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Energia e a sua Conservação

1.1.1. Energia e os seus tipos fundamentais de energia. Energia interna.

A energia não pode ser criada nem destruída, mas sim transferida entre corpos. O corpo que
sede energia é a fonte de energia e o corpo que a recebe é o recetor.

Lei da conservação de energia: um corpo isolado do exterior mantém a sua “energia”, se


interagir com o exterior pode ganhar ou perder energia, mas a energia total (fonte + recetor) é
sempre a mesma.

No sistema internacional a unidade de energia é o joule, J.

A energia não utilizada de forma útil diz-se energia dissipada ou degradada.

Existem dois tipos fundamentais de energia: a energia potencial e a energia cinética.

A energia cinética é a energia associada ao movimento de um corpo. Ela é tanto maior quanto
maior for a massa do corpo e quanto maior for a sua velocidade.

 Ec = 1 mv2
2
A massa é expressa em quilogramas e a velocidade é expressa em metros.

A energia potencial não tem haver com o movimento em si, mas sim com a possibilidade ou
potencialidade de o mesmo se alterar devido a interações (ou forças).

Energia potencial gravítica: existe quando há forças gravíticas entre corpos.

À energia associada às partículas que constituem o corpo, chamamos de energia interna, como
por exemplo, quando uma maça está em repouso, não apresenta energia cinética pois a
velocidade é nula, mas a maça apresenta energia na mesma, a essa energia chamamos de
energia interna.

Quanto maior for a agitação entre as partículas de um dado corpo – agitação térmica – maior
será a temperatura do corpo.

Como existem interações entre as partículas constituintes dos corpos, essas partículas também
têm energia potencial.
O aquecimento ou arrefecimento de um sistema faz, respetivamente, aumentar ou
diminuir a sua energia interna.

1.1.1. Sistema mecânico redutível a uma partícula.

Sistema mecânico: sistema em que não importa considerar as variações da sua energia
interna.

Centro de massa: ponto que representa um sistema e a que se associa toda a massa desse
sistema. Considerando-se aplicadas nesse ponto todas as forças que atuam no sistema.

O modelo do centro de massa aplica-se:

 Quando não se têm em conta variações de energia interna do sistema (o sistema é


mecânico);
 Quando só importa o movimento de translação do sistema, considerando
indeformável.

Apresenta algumas limitações, como:

 Ignora variações de energia interna;


 Não permite o estudo dos movimentos de rotação nem das deformações do sistema.

Quando um sistema é representado pelo centro de massa diz-se que o sistema foi
reduzido a uma partícula.

1.1.1. Transferências de energia por ação de forças. Trabalho realizado por uma força
constante.

Trabalho: processo de transferir energia entre o sistema e a sua vizinhança por ação de
forças.

A grandeza que mede a energia transferida por ação de uma força chama-se trabalho
realizado pela força e simboliza-se por W. Mede em joule, J.

Exemplos:

Num livro em repouso sobre uma mesa atuam as forças potencial gravítica (ou o peso
do corpo) e normal (normal significa perpendicular ao plano). A força N não realiza
trabalho porque o seu ponto de aplicação não se desloca. Pela mesma razão, a força P
também não realiza trabalho.

Imagina uma pessoa que transporta uma caixa, exercendo sobre ela uma força vertical
F. Apesar da caixa se deslocar, a força vertical não é responsável pelo movimento para
a direita. Por isso, a força F não realiza trabalho.

Podemos concluir que:

 O corpo não se move;


 A força aplicada for perpendicular ao deslocamento do corpo.

Quanto maior o deslocamento, maior será a velocidade e por isso maior será a energia
cinética.

O trabalho realizado por uma força F, com direção e sentido de deslocamento, é dado por:

 WF = F d
Será tanto maior quanto maior for a intensidade da força, F, e quanto maior o módulo de
deslocamento, d, do seu ponto de aplicação.

A força F pode ser vista como a soma de duas forças perpendiculares, uma segundo o eixo dos
xx, Fx, e a outra segundo o eixo dos yy, Fy.

 F = Fx + Fy
 WF = WFx + WFy

F – intensidade da força;

D – modulo de deslocamento do ponto de aplicação da força;

Alfa – ângulo entre as direções da força e do deslocamento.

O trabalho diz-se potente se for positivo e resistente se for negativo o que depende do valor
do cosseno do ângulo alfa.

Um trabalho positivo ou negativo determina se o corpo, respetivamente, ganha ou perde


energia cinética por ação dessa força.

Trabalho potente (W > 0): há energia transferida para o corpo, que faz aumentar a sua energia
cinética. O trabalho é máximo para alfa = 0.

Trabalho nulo (W = 0): não há transferência de energia.

Trabalho resistente (W < 0): há energia transferida do corpo para a vizinhança, que faz
diminuir a energia cinética do corpo.

1.1.1. Trabalho realizado pelo peso

Como se calcula o peso:

 P = m g em que g = 9,8 m/s

Trajetória retilínea horizontal

WF = P d cos 90o = 0 // W = 0 // Trabalho é nulo

Trajetória retilínea vertical

Descida de uma altura, h: W F = P d cos 0o como d = h e P = m g // W F = m g h // Trabalho é


potente

Subida de uma altura, h: WF = P d cos 180o como d = h e P = m g // W F = -m g h // Trabalho é


resistente

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