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3.

Tabela Periódica
Evolução Histórica

▪ Lavoisier foi o primeiro a tentar ordenar os elementos químicos.


▪ Lei das Tríades: Dobereiner identicou conjuntos de três substâncias que apresentavam
comportamento semelhante. Chamou-lhes tríades. (não consegui fazer o mesmo com
todos).
▪ Lei das Oitavas: Jonh Newlands verificou que ao ordenar os elementos químicos
conhecidos por ordem crescente das suas massas atómicas, as propriedades dos
elementos repetiam-se, ou seja, o primeiro elemento tinha propriedades semelhantes
ao do oitavo, do segundo ao do nono, e assim sucessivamente. (de oito em oito) / (surgiu
a noção de período).
▪ Dmitri Mendeleev: foi proposta a ordenação por ordem crescente das massas atómicas.
Apresentou a sua própria tabela. Nessa tabela:

- colocou os elementos até tão conhecidos num quadro por ordem crescente de massas
atómicas, de tal modo que, os elementos com propriedades semelhantes se agrupassem na
mesma linha horizontal;

- atribuiu a cada elemento um número correspondente à “casa” que ocupava;

- deixou lugares vagos para os quais previu a existência de novos elementos ainda por descobrir;

- inverteu a ordem de alguns elementos para que estes ficassem na coluna vertical dos
elementos análogos.

▪ Henry Moseley: Organizou os elementos por ordem crescente do número atómico.

Estrutura da Tabela Atómica

A tabela periódica está organizada por ordem crescente dos números atómicos dos elementos,
em grupos e em períodos.

Grupos: são colunas verticais (de 1 a 18):

- elementos representativos: grupos 1, 2, 13 a 18

- elementos de transição: grupos 3 a 12

Períodos: são linhas horizontais (de 1 a 7). Ao mesmo período


pertencem todos os elementos que estão distribuídos pelo
mesmo número de níveis.

Nota: a linha quebrada da tabela periódica separa os metais


dos não-metais, sendo os metais do lado esquerdo e os não-
metais do lado direito. Existem também os semimetais.

Além de grupos e períodos a tabela está dividida por blocos (s, p, d e f).

Bloco S: pertencem todos os elementos que possuem orbitais de valência do tipo s.

Bloco P: pertencem todos os elementos que possuem orbitais de valência do tipo s e p.

Bloco D: pertencem todos os elementos que possuem orbitais de valência do tipo d em


preenchimento.
Bloco F: pertencem todos os elementos que possuem orbitais de valência do tipo f em
preenchimento.

Grupo Nº de eletrões valência

1 1

2 2

13 3

14 4

15 5

16 6

17 7

18 8

Nota:

▪ Grupo 1: metais alcalinos


▪ Grupo 2: “ alcalinoterrosos
▪ Grupo 17: halogéneos
▪ Grupo 18: gases nobres

Elementos do mesmo grupo possuem o mesmo nº de eletrões de valência distribuídos do


mesmo tipo, o que lhes confere um comportamento químico semelhante.

Configurações eletrónicas e a posição dos elementos na tabela periódica

1. Ao comparar a configuração eletrónica dos elementos o que se pode conclui?

- todos os elementos do mesmo período têm o mesmo número de níveis eletrónicos;

- os elementos do mesmo grupo têm o mesmo número de eletrões de valência. Têm


propriedades químicas semelhantes.

2. Ao observar a tabela periódica o que se pode concluir?

- os elementos dos grupos 1 e 2 têm a orbital de valência do tipo s – são elementos do bloco s.

- os elementos dos grupos 13 a 18 têm orbital de valência do tipo s preenchida e as orbitais de


valência do tipo p em preenchimento – são elementos do bloco p.

- os elementos dos grupos 3 a 12 pertencem aos blocos d e f.


3. O que se pode inferir a partir de uma configuração eletrónica de um elemento no estado
fundamental?

1. o grupo;
2. o período;
3. o bloco.

Exemplo:

16S – 1s2 2s2 2p6 3s2 3p4

6 eletrões de valência – grupo 16

Eletrões distribuídos por 3 níveis – 3º período

Orbitais de valência s e p – bloco p

Nota: cada uma das quadriculas da tabela periódica apresenta informações relativas ao:

- Elemento Químico:

▪ Nº atómico;
▪ Raio atómico;
▪ Energia de 1ª ionização;
▪ Configuração eletrónica;
▪ Massa atómica relativa…

- Substância elementar:

▪ Ponto de fusão;
▪ Ponto de ebulição;
▪ Massa volúmica.

Causas da variação das propriedades periódicas ao longo da Tabela Periódica

Nota: A carga nuclear corresponde ao número atómico (Z).

A variação periódica das propriedades ao longo da Tabela Periódica pode ser explicada em
função de três fatores:

▪ Efeito do aumento de níveis eletrónicos n nas orbitais de valência. Com o aumento do


número de camadas, os eletrões de valência são mais energéticos, ficam mais afastados
do núcleo e são menos atraídos por este.
▪ Efeito do aumento da carga nuclear. Com o aumento da carga nuclear (carga positiva),
os eletrões sofrem um aumento da atração por parte do núcleo, o que conduz à
contração da nuvem eletrónica.
▪ Efeito do aumento do número de eletrões. Com o aumento do número de eletrões há
uma maior repulsão entre estes, ficando a nuvem eletrónica mais expandida.

Ao longo do grupo aumenta o número de níveis eletrónicos, a carga nuclear e o número de


eletrões, mas o efeito predominante é, em geral, o aumento do número de camadas n.

Ao longo do período aumenta a carga nuclear e o número de eletrões, mas o efeito


predominante é, em gral, o aumento da carga nuclear.
Variação do raio atómico ao longo da tabela periódica

O raio atómico de um elemento é definido como sendo metade da distância entre os núcleos
de dois átomos vizinhos do mesmo elemento.

Ao longo de um grupo, o raio atómico aumenta, de cima para baixo. Porque os eletrões vão
estando distribuídos por um maior número de níveis, como tal vão estando cada vez mais
afastados do núcleo e a nuvem eletrónica vai aumentado.

Exemplo:

3Li - 1s2 2s1

11Na - 1s2 2s2 2p 6 3 s1

19K - 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1

R (Li) < R (Na) < R (K)

Ao longo do período, o raio atómico vai diminuindo, da esquerda para a direita. Porque como
os eletrões se encontram distribuídos pelo mesmo número de níveis, verifica-se um aumento
da carga nuclear cujo efeito predomina sobre o aumento das repulsões motivadas pelo
aumento de eletrões. Assim sendo, os eletrões vão estando mais fortemente atraídos ao núcleo
e por isso o raio é menor.

Exemplo:

11Na - 1s2 2s2 2p 6 3 s1

12Mg - 1s2 2s2 2p6 3s2

18Ar - 1s2 2s2 2p 6 3s 2 3p 6

R (Na) > R (Mg) > R (Ar)

Variação da energia de ionização ao longo da tabela periódica

A primeira energia de ionização (energia de ionização) é a menor energia de remoção desse


elemento, ou seja, é a energia mínima necessária para extrair o eletrão mais energético do
átomo de um certo elemento, no estado fundamental e gasoso.

Ao longo do grupo, a energia de ionização diminui, de cima para baixo. Porque como os eletrões
vão estando distribuídos por um maior número de níveis é necessário fornecer menos energia
para retirar o eletrão mais externo que vai estando cada vez mais afastado do núcleo e por isso
menos atraído.

Exemplo:

4Be - 1s2 2s2

12Mg - 1s2 2s2 2p6 3s2


20Ca - 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2

Ei (Be) > Ei (Mg) > Ei (Ca)

Ao longo do período, a energia de ionização vai aumentando, da esquerda para a direita.


Porque devido ao aumento da carga nuclear que ocorre os eletrões vão estando mais
fortemente atraídos ao núcleo, sendo necessário, mais energia para retirar o eletrão mais
externo.

Exemplo:

11Na - 1s2 2s2 2p 6 3 s1

12Mg - 1s2 2s2 2p6 3s2

17Cl - 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5

Ei (Na) < Ei (Mg) < Ei (Cl)

Comparação do raio atómico – raio iónico

✓ raio atómico – raio do anião

O raio do anião é maior que o raio do átomo porque os aniões têm sempre os eletrões
distribuídos pelo mesmo número de níveis, mas contêm mais eletrões do que o átomo e como
tal têm maior número de repulsões o que causa o aumento do tamanho da nuvem.

Exemplo:

9F - 1s2 2s2 2p5


-
9F - 1s2 2s2 2p6

R (F-) > R (F)

✓ raio atómico – raio do catião

O raio do catião é menor do que o raio do átomo porque os catiões contêm menor número de
eletrões que os respetivos átomos estando os seus eletrões distribuídos por um menor número
de níveis.

Exemplo:

11Na - 1s2 2s2 2p 6 3 s1


+
11Na - 1s2 2s2 2p 6

R (Na) > R (NA+)

Conclusão:

✓ O raio de um catião é sempre menor que o raio do respetivo átomo.


✓ O raio de um anião é sempre maior que o raio do respetivo átomo.

Comparação de raios de espécies isoeletrónicas

Nota: espécies isoeletrónicas, são átomos e iões com o mesmo número de eletrões.

Exemplo:
+
11Na - 1s2 2s2 2p 6

10Ne - 1s2 2s2 2p 6


-
9F - 1s2 2s2 2p6
2+
8O - 1s2 2s2 2p 6

R (Na+) < R (Ne) < R (F-) < R (O2-)

O raio de Na+ é menor porque sendo espécies isoeletrónicas o que tiver maior carga nuclear
exercerá uma força de atração maior sobre a nuvem eletrónica e esta encontrar-se-á mais
completa.

Conclusão:

✓ Em espécies isoeletrónicas quanto maior for a carga nuclear menor será o raio.

Propriedades dos elementos e das substâncias elementares

Os metais, por terem poucos eletrões de valência possuem baixas energias de ionização e, por
essa razão, têm tendência a formar iões com carga positiva (catiões).

O carácter metálico de um elemento está relacionado com a facilidade que os átomos desse
elemento têm para ceder eletrões. Quanto menor o valor da energia de primeira ionização
mais acentuado é o carácter metálico desse elemento.

✓ O carácter metálico aumenta ao longo do grupo e diminui ao longo do período.

Os átomos não-metais, por terem muitos eletrões de valência, têm tendência para captar
eletrões, originando iões negativos (aniões).

A facilidade de captar eletrões diminui ao longo


do período.

✓ O carácter não metálico diminui ao


longo do grupo e aumenta ao longo do
período.
▪ Grupo 1: Família dos metais alcalinos

Todos têm 1 eletrão de valência, que perdem facilmente, dando origem a iões monopositivos.

Exemplos: Li+ Na+ K+

▪ Grupo 2: Família dos metais alcalinoterrosos

Todos têm 2 eletrões de valência, que perder facilmente, dando origem a iões dipositivos.

Exemplos: Mg2+ Ca2+ Ba2+

▪ Grupo 17: Família dos halogéneos

Todos têm 7 eletrões de valência. A sua reatividade resulta da facilidade com que os seus
átomos originam iões mononegativos, ao captarem 1 eletrão.

▪ Grupo 18: Família dos gases nobres

Os átomos destes elementos têm as orbitais de valência s e p totalmente ocupadas, o que lhes
confere uma enorme estabilidade.

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