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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE
ASTRONOMIA

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0

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CURSO DE
ASTRONOMIA

MÓDULO IV

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MÓDULO IV

4 O SISTEMA SOLAR

FIGURA 56 - O SISTEMA SOLAR

FONTE: Disponível em: <http://meioambiente.culturamix.com/natureza/como-surgiu-a-terra-e-o-


sistema-solar>. Acesso em: 12 maio 2013, 03:00:00.

O astrônomo polonês Nicolau Copérnico (século VI) provocou grande


confusão quando publicou um livro dizendo que a Terra girava em torno do Sol.
Como a ideia era contra a versão da igreja, ela foi esquecida por 200 anos.
Já citamos que havia a teoria geocêntrica e a teoria heliocêntrica.
Lembrando:
 teoria geocêntrica – a Terra era o centro do universo;
 teoria heliocêntrica – o sol era o centro do universo.

A igreja não admitia que o Sol fosse o centro do universo.

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O Sistema Solar é composto por um conjunto de planetas, satélites naturais,
asteroides e cometas que se interligam ao Sol pela gravidade.

QUADRO 4 - SISTEMA SOLAR


Sistema Solar Planetas

Satélites

Asteroides O sistema solar situa-se na Via-Láctea.

Cometas

Gases e poeiras
FONTE: Próprio autor.

4.1 ESTRUTURA DO SISTEMA SOLAR

FIGURA 57 - VIA-LÁCTEA

FONTE: Disponível em: <http://www.vialactea.info/>. Acesso em: 23 maio 2013, 04:00:00.

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Algumas informações sobre o Sistema Solar e a Via-Láctea são
apresentadas a seguir.
 Via-Láctea é o nome da nossa galáxia.
 O Sol é uma das estrelas da nossa galáxia.
 A Via-Láctea descreve um movimento de rotação. Comprovada a teoria
por Jan Hendrik Oort (1900-1992) e Bertil Lindblad (1895-1965).
 As estrelas que estão distantes do centro movem-se com velocidades
mais baixa.
 Oort provou que o Sol gira com velocidade de 250 km/s.
 A distância da Terra ao Sol de acordo com Oort é 27 mil anos-luz.
 Galáxia é um vocábulo de origem grega sinônimo de via láctea
 A matéria interestelar é toda matéria existente entre as estrelas.
 Nebulosa é um conjunto de poeira, gases e plasma.
 Existem inúmeras nebulosas no espaço sideral e estas são apenas
algumas das mais conhecidas:
 Olho de Gato - NGC 6543;
 Haltere - NGC 6853;
 Órion - NGC 1976;
 Caranguejo - NGC 1952;
 Nebulosa da Águia - NGC 6611;
 Laguna - NGC 6523;
 Nebulosa do Anel - NGC 6720.

O indicativo “NGC” é o número que a nebulosa ocupa no New


General Catalogue (Novo Catálogo Geral), que é um catálogo de objetos do
espaço.

 As estrelas que formam a Via-Láctea têm uma aparência leitosa,


esbranquiçada.
 A nossa galáxia tem formato espiral.
 As nuvens da nossa galáxia, que não estão na nossa atmosfera, são
compostas por poeira e gás.

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 O nosso sistema solar surgiu da Nebulosa Solar Primitiva.
 A autogravidade fez a Nebulosa Solar Primitiva explodir. Assim surgiu
nosso sistema solar.
 O tamanho da Terra foi calculado pela primeira vez por Erastóstenes
(235 a.C.).
 Em unidades modernas, o raio da Terra é 6,37 mil km e sua
circunferência mede 40 mil km.
 Aristarco foi um físico e filósofo que estudou a Lua em 240 a.C.

4.2 EXPLOSÕES SOLARES

FIGURA 58 - EXPLOSÕES SOLARES

FONTE: Disponível em: <http://postmania.org/qual-o-tamanho-das-explosoes-solares-comparadas-


com-a-terra/>. Acesso em: 23 maio 2013, 05:00:00.

O Sol produz bilhões de energia por segundo. Sua fonte de energia é a


fusão nuclear. Suas altas temperaturas e altíssimas densidades fundem-se com o
hidrogênio do seu núcleo. O resultado deste processo é a energia e o hélio.
As explosões do Sol são resultados da geração de campos magnéticos.
As trajetórias formadas pelo gás são denominadas proeminências. Elas
podem durar meses atingindo 50 mil km de distância acima da superfície do Sol. Ao

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atingir uma grande altura, ela entra em erupção e joga grandes volumes de material
(plasma) através da coroa. Esse fenômeno é denominado ejeção da massa coronal.
A trajetória desse plasma tem formato de um halo com velocidade aproximada de
1000 km/s.
O plasma, ao atingir a Terra, provoca perturbações no campo magnético da
Terra. Quando a perturbação é branda, o resultado são auroras nas altas altitudes e
regiões polares. Caso contrário, teremos tempestades geomagnéticas.

4.3. GERAÇÃO DE ENERGIA NUCLEAR

FIGURA 59 - O SOL

FONTE: Disponível em: <http://www.cdcc.usp.br/cda/aprendendo-basico/sistema-solar/sol.html>.


Acesso em: 23 maio 2013, 10:00:00.

No núcleo do Sol, o hidrogênio é o combustível. Com o aumento da


temperatura e da pressão ele produz reações nucleares.
Para atingir energia, o Sol apresenta dois processos: radioativo e convectivo.

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O processo radioativo é por meio de irradiação.
No processo convectivo, a energia se propaga por meio de convecção.
Quem descobriu os campos magnéticos solares foi George Fllery (1868-
1938). As linhas do campo magnético eram duplas ou triplas. Esse fenômeno é
denominado efeito Zeenan (aquele pelo qual acontece o desdobramento de uma
raia espectral de duas maneiras diferentes).
Mais algumas curiosidades a respeito do Sol são mostradas a seguir.
 A fotosfera de um dado objeto astronômico é a região onde um dado
corpo ou matéria deixa de ser transparente. É vista a olho nu. A fotosfera é
formada por grânulos irregulares (são picos de colunas de gás aquecido).
 Manchas solares são criadas quando reduz a propagação de calor em
algumas áreas.
 Cromosfera é a camada externa à fotosfera.
 O coronógrafo é o aparelho que filtra a passagem da luz. Somente
passa luz da cromosfera e coroa.
 A coroa é a camada mais externa. A densidade do plasma diminui à
medida que se afasta do Sol.

4.4 BURACO NEGRO E PULSARES

4.4.1 Buraco negro

FIGURA 60 - BURACO NEGRO

FONTE: Disponível em: <http://www.vocesabia.net/curiosidades/buraco-negro-no-centro-da-via-


lactea/>. Acesso em: 23 maio 2013, 11:00:00.

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John Michell (1724-1793) foi o astrônomo que citou pela primeira vez a
existência de buracos negros, em 1783. Usando a lei da gravitação de Newton, ele
conseguiu provar a existência dos buracos negros.
Pierre Simon de Laplace (1749-1827) elaborou imagem do buraco negro
usando a teoria da emissão corpuscular da luz.
Veja a seguir o texto retirado do livro “Exposition du système du monde”, de
Laplace (1799, p.67):

Inúmeras estrelas apresentam, em sua coloração e em seu brilho, variações


periódicas muito notáveis; existem umas que aparecem de súbito e outras
que desaparecem, depois de terem, durante algum tempo, emitido uma luz
muito viva. Que prodigiosas mudanças devem se operar na superfície
desses corpos, para que eles sejam tão sensíveis à distância que nos
separa; de quanto eles devem ultrapassar aquelas que nós observamos na
superfície do Sol! Todos esses corpos se tornam invisíveis no mesmo lugar
onde foram observados, pois eles em nada mudaram durante o seu
aparecimento; existem, portanto, nos espaços celestes, corpos obscuros tão
consideráveis, e talvez tão grandes em número, como as estrelas. Um astro
luminoso de mesma densidade que a Terra, e cujo diâmetro fosse o do Sol,
não deixariam, em virtude de sua atração, que nenhum dos seus raios
luminosos nos atingisse; é possível que os maiores corpos luminosos do
universo sejam por isto mesmo invisíveis. Uma estrela que, sem possuir tal
grandeza, que ultrapasse consideravelmente o Sol provocaria uma sensível
redução na velocidade da luz e aumentaria assim a extensão da sua
aberração.

Observe que Laplace procurou explicar a existência do buraco


negro usando a teoria da emissão de lua.

Atualmente, depois da descoberta das anãs brancas (núcleo de uma estrela


que morre e suas camadas são expelidas para o espaço) e das estrelas de nêutrons
(estrela que gira rapidamente descoberta em 1968, parece emitir raios-gama com
níveis de energia maiores aos explicados pelos modelos científicos atuais), a
existência dos buracos negros não é um absurdo, pois é uma consequência normal
que as estrelas, ao explodirem, possuam uma massa superior a três massas solares.
Albert Einstein, em 1916, desenvolveu equações para o campo gravitacional.
Kari Schwarzschild lançou estudos sobre as equações de Einstein e descreveu o
buraco negro mais simples: o buraco negro tem simetria esférica e massa –
resultante de uma estrela maciça, sem rotação e sem carga que atingiu o seu ponto
de completa exaustão de combustível nuclear. Os últimos raios não conseguem

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escapar do local denominado horizonte dos eventos. Mesmo agonizando, a estrela
passa pelo seu horizonte de eventos contraindo-se até implodir em um ponto no
centro do buraco negro. Este ponto é denominado singularidade.
Da singularidade é emitida uma luz que retorna à superfície onde é
esmagada. A trajetória é um cone imaginário denominado cone de saída.
É importante detalhar que todo buraco negro de Schwarzschild está
envolvido por uma esfera de fótons. A conexão de um universo a outro é
denominada buraco de minhoca (worm hole) ou de ponte de Einstein-Rosen.
Comparando o buraco negro e a teoria da relatividade, concluímos que o
que passa na ponte de Einstein-Rosen é apenas energia.
Vale a pena citar que durante o colapso gravitacional o movimento de
rotação irá interferir no buraco negro (ação denominada de efeito de Lense-Thrring).
Os astrônomos continuaram a desvendar os mistérios do buraco negro.
Em 1916, os físicos H. Reissner e G. Nordstrom chegaram à conclusão que
os buracos negros têm massa e carga. Roy P.Kerr descobriu que os buracos negros
tinham movimento angular, então Newmann elaborou um modelo de buraco negro
com massa, movimento de rotação e carga. Tal carga poderia ser elétrica ou
magnética.
Em 1969, Roger Penrose denominou de ergosfera a região entre o limite
estático e o horizonte de eventos. A ergosfera é a região exterior e próxima ao
horizonte de eventos de um buraco negro em rotação.
Atualmente consideramos três tipos de buracos negros:
 buraco negro estelar – formados na última etapa da evolução das
estralas maciças;
 buraco negro supermaciço – formado pelo colapso do núcleo mais
denso de uma galáxia;
 buraco negro cósmico – formado nas primeiras fases da criação do
universo.

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4.4.2 Pulsares

FIGURA 61 - PULSARES

FONTE: Disponível em: <http://vidaemorbita.blogspot.com.br/2011/01/os-pulsares.html>.


Acesso em: 13 maio 2013, 12:00:00.

Anthony Hewish, em 1967, descobriu por acaso o primeiro pulsar.


O pulsar é uma fonte de rádio estelar. É uma estrela de nêutrons que gira
rapidamente no céu (estrelas de nêutrons são um dos vários estágios finais da vida
de uma estrela).
Durante sua rotação, o corpo celeste emite energia. Um pulsar pode ser
detectado em diversos comprimentos de onda, desde a luz visível, ondas de rádio,
raios-x e raios-gama.

FIM DO MÓDULO IV

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