inicial do Universo, no qual
foi criado o espaço-tempo, a matéria e a energia,
é conhecido como o Big Bang.

Em consequência disso,
o Universo está
em arrefecimento
desde a sua criação.
Expansão
Big Bang
 De acordo com a Teoria do Big Bang,
a temperatura média atual do Universo corresponde
a uma radiação com intensidade máxima nas micro-ondas.

Segundo a Teoria do Big Bang, esta radiação de micro-ondas

preenche todo o Universo, contendo grande parte da energia deste.

Esta radiação é conhecida como

radiação cósmica de fundo.
 A radiação cósmica de fundo foi detetada
pela primeira vez nos anos 60 do século XX.

A deteção da radiação cósmica de fundo deu

um suporte experimental à Teoria do Big Bang.

A Estação Espacial Planck estuda, desde

2009, a radiação cósmica de fundo.
 Conclusão

• O desvio para o vermelho das riscas espetrais

e a deteção da radiação cósmica de fundo
são as principais razões pelas quais a Teoria
do Big Bang é aceite pelos astrónomos para
explicar a origem do Universo.