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10ºano
A força é uma grandeza que resulta da interação entre 2 corpos. Representa-se por ⃗ F , sendo a unidade SI o
newton (N)
A força é uma grandeza vetorial, logo para estar completamente caracterizada necessita de:
o Ponto de aplicação
o Direção
o Sentido
o Intensidade
Entre as forças destacam-se:
o Força normal (⃗ N ) – força que o chão exerce no corpo, sendo perpendicular ao plano de contacto
o Força de atrito (⃗F a) – força exercida pela superfície, paralela às superfícies de contacto, existindo para
contrariar o movimento do corpo
o Força gravítica (⃗
F g) – ou peso, resulta da força atrativa que a Terra exerce sobre F g=mg
todos os corpos com massa
Trabalho de forças constantes
O trabalho (W) é a medida transferida para o sistema, através da atuação de uma força sobre ele
O trabalho pode ser:
o Nulo o Negativo - resistente W =FΔr cosα
o Positivo – potente
Força que atua na mesma direção e sentido do deslocamento
O ângulo entre a força e o deslocamento é 0º, ao qual corresponde um valor de cos=1. Desta forma o
trabalho será positivo e máximo
Numa subida, o peso tem sentido oposto ao deslocamento, resultando num W Fg=−mgΔh
trabalho negativo
Numa descida, o peso tem o mesmo sentido do deslocamento, resultando num trabalho positivo
Num movimento horizontal, o peso é perpendicular ao deslocamento, resultando num trabalho nulo
Trabalho da resultante das forças
O trabalho total que corresponde ao trabalho da resultante das forças, pode ser calculado:
o Pela soma dos trabalhos realizados pelas forças
W Fr=∑ W
o A parir da intensidade da resultante das forças
Quando um corpo está inicialmente parado e o seu trabalho é potente, pode se afirmar que o trabalho
realizado pela resultante das forças equivale à variação da Ec
Se v.final > v. inicial ΔEc > 0 W > 0 1
W ⃗F =Δ E c= m ( v f −vi )
2 2
Se v.final = v. inicial ΔEc = 0 W= 0 R
2
Se v. final < v. inicialΔEc < 0 W < 0
Forças conservativas e não conservativas
Uma força diz-se conservativa quando não depende da trajetória do corpo onde esta se aplica EX: força
gravítica/força elástica
As forças não conservativas dependem da trajetória dos corpos nos quais se aplicam EX: resistência do
ar/força de atrito
Peso como força conservativa
Independentemente da trajetória, o trabalho realizado pelo peso depende apenas da Δh, assim:
W ⃗F =mgh
g
W ⃗F =−mgh
g
Numa trajetória fechada (subida+descida) o trabalho será nulo, assim o peso é uma força conservativa, uma
vez que apresenta um trabalho independente da trajetória e nulo num percurso fechado
Trabalho realizado pelo peso e variação da Epg
O trabalho realizado pelo peso é simétrico da variação da Epg, verificando-se esta relação em qualquer que
seja a trajetória do corpo.
Subida hf > hi Epg aumenta ΔEpg > 0 WFg < 0 W ⃗F =−ΔEpg
g
Quando num sistema mecânico atuam apenas forças conservativas, ou quando apenas estas realizam
trabalho, não há variação de Em, uma vez que -ΔEpg = ΔEc
Variação da energia mecânica
Propriedade elétrica das partículas que compõem a matéria. Unidade SI: coulomb (C)
Condutores elétricos: corpos que possuem uma quantidade consideável de partículas livres eletrizadas, que
facilmente estabelecem uma corrente elétrica
Corrente elétrica, I
Quantidade de cargas elétricas que atravessam uma secção transversal de um condutor por Q
I=
unidade de tempo Δt
Unidade SI: ampere (A) – amperímetro (instalado em série)
Quando a corrente elétrica é constante, isto é, quando qualquer secção reta do condutor é atravessada pela
mesma quantidade de carga, diz-se que a corrente elétrica se processa em regime estacionário
Diferença de potencial/tensão elétrica, U
Trabalho realizado pela força elétrica para deslocar uma carga unitária entre os terminais, W Fe ou
seja, a energia transferida no deslocamento de uma carga U=
Q
Unidade SI: volt (V) – voltímetro (instalado em paralelo)
Corrente contínua e corrente alternada
Quando a tensão elétrica apresenta sempre a mesma polaridade, o movimento dos eletrões será efetuado
sempre no mesmo sentido – corrente unidirecional (DC). Quando, além de manter o sentido, mantém a
quantidade de carga elétrica que passa numa secção transversal por u.t estabelece-se uma corrente contínua
(CC)
Quando nos terminais a tensão elétrica inverte repetidamente ao longo do tempo a sua polaridade, então o
movimento dos eletrões também irá inverter de sentido na mesma periodicidade, estabelecendo-se uma
corrente alternada (AC)
Resistência de condutores filiformes
Bons condutores: materiais onde é possível estabelecer uma corrente elétrica com facilidade. Ex: metais
(cobre; prata) e água
Semicondutores: materiais com uma condutividade inferior, e que dependendo das condições, podem atuar
como isoladores ou condutores. Ex: silício; germânio
Maus condutores: materiais com baixa condutividade, podendo ser utilizados como isoladores. Ex: vidro;
borracha
Resistência elétrica, R
Grandeza física escalar que avalia a oposição que um material oferece à passagem da corrente
Unidade SI: ohm (Ω), mede-se com um ohmímetro ou através de: U =RI
Um dispositivo diz-se óhmico/linear, se a curva num gráfico U=f(I) é uma linha reta que passa na origem,
sendo a constante de proporcionalidade
Num dispositivo não óhmico/não linear, a resistência irá variar de acordo com a tensão aplicada
Resistividade, ρ
Efeito térmico provocado pela passagem de corrente elétrica através de um condutor elétrico, que transfere
energia como calor para a vizinhança, isto é, corresponde à E.dissipada
Ed=P∆t P=UI 2
P=R I
O gerador é o dispositivo que, num circuito elétrico, tem a função de aplicar uma diferença de potencial capaz
de criar corrente elétrica no circuito
Força eletromotriz, ε
A força eletromotriz é a diferença de potencial num circuito aberto, tendo como unidade SI o volt e
correspondendo à energia por unidade de carga que o gerador poderá fornecer
Num gerador elétrico ideal a U nos seus terminais é independente da I que percorre o circuito a que está
ligado. Para estes geradores, o gráfico U=f(I) traduz-se numa reta horizontal cujo valor corresponde à força
eletromotriz
Resistência interna, r
Se a pilha estiver ligada a um circuito fechado, verifica-se que a U é inferior à ε. Isto deve-se ao facto de a
pilha não ser um gerador ideal, apresentando resistência interna o que provoca dissipação de energia.
Quando uma pilha está instalada num circuito aberto, não existe I a atravessá-la, a
Upilha = εpilha
resistência interna não provoca dissipação de energia , pelo que a U nos terminais
corresponde à ε
A U que um gerador aplica a um circuito fechado corresponde à diferença entre a ε e a U =ε−rI
tensão elétrica decorrente da r
Num gráfico de U=f(I) o módulo do declive corresponde à r e a ordenada na origem corresponde à ε
Conservação de energia em circuitos elétricos
O próprio gerador possui uma r, pelo que parte das cargas é convertida em energia térmica e dissipada, sob a
forma de calor, assim:
o O valor absoluto da Ug é igual ao valor absoluto da UR, ou seja, a Eútil transferida pelo gerador é igual à
Eútil recebida pelo recetor
o A Ug corresponde à diferença entre a ε e a queda de tensão provocada pela r, ou seja, Eútil do gerador
corresponde à diferença entre a Etotal e a Edissipada
o Se se tratasse de um gerador ideal que não apresenta r, a Ug seria igual à sua ε, pelo que a Eútil do
gerador seria igual à Etotal
o Há conservação de energia, pois a energia por unidade de carga é a mesma depois de completar uma
volta ao circuito
Associações em série e em paralelo
Sistema termodinâmico: sistema em que se tem em conta a energia interna, pois a sua variação é apreciável
Energia interna: define-se como a soma da Ec das partículas constituintes do sistema com a Epg resultante
das suas interações
As transferências de energia provocam variações de energia interna, que se traduzem numa variação da sua
temperatura
Ao fornecer energia a um sistema, de modo a aumentar a sua temperatura, a energia interna deste aumenta
em resultado do aumento de Ec interna
Quando dois corpos a temperaturas diferentes são colocados em contacto há troca de energia do corpo a
temperatura superior para o corpo com temperatura inferior até que ambos atinjam o mesmo valor de T –
equilíbrio térmico
Unidade SI de temperatura: Kelvin (K), embora a unidade mais usual seja o ºC
T/K = T/ºC + 273,15
Assim para converter ºC para K:
Radiação
A transferência de energia como calor pode ocorrer por radiação, convecção ou condução
O processo de transferência de energia por radiação pode fazer-se sem haver contacto entre os sistemas,
uma vez que ocorre por emissão e absorção de radiação eletromagnética
Por outro lado, a condução e a convecção, exigem contacto entre sistemas
Quando a radiação incide na sup. de um corpo, esta pode ser absorvida, refletida ou transmitida
Assim, de acordo com o Princípio da Conservação de Energia:
Eincidente = Erefletida + E transmitida + Eabsorvida
Como a radiação emitida pelos corpos, se distribui pelo espaço, a
irradiância pode ser definida como a radiação incidente por unidade de tempo e área: P
Er =
A
Condução
Condução: é a transferência de energia das partículas mais agitadas para as mais lentas, sem transporte de
matéria.
Esta transferência de energia pode ocorrer entre dois materiais em contacto que apresentam temperaturas
diferentes, podendo ocorrer independentemente do estado físico
A grandeza física que mede a capacidade de um material conduzir calor é a condutividade térmica (k)
Convecção
Convecção: é a transferência de energia como calor que ocorre nos fluídos acompanhado de movimentos do
próprio fluído, que são designadas correntes de convecção
11ºano
2. MECÂNICA
2.2 Interações e seus efeitos
As 4 interações fundamentais da Natureza
São as interações entre corpos que permitem explicar os movimentos, sendo estas descritas por forças
Chama-se dinâmica à área da Física que estuda a relação entre as forças que atuam num corpo e as
características do seu movimento
Foi Newton que formulou as Leis da Dinâmica, consideradas os pilares da mecânica clássica
Força (⃗
F)
Interação entre dois corpos, exercida por contacto ou à distância
Grandeza vetorial, no qual o ponto de aplicação corresponde ao centro de massa do corpo
Mede-se com um dinamómetro
Unidade SI: Newton (N)
As 4 forças fundamentais são:
o Forças gravíticas
Atua sobre todas as partículas do Universo
É a mais fraca de todas as interações
Alcance infinito
Sempre atrativa
Permite descrever: existência de atmosfera num planeta; movimento orbital dos planetas, …
o Forças eletromagnéticas
Atua sobre partículas carregadas
Pode ser atrativa ou repulsiva
Alcance infinito
Mais forte do que a Fg
Manifesta-se à escala macro e microscópica
Permite interpretar: emissão e absorção de luz; ligações químicas, …
o Forças nucleares fracas
Menor alcance
Atua à escala do núcleo atómico, sendo mais fraca do que a nuclear forte
Está na origem dos processos de radioatividade beta
o Forças nucleares fortes
Mais forte das 4 interações
Atua à escala do núcleo atómico, sendo responsável pela existência de um núcleo
Interação gravítica e Lei da Gravitação Universal
Segundo Newton, 2 corpos quaisquer de massas, m1 e m2, cujos centros de massa estão à distância r, são
atraídos por forças de igual intensidade – forças gravíticas
Assim enunciou-se a Lei da Gravitação Universal:
m1 m2
F g=G 2
r
A constante G – constante da gravitação universal, o seu valor é o mesmo em qualquer local do universo:
G=6,67 x 10-11 Nm2/kg2
A força gravítica entre corpos pequenos é desprezável pois a constante de gravitação é muito pequena.
Porém, esta é significativa quando pelo menos um dos corpos possui uma massa grande, tal como a Fg
exercida pela Terra sobre um corpo que se encontra à sua superfície – Peso: P = mg
Pares ação-reação e 3ª Lei de Newton
A⃗F R exercida num sistema de massa constante, m, e a aceleração, a⃗ , do sistema relacionam-se por:
⃗
F R =m ⃗a
⃗
F R têm a direção e sentido de a⃗
Para um mesmo sistema FR e a são diretamente proporcionais, sendo m a constante de proporcionalidade: o
gráfico FR (a) é uma reta que passa na origem com declive positivo e igual a m (maior declive maior m)
Esta Lei permite tirar conclusões como:
o Quanto maior for o módulo da força resultante, maior será o módulo da sua aceleração
o Quanto maior for a massa, menor será a aceleração
Quando o corpo se encontra em queda livre, a única força que atua sobre ele é o peso, estando sujeito a
aceleração gravítica assim:
⃗
F R =m ⃗a ⇔ ⃗
P=m ⃗g
O corpo com maior massa apresenta uma maior resistência à variação de velocidade, pois adquire menor
aceleração, esta propriedade designa-se por inércia e depende da massa do corpo.
Assim, quanto maior for a massa de um corpo, maior será a sua inércia
1ª Lei de Newton ou Lei da Inércia
Se a força resultante exercida num corpo for nula o corpo manterá a sua velocidade:
o Se estiver em repouso continuará em repouso
o Se estiver em movimento permanecerá em movimento com velocidade constante (mov. retilíneo
uniforme)
Lei da Inércia está relacionada com o conceito de inércia (tendência de um corpo a manter a sua velocidade
quando Fr=0
Nas equações do mov. não aparecem as massas do corpo, uma vez que a aceleração é lhes independente,
pelo que corpos com massas diferentes, mas com as mesmas condições inicias terão o mesmo tempo de
queda
Movimento retilíneo de queda com resistência do ar apreciável
⃗
Rar
Grandeza vetorial
Opõe-se ao movimento
Depende da forma e tamanho do corpo
Varia na razão direta com a velocidade
Num movimento curvilíneo o módulo da velocidade será constante se a resultante das forças lhe for
perpendicular
Num mov. circular uniforme a ⃗
F R ⊥ ⃗v , apontando para o centro da trajetória
Período, Frequência, f
1 1
Tempo de uma volta completa f = ⇔T =Nº de voltas completas/u.t
T f
Unidade SI: segundo (s) Unidade SI: Hertz (Hz)
Velocidade angular, w
Velocidade linear, v
Δx 2 πr θ 2π
v= ⇔v= ⇔ v=2 πrf ω= ⇔ ω= ⇔ ω=2 πf
∆t T Δt T
Aceleração centrípeta, ac
2
v 2
a c= ⇔ ac =ω r
r
3. ONDAS E ELETROMAGNETISMO
3.1 Sinais e ondas
Propagação de um sinal
Um sinal é uma perturbação, isto é, uma alteração de uma propriedade física do meio, podendo ser:
o Curta duração – onda solitário resulta de um só pulso (propagação de uma perturbação num dado t)
o Longa duração – onda contínua resulta da propagação de pulsos contínuos
Os sinais podem ainda ser:
o Periódicos – repetem as característica em intervalos de tempo iguais
o Aperiódicos – quando não repetem as suas características
Uma onda é a propagação de uma perturbação no espaço, podendo-se classificar quanto:
o Natureza
Mecânicas – necessitam de um meio para se propagarem (som/ondas sísmicas)
Eletromagnéticas – não necessitam de um meio para se propagarem (radiação UV/ondas de
rádio)
o Modo de propagação
Transversais – direção da perturbação ⊥ direção de propagação da onda (ondas
eletromagnéticas)
Longitudinais – direção da perturbação = direção de propagação da onda (som)
Velocidade de propagação, v
Tempo que uma onda demora a percorrer uma dada distância (k) s
v=
Unidade SI: s ∆t
Comprimento de onda, λ
Menor distância que separa 2 partículas que estão na mesma fase oscilatória λ=vT
Caracteriza a periodicidade espacial de uma onda
Unidade SI: m
Amplitude, A
Máximo afastamento na oscilação relativamente à posição de equilíbrio
Unidade SI: m
Frequência, f
Nº de oscilações completas/u.t f=
1
Unidade SI: Hz T
Período, T 1
⇔T=
Tempo de uma oscilação completa f
Caracteriza a periodicidade temporal de uma onda
Unidade SI: s
Ondas harmónicas e complexas
Ondas harmónicas
Resultam de um sinal harmónico/sinusoidal, sendo descritas por: y= A sin ( ωt )
Apresentam periodicidade espacial e temporal
A energia transferida por estas aumenta na razão direta com a amplitude e frequência
Ondas complexas
Resultam da sobreposição de sinais harmónicos (instrumentos musicais)
Som como onda de pressão
Os sons são ondas mecânicas longitudinais, visto que necessitam de um meio material para se propagarem e
a sua direção de propagação corresponde à direção de perturbação
As características das ondas sonoras, frequência e amplitude, são determinadas pela fonte sonora
As ondas sonoras resultam do movimento vibratório das partículas do meio circundante à fonte sonora
Estes movimentos vibratórios geram sucessivas zonas de compressão (+ densidade/alta pressão) e zonas de
rarefação (- densidade/baixa pressão)
A velocidade de propagação do som é maior nos sólidos e menor nos gases
Os sons caracterizam-se através:
o Intensidade
Depende da amplitude e da frequência
Maior frequência, som mais forte
Maior amplitude, som mais forte
o Altura
Depende da frequência
Maior frequência, som mais alto/agudo
Menor frequência, som mais baixo/grave
o Timbre
Permite distinguir sons puros (ondas sinusoidais) de sons complexos (ondas complexas)
3.2 Eletromagnetismo
Carga elétrica e campo elétrico
Carga elétrica, Q
o Unidade SI: Coulomb (C)
o Corpo eletricamente neutro: protões = eletrões
o Corpo eletrizado positivamente (Q > 0) e eletrizado negativamente (Q<0)
o Princípio da Conservação da Carga Elétrica: a soma de todas as cargas elétricas de um sistema isolado é
constante
Campo elétrico, E
o Grandeza vetorial
o Direção: radial
o Sentido: aponta para a carga se Q<0 e no sentido contrário se Q>0
o Intensidade:
o Aumenta quando aumenta o módulo da carga criadora do campo F ϵl
E=
o Diminui quando aumenta a distância à carga q
Para se representar um campo elétrico recorre-se às linhas de campo:
o Linhas que partem das cargas + e apontam para as cargas –
o Nunca se cruzam
o O⃗ E é tangente à linha de campo, tendo o sentido da mesma
o A intensidade de ⃗ E será tanto maior quanto maior for a densidade das linhas de campo
Um tipo de campo elétrico muito comum é o campo elétrico uniforme, no qual o ⃗ E tem igual intensidade,
direção e sentido em todos os pontos de uma dada região. Desta forma, as linhas de campo são paralelas e
igualmente espaçadas.
Para se produzir um campo elétrico uniforme necessita-se de 2 placas metálicas paralelas carregadas com
cargas simétricas
O⃗ E será tanto mais intenso quanto maior força elétrica que atua sobre ele
Campo magnético, ⃗
B
O campo magnético é uma região do espaço onde se manifestam as ações de um íman ou de corrente
elétrica
Unidade SI: Tesla (T)
Um campo magnético pode ser visualizado através de linhas de campo:
o Linhas fechadas
o Nunca se cruzam
o Serão mais densas nos locais onde ⃗ B é mais intenso
o Saem do polo N e entram no polo S
o ⃗ B é tangente à linha de campo, tendo o sentido desta
A indução eletromagnética consiste na criação de um campo elétrico num circuito fechado, de modo a
originar uma corrente elétrica. Esta indução faz-se através da variação do fluxo magnético, que pode ocorrer
por:
o Variação do campo magnético (movimento)
o Variação da orientação do plano das espiras
Quando se cria uma corrente elétrica induzida estabelece-se uma diferença de potencial designada por força
eletromotriz induzida, ε i, cuja unidade SI é o volt (V) – este resultado é expresso pela Lei de Faraday:
|Δϕ|
|ε i|= Δt
3.3Ondas eletromagnéticas
Produção e propagação de ondas eletromagnéticas. Espetro eletromagnético
A noção de onda eletromagnética deve-se a Maxwell e a sua produção e deteção experimental a Hertz
As direções de oscilação do campo elétrico e magnético são perpendiculares entre si, e também
perpendiculares à direção de propagação da onda eletromagnética
A onda é produzida pela oscilação de cargas elétricas, sendo a frequência da onda correspondente à
frequência de oscilação
O comprimento de onda, a velocidade de propagação e a frequência relacionam-se através de: v=λf
8
A velocidade de propagação das ondas eletromagnéticas no vácuo é de 3,0 x 10 , sendo que no
ar o seu valor é aproximadamente o mesmo
Quando uma onda eletromagnética incide numa superfície de separação entre 2 meios, parte é refletida,
parte é absorvida e a outra parte é transmitida, havendo
conservação de energia – Princípio da Conservação de Eincidente = Erefletida + Eabsorvida + Etransmitida
Energia:
Estes fenómenos explicam por que razão nem toda a luz solar chega à sup. terrestre
Da luz solar incidente, cerca de 30% é refletida (albedo), 19% é absorvida e apenas 51% chega à sup.
A atmosfera terrestre é opaca à luz incidente de frequências mais elevadas – radiação ionizante
Reflexão da luz
Quando uma onda incide numa superfície, parte dela é devolvida para o meio, fenómeno conhecido por
reflexão
O fenómeno da reflexão é descrito pelas Leis da Reflexão:
o O raio incidente, a normal e o raio refletido estão no mesmo plano
o O ângulo de incidência é igual o ângulo de reflexão
A onda refletida e a onda incidente têm a mesma frequência e a mesma velocidade de propagação, embora a
onda refletida seja menos intensa
Refração da luz
Quando a luz incide na superfície de separação de 2 meios e é transmitida para outro meio diz-se que ocorreu
refração
Quando a luz passa de um meio para o ouro, a sua velocidade altera-se, provocando um desvio da direção
Este desvio depende do índice de refração:
o Razão entre a velocidade de propagação no vazio e a velocidade de propagação nesse meio
o Quanto maior for o índice de refração, menor a velocidade e menor o ângulo de refração
Quando a luz passa de um meio com maior índice de refração para o meio com menor índice de refração
deixa de ocorrer refração a partir de um certo ângulo de incidência
O ângulo máximo de refração em 90°. Nesse caso o correspondente ângulo de incidência designa-se por
ângulo limite, sendo que para ângulos de incidência superiores deixa de haver refração e ocorre a reflexão
total
Assim para haver reflexão total são necessárias 2 condições:
o n1 > n2
o αi > αlim
Difração da luz
A difração é um fenómeno que permite às ondas contornar obstáculos ou passar através de fendas com
dimensões de ordem de grandeza semelhante ao comprimento de onda
Na difração, o comprimento de onda não se altera, visto que o meio de propagação é o mesmo