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A astrobiologia é uma área de pesquisa recente que vem evoluindo por causa das perguntas
fundamentais que a humanidade tem se feito ao longo do tempo, por exemplo:
Para tentar responder essas perguntas vêm astrobiologia que na verdade é uma
ciência que não trabalha sozinha, ela trabalha com diversas áreas do ramo científico pra
conseguir abordar todas as questões e tentar trazer um pouco de luz a elas.
OBSERVANDO O UNIVERSO
Quase sempre, os artigos sobre galáxias estrelas e planetas contêm alguma informação sobre a
composição química de seu interior e de sua atmosfera, na maioria das vezes expressadas com bastante
precisão. Mas como é possível determinar de que são feitos se apenas sua tênue luz chega até nós?
Apenas olhando?
Na realidade, quase olhando.
Origem da luz
Espectro eletromagnético
A figura ao lado mostra o espectro
com todos os tipos de radiação
eletromagnética que existem no
nosso universo.
O espectro eletromagnético é
composto de todas as variedades
de radiação do universo. Os raios
gama têm a frequência mais alta,
enquanto as ondas de rádio têm
frequência mais baixa. A luz visível
está, aproximadamente, no meio
do espectro e abrange uma fração
muito pequena do espectro todo.
A luz é uma onda eletromagnética e ela pode ter várias frequências, normalmente estamos muito
acostumados com a luz visível que é a luz que enxergamos. Essa luz visível que enxergamos
está nessa região azul na imagem acima do espectro eletromagnético. Somente nesse trecho
azul a luz é visível aos olhos humanos e no restante do espectro não costumados a falar muito
nele, mas é ele que dá aos astrônomos as maiores pistas para tentarmos desvendar o que tem lá
fora.
No início do espectro eletromagnético existem ondas de rádio, são as mesmas ondas de rádio
que transmitem para os aparelhos a luz eletromagnética e ele transforma em som para
escutarmos.
A luz do infravermelho, micro-ondas e até as radiações de mais alta energia como a ultravioleta,
raio x e raios gama (todos os diferentes comprimentos de onda) são utilizadas para obter
informações do universo. Na última parte da figura do espectro eletromagnético, trabalhamos
sobre a temperatura. Dependendo da temperatura do corpo, ele terá uma região do espectro que
irá emitir luz com maior intensidade. No caso de estrelas, são conhecidas como corpo negro, elas
emitem todo essa faixa do espectro eletromagnético desde o rádio até raios gama, dependendo
do seu tamanho, vai emitir mais em uma região do que em na outra.
É muito importante para a astronomia trabalhar com diferentes tipos de luz para obter
informações mais precisas. Na imagem a cima, temos exatamente a mesma fonte de luz que é
uma parte da nossa via láctea (nossa galáxia) só que vista por olhos diferentes. Na primeira
sessão trabalhamos com raio submilimétrico que são ondas de rádio. Na segunda é infravermelho
e foi observada com telescópio Spitzer. Na terceira sessão ainda é um tipo de infravermelho,
porém mais próximo a luz visível. E por último, a imagem óptico que é o que enxergamos com a
luz visível. Então, como podemos observar, é a mesma imagem vista de formas diferentes. E é
graças a espectrometria, que a astronomia conseguiu ter avanços, pois possui diferentes
instrumentos para observar o universo.
A composição química dos objetos celestes é quase sempre feita através dessa técnica chamada
espectroscopia, que nada mais é do que a análise do "espectro" produzido pela luz da estrela após passar
por um prisma ou uma rede de difração, capaz de decompor a luz vinda do espaço em suas cores
primárias.
Para entender como funciona o processo é preciso voltar um pouco no tempo e lembrar que em
1665 o físico Isaac Newton demonstrou que a luz branca, ao passar por um prisma de vidro se
decompõe em diferentes cores, formando o um espectro contendo as cores do arco-íris
(Ilustração acima).
O tempo passou e até o ano de 1820 um fabricante de instrumentos óticos chamado Joseph von
Fraunhofer já havia observado mais de 570 linhas escuras em diversas regiões do espectro
colorido. Para 324 linhas observadas, Fraunhofer deu um nome representado por letra. Para as
mais fortes e contrastadas utilizou letras maiúsculas A, B, C e para as mais fracas utilizou letras
minúsculas. A primeira linha, "A", representava o vermelho. As linhas foram então batizadas de
"linhas de Fraunhofer".
Na ocasião, Fraunhofer apontou seu equipamento ainda rudimentar para as estrelas Sírius,
Castor, Pollux, Capella, Betelgeuse e Procyon e também observou raias escuras sobre os
espectros formados. O problema é que ainda não se sabia o que gerava as linhas.
Surge a Espectroscopia
O grande salto para a explicação das linhas de Fraunhofer aconteceu em 1856, após a invenção
do bico de Bunsen, aquele bico de gás usado nos laboratórios de ciência e que tem a chama
incolor. Como se sabe, quando se vaporiza algum material no bico de Bunsen, a cor emitida é a
da própria substância e não a da chama do bico.
Após muitas observações Kirchhoff e Bunsen concluíram que cada elemento químico produzia
suas próprias linhas, o que significava que vistos através do prisma, cada um tinha uma
assinatura própria, inconfundível.
No entanto, as linhas observadas por Kirchhoff e Bunsen eram brilhantes, ao contrário das linhas
observadas por Fraunhofer, que eram escuras. Intrigados, os cientistas resolveram confirmar se a
linha escura "D" descoberta por Fraunhofer era a mesma linha brilhante produzida pelo sódio
vaporizado no bico de gás.
Para isso a dupla passou a luz do Sol através da chama produzida pelo sódio. A intenção era
preencher de amarelo a linha escura "D" que era produzida pelo Sol. Para surpresa de Kirchhoff e
Bunsen, ao contrário do que esperavam a linha "D" ficou ainda mais escura.
Não satisfeitos, substituíram a luz solar pela produzida por um sólido incandescente e notaram
que ao passar pelo vapor do sódio, o espectro continha as mesmas linhas escuras produzidas
pelo Sol, na posição das linhas amarelas de sódio. Após uma série de experimentos Kirchhoff
concluiu que o Sol só podia ser formado de gás ou um sólido quente envolto por um gás mais frio.
Leis de Kirchhoff
Após muito pesquisar Kirchhoff formulou as três leis básicas da espectroscopia, necessárias para
determinação da composição química de uma mistura de elementos e através de uma série de
comparações de espectros descobriu na luz solar as assinaturas típicas do magnésio, Cálcio,
Crômio, Bário, Níquel e Zinco. Veja as três leis básicas de Kirchhoff.
Um corpo opaco quente (sólido ou fluido muito denso) produz um espectro contínuo, isto
é, tem todos os comprimentos de onda.
Um gás quente transparente (de baixa densidade) produz um espectro de linhas
brilhantes (linhas de emissão). Nesse espectro apenas alguns comprimentos de onda estão
presentes.
Um gás transparente frio em frente ao corpo opaco quente produz um espectro de linhas
escuras (linhas de absorção), por remover alguns comprimentos de onda do contínuo.
Descobre-se o Hélio
Com base no trabalho de Kirchhoff, o astrônomo inglês Joseph Norman Lockyer descobriu, em
1868, uma nova linha no espectro solar que ainda não havia sido explicada. Como cada elemento
tem uma assinatura espectroscópica própria, Lockyer batizou o novo elemento de "Helio", que em
grego significa Sol.
O Hélio só veio a ser descoberto na Terra 27 anos depois, quando o químico inglês William
Ramsay descobriu na vaporização do urânio uma linha na mesma posição espectral daquela
encontrada por Norman no espectro do Sol.
Espectroscopia na Astronomia
Depois que Kirchhoff e Bunsen descobriram que cada elemento natural produz linhas espectrais
próprias e Joseph Lockyer descobrir o elemento Hélio apenas observando o espectro solar, os
astrônomos passaram a apontar seus "espectroscópios" para diversas estrelas, planetas e
nebulosas e diversas propriedades dos objetos celestes se tornaram conhecidas. Olhar
diretamente os planetas e estrelas não era mais tão interessante. A moda era ver as raias
luminosas e estudar as propriedades físicas dos objetos.
Atualmente a análise espectral não é feita apenas no seguimento visível da luz, que vai de 400 a
700 nanômetros, mas também nos comprimentos de onda do infravermelho e ultravioleta, onde
os gases e sólidos apresentam propriedades diferentes. Além disso, os espectroscópios não
usam mais os prismas para decompor a luz e sim redes de difração, uma espécie de anteparo
com milhares de riscos que espalham os diversos comprimentos de onda da luz.
Tamanho do Universo
Vamos falar um pouco sobre escala, as vezes parece que não é importante, mas na verdade não
tem muita noção de escala ainda mais quando se trata do universo. Vamos começar realmente
com estruturas simples, por exemplo, um prédio de 10 metros em média. Um campo de futebol
mais ou menos 100 metros de comprimento. Uma rua de 1km. Um trecho de 10 km, 1000 km. Até
aqui temos ideia da escala real, ou seja, o tamanho dessas estruturas. Porém, vamos pensar em
estruturas maiores.
Nosso planeta Terra tem um pouco mais de 10 mil km de diâmetros. Aqui já fica
difícil de imaginarmos o tamanho do nosso planeta e não estamos nem perto de
imaginar o real tamanho do universo. Em 100 mil km, cabem 10 planetas Terra em
diâmetro. E essa é a distância que a Terra percorre em sua trajetória em torno do
sol em 1 hora. Para dá volta completa em torno do sol (movimento de translação), a
Terra percorre a distância de 930 milhões de km e leva exatamente, 365 dias, 5
horas, 48 minutos e 48 segundos, a uma velocidade média de 29,9 Km/s.