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TEMA 1: MATÉRIA, SUAS PROPRIEDADES E ORGANIZAÇÃO

ATIVIDADE 1 – MODELOS ATÔMICOS

Habilidades: Reconhecer os átomos como elementos básicos constituintes de


todos esses materiais | Compreender historicamente o processo de construção
dos modelos atômicos (Dalton, Thomson, Rutherford, Bohr) | Analisar as
transições, entre níveis de energia, possíveis a um elétron no átomo de
hidrogênio | Utilizar o modelo de quantização da energia para explicar a
absorção e a emissão de radiação pela matéria | Comparar os modelos
atômicos de Rutherford e de Bohr.
Relacionar as cores da luz emitida por diferentes substâncias aquecidas como
uma propriedade dos elementos químicos | Diferenciar os espectros de
emissão e absorção | Diferenciar os espectros contínuo e discreto | Relacionar
as linhas espectrais emitidas por uma estrela à sua composição química |
Identificar os elementos químicos de uma estrela por meio de comparações
entre linhas espectrais.
Compreender o conceito do efeito fotoelétrico
Compreender o funcionamento de um Laser | Comparar a luz emitida por um
Laser e uma lanterna | Reconhecer a importância da aplicação do Laser em
diferentes campos, como a medicina, indústria, ciência.
Identificar a presença da radioatividade no mundo natural e nos sistemas
tecnológicos.
Reconhecer a série de decaimentos radioativos de alguns elementos químicos
| Identificar os efeitos biológicos da radiação que podem ser prejudiciais à
saúde.

Modelos Atômicos
Os modelos atômicos são os aspectos estruturais dos átomos que foram
apresentados por cientistas na tentativa de compreender melhor o átomo e a
sua composição.
Em 1808, o cientista inglês John Dalton propôs uma explicação para a
propriedade da matéria. Trata-se da primeira teoria atômica que dá as bases
para o modelo atômico conhecido atualmente.
A constituição da matéria é motivo de estudos desde a antiguidade. Os
pensadores Leucipo (500 a.C.) e Demócrito (460 a.C.) formularam a ideia de
haver um limite para a pequenez das partículas.
Eles afirmavam que elas se tornariam tão pequenas que não poderiam ser
divididas. Chamou-se a essa partícula última de átomo. A palavra é derivada
dos radicais gregos que, juntos, significam o que não se pode dividir.

Modelo Atômico de Thomson


O Modelo Atômico de Thomson foi o primeiro a realizar a divisibilidade do
átomo. Ao pesquisar sobre raios catódicos, o físico inglês propôs esse modelo
que ficou conhecido como o modelo pudim de ameixa.
Ele demonstrou que esses raios podiam ser interpretados como sendo um feixe
de partículas carregadas de energia elétrica negativa.
Em 1887, Thomson sugeriu que os elétrons eram um constituinte universal da
matéria. Ele apresentou as primeiras ideias relativas à estrutura interna dos
átomos.
Thomson indicava que os átomos deviam ser constituídos de cargas elétricas
positivas e negativas distribuídas uniformemente.
Ele descobriu essa mínima partícula e assim estabeleceu a teoria da natureza
elétrica da matéria. Concluiu que os elétrons eram constituintes de todos os
tipos de matéria, pois observou que a relação carga/massa do elétron era a
mesma para qualquer gás empregado em suas experiências.
Em 1897, Thomson tornou-se reconhecido como o “pai do elétron”.
Modelo Atômico de Rutherford
Em 1911, o físico neozelandês Rutherford colocou uma folha de ouro bastante
fina dentro de uma câmara metálica. Seu objetivo era analisar a trajetória de
partículas alfa a partir do obstáculo criado pela folha de ouro.
Nesse ensaio de Rutherford, observou que algumas partículas ficavam
totalmente bloqueadas e outras partículas, que não eram afetadas,
ultrapassavam a folha sofrendo desvios. Segundo ele, esse comportamento
podia ser explicados graças às forças de repulsão elétrica entre essas
partículas. Pelas observações, afirmou que o átomo era nucleado e sua parte
positiva se concentrava num volume extremamente pequeno, que seria o
próprio núcleo. O Modelo Atômico de Rutherford, conhecido como modelo
planetário, corresponde a um sistema planetário em miniatura, no qual os
elétrons se movem em órbitas circulares, ao redor do núcleo.

Modelo de Rutherford – Bohr


O modelo apresentado por Rutherford foi aperfeiçoado por Bohr. Por esse
motivo, o aspecto da estrutura atômica de Bohr também é chamado de Modelo
Atômico de Bohr ou Modelo Atômico de Rutherford-Bohr.
A teoria do físico dinamarquês Niels Bohr estabeleceu as seguintes
concepções atômicas:
1. Os elétrons que giram ao redor do núcleo não giram ao acaso, mas descrevem
órbitas determinadas.
2. O átomo é incrivelmente pequeno, mesmo assim a maior parte do átomo é
espaço vazio. O diâmetro do núcleo atômico é cerca de cem mil vezes menor
que o átomo todo. Os elétrons giram tão depressa que parecem tomar todo o
espaço.
3. Quando a eletricidade passa através do átomo, o elétron pula para a órbita
maior e seguinte, voltando depois à sua órbita usual.
4. Quando os elétrons saltam de uma órbita para a outra resulta luz. Bohr
conseguiu prever os comprimentos de onda a partir da constituição do átomo e
do salto dos elétrons de uma órbita para a outra.

Atividade:
1) Conforme as informações elabore um mapa Mental sobre Modelos Atômicos.
2) a) Após realizar a leitura das páginas 151 e 152 sobre o átomo de Bohr do
texto disponível em: http://www.if.usp.br/gref/eletro/eletro5.pdf, acesso em 21
fev. 2019, responda as questões a seguir: a) No modelo atômico de Bohr, o
que é necessário acontecer para que um elétron passe de uma posição (órbita)
menos energética para outra mais energética? (Página SP Faz Escola 23).
3) b) O que ocorre com o valor da energia quando o elétron do átomo retorna para
uma órbita mais próxima do núcleo? (Página SP Faz Escola 23).

Espectroscopia
O termo espectroscopia é utilizado nas disciplinas de física e química para se
referir à técnica de aferimento de dados físico-químicos através da
transmissão, absorção ou reflexão da energia radiante incidente em uma
amostra. Sua origem encontra-se no estudo da luz visível dispersa de acordo
com seu comprimento de onda, por exemplo, por um prisma.
Embora a natureza espectral da luz esteja presente no arco-íris, demorou para
que o homem reconhecesse o seu significado. Não foi até 1666 que Newton
mostrou que a luz branca a partir do sol pode ser repartida em uma série
contínua de cores. Newton introduziu a palavra "espectro" para descrever tal
fenômeno, utilizando uma superfície com um pequeno orifício que emitia um
feixe de luz, uma lente para focá-lo, um prisma de vidro para dispersá-lo, e uma
tela para exibir o espectro resultante. Assim, a análise da luz feita por Newton é
considerado o marco inicial da ciência da espectroscopia.

Esquema básico de um espectroscópio. Ilustração: gstraub / Shutterstock.com


A partir daí, os pesquisadores entendem que a radiação solar possui
componentes fora da parte visível do espectro. Estes estudos foram os
precursores de medições radiométricas e fotográfica da luz, respectivamente.
Outra importante contribuição ao desenvolvimento da espectroscopia encontra-
se nas pesquisas do alemão Joseph Fraunhofer, que ao observar que o
espectro do sol, quando suficientemente disperso é atravessado por um grande
número de finas linhas escuras (as chamadas linhas de Fraunhofer).
Fraunhofer elaborou as primeiras normas para comparação de linhas
espectrais obtidas a partir de prismas de vidros diferentes, além de estudar os
espectros das estrelas e dos planetas, usando uma objetiva de telescópio para
coletar a luz, dando com isso origem à ciência da astrofísica.
Apesar de suas realizações, Fraunhofer não entendia a origem das linhas
espectrais que observava. Somente 33 anos após sua morte é que Gustav
Kirchhoff estabeleceu que cada elemento e composto tem seu próprio espectro
único, e que, ao estudar o espectro de uma fonte desconhecida, pode-se
determinar sua composição química. Com esses avanços, espectroscopia se
tornou uma verdadeira disciplina científica.
Em 1859, em sua famosa lei, Kirchhoff afirma que a potência emitida e
absorvida da luz num determinado comprimento de onda são as mesmas para
todos os corpos à mesma temperatura. Um gás, por exemplo, que irradia um
espectro de linha deve, à mesma temperatura, absorver as linhas espectrais
que irradia. Com isto, Kirchhoff e R. Bunsen explicam que as linhas de
Fraunhofer no espectro do sol ocorrem devido a absorção do espectro contínuo
emitida a partir do interior quente do sol por elementos na superfície mais fria.
Com esta pesquisa, tornou-se possível a análise da atmosfera do Sol.
Atividade:
1) Conforme as informações elabore um mapa Mental sobre Espectroscopia.
2) Leia o texto da página 25 do SP Faz Escola, e responda as questões (a, b e c)
da página 26.

Trabalho Bimestral
 Fazer uma pesquisa sobre fotoelétrico e dizer onde utilizamos o efeito
fotoelétrico no nosso cotidiano.

Raio Laser
O raio laser é um tipo de radiação eletromagnética visível ao olho humano.
Laser é uma palavra que é formada a partir das palavras light amplification by
stimulated emission of radiation, que juntas significam “amplificação da luz por
emissão estimulada por radiação”. O laser possui características especiais
como, por exemplo, ela ser monocromática, coerente e colimada, além de ter
larga aplicação tecnológica e científica que vem se expandindo cada dia mais.
A luz do laser além de ser monocromática, ou seja, constituída por radiações
de uma única freqüência, é muito potente em razão da grande concentração de
energia em pequenas áreas (pequenos feixes). O feixe de laser é muito
potente, podendo ter brilho superior ao da luz emitida por uma lâmpada.
O físico Albert Einstein, no ano de 1916, lançou as bases para a criação do
laser a partir das teorias de Max Plank. No entanto essas bases ficaram
esquecidas durante a Segunda Guerra Mundial. Foi em 1953, trinta e sete anos
depois, que cientistas conseguiram produzir o primeiro laser, ou melhor
dizendo, um dispositivo bastante similar a um laser, pois ele não tinha a
capacidade de omitir ondas de forma contínua. Apesar de não ter sido o criador
do laser, A. Einstein leva o crédito por ter sido o cientista que descobriu o efeito
físico existente por detrás do funcionamento do laser, a emissão estimulada,
essa que é a condição necessária para se ter o equilíbrio térmico da radiação
com a matéria.
Em razão de suas características, o laser hoje é muito aplicado como, por
exemplo, nas cirurgias médicas, em pesquisas científicas, na holografia, nos
leitores de CD e DVD como também no laser pointer utilizado para
apresentação de slides. Na indústria o laser de dióxido de carbono tem sido
muito utilizado, pois possibilita um processo rápido de corte e solda de
materiais. As aplicações do raio laser são inúmeras e tem se tornado cada vez
mais diversificado, de forma que relacionar todas elas fica impossível.

ATIVIDADE 4 – RAIO LASER (página 27)


A maioria dos produtos que compramos possuem um código de barras como o
da imagem. Os códigos de barras, além de esconderem um sistema
organizado de classificação a partir de combinações numéricas representadas
por listras de diferentes espessuras, são o meio mais eficaz para identificação
rápida das informações convertidas pelo computador, e sua leitura é feita por
um aparelho que emite raios laser. Você sabe como funcionam os leitores de
código de barras utilizados nos caixas de supermercado e em bancos? Por que
na maioria dos dispositivos que utilizam a luz laser existe um aviso indicando
que se deve tomar cuidado com os olhos ao manuseá-los? Qual seria o motivo
para existir tal aviso?

TEMA 2 – FENÔMENOS NUCLEARES

"Física Nuclear é o estudo das partículas constituintes dos núcleos atômicos,


como prótons e nêutrons, e das interações existentes entre elas. Essas
interações são capazes de manter as partículas unidas em distâncias
extremamente pequenas, da ordem de poucos nanômetros (10-9 m). Alguns
exemplos de fenômenos estudados pela Física Nuclear são decaimentos
radioativos, fissões nucleares, fusões nucleares etc.
A Física Nuclear estuda os fenômenos físicos relativos aos núcleos atômicos,
como transições de energia, decaimentos radioativos, fissão e fusão nuclear,
entre outros. O estudo da Física Nuclear envolve o desenvolvimento de
modelos que expliquem o funcionamento dos núcleos atômicos e sua
constituição, aplicações da energia nuclear em tratamentos médicos,
desenvolvimento de tecnologias para a detecção de radiação, novas fontes de
energia, etc.
A fissão nuclear é uma reação em cadeia que ocorre quando um núcleo
atômico pesado captura um nêutron lento.
As aplicações tecnológicas diretamente relacionadas ao estudo da Física
Nuclear estão relacionadas a processos industriais, eficiência energética,
explorações astronômicas, etc. Além disso, esse estudo promove melhorias à
saúde, meio ambiente e agricultura.

Física Nuclear na saúde


Nos últimos anos, a Física Nuclear tem possibilitado, por meio da medicina
nuclear, o surgimento de tecnologias de grande impacto à saúde humana. Um
crescente número de exames de imagem tem sido realizado com uso de
diferentes tipos de radiação e partículas. Além disso, um enorme número de
pacientes recebe tratamento oncológico por meio da radiação produzida por
aceleradores de partículas ou fontes naturais de radiação, como os
radioisótopos césio-137, iodo-131, entre outros encontrados na natureza.
Atualmente, existem tratamentos de câncer avançados, com menos efeitos
colaterais, que são capazes de destruir os tecidos afetados pelo câncer por
meio da emissão de prótons, nêutrons, íons pesados e radiação
eletromagnética ionizante.
Alguns exames de imagem baseiam-se em conhecimentos originados de
pesquisas desenvolvidas pela Física Nuclear, como tomografias
computadorizadas, ressonâncias magnéticas nucleares, tomografias por
emissão de pósitrons, tomografias computadorizadas de emissão de fótons
simples. Esses exames fornecem imagens ricamente detalhadas de órgãos e
estruturas delicados sem que haja necessidade de intervenções cirúrgicas e
com segurança relativamente alta aos pacientes.

Física Nuclear e meio ambiente


A Física Nuclear também é largamente aplicada aos estudos do meio
ambiente: a datação dos núcleos radioativos presentes nas rochas e no solo,
por exemplo, é de grande importância para a determinação do passado da
Terra e para a definição de padrões climáticos.
A atmosfera terrestre é constantemente bombardeada por raios cósmicos
altamente energéticos, cujas interações com as moléculas de carbono
presentes no ar produzem o isótopo carbono-14. Esse elemento raro tem uma
meia vida extremamente longa: a cada 5700 anos, o número desse tipo de
radioisótopo presente em seres vivos, como plantas e animais, cai pela
metade. Dessa forma, é possível estudar a idade de fósseis e, até mesmo,
determinar a época em que grandes florestas ou ecossistemas inteiros
deixaram de viver.

Física Nuclear e indústria


Muitas técnicas derivadas da Física Nuclear, mais explicitamente de
aceleradores de partículas, passaram a ser usadas em processos industriais,
promovendo aumento de sua eficiência e grande impacto econômico.
Os aceleradores de partículas podem ser usados para produzir radiação
eletromagnética altamente energética.
Uma das aplicações mais importantes para a indústria são os detectores
utilizados na determinação da composição de materiais semicondutores. Os
semicondutores figuram como a matéria-prima de todos os componentes
eletrônicos usados, desde chips presentes nos computadores e celulares até
simples conexões elétricas. Para que esses componentes funcionem
perfeitamente, é de fundamental importância que sua pureza seja garantida.
Dessa forma, técnicas de caracterização de elementos químicos, como a PIXE
(emissão de raios X induzida por partículas), medem a emissão de raios X de
amostras bombardeadas por prótons durante a colisão do feixe de prótons com
os núcleos atômicos. Essas técnicas medem também a emissão de ondas
eletromagnéticas para determinar características, como massa atômica e carga
elétrica, de algum material.

Atividade
1) Como é possível avaliar os riscos e os benefícios do uso de materiais
radioativos?
2) Faça um mapa mental sobre Fenômenos Nucleares.

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