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ATOMÍSTICA

Aristóteles Dalto Thomson


Demócrit
o n

Boh Rutherford Sommerfel


r d

Heisenberg Schrödinger De
LEUCIPO

Leucipo foi um filósofo grego, pré-socrático, o primeiro


a afirmar que todo o universo era feito de átomos, abandonando
a interferência divina na explicação do princípio de todas as
coisas.

Segundo Aristóteles (384-322 a. C.), Leucipo formulou


as primeiras doutrinas atomistas, que teriam sido desenvolvidas
por seu discípulo Demócrito e, posteriormente reelaboradas por
Epicuro e os seguidores do epicurismo como Lucrécio. Segundo
os testemunhos de Aristóteles, a filosofia de Leucipo contém
todas as ideias fundamentais que configuram o atomismo.
DEMÓCRITO

Demócrito (460-370 a.C.) foi um filósofo grego do


período pré-socrático e agrupado na escola atomista.
Julgava que todos os elementos do universo eram
compostos de átomos.

Demócrito foi discípulo de Leucipo de Mileto.

Os principais representantes da escola de Abdera


foram Leucipo e Demócrito. Leucipo iniciou a “teoria
atomista”, mas coube a Demócrito desenvolve-la.
Segundo Demócrito, existem dois elementos
principais para a formação de todas as coisas: o átomo
e o vazio.

Afirmava que os átomos são partículas


indivisíveis, individuais, invariáveis, eternas e em
perpetuo movimento, que diferem apenas pela forma,
tamanho, posição e ordem.
ARISTÓTELES

Aristóteles (384-322 a.C.) foi um importante


filósofo grego. Um dos pensadores com maior
influência na cultura ocidental. Foi discípulo do filósofo
Platão.

Elaborou um sistema filosófico que abordou


sobre praticamente todos os assuntos existentes, como a
geometria, física, metafísica, botânica, zoologia,
astronomia, medicina, psicologia, ética, drama, poesia,
retórica, matemática e principalmente lógica.
DALTON

1. Toda matéria é formada de partículas


fundamentais, os ÁTOMOS.

2. Os átomos são massas compactas, esféricas,


homogêneas, indivisíveis, indestrutíveis e
incriáveis em uma reação química.

3. Os elementos são caracterizados por seus átomos.


Todos os átomos de um elemento são semelhantes
ou idênticos entre si, enquanto átomos de
elementos diferentes são diferentes entre si.
4. Os átomos podem se unir entre si, formando os compostos
químicos.

5. Uma reação química é uma combinação de átomos,


formando outros compostos por outras combinações.

“Bola de bilhar”
THOMSON

Joseph John Thomson (1856-1940) foi um


físico britânico. Descobriu o elétron. Recebeu o
Prêmio Nobel de Física, em 1906.

Em 1897, Thomson descobriu um corpo


menor do que o átomo do hidrogênio que denominou
corpúsculos, depois conhecida como "elétron", assim
estabelecendo a teoria da natureza elétrica da matéria.
1. Experimento em um tubo de gás rarefeito;
2. Estrutura elétrica da matéria;
3. Raios catódicos (elétrons);
4. Divisibilidade elétrica do átomo;
5. Aglomerado de cargas;
6. Massa compacta positiva com cargas negativas
inseridas em seu interior e superfície.
“PUDIM DE PASSAS”
Raios catódicos são radiações compostas de elétrons
que se originam no interior de tubos cheios de gás rarefeito
(tubos de Crookes) e submetidos a uma diferença de
potencial elétrico entre suas extremidades metálicas, ou
pólos.

A pesquisa dos raios catódicos teve início em 1838,


quando Michael Faraday começou a estudar as descargas
elétricas em gases submetidos a baixas pressões.

Por volta de 1878, William Crookes concluiu que os


raios catódicos são formados de feixes de partículas com
carga negativa, emitidas do catodo com velocidade muito
alta.
No Tubo de Raios Catódicos os elétrons (pequenas
partículas com carga elétrica negativa) são atraídos pelo pólo
positivo (ânodo), emergindo do pólo negativo (cátodo), por isso
sendo chamados de Raios Catódicos.
RUTHERFORD

Ernest Rutherford (1871-1937) foi um físico e


químico neozelandês, que pesquisando o urânio descobriu
a emissão de raios alfa e beta, deixando grande
contribuição para a moderna teoria atômica.

Em 1911, o físico neozelandês Ernest Rutherford


(1871-1937) realizou uma experiência com o objetivo de
aprofundar os conhecimentos sobre o modelo atômico até
então adotado, que era o de Thomson; no qual o átomo
seria uma esfera de carga elétrica positiva, não maciça,
incrustada de elétrons (negativos), de modo que sua carga
elétrica total seria nula.
Para realizar tal experimento ele bombardeou uma
finíssima folha de ouro (espessura de aproximadamente
10-4 mm), por um feixe de partículas alfa (α), vindo de uma
amostra de polônio. Conforme o esquema abaixo, o polônio
estava dentro de um bloco de chumbo, com um orifício, por onde
apenas seria permitida a saída das emissões de partículas alfa.

Além disso, foram colocadas placas de chumbos com


orifícios em seus centros, que orientariam o feixe na direção da
lâmina de ouro. E, por fim, colocou-se atrás da lâmina um
anteparo recoberto com sulfeto de zinco, que é uma substância
fluorescente, onde era possível visualizar o caminho percorrido
pelas partículas alfa.
Rutherford criou um modelo atômico que
seria semelhante ao sistema planetário: o Sol seria o
núcleo, e os planetas seriam os elétrons girando ao
redor do núcleo.
BOHR

Niels Bohr (1885-1962) foi um físico


dinamarquês. Estabeleceu o modelo atômico que lhe
valeu o Prêmio Nobel de Física em 1922.

Niels Henrik David Bohr nasceu em


Copenhague, na Dinamarca, no dia 7 de outubro de
1885. Filho de Christian Bohr, professor de Fisiologia
na Universidade de Copenhague e de Ellen Adler,
descendente de ilustre família judia.
POSTULADOS DE BOHR

1) Os elétrons movimentam-se em torno do núcleo, em órbitas


circulares com quantidades determinadas de energia,
chamadas de níveis ou camadas.

2) O elétron não pode assumir qualquer valor de energia, mas


somente determinados valores correspondentes às órbitas
permitidas, portanto apresentam determinados níveis de
energia.

3) O elétron, quando em uma dessas órbitas, não perde e nem


ganha energia espontaneamente (Estado Estacionário de
Energia).
4) Quanto mais distante do núcleo, maior é a energia da órbita (nível).

5) O elétron pode passar de um nível para outro de maior energia, desde que
receba energia de uma fonte externa, nesse caso é dito que o átomo fica
excitado. Ao retornar ao seu nível de origem, o elétron perde a energia
recebida sob a forma de ondas eletromagnéticas (luz visível ou ultravioleta).

6) Esses processos receberam o nome de Saltos Qüânticos.


SOMMERFELD

Logo após Bohr enunciar seu modelo


verificou-se que um elétron, numa mesma camada,
apresentava energias diferentes. Como poderia ser
possível se as órbitas fossem circulares?

Sommerfeld sugeriu que as órbitas fossem


elípticas, pois em uma elipse há diferentes
excentricidades (distância do centro), gerando energias
diferentes para uma mesma camada.
MODELO ATÔMICO ATUAL

Em 1926, Schrödinger lançou as bases da


Mecânica Ondulatória, ao apresentar um mode­lo
atômico no qual os elétrons eram considera­dos como
partículas-onda.

O modelo de Schrödinger, válido até hoje,


procura determinar os valores permitidos de energia
para os elétrons de um átomo e mostra que é impossível
conhecermos a trajetória de um elétron.
HEISENBERG

Werner Heisenberg (1901-1976) foi um físico alemão


responsável pela criação de um modelo quântico para o átomo.

Em 1927 Heisenberg propôs o "Princípio da


Incerteza", também chamado de "Princípio de Heisenberg".

“É impossível determinarmos simultaneamente a posição e a


quantidade de movimento (mv) de um elétron, com exatidão,
em um certo instante.”
BROGLIE

Louis Victor Pierre Raymond, conhecido como Louis


de Broglie (1892 – 1987), físico francês, introduziu
em sua tese de doutorado a teoria de onda de elétrons,
tese esta que lhe rendeu o Prêmio Nobel em física no
ano de 1929.
A dualidade partícula-onda é expressa
matematicamente relacionando o comprimento de onda
associado à matéria em função do momento que a
mesma possui.

λ = h /p

Onde:
λ = comprimento de onda
h = constante de Planck
p = quantidade de movimento do elétron
PLANCK

O físico alemão Max Planck (1858-1947) é considerado


o “pai da física quântica”. Essa denominação corrobora suas
contribuições na área da teoria quântica. Graças a ele, essa área
foi criada e consolidada por outros teóricos.
Seu maior foco foram os estudos das radiações
eletromagnéticas. Assim, ele criou uma das mais importantes
constantes da física quântica, denominada de Constante de
Planck.
Com um valor de 6,63 . 10-34 J.s, ela é usada para
indicar a energia e a frequência das radiações eletromagnéticas.
Essa constante determina a energia de um fóton, mediante a
equação: E = h .v.
MODELO ATÔMICO
Conceitos Fundamentais

• Número atômico (Z): corresponde ao número de prótons (P)


existentes no núcleo, ou seja, à sua carga nuclear.
Conclusão: número atômico é igual ao número de prótons, Z = p

• Número de massa (A): corresponde à soma das quantidades de


prótons e de nêutrons (N) existentes no núcleo.

Matematicamente: A = p + n, onde p = Z

Na2311 A= 23 prótons + neutrons


Z = 11 representa os prótons = elétrons
Níveis ou camadas eletrônicas

Subníveis de energia
s = 2; p = 6 ; d = 10; f
= 14
LINUS PAULING

Linus Carl Pauling foi um ilustríssimo químico norte-


americano. Nasceu em 1901 e faleceu em 1994, com 93 anos
de muita dedicação à pesquisa. Pauling foi um dos mais
reconhecidos cientistas do século XX, prova disso é que ele
foi o único prestigiado com dois Prêmios Nobel não
compartilhados. Um deles foi em 1954, em decorrência de um
de seus trabalhos relacionados à Química (A natureza das
ligações químicas - publicado em 1939).
A segunda premiação foi em 1962, na qual Pauling
recebeu o Prêmio Nobel da Paz pelas suas intervenções contra
testes nucleares, o uso de bombas atômicas como armas de
guerra e a construção de usinas nucleares.
DIAGRAMA DE LINUS PAULING

1s<2s<2p<3s<3p<4s<3d<4p<5s<4d<5p<6s<4f<6p
<7s<5f<6d<7p
Aplicação da distribuição eletrônica
NÚMEROS QUÂNTICOS

• Códigos matemáticos associados à energia do elétron.

• A caracterização de cada elétron no átomo é feita por meio de


quatro números quânticos: principal, secundário, magnético
e spin.

• No mesmo átomo, não existem 2 elétrons com os mesmos


números quânticos.
Número Quântico Principal (n)

O número quântico principal (n) define o nível


de energia ou a camada que os elétrons possuem,
definindo também a distância do orbital em relação ao
núcleo e o tamanho do orbital ocupado pelo elétron. E
podem variar de 1 à 7.
Número Quântico Secundário (ℓ):

O número quântico secundário (l) é característico


por definir o subnível de energia de um elétron. Os
valores para l partem do zero ao infinito, mas atualmente
têm-se conhecidos poucos subníveis (s, p, d, f).
Número quântico magnético (ml)

O número quântico magnético (ml) é característico da quantidade de


orbitais, para cada subnível. O valor matemático de m é dado por m = ± l.
Decompondo este raciocínio, teremos: - l ... 0 ... +l. Os orbitais s, p, d, f
estão representados abaixo.
Número quântico spin

O número quântico Spin (S ou ms) caracteriza o possível


movimento rotacional dos elétrons, sob seus eixos
imaginários.
Segundo o Princípio da Máxima Multiplicidade (Regra de
Hund). Segundo este princípio, o preenchimento dos orbitais deverá
se proceder de maneira a manter-se, sempre que possível, o maior
número de elétrons desemparelhados. Na figura a seguir, serão
analisadas duas tentativas de preenchimento.

INCORRETO

Nitrogênio
Z=7
CORRETO
O emparelhamento só pode ocorrer quando não
restarem mais orbitais disponíveis para os elétrons
isolados e, devido o Principio de exclusão de Pauli,
somente dois elétrons ocuparão um orbital, sendo a
posse de spins opostos, uma condição fundamental à
estabilidade dos elétrons.
Exemplo do Elemento Ferro (26Fe)

Distribuição eletrônica do ferro: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6

Tendo em conta que o seu elétron mais energético se


encontra na camada 3, então, n = 3.

Seu subnível é d, então, l = 2.

O subnível d possui 5 órbitas. Ao distribuir os elétrons, o


último fica no orbital -2, então, m = -2.

O spin (s) tanto pode ser +½ como -½.


Distribuição eletrônica

Na11 1s2 2s2 2p6 3s1

Mg12 1s2 2s2 2p6 3s2

Al13 1s2 2s2 2p6 3s2 3p1

Fe26 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6

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