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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS (UFAM)

Instituto de Ciências Exatas (ICE)


Departamento de Física (DF)
Coordenação do Curso de Física

 
Disciplina: IEF991 FÍSICA GERAL I

Aula: Energia Cinética e Trabalho

Professor: Yuri Expósito Nicot

UFAM
2022
Energia Cinética e Trabalho
Objetivos:
- Conhecer a relação entre força e o trabalho mecânico
sobre uma partícula.
- Calcular o trabalho realizado por uma força sobre uma
partícula como o produto escalar da força pelo
deslocamento da partícula.
- Calcular o trabalho total realizado por várias forças
sobre uma partícula.
- Aplicar o teorema do Trabalho e Energia cinética para
relacionar o trabalho realizado por uma força (ou pela
resultante de várias forças) sobre uma partícula à
variação da Energia cinética da partícula.
O que é Energia?

A energia pode mudar de forma e ser transferida de


um objeto para outro, mas a quantidade total de
energia permanece constante (a energia é
conservada).
Até hoje, nunca foi encontrada uma exceção dessa
lei de conservação da energia.
Defina com suas palavras o termo
“ENERGIA”
Algumas ideias sobre o que é a energia

• Em ciência, energia refere-se a uma das duas


grandezas físicas necessárias à correta descrição
do inter-relacionamento - sempre mútuo - entre
dois entes ou sistemas físicos. (outra grandeza é
o momento linear)
• Energia é um referente quantitativo relacionado
com o movimento da matéria em todas suas
dimensões, que a través da interação entre os
sistemas somente se transforma e conserva.

• Energia é o motor físico que movimenta as


coisas deste mundo
• Energia existe desde o surgimento do universo,
uma força externa detonou um elétron
infinitamente denso onde essa energia
universal estava armazenada.
• O significado de energia para a física é
bastante abstrato: trata-se de uma quantidade
que sempre é conservada, ou seja, que
nunca muda, independentemente de qual seja
o fenômeno estudado.
Formas de energia
• Energia cinética: todo corpo que se move é dotado de energia
cinética. Essa forma de energia depende do quadrado da velocidade
com que o corpo move-se e é proporcional à sua massa.

• Energia mecânica: é definida como a soma da energia cinética


com todas as formas de energia potencial de um sistema físico.
Quando não há forças dissipativas, a energia mecânica é 
conservada.

• Energia potencial gravitacional: quando um corpo está posicionado


a alguma altura em relação ao solo, ele apresenta energia potencial
gravitacional. Essa forma de energia está relacionada à massa, à
gravidade e à altura do corpo em relação ao chão.
• Energia potencial elástica: todo corpo que tende a retornar ao seu formato
original após ter sido deformado apresenta uma quantidade de energia potencial
elástica. Essa energia depende do quadrado da deformação do corpo.

• Energia elétrica: é o nome popular usado para designar a energia potencial


elétrica. A atração entre cargas dá origem a ela. Essa energia depende do produto
entre as cargas e é inversamente proporcional à distância que as separa.

• Energia térmica: é a soma da energia cinética das partículas de um corpo. Essa


energia é diretamente relacionada à temperatura absoluta do corpo, medida em
kelvin. Além disso, a transferência de energia térmica entre corpos é chamada 
calor.

• Energia nuclear: tem origem nas forças atrativas que mantêm o núcleo atômico
 coeso. Quando o núcleo dos átomos é desintegrado, ele emite energia em forma
de radiação corpuscular e ondulatória.
Energia Cinética
A energia cinética Ec é a energia associada ao
estado de movimento de um objeto. Quanto mais
depressa
o objeto se move, maior é a energia cinética. Quando
um objeto está em repouso, a energia cinética é
nula.
Para um objeto de massa m cuja velocidade v é muito
menor que a velocidade da luz,
Encontrando uma Expressão para o
Trabalho.

• Consideremos uma conta que pode deslizar ao


longo de um fio sem atrito ao longo de um eixo x
horizontal (Fig. Uma força constante F, fazendo
um ângulo ϕ com o fio, é usada para acelerar a
conta.

• Podemos relacionar a força à aceleração por meio


da segunda lei de Newton, F = m . a escrita para
as componentes em relação ao eixo x:
• Como a força é constante, sabemos que a
aceleração também é constante. Assim, podemos
usar a Eq.

• Explicitando a, substituindo na Eq.

e reagrupando os termos, obtemos:

• O primeiro termo do lado esquerdo da equação é a


energia cinética Ecf da conta no fim do
deslocamento d; o segundo termo é a energia
Tipos de trabalho
• O trabalho W realizado pela força sobre a conta (a
transferência de energia em consequência da
aplicação da força) é

• Se conhecemos os valores de Fx e d, podemos


usar a equação anterior para calcular o trabalho W
realizado pela força sobre a conta.
• Esta equação é especialmente útil para calcular o
trabalho quando Força (F) e deslocamento (d) -
são dados na notação dos vetores unitários.
Atenção
• Existem duas restrições ao uso das Equações para
calcular o trabalho realizado por uma força sobre
um objeto.
• Em primeiro lugar, a força deve ser constante, ou
seja, o módulo e a orientação da força não devem
variar durante o deslocamento do objeto.
• (Mais adiante discutiremos o que fazer no caso de
uma força variável cujo módulo não é constante.)
• Em segundo lugar, o objeto deve se comportar
como uma partícula.
O Sinal do Trabalho.
• O trabalho realizado por uma força é positivo, se a
força possui uma componente vetorial no sentido
do deslocamento, e negativo, se a força possui
uma componente vetorial no sentido oposto.

• Se a força não possui uma componente vetorial na


direção do deslocamento, o trabalho é nulo.
Unidade de Trabalho.
• A unidade de trabalho do SI é o joule, a mesma da
energia cinética. Como mostram as Equações,
uma unidade equivalente é o newton-metro (N ·
m).

• A unidade correspondente no sistema inglês é o


pé-libra constante libra (ft · lb). De acordo com
isto temos:
Trabalho Total Realizado por Várias Forças.
• Quando duas ou mais forças atuam sobre um
objeto, o trabalho total realizado sobre o objeto é
a soma dos trabalhos realizados separadamente
pelas forças. O trabalho total pode ser calculado de
duas formas: (1) determinando o trabalho realizado
separadamente pelas forças e somando os
resultados;
(2) determinando a resultante Fres de todas as
forças e aplicando a Equação:
Exemplo 7.02 Trabalho realizado por duas forças
constantes: espionagem industrial
A Fig. 7-4a mostra dois espiões industriais arrastando um cofre de
225 kg a partir do repouso e assim produzindo um deslocamento d,
de módulo 8,50 m, em direção a um caminhão. O empurrão F1 do
espião 001 tem um módulo de 12,0 N e faz um ângulo de 30,0° para
baixo com a horizontal; o puxão F2 do espião 002 tem um módulo de
10,0 N e faz um ângulo de 40,0° para cima com a horizontal. Os
módulos e orientações das forças não variam quando o cofre se
desloca, e o atrito entre o cofre e o atrito com o piso é desprezível.
(a) Qual é o trabalho total realizado pelas forças F1 e F2 sobre o cofre
durante o deslocamento d,?
(b) Qual é a velocidade
final (vf) do cofre após
o deslocamento de
8,50 m?
Exemplo 7.03 Trabalho realizado por uma força
constante expressa na notação dos vetores unitários
• Durante uma tempestade, um caixote desliza pelo
piso escorregadio de um estacionamento, sofrendo
um deslocamento d = (– 3,0 m)i enquanto é
empurrado pelo vento com uma força F = (2,0 N) i
+ (–6,0 N) j . A situação e os eixos do sistema de
coordenadas estão representados na Fig.
• (a) Qual é o trabalho
realizado pelo vento
sobre o caixote?
• (b) Se o caixote tem uma energia cinética de 10 J no início
do deslocamento d, qual é a energia ao final do
deslocamento?
Solução:
W = F · d = [(2,0 N) i + (–6,0 N) j ] · [(–3,0 m) i ]
• De todos os produtos entre vetores unitários,
apenas i · i , j · j e k · k são diferentes de zero
Assim, temos:

• A força realiza, portanto, um trabalho negativo


de 6,0 J sobre o caixote, retirando 6,0 J da
energia cinética do caixote.
Atividade de trabalho independente 1:

• Uma força neta de 2,5 N atua sobre um corpo de 15


kg de massa que está inicialmente em repouso com
respeito à superfície terrestre. Calcule o trabalho
total realizado sobre o corpo no primeiro, no
segundo e no terceiro segundo após o corpo
começou a se movimentar, considere a superfície
com atrito e para isto o coeficiente de atrito
cinético (µk) igual a 0,33.
Atividade independente 2
• Uma força F está dada pelas seguinte expressão em
coordenadas retangulares segundo os vetores unitários i e
j:
• F = (y2 – x2) i +3xy j. Calcular o trabalho que realiza a
força quando seu ponto de aplicação se movimenta desde
a origem de coordenadas hasta o ponto P0 = (x0 , y0),
primeiro seguindo
Y a y0)
B = (0, trajetória P1 =e(xlogo
, y ),
a trajetória 2
0 0 0

II
I

0 X
A = (x0 , 0)

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