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Natureza da Luz
Um fenômeno bem conhecido há muito tempo é o de que ao passar um feixe de luz branca, como a
luz solar, por um prisma de vidro, ocorre o que se pode visualizar na figura abaixo, a luz branca é de-
composta em sete cores: violeta, anil, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho. Um fenômeno similar
ocorre depois de uma chuva, quando as gotas de água funcionam como o prisma e decompõem a luz
solar, formando um lindo arco-íris.
Essas sete cores formadas pelo prisma receberam o nome de espectro contínuo, pois a mudança de
uma cor para outra é praticamente imperceptível.
Para explicar isso, mais tarde, Christiaan Huygens argumentou que a luz seria constituída por ondas
de energia radiantes. Uma onda é caracterizada por seu comprimento (simbolizado por λ) e por sua
frequência (f).
O ponto mais alto de uma onda é a crista, e o mais baixo é a depressão. Assim, o comprimento de
onda (λ) é a distância entre uma crista e outra, ou uma depressão e outra. Já a frequência são as os-
cilações da onda, isto é, o número de cristas (ou depressões) que passam por um ponto no intervalo
de um segundo. A unidade da frequência de onda é o hertz (Hz), sendo que 1 Hz é igual a 1 ciclo por
segundo.
A amplitude de uma onda é a metade da altura da crista até a depressão. Quanto maior o compri-
mento da onda, menor é sua frequência, e o contrário também ocorre. Veja o esquema abaixo para
você entender melhor:
Por volta de 1860, James Clerk Maxwell propôs, então, que a luz seria uma onda ou radiação eletro-
magnética, ou seja, seria formada por dois campos, um elétrico e outro magnético, que oscilariam en-
tre si de forma perpendicular e na direção da propagação da radiação.
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NATUREZA DA LUZ
A luz não é a única radiação eletromagnética existente, há vários tipos de radiações, porém, elas não
são visíveis para nós, entre elas estão os raios X, a radiação ultravioleta, o infravermelho, as micro-
ondas e as ondas de rádio. O que diferencia uma radiação da outra e também uma cor da outra é
exatamente o comprimento de onda e a frequência. Abaixo temos um espectro completo das ondas
eletromagnéticas, incluindo a região visível e a frequência dessas radiações:
Você já deve ter se perguntado de onde vêm as luzes coloridas que os fogos de artifício emitem
quando queimam. A cor que eles emitem depende do tipo de íon presente no sal que está na pólvora
que é queimada. Por exemplo, um sal que contém os íons estrôncio produz a cor vermelha, já se for
o bário, terá a emissão da cor verde.
Isso é explicado porque os átomos de cada elemento químico possuem níveis energéticos (onde os
elétrons ficam) com valores de energia bem definidos. Segundo o modelo atômico de Rutherford-
Bohr, só é permitido a cada elétron ocupar níveis energéticos nos quais ele se apresenta com valores
de energia múltiplos inteiros de um fóton.
Para saltar para um nível mais externo, de maior energia, o elétron precisa receber energia de al-
guma fonte. É isso que é feito quando os fogos de artifício explodem, é fornecida energia para os elé-
trons que saltam de nível. Porém, esse estado excitado é instável e o elétron volta para o seu nível de
energia anterior. Quando faz isso, ele libera a quantidade de energia que recebeu, em forma de radia-
ção visível, isto é, a cor que observamos.
Visto que os valores das energias das órbitas dos átomos de cada elemento são diferentes, as cores
emitidas também serão diferentes, pois terão comprimentos e frequências de onda diferentes.
É por isso que cada elemento produz um espectro descontínuo, com linhas ou raias espaçadas e ca-
racterísticas para cada comprimento de onda.
Apesar de essa teoria ondulatória explicar muitos fenômenos relacionados à luz, ela não conseguia
explicar, por exemplo, a cor da radiação emitida por certos objetos quando aquecidos.
Assim, por volta de 1900, Max Planck propôs que a energia não era contínua, que essa energia emi-
tida pelos corpos aquecidos não era na forma de ondas, mas sim de pequenos “pacotes” de energia,
denominados quantum. Albert Einstein usou essa teoria para explicar a transmissão de radiação no
vácuo e mostrou que a absorção de energia é feita de um quantum por vez.
Refração da Luz
A refração da luz é a passagem da luz que muda de direção quando ocorre a mudança para outro
meio.
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NATUREZA DA LUZ
Uma colher dentro de um copo de água parece torta em função da luz refratada no líquido.
A velocidade da luz varia nesse fenômeno óptico, pois sua velocidade é maior no vácuo. Logo, se a
luz muda de meio, sua velocidade diminui.
Reflexão da Luz
A reflexão da luz, por sua vez, acontece quando a luz é desviada da superfície onde havia refletido e
retorna para a sua origem.
A reflexão pode ser regular, quando a luz reflete em meios planos resultando em raios luminosos pa-
ralelos.
Ela também pode ser irregular, quando a luz reflete em meios que apresentam elevações resultando
raios em várias direções.
Importa referir que a luz pode ser absorvida pelos corpos em que ela reflete. São os materiais de que
são compostos esses corpos que fazem com que a luz apresente as suas cores.
Fontes de Luz
São fontes primárias aquelas que têm sua própria luz, tal como o Sol. As fontes secundárias, por sua
vez, são aquelas que refletem luz recebida. É o caso da Lua, que reflete a luz solar.
A luz se propaga no vácuo de forma extremamente veloz. Mas há outros meios de propagação da
luz, os quais são classificados da seguinte forma:
Meio translúcido: é um meio irregular, pois apesar da passagem da luz, ela é pouco nítida. Exemplo
disso é a neblina que esconde a luz do Sol.
Meio transparente: é um meio regular, motivo pelo qual a luz passa facilmente por ele. O vácuo é um
meio transparente. Um meio opaco não permite que a luz se espalhe, porque ele bloqueia a luz.
Como exemplo, podemos citar uma lanterna direcionada para uma parede, pois os raios de luz não
chegam ao outro lado da construção.
E o que é Ano-luz?
A unidade auxilia o trabalho dos astrônomos, justamente pelo fato de que na Astronomia são utiliza-
dos números gigantescos, tal como o mencionado acima. Assim, ela facilita as contagens nessa ciên-
cia e, ao contrário do que muitos pensam, não é uma unidade de tempo, tal como sugerido pela pala-
vra “ano”.
Fenômenos Ópticos
Ao incidir sobre uma superfície que separa dois meios de propagação, a luz sofre algum, ou mais do
que um, dos fenômenos a seguir:
Reflexão Regular
A luz que incide na superfície e retorna ao mesmo meio, regularmente, ou seja, os raios incidentes e
refletidos são paralelos. Ocorre em superfícies metálicas bem polidas, como espelhos.
Reflexão Difusa
A luz que incide sobre a superfície volta ao mesmo meio, de forma irregular, ou seja, os raios inciden-
tes são paralelos, mas os refletidos são irregulares. Ocorre em superfícies rugosas, e é responsável
pela visibilidade dos objetos.
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NATUREZA DA LUZ
Refração
A luz incide e atravessa a superfície, continuando a se propagar no outro meio. Ambos os raios (inci-
dentes e refratados) são paralelos, no entanto, os raios refratados seguem uma trajetória inclinada
em relação aos incididos. Ocorre quando a superfície separa dois meios transparentes.
Absorção
A luz incide na superfície, no entanto não é refletida e nem refratada, sendo absorvida pelo corpo, e
aquecendo-o. Ocorre em corpos de superfície escura.
Quando os raios de luz se cruzam, estes seguem independentemente, cada um a sua trajetória.
Um meio ordinário é aquele que é, ao mesmo tempo, transparente, homogêneo e isótropo, como por
exemplo, o vácuo
Sombra e Penumbra
Quando um corpo opaco é colocado entre uma fonte de luz e um anteparo, é possível delimitar regi-
ões de sombra e penumbra.
A sombra é a região do espaço que não recebe luz direta da fonte. Penumbra é a região do espaço
que recebe apenas parte da luz direta da fonte, sendo encontrada apenas quando o corpo opaco é
posto sob influência de uma fonte extensa. Ou seja:
Uma câmara escura de orifício consiste em um equipamento formado por uma caixa de paredes total-
mente opacas, sendo que no meio de uma das faces existe um pequeno orifício.
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NATUREZA DA LUZ
Ao colocar-se um objeto, de tamanho o, de frente para o orifício, a uma distância p, nota-se que uma
imagem refletida, de tamanho i, aparece na face oposta da caixa, a uma distância p', mas de foma
invertida. Conforme ilustra a figura:
Desta forma, a partir de uma semelhança geométrica pode-se expressar a seguinte equação:
Reflexão é o fenômeno que consiste no fato de a luz voltar a se propagar no meio de origem, após
incidir sobre uma superfície de separação entre dois meios.
Refração é o fenômeno que consiste no fato de a luz passar de um meio para outro diferente.
Durante umas reflexões são conservadas a frequência e a velocidade de propagação, enquanto du-
rante a refração, apenas a frequência é mantida constante.
Acontece quando, por exemplo, um feixe cilíndrico de luz atinge uma superfície totalmente lisa, ou
tranquila, desta forma, os feixes refletidos e refratados também serão cilíndricos, logo os raios de luz
serão paralelos entre si.
Acontece quando, por exemplo, um feixe cilíndrico de luz atinge uma superfície rugosa, ou agitada,
fazendo com que os raios de luz refletidos e refratados tenham direção aleatória por todo o espaço.
A luz branca que recebemos do sol, ou de lâmpadas fluorescentes, por exemplo, é policromática, ou
seja, é formada por mais de uma luz monocromática, no caso do sol, as sete do arco-íris: vermelho,
alaranjado, amarelo, verde, azul, anil e violeta.
Sendo assim, um objeto ao ser iluminado por luz branca "seleciona" no espectro solar as cores que
vemos, e as refletem de forma difusa, sendo assim, vistas por nós.
Se um corpo é visto branco, é porque ele reflete todas as cores do espectro solar.
Se um corpo é visto vermelho, por exemplo, ele absorve todas as outras cores do espectro, refletindo
apenas o vermelho.
Se um corpo é "visto" negro, é por que ele absorve todas as cores do espectro solar.
Chama-se filtro de luz a peça, normalmente acrílica, que deixa passar apenas um das cores do es-
pectro solar, ou seja, um filtro vermelho, faz com que a única cor refratada de forma seletiva seja a
vermelha.
É muito comum o uso de filtros de luz na astronomia para observar estrelas, já que estas apresentam
diferentes cores, conforme sua temperatura e distância da Terra, principalmente.
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NATUREZA DA LUZ
Chama-se ponto objeto, relativamente a um sistema óptico, o vértice do feixe de luz que incide sobre
um objeto ou uma superfície, sendo dividido em três tipos principais:
Ponto objeto real (POR): é o vértice de um feixe de luz divergente, sendo formado pelo cruzamento
efetivo dos raios de luz.
Ponto objeto virtual (POV): é o vértice de um feixe de luz convergente, sendo formado pelo cruza-
mento imaginário do prolongamente dos raios de luz.
Ponto objeto impróprio (POI): é o vértice de um feixe de luz cilíndrico, ou seja, se situa no infinito.
Chama-se ponto imagem, relativamente a um sistema óptico, o vértice de um feixe de luz emergente,
ou seja, após ser incidido.
Ponto imagem real (PIR): é o vértice de um feixe de luz emergente convergente, sendo formado pelo
cruzamento efeitivo dos raios de luz.
Ponto imagem virtual (PIV): é o vértice de um feixe de luz emergente divergente, sendo formado pelo
cruzamento imaginário do prolongamento dos raios de luz.
Ponto imagem impróprio (PII): é o vértice de um feixe de luz emergente cilíndrico, ou seja, se situa no
infinito.
Sistemas Ópticos
O grupo dos sistemas ópticos refletores consiste principalmente nos espelhos, que são superfícies de
um corpo opaco, altamente polidas e com alto poder de reflexão.
No grupo dos sistemas ópticos refratores encontram-se os dioptros, que são peças constituídas de
dois meios transparentes separados por uma superfície regular. Quando associados de forma conve-
niente os dioptros funcionam como utensílios ópticos de grande utilidade como lentes e prismas.
Um sistema óptico é estigmático quando cada ponto objeto conjuga apenas um ponto imagem.
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NATUREZA DA LUZ
Um sistema óptico é aplanético quando um objeto plano e frontal também conjuga uma imagem plana
e frontal.
O único sistema óptico estigmático, aplanético e ortoscópico para qualquer posição do objeto é o es-
pelho plano.
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