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Curso de Capacitação

Socioprofissional do Programa
Novos Talentos – Fotovoltaica 2022
Instrutor: Fabiano Rocha
Engenheiro de Energia - UFPE
Módulo 3 –
Sistemas
Fotovoltaicos
Apresentação do módulo 3

• 3.1 - Sistema Fotovoltaico;


• 3.2 - Células Fotovoltaicas;
• 3.3 - Módulos Fotovoltaicos;
• 3.4 - Fatores de Influência na Geração;
• 3.5 - Sistemas On-grid;
• 3.6 - Sistemas Off-grid;
• 3.7 - Sistema Híbrido - No-break solar.
3.1 SISTEMA FOTOVOLTAICO
Histórico:

• 1839 - O efeito fotovoltaico foi descoberto, pelo físico francês Alexandre


Edmond Bequerel;

• 1876 – Professor de filosofia natural, Willian G. Adams e seu aluno Evans


Richard Day, desenvolvem o primeiro dispositivo sólido de fotoprodução
de eletricidade: um filme de selênio em um substrato de ferro e filme fino
de ouro como contato frontal, este aparato tinha eficiência de 0,5%;

• 1883 - Charles Edgar Fritts, engenheiro e inventor norte-americano,


elevou essa eficiência para 1% ao utilizar um “sanduíche” de selênio,
entre duas camadas de ouro e outro metal na primeira célula de grande
área, sendo possível gerar uma corrente;

• 1884 – Foi instalado o primeiro painel solar do mundo, em um telhado da


cidade de Nova York;

• Devido às propriedades do selênio e do alto custo, não foi largamente


utilizado para energia, porém o eng. alemão Werner Siemens encontrou
outras aplicações no final do séc. XIX, como sensor de luz em câmeras Richard Evans Day / William Grylls Adams
fotográficas, comuns até a década de 1960;
Histórico

• 1941 – Russell S. Ohl, engenheiro norte-americano


importante pesquisador do campo de semicondutores,
inventou a primeira célula solar de silício;
• 1954 – O químico Calvin S. Fuller dos Bell Laboratories, em
Murray Hill, Nova Jersey, desenvolveu o processo de
dopagem p-n, o que deu início à era moderna da energia
solar. Seu colega Gerald Pearson estabilizou a dopagem
que inicialmente foi testada com lítio, porém demonstrava Químico Calvin S. Fuller
alguns problemas técnicos, que foram corrigidos quando Eng. Russell Ohl
Fuller dopou o silício inicialmente com arsénio e em
seguida boro, obtendo eficiências recordes de cerca de
6%;
• 1958 – Teve início sua produção industrial, seguindo o
desenvolvimento da microeletrônica. Esse início se deu na
indústria aeroespacial, quando um painel de 1W foi
anexado ao satélite Vanguard I, para alimentar seu rádio
na viagem;
Calvin S. Fuller, Gerald Pearson e Calvin Chapin
Histórico

• 1992 – Foi desenvolvida na Universidade da


Flórida do Sul, uma célula de filme fino, que
contém 15,89% de eficiência (em laboratório);

• 1994 – National Renewable Energy Laboratory


(NREL), desenvolveu a primeira célula que
superou 30% de eficiência (em laboratório);

• 2000 – Foram constituídos sistemas FV


conectados à rede, na maioria dos países de
primeiro mundo;

• 2006 – Novo recorde, 40% de eficiência em


célula solar, em laboratório;
Vista aérea da NREL
Histórico

• 2011 – Fábricas solares chinesas se expandiram


rapidamente, tornando os custos de fabricação
mais acessíveis, US$1,25 por watt;
• 2012 – Surge a Resolução Normativa nº482 da
ANEEL, a qual estabelece as condições gerais
para o acesso de micro e minigeração
distribuída, possibilitando qualquer consumidor
gerar sua própria energia renovável e conectá-la
à rede, com acúmulo de créditos;
• 2015 – Visando aprimorar a RN 482/2012, a RN
687/2015, muda a classificação de micro e
minigeração: micro até 75kW, 75kW < mini <
5MW. Ainda criou modalidades como
autoconsumo remoto, geração compartilhada e
empreendimentos com múltiplas unidades
Evolução do US$/W (ano 2018)
consumidoras (condomínios e grupo de
empresas).
Mercado do Sistema

• Vide capítulo 1 do material: Estudo Estratégico


de Geração Distribuída 2021 (Greene)
Sistema Fotovoltaico
Usos da Energia FV
Usos da Energia FV: Bomba solar
Usos da Energia FV
Usos da Energia FV: Flutuante
Usos da Energia FV
Proveniente da energia luminosa do Sol;

Ser uma energia renovável, alternativa e


sustentável;
Não gerar resíduos, sendo considerada uma
CARACTERÍSTICAS energia limpa;
DA ENERGIA
SOLAR Possuir uma fonte de energia gratuita,
tornando a energia gerada mais barata;
Gerar economia de até 95% na conta de luz;

Possuir uma vida útil de mais de 20 anos, com


baixa necessidade de manutenção.
Composição de um sistema
fotovoltaico
• Módulos solares
• Inversores (on-grid e off-grid)
• Sistema de fixação das placas solares
• Cabeamentos
• Conectores
• Bateria
• Controlador de carga
3.2 CÉLULAS
FOTOVOLTAICAS

• Unidade básica do módulo fotovoltaico, são as


responsáveis por converter a energia luminosa
em energia elétrica, através do efeito
fotovoltaico;
• São produzidas com material semicondutor,
podendo variar o próprio material e a forma
com que é produzido;
• O tipo mais comum é de silício cristalino,
utilizado em residências, comércios e grandes
usinas;
• Outros semicondutores: arseneto de gálio,
telureto de cádmio e, disseleneto de cobre e
índio.
Silício Cristalino

• Célula clássica, utilizada largamente desde a década de 50, criada


pelo Bell Labs;
• Composta por uma lâmina de silício, cada lado dopada com um
material. A parte tipo-n é dopada com fósforo e fica exposta ao sol,
a parte tipo-p é dopada com boro e fica na parte inferior;
• Utilizam contatos frontais e traseiros, para captação dos elétrons,
porém causam sombra e reflexão, o que afeta a geração;
• Quanto mais contatos, mais elétrons são capturados, porém mais
sombra;
• A eficiência máxima acontece quando há o máximo possível de
contatos, utilizando a menor área possível.

*Pearson, Fuller e Chapin (Bell Labs, 1954)


Silício Cristalino

• Esse tipo de célula absorve uma faixa muito estreita do espectro de radiação, e mesmo na faixa aproveitável,
nem todos os fótons tem a energia correta para o efeito fotovoltaico;

Comprimento de onda em nm*10³


Silício Cristalino

• Fótons com muita energia (próximo do ultravioleta), entregam energia em excesso, que é transformada em
calor, afetando negativamente a geração;
• Fótons com baixa energia (próximo do infravermelho, com frequência mais baixa) não fornecem energia
suficiente para liberação dos elétrons, essa energia também se transforma em calor;
Silício Cristalino

• Na área da junção-PN há um “gradiente elétrico” que contribui para aumentar as perdas na conversão
fotovoltaica;
• Existem células tipo P e tipo N, que se diferem pela proporção de cada parte da junção.
Silício MONOcristalino
● O silício purificado precisa ser transformado em um único cristal, pelo método de Czochralski onde o monocristal vai
possuir 30cm de diâmetro e alguns metros de comprimento;
● Monocristal é cortado em lâminas de cerca de 0,3mm (waffers) e toda rebarba e pó de serragem são removidos e
voltam para serem derretidos, sendo 100% aproveitadas;
● No corte dos cristais em pastilhas é depositado o fósforo por meio de difusão de vapor em altas temperaturas, sendo
criada a rede de contatos frontais e traseiras para recolher os elétrons liberados pelo efeito fotovoltaico;
● Os painéis fotovoltaicos monocristalinos tem uma grande capacidade de receber radiação e sua eficiência energética
fica entre 14% e 22% (comercial).
Silício MONOcristalino
Silício MONOcristalino
● O silício purificado precisa ser transformado em um único cristal, pelo método de Czochralski onde o monocristal vai
possuir 30cm de diâmetro e vários metros de comprimento;
● Monocristal é cortado em lâminas de cerca de 0,3mm (waffers) e toda rebarba e pó de serragem são removidos e
voltam para serem derretidos, sendo 100% aproveitadas;
● No corte dos cristais em pastilhas é depositado o fósforo por meio de difusão de vapor em altas temperaturas, sendo
criada a rede de contatos frontais e traseiras para recolher os elétrons liberados pelo efeito fotovoltaico;
● Os painéis fotovoltaicos monocristalinos tem uma grande capacidade de receber radiação e sua eficiência energética
fica entre 14% e 22% (comercial).
Silício POLIcristalino

● O silício purificado é derretido em um cadinho e moldado em forma de cubo, sendo um processo controlado de
aquecimento e resfriamento.
● Como o silício cristaliza livremente, há a formação de vários cristais, por isso o nome policristalino.
● Os vários cristais aumentam as perdas por recombinação, fazendo com que as células de silício policristalino sejam
levemente menos eficientes que as de silício monocristalino;
● O boro da impureza tipo-P é colocado durante a purificação, após o corte em lâminas é feita a dopagem tipo-N com
fósforo e em seguida aplicado material anti-reflexo
Silício POLIcristalino

● O silício purificado é derretido em um cadinho e moldado em forma de cubo, sendo um processo controlado de
aquecimento e resfriamento.
● Como o silício cristaliza livremente, há a formação de vários cristais, por isso o nome policristalino.
● Os vários cristais aumentam as perdas por recombinação, fazendo com que as células de silício policristalino sejam
levemente menos eficientes que as de silício monocristalino;
● O boro da impureza tipo-P é colocado durante a purificação, após o corte em lâminas é feita a dopagem tipo-N com
fósforo e em seguida aplicado material anti-reflexo

Pastilha policristalina Pastilha policristalina com Célula policristalina com AR e


sem a camada de uma camada de anti- filamentos eléctricos
anti-reflexão reflexão
Silício Cristalino

15% < Rendimento < 25%

MONOcristalino

Maior “perda” e custo de


produção
SILÍCIO

14% < Rendimento < 20,3%

POLIcristalino

Mais baratos, porém menor


eficiência
Célula de Película Fina
● Utilizam menos matéria-prima e energia para fabricação e não possui restrição de tamanho e forma;
● Os átomos dos materiais utilizados são mais susceptíveis à contaminação por “átomos estranhos”,
facilitando a dopagem;
● Temperatura de produção entre 200 e 600 graus;
● O processo de deposição de um filme fino pode ser realizado por vários métodos, dentre os quais um
dos mais utilizados é a deposição física de vapor PVD;
● Possui garantia de fábrica de 10 anos e possuem menor eficiência.
Célula de Silício Amorfo
● Esse tipo de célula é aplicado em pequena escala;
● Não possui rede cristalina. Sua fabricação é feita a partir do silano gasoso (SiH4), que, ao ser aquecido em reatores de
plasma, forma o silício hidrogenado (a-Si:H);
● A eficiência das células de silício amorfo é baixa e, devido à hidrogenação do material, apresenta uma queda durante o
primeiro ano de uso em razão da degradação induzida pela luz;
● Uma tática utilizada para aumentar a eficiência das células de silício amorfo é o empilhamento de camadas Tipo-P e N
dopadas com diferentes materiais, como o germânio (a-SiGe), que permite à célula captar uma maior parte da radiação
solar.
Célula de Disseleneto de Cobre
Índio e Gálio (CIGS)

● São fabricadas a partir de uma fina camada de cobre, índio e selênio (CuInSe2) depositada sobre um substrato, que pode
ser vidro ou metal flexível;
● Em primeiro lugar, o substrato é coberto por uma fina camada de molibdênio (Mo) por meio de uma tecnologia de
pulverização catódica;
● As células CIGS não apresentam degradação pela luz igual às de silício amorfo;
● Possuem boa durabilidade e a segunda melhor eficiência entre as células de filme fino, chegando a 11%;
● Sua operação é instável em ambientes úmidos e quentes, o que demanda uma boa selagem de seus módulos;
● Alto custo em relação ao silício, além do uso de índio, que é um material raro, altamente requisitado pela indústria de
smartphones.
Célula de Telureto de Cádmio
(CdTe)

● Nas células fotovoltaicas de telureto de cádmio (CdTe), o substrato de vidro é revestido pela parte traseira com uma
camada de Óxido Transparente Condutivo (TCO), que age como contato frontal;
● Da mesma forma que as células de CIS/CIGS, as células solares de CdTe não se degradam sob a luz;
● Sua fabricação apresenta riscos ambientais devido à toxicidade do cádmio e necessita de processos rigorosos de
controle;
● O Telureto de Cádmio é um composto atóxico, que é tóxico somente durante o processo de fabricação, o que exige
procedimentos rigorosos de controle.
Célula de Arseneto de Gálio
(GaAs)

● As células solares de arseneto de gálio (GaAs) apresentam a maior eficiência entre as células fotovoltaicas de filme fino
de junção única, podendo ultrapassar os 28%.
● Também possuem boas propriedades elétricas e desempenho, além de serem mais resistentes ao calor.
● Ao se afastar do sol a irradiância solar diminui, tornando-se necessário o uso de maior área de captação, caso se utilizasse
as tecnologias comerciais comuns.
Célula Híbrida

● As células fotovoltaicas híbridas são compostas por silício cristalizado e uma (ou várias) camada de película fina,
geralmente silício amorfo. Desta maneira, são capazes de aproveitar um amplo espectro da radiação solar, se tornando
mais eficientes na conversão da radiação;
● Funcionam melhor do que células tradicionais em lugares quentes;
● Essa combinação entre o silício cristalino e amorfo aumenta em 20% a eficiência da célula;
● Alto custo de produção, mas a eficiência é em torno de 18,5%.
Célula Fotovoltaica Orgânica
(OPV)

● As células orgânicas captam energia do sol de maneira semelhante à forma como as plantas
realizam a fotossíntese, através de um ‘corante’ orgânico, por isso o nome.
● A produção das células não é complicada, mas há problemas de estabilidade dos materiais
utilizados para permitir a captação dos elétrons liberados pelo efeito fotovoltaico.
● Dentre as técnicas utilizadas na fabricação de células orgânicas, encontram-se a impressão por
serigrafia, impressão por lâmina, pintura com pincel, impressão por jato de tinta, rotogravura,
flexografia e revestimento por pulverização.
● As células solares orgânicas podem ser flexíveis, possuem baixo custo de produção e menor
impacto ao meio ambiente, mas apresentam instabilidade na operação devido à degradação
ambiental, sem uma proteção eficaz.
Eficiência dos diferentes tipos de
células fotovoltaicas
Existe uma grande diferença entre a eficiência do módulo e da célula fotovoltaica. O módulo possui eficiência baseada na área total e na
potência-pico que consegue fornecer. Já a eficiência das células, determina a dimensão de um módulo de potência-pico definida.

Alguns modelos de células fotovoltaicas são mais eficientes do que outros. Enquanto a célula fotovoltaica de película fina oferece menos
eficiência, as de silício cristalizado são excelentes nesse aspecto. Com as constantes melhorias tecnológicas e de processos industriais, a
eficiência da célula continua aumentando. A seguir, confira a comparação entre as eficiências dos tipos mais comercializados de célula
solar fotovoltaica de acordo com o material de fabricação:
● Silício monocristalino: máxima teórica de 24,7%, em laboratório apresenta 18% e em produção em série, 14%;
● Silício policristalino: máxima teórica de 19,8%, em laboratório apresenta 15% e em produção em série, 13%;
● Silício amorfo: máxima teórica de 15%, em laboratório possui 10,5% e em produção em série, 7,5%;
● CIGS: máxima teórica de 18,8%, em laboratório possui 14% e em produção em série, 10%;
● CdTe: máxima teórica de 16,4%, em laboratório tem 10% e em produção em série, 9%.
Tecnologias de Montagem
As tecnologias a seguir, são os métodos de finalização da célula solar mais
difundidos. Para identificá-las em um módulo é simples, a informação está
contida nas “Características Mecânicas” nos datasheets dos módulos.

● Standard (STD) também chamada de convencional, foi a primeira


utilizada e possui menor custo de fabricação, segue o modelo
convencional de montagem;
● PERC consiste na utilização de células mais finas, o que resulta
em módulos mais econômicos, porém essa redução diminui a
eficiência de conversão dos fótons em energia elétrica. Dessa
forma, uma camada de passivação é adicionada à célula, tal
aparato aumenta a eficiência à medida que diminui a velocidade
de recombinação dos elétrons livres, além disso a passivação tem
um efeito óptico, refletindo a luz que chega ao fundo da célula,
fazendo-a passar novamente pelo silício. Com apenas 2
processos a mais , de baixo custo, é possível alcançar melhores
rendimentos .
CURIOSIDADES
● Hoje, o controle de produção das células é extremamente cuidadoso, e elas são produzidas em um ambiente controlado, onde todos
os resíduos são tratados. Dessa forma, o impacto ambiental das células é praticamente zero.
● O risco de utilizar um painel solar com células caseiras é altíssimo, pois a falta de um processo industrial faz com que a célula não atinja
os padrões de qualidade e segurança necessários podendo ter um curto-circuito e causar um incêndio em sua casa.
● A célula fotovoltaica é o principal componente do painel solar. Se fôssemos comparar um painel solar com um ser humano, seria mais
ou menos assim:
- Os ossos seriam a lâmina de silício (wafer), ou seja, a estrutura de todo o nosso corpo;
- Quando a lâmina é tratada e transformada em uma célula fotovoltaica, isso seria o equivalente a colocarmos todos os
músculos e órgãos vitais no nosso esqueleto. Agora, temos vida, mas não temos proteção contra o ambiente externo;
- Quando colocamos essas células dentro de um painel fotovoltaico, o painel serve como proteção das células. Na comparação
direta, é como se adicionássemos a pele e pelos para proteger os nossos órgãos e músculos.
● As células solares foram utilizadas pela primeira vez em missões espaciais no satélite Vanguard I em 1958 como uma fonte de energia
alternativa. Em 1959, os Estados Unidos lançaram o Explorer 6 com grandes painéis solares em forma de asa, um total de 9.600
células solares fotovoltaicas. Isso se tornou uma característica padrão na maioria dos satélites e, até hoje, ainda é a principal fonte de
energia utilizada no espaço.
CURIOSIDADES : Aureus
● Criado pelo estudante filipino, Carvey Ehren Maigue, a célula solar à base
de resíduos de alimentos chama-se AuReus ;

● Consiste em uma tela que produz energia limpa a partir de raios UV,
funciona assim: partículas de luz invisível são transformadas em luz visível
através de partículas luminescentes (derivadas de certas frutas e
vegetais), pela refletância interna, essa luz é enviada para as bordas, onde
estão células FV;

● Os circuitos reguladores processam a saída de tensão, permitindo a


destinação desejada;

● Tal criação pode ser utilizada em fachadas e janelas, diminuindo também a


temperatura interna desses locais, visto que a radiação ultravioleta (que
detém maior energia, seja convertida em eletricidade no lugar de energia
térmica;

● Além de contribuir com fontes renováveis, o estudante apoio o comércio


local, a medida que deu uma destinação aos alimentos que estavam
prestes a apodrecer, dessa forma os produtores podem vender esses
alimentos que seriam jogados fora.
CURIOSIDADES : Aureus
CURIOSIDADES: Perovskta
3.3 MÓDULO
FOTOVOLTAICO

• Composto por células associadas em série, e


responsável por absorver energia solar e gerar
eletricidade;

• Os fótons são absorvidos e convertidos em


corrente elétrica, podendo ser utilizado de
diversas formas: residências, comércio, indústrias
e até iluminação pública;

• A corrente gerada é contínua;


• Um de seus benefícios é a necessidade mínima de
manutenção em situações corriqueiras;
3.3 MÓDULO
FOTOVOLTAICO

• Composto por células solares, e responsável por


absorver energia solar e gerar eletricidade;

• Os fótons são absorvidos e convertidos em


corrente elétrica, podendo ser utilizado de
diversas formas: residências, comércio, indústrias
e até iluminação pública;
• Um de seus benefícios é a necessidade mínima de
manutenção em situações corriqueiras;
Características Físicas e
Mecânicas
● EVA precisa ser muito resistente
mecânica, elétrica e
termicamente;
● Vidro não é comum, precisa
passar a luz solar, mas também
ser muito resistente e
antiaderente;
● Backsheet é feito de PVDF,
material parecido com o PVC;
● Moldura é feita em alumínio por
ser leve e resistente à corrosão;
● A espessura varia entre 3 e 5cm,
e vai influenciar na estrutura de
fixação;
● Ainda conta com um par de cabos
e conectores para ligações entre
módulos.
Tecnologias de Montagem
As tecnologias a seguir, são métodos de finalização do módulo solar. Para
identificá-las é simples, a informação está contida no início dos datasheets
dos módulos.

● Half-Cell, com tradução literal meia-célula, é uma tecnologia que


consiste em aumentar os caminhos por onde a corrente flui ao
“duplicar” a quantidade de células, por exemplo, um módulo de
72 células, teria 144 meia-células. Com mais fileiras em paralelo,
é possível alcançar mais eficiência, pois o módulo se torna menos
sensível à perdas por sombreamento, por exemplo;
● Double-Glass, duplo vidro ou vidro-vidro, possuem vantagem no
quesito durabilidade. No lugar do backsheet, temos uma outra
camada de vidro que protege a parte de baixo dos módulos,
porém, as células não conseguem absorver energia por baixo,
pois há uma camada de pasta metálica que impede a passagem
de luz por esse caminho;
● Bifaciais são parecidos com os double-glass, porém nesse caso, a
luz consegue chegar ao silício pela parte inferior do módulo,
aumentando assim a eficiência da geração.
Características Físicas e
Mecânicas

As características sempre vão estar no “datasheet” do módulo, ou seja, na sua ficha técnica. Abaixo
conseguimos analisar as principais características mecânicas de um módulo FV de 450W..
Características Elétricas

• Quando o módulo está fornecendo corrente para uma bateria ou para uma carga qualquer, as tensões e as
correntes variam segundo curvas específicas denominadas curvas características IxV;
• Essa curva é característica de cada tipo de módulo e é fornecida pelo fabricante;
• Cada situação de insolação e temperatura gera uma curva específica;
Características Elétricas -
definições

● Corrente de curto-circuito – Isc: máxima corrente que o módulo


pode produzir sob determinadas condições de insolação e
temperatura, dessa forma, a tensão é zero;
● Tensão de circuito aberto – Voc: É a máxima tensão que o módulo
pode produzir sob determinadas condições de insolação e
temperatura e acontece quando seus terminais estão abertos, dessa
forma, a corrente é zero;
● Corrente de potência máxima – Imp: É a corrente elétrica que o
módulo fornece no ponto de potência máxima. É considerada a
corrente nominal do módulo fotovoltaico;
● Tensão de potência máxima – Vmp: É a tensão elétrica que o
módulo fornece no ponto de potência máxima;
● Potência máxima – Pmax: É a potência elétrica máxima que o
módulo pode fornecer sob determinadas condições de insolação e
temperatura.
Condição padrão de teste

● As condições de laboratório foram estabelecidas para manter a uniformidade nos padrões de medição dos painéis
solares.
● Como condição padrão de insolação, foi definida a intensidade de 1.000 W/m2, correspondente a um dia
ensolarado, ao meio dia.
● Como condição padrão de temperatura da célula é aceita internacionalmente a temperatura de 25°C.
● As características nominais dos módulos informadas pelos fabricantes estão referenciadas a esta condição padrão.
● Se o módulo tem uma potência máxima nominal de 50 Wpico ou 50 Wp significa que, com um nível de radiação
incidente de 1.000 W/m2 e uma temperatura de célula de 25°C, ele desenvolve uma potência elétrica máxima de
saída de 50 W.
Condição padrão de teste

A temperatura do painel solar fotovoltaico é a temperatura que o próprio painel vai atingir quando estiver instalado em seu telhado. Essa
temperatura é fundamental para o funcionamento do painel solar, pois todos os painéis solares perdem eficiência quando eles aquecem
sob o sol escaldante.
Isso significa que, para produzir a sua potência máxima nominal (Pmax), conforme ele é classificado na ficha técnica, o painel solar não
pode ficar mais quente do que 25°C. Na prática, um painel solar instalado no telhado da sua casa ou empresa ficará, em média,
aproximadamente 20°C mais quente do que a temperatura ambiente daquele dia.
Dessa forma, você dificilmente consegue obter a potência nominal (Pmax) de seus painéis solares em um dia quente no Brasil. Que fique
claro que isso não é um problema, mas, sim, uma característica do material do qual os painéis solares são feitos.
TEMPERATURA NOMINAL DE
OPERAÇÃO
Para calcular a potência máxima dos painéis fotovoltaico em condições reais precisamos procurar na folha de especificações a parte que contém
as "características de temperatura" (em inglês: TEMPERATURE COEFFICIENTS AND PARAMETERS ou THERMAL CHARACTERISTICS). Procure nessa
parte da folha a Temperatura Nominal de Operação da Célula (em inglês: Nominal Operating Cell Temperature - NOCT) e o Coeficiente de
Temperatura de Pmax (em inglês: Temperature coeffcient of Pmax). A NOCT é a temperatura a que o painel solar chegou no laboratório quando
submetido a 800 W/m² de irradiância (um dia de sol moderado) a uma temperatura ambiente de 20°C e um vento de 1m/s. Portanto, é uma
medida mais realista da temperatura em que seus painéis provavelmente irão operar em um dia normal no seu telhado. Aqui você pode ver que
o painel em questão chegará a 46°C nessas condições.
Todos os painéis solares perdem eficiência quando aquecem. O Coeficiente de Temperatura de Pmax nos diz o quanto de energia ele perde para
cada °C que o painel estiver mais quente do que 25°C – lembre-se de que 25°C é a temperatura do painel em condições de laboratório,
Condições Padrão de Teste (STC).
TEMPERATURA NOMINAL DE
OPERAÇÃO
O painel vai perder 0,42% da sua potência máxima para cada grau acima de 25°C.
A NOCT nos disse que esse painel solar irá normalmente atingir 46°C. Veja como é fácil calcular quanto (%) esse painel vai perder de
eficiência:
46°C - 25°C = 21°C => 21 x 0,42% = 8,82%
Ou seja, a potência máxima real desse painel solar em questão ficará em média 8,82% abaixo daquela informada na folha técnica.
Então, esse painel com potência nominal informada de 260 Watts em Condições Padrão de Teste, na vida real, terá por volta de 237
Watts de potência, ou seja, aproximadamente 8,82% menos que os 260 Watts informados na ficha.
Esse é um número melhor de usar com a potência máxima nominal nas Condições Padrão de Teste em laboratório (STC) porque leva
em conta o desempenho dos painéis submetidos a uma temperatura mais aproximada da vida real no Brasil.
Associação de módulos
fotovoltaicos

● Quando vamos instalar um sistema fotovoltaico, seja off grid, seja on grid, composto por vários
módulos, precisamos decidir se estes serão conectados em série, em paralelo, ou uma combinação
dos dois modos.
● Em sistemas on grid, essa decisão é feita em função da característica do inversor selecionado para o
sistema, e em sistemas off grid, em função do controlador de carga.
● Tais dispositivos podem ser células, módulos ou arranjos fotovoltaicos. Os arranjos são constituídos
por um conjunto de módulos associados eletricamente em série e/ou paralelo, de forma a fornecer
uma saída única de tensão e corrente.
Associação em série e em
paralelo

● Na conexão em série, o terminal positivo de um dispositivo fotovoltaico é conectado ao terminal


negativo do outro dispositivo, e assim por diante.
● Quando a ligação é em série, as tensões são somadas e a corrente elétrica não é afetada
● No caso de se associarem os dispositivos em série com diferentes correntes de curto- circuito, a corrente
elétrica da associação será limitada pela menor corrente
● Associação de módulos de correntes diferentes não é recomendada na prática, pois pode causar
superaquecimento
● Na associação em paralelo, os terminais positivos dos dispositivos são interligados entre si, assim como
os terminais negativos, onde é somado a corrente e a tensão permanece constante.
Associação em série e em
paralelo

● Na conexão em série, o terminal positivo de um dispositivo fotovoltaico é conectado ao terminal


negativo do outro dispositivo, e assim por diante.
● Quando a ligação é em série, as tensões são somadas e a corrente elétrica não é afetada
● No caso de se associarem os dispositivos em série com diferentes correntes de curto- circuito, a corrente
elétrica da associação será limitada pela menor corrente
● Associação de módulos de correntes diferentes não é recomendada na prática, pois pode causar
superaquecimento
● Na associação em paralelo, os terminais positivos dos dispositivos são interligados entre si, assim como
os terminais negativos, onde é somado a corrente e a tensão permanece constante.
Associação em série e em
paralelo
Painel e arranjo fotovoltaico
● Um arranjo fotovoltaico é um conjunto de módulos fotovoltaicos ou sub arranjos fotovoltaicos mecânica e eletricamente integrados,
incluindo a estrutura de suporte. Não inclui sua fundação, aparato de rastreamento, controle térmico e outros elementos similares.
● Um arranjo fotovoltaico com aterramento funcional possui um condutor intencionalmente conectado à terra com o objetivo de
garantir o correto funcionamento do sistema, ou seja, por propósitos não relacionados à segurança, por meios que não estejam em
conformidade com os requisitos para equipotencialização de proteção.
● A Terra recebe anualmente 1,5 x 1018 kWh de energia solar, o que corresponde a 10.000 vezes o consumo mundial de energia neste
período. Este fato vem indicar que, além de ser responsável pela manutenção da vida na Terra, a radiação solar constitui-se numa
inesgotável fonte energética, havendo um enorme potencial de utilização por meio de sistemas de captação e conversão em outra
forma de energia.
● No Hemisfério Sul, o sistema de captação solar fixo deve estar orientado para o norte geográfico de modo a melhor receber os raios
solares durante o ano, e ser colocado inclinado com relação à horizontal de um ângulo próximo ao da latitude do lugar, conseguindo-
se captar um máximo de energia solar ao longo do ano.
Painel e arranjo fotovoltaico na
prática
Painel e arranjo fotovoltaico

● É evidente que, próximo à linha do Equador, o melhor posicionamento é o horizontal, sendo dada, no entanto, pequena
inclinação para a drenagem de água na superfície externa do equipamento. Há entretanto, como mencionado, outras formas
de montagem para um sistema de captação solar que seguirá o Sol.
● A NBR 16690 de 10/2019 - Instalações elétricas de arranjos fotovoltaicos - Requisitos de projeto estabelece os requisitos de
projeto das instalações elétricas de arranjos fotovoltaicos, incluindo disposições sobre os condutores, dispositivos de proteção
elétrica, dispositivos de manobra, aterramento e equipotencialização do arranjo fotovoltaico.
● Em sistemas fotovoltaicos conectados à rede, os requisitos de segurança descritos são, contudo, criticamente dependentes da
conformidade dos inversores associados ao arranjo fotovoltaico com os requisitos da IEC 62109-1 e da IEC 62109-2
● Os requisitos adicionais podem ser necessários para instalações mais especializadas, como, por exemplo, sistemas com
concentrador, sistemas de rastreamento solar ou sistemas integrados à edificação. Os requisitos adicionais podem ser
obtidos, por exemplo, nas especificações de fabricantes.
Painel e arranjo fotovoltaico
● A conexão de um arranjo fotovoltaico à terra é caracterizada pela existência ou não de qualquer aterramento por razões funcionais, pela
impedância desta conexão à terra e, também, pelo tipo de aterramento do circuito de aplicação (por exemplo, inversor ou outro
equipamento) a que o arranjo fotovoltaico está conectado. Isto é, a localização do ponto de aterramento afetam a segurança do arranjo
fotovoltaico.
● Cada setor do arranjo fotovoltaico conectado a uma entrada pode ser tratado, para os fins desta norma, como um arranjo fotovoltaico
independente. Cada arranjo fotovoltaico deve possuir um dispositivo interruptor-seccionador para prover a isolação do inversor.
● A instalação de um sistema fotovoltaico é considerada uma reforma e este fato implica que a instalação elétrica do mesmo deve atender à
norma NBR 5410, que determina: todas as instalações novas ou reformadas devem obrigatoriamente dispor de uma infraestrutura de
aterramento.
● Caso já exista sistema de aterramento, e ele seja adequado segundo a NBR5410, ele pode ser usado no aterramento da nova instalação,
ficando a cargo do projetista, manter o mesmo número de hastes ou ampliando o número das mesmas.
● Os módulos possuem furos próprios que são próprios para a função de aterramento. Estes furos devem ser identificados com o símbolo de
aterramento. Os módulos não devem ser perfurados, por exemplo, para fazer furos adicionais de aterramento, pois isso anulará a garantia
dos mesmos.
Painel e arranjo fotovoltaico
● Materiais condutores elétricos, como estruturas metálicas de fixação dos módulos, eletrodutos metálicos, eletrocalhas, caixas
metálicas e demais componentes que eventualmente podem vir a se tornar energizados devem ser equipotencializados.
Afinal, toda instalação elétrica está sujeita à falhas de isolamento e a equipotencialização deve ser feita para fornecer um
caminho de baixa impedância para correntes de falta.
● Os surtos elétricos tendem a ser mais catastróficos em semicondutores e estes estão presentes em todas as partes do sistema
de geração fotovoltaica. O silício presente nos módulos, quando recebe um surto elétrico, começa a perder eficiência, os
inversores seguem o mesmo caminho podendo chegar a queimar rapidamente. Um sistema de geração fotovoltaica que não é
protegido por DPS (Dispositivo de Proteção contra Sobretensões) não chega aos seus 25 anos de vida.
● A string box é o componente de proteção da parte CC do sistema fotovoltaico.
Ela conecta os cabos vindos dos módulos fotovoltaicos ao inversor, enquanto fornece proteção contra sobretensão e
sobrecorrente e permite o seccionamento do circuito. Os elementos básicos de uma string box são:
● Invólucro – onde serão alocados os dispositivos de proteção e as conexões elétricas;
● Dispositivo seccionador – podendo ser implementado com chave seccionadora ou disjuntor;
● Dispositivo de proteção contra sobretensão – DPS;
● Dispositivo de proteção contra sobrecorrente – disjuntor ou fusível;
● Cabos CC.
3.4 FATORES DE INFLUÊNCIA
NA GERAÇÃO

Eficiência do Radiação e
Fator de forma
módulo Temperatura
Eficiência do Módulo

● É uma das maneiras de avaliar a qualidade de um módulo, mas para isso é necessário considerar outras variáveis;
● Relação entre a quantidade de energia elétrica que é produzida no ponto de máxima potência (W) e a quantidade
de energia solar que chega ao módulo (W/m² x m²);
● Para se avaliar a eficiência do módulo, é importante que seja considerada toda a área do mesmo, incluindo
os pontos inertes, que não geram energia. Dessa forma o resultado é mais próximo da realidade.
Fator de Forma

● É outra forma de avaliar a qualidade das células que compõem o módulo;


● Quanto mais a célula se aproxima da forma retângular, melhor é a qualidade da célula
Exercício

Calcule o fator de fórmula e em seguida,


a eficiência do módulo. Considerando a
radiação e as condições iguais à padrão
de teste: 1000W/m².
Variação com a Radiação

● A curva característica varia quando as condições variam, então


quando o nível de radiação diminui, a potência máxima também
diminui;

● A corrente varia linearmente com o nível de radiação que chega


perpendicular ao módulo, isso significa que a geração é muito
afetada em dias nublado, por exemplo;

● Por essa relação que é muito importante dimensionar o sistema


fotovoltaico adequadamente, levando em consideração as
condições de insolação do local de instalação e que os módulos
sejam instalados nos ângulos mais adequados.
Variação com a Temperatura

● A corrente varia positivamente com a temperatura, porém varia


muito pouco, cerca de +0,05%/°C;

● A tensão varia negativamente com a temperatura, sendo muito mais


expressiva, cerca de -0,37%/°C;

● Dessa forma, pela relação P = I x V, temos que a potência acaba


decrescendo com o aumento da temperatura.
Variação com a Temperatura

● A corrente varia positivamente com a temperatura, porém varia


muito pouco, cerca de +0,05%/°C;

● A tensão varia negativamente com a temperatura, sendo muito mais


expressiva, cerca de -0,37%/°C;

● Dessa forma, pela relação P = I x V, temos que a potência acaba


decrescendo com o aumento da temperatura.
Leitura de Datasheet do módulo

Vide pdf !
3.5 Sistema On-grid

● É o sistema que permanece conectado à rede de distribuição,


assim, em momentos em que não há produção de energia, é
possível utilizá-la da distribuidora e, em casos de excesso de
produção, recebem-se créditos de energia;

● É formado por equipamentos com a função de converter a


energia solar em eletricidade e, por serem ligados à rede,
também poder inseri-la diretamente na rede elétrica;

● Não é necessário um investimento em baterias solares,


barateando a instalação do sistema.
Funcionamento On-grid
Equipamentos: On-grid

● Módulos;

● Estrutura de fixação;

● Stringbox;

● Inversor;

● Caixa de proteção CA.


Equipamentos: Módulos

● Os painéis fotovoltaicos para os SFCRs devem ser sempre dimensionados de acordo com
as características elétricas das entradas do inversor utilizado, incluindo tensão máxima,
corrente máxima, potência máxima e faixa de operação do MPPT’s;
● A não compatibilidade desses itens, pode interferir diretamente na geração, e chegar a
danificar os equipamentos.
Equipamentos: Estrutura

● A base em que os módulos são postos são chamadas de


trilhos, e são basicamente iguais. São feitas de alumínio
por serem leves e de baixa corrosão, logo tem alta
durabilidade;
Telhado cerâmico
● Os trilhos podem estar diretamente no telhado, quando
esse for o caso, variando apenas os ganchos e parafusos,
que variam com o tipo de telhado, como pode ser
observado nas imagens ao lado;

Telhado metálico
Equipamentos: Estrutura
● No caso para telhado em laje, a estrutura é em triângulo
também de alumínio, essa opção necessita de mais
espaço, pois os módulos precisa fugir da sombra
ocasionada pelo módulo à frente;

● No caso de instalação em solo, a estrutura de alumínio Telhado em laje


fica em cima de uma outra estrutura, geralmente de aço
galvanizado. O aço é necessário para suportar o peso, e é
galvanizado para resistir à corrosão. Toda essa estrutura
está em bases de alvenaria, para dar sustentação no
terreno. Essa opção também necessita de muito espaço;

● Para todas as opções, são necessários os clamps, que


Solo
prendem os módulos na estrutura de alumínio, existem os
clamps intermediários localizados entre os módulos e os
clamps finais, localizados nas extremidades.

Clamps
Equipamentos: Stringbox

● Fazem a proteção da parte CC (corrente contínua), entre os módulos


e o inversor, protegendo o inversor contra sobrecargas e aindo para
que os módulos não venham agir como carga ao invés de geradores;
● Composto por:
- DPS, que fazem a proteção contra surtos de energia;
- Chaves seccionadoras (podendo ser utilizado disjuntores CC), que
podem ser desligados para isolar os módulos do restante do sistema,
facilitando manutenção das demais partes.
● Na primeira imagem ao lado, vemos dois conjuntos de DPS+chave
seccionadora, isso significa que ele pode receber dois arranjos.
Equipamentos: Inversor

● Módulos;

● Estrutura de fixação;

● Stringbox;

● Inversor;

● Caixa de proteção CA.


Equipamentos: Inversor

Classificação dos Inversores:

● Centrais:inversores trifásicos de grande porte, com potência numa faixa que vai de
centenas de kWp até MWp, utilizados em Usinas Fotovoltaicas (UFVs);

● De String: inversores monofásicos dotados de apenas uma entrada MPPT,


adequados a instalações de microgeração (até 10kWp);
Equipamentos: Inversor

Classificação dos Inversores:

● Multistring: inversores trifásicos ou monofásicos dotados de


várias entradas independentes com MPPT’s para conexão de
strings (fileiras) de módulos. São adequados a instalações
urbanas, nas quais cada string pode estar submetida a
diferentes condições de irradiância e/ou sombreamento. Tem
potência na faixa de dezenas de kWp;

● Microinversor: inversores muito menores que são acoplados


atrás dos módulos, eles conectam grupos de 2 módulos ou 4
módulos, dessa forma pode-se fazer manutenções por blocos,
diminuindo bastante o impacto na geração total do sistema
porém são mais caros.
Equipamentos: Inversor

● As eficiências totais destes inversores para conexão à rede podem atingir valores de 98% para circuitos sem
transformador e 94% para inversores com transformador, estas eficiências fornecidas pelos fabricantes
normalmente se referem à eficiência máxima;

● No Brasil, os inversores para SFCRs, devem atender aos requisitos de proteção exigidos o que inclui a
proteção anti-ilhamento e a exigência de transformador de acoplamento, entre outras;
- O ilhamento é inaceitável, ocorre quando um inversor continua funcionando mesmo quando não há
fornecimento de energia, pondo em risco equipamento de consumidores, da distribuidora e a vida dos
profissionais que atuam diretamente na rede;
- Transformadores podem ser de baixa frequência (60hz) ou alta frequência (kHz), acima de 100kWp é
obrigatório o uso nos SFCR’s..
Equipamentos: Inversor

Com transformador Sem transformador

maior peso e volume menor peso e volume

maiores perdas (perdas magnéticas e ôhmicas) o que resulta em maior eficiência, principalmente se não possuir estágio de
menor eficiência conversão c.c.-c.c. (para isso tem que operar com tensão do
gerador fotovoltaico superior à tensão de pico da rede)

permite que o painel fotovoltaico opere numa tensão mais baixa maior interferência eletromagnética

menor interferência eletromagnética pode ser necessária a instalação de dispositivos de proteção


adicionais (disposto diferencial-residual, disjuntor de corrente
os circuitos c.c. e c.a são isolados direcional etc.), conforme a regulamentação local, devido à falta
menores requisitos de proteção de isolamento entre os circuitos c.c. e c.a.
Equipamentos: Inversor
● No Brasil o inversor para conexão à rede deve atender à norma ABNT NBR 16149:2013 (ABNT, 2013b), que
estabelece parâmetros como: faixas de variação de tensão e frequência, proteção contra ilhamento, fator de
potência etc;

● Quase todos os inversores para conexão à rede existentes no mercado possuem funções de monitoração e
aquisição de dados, de forma a disponibilizar ao usuário informações operacionais. Entre os dados que
podem ser cobertos estão: energia diária gerada, estado do equipamento e histórico de falhas, valores
instantâneos de Pcc (potência c.c.), Pca (potência c.a.), Vcc (tensão c.c.), Vca (tensão c.a.);

● Os inversores tem garantias entre 5 e 15 anos, a depender do tipo e do fabricante.


Equipamentos: Inversor

Critérios de qualidade de um inversor:

● Alta eficiência de conversão, tanto na carga nominal quanto em cargas parciais;


● Alta confiabilidade e baixa manutenção;
● Operação em uma faixa ampla de tensão de entrada;
● Boa regulação na tensão da saída;
● Forma de onda senoidal com baixo conteúdo harmônico;
● Baixa emissão de ruído audível;
● Baixa emissão de interferência eletromagnética;
● Tolerância aos surtos de partida das cargas a serem alimentadas;
● Segurança tanto para as pessoas quanto para a instalação;
● Grau de proteção IP adequado ao tipo de instalação;
● Garantia de fábrica de pelo menos 2 anos;
● Em sistemas isolados, preferência por inversores tentados e confiáveis
Equipamentos: Cx de proteção
CA

● Esse item faz a proteção do sistema após a saída do inversor, contém


DPS, disjuntor podendo ter também DR’s;

● O disjuntor é do tipo C, para corrente alternada, podendo ser mono,


bi ou trifásico a depender do projeto;

● O DPS (Dispositivo Protetor contra Surtos) detecta sobretensões de


curta duração e desvia para a terra, sendo assim, precisa estar
conectado ao aterramento;

● O DR (Diferencial Residual) desliga o circuito elétrico


automaticamente ao detectar fuga de corrente de baixa intensidade,
protegendo pessoas e animais;

● Devem ser instalados seguindo a norma NBR 5410.


NR 482/2012 e 14.300/2022

• Vide pdf !
3.6 Sistema Off-grid

● Não há conexão com a rede, 100% da sua eletricidade será gerada por
seus painéis solares e armazenada em baterias solares;

● A energia gerada passa pelo controlador de carga que envia para o


banco de baterias, o inversor retira energia das baterias, transformando
de CC para CA e envia para as cargas;

● Vantagem: sua propriedade é a sua própria "ilha" autossuficiente


eletricamente. Sem medidor. Sem contas de luz, sem taxa mínima;

● Desvantagem: as configurações 100% off-grid são muito caras – o custo


total do sistema para uma casa de classe média acaba ficando por volta
de R$ 65.000,00 ou mais. Ainda há a necessidade e troca das baterias
devido sua baixa vida útil;

● Devido seu alto custo, a maioria dos sistemas off-grid estão em áreas
isoladas, onde não há rede elétrica local.
Equipamentos: Off-grid

● Módulos;

● Estrutura de fixação;

● Inversor;

● Banco de baterias;

● Controlador de carga.
Equipamentos: Módulos

● A quantidade de painéis necessários vai depender da demanda de energia elétrica, além


da escolha da tecnologia utilizada, já que estas variam em eficiência;

● A incidência solar na região da instalação também influencia diretamente na capacidade


de produção do sistema;

● A potência do sistema pode ser encontrada multiplicando-se a demanda total de energia


pelas horas úteis de insolação sobre as placas solares. O resultado será a quantidade
ideal que precisa ser produzida para que a necessidade seja suprida.
Equipamentos: Estrutura e
Inversor

● As estruturas estão relacionadas aos módulos e estes são


iguais, logo não há diferença quanto à estrutura entre os
sistemas on e off-grid;

● Os inversores ao contrário do sistema On-grid, retiram energia


diretamente do banco de baterias e fornecem diretamente para
os aparelhos consumidores
Equipamentos: Banco de
Baterias

● A bateria solar é responsável por armazenar a energia solar gerada por sistemas
fotovoltaicos off-grid ou híbridos para momentos em que há pouca ou nenhuma
geração, como em dias nublados e à noite;

● É possível ter mais autonomia ou, autonomia plena: desconectar-se da rede


elétrica e nunca mais se preocupar com falta de energia ou contas de luz
exorbitantes;

● Estavam disponíveis há décadas, porém o mercado realmente começou a prestar


atenção nestas baterias em 2015 quando a Tesla anunciou a pré-venda para o seu
novo sistema de armazenamento de energia: O Powerwall (e seu sucessor, o
Powerwall 2), após esse anúncio, muitas outras fabricantes como a LG, Samsung,
BYd e outras anunciaram seu interesse nessa área.
Equipamentos: Banco de
Baterias

NÃO é recomendável:
● Instalar sistemas solares fotovoltaicos com baterias automotivas, elas não foram projetadas para descarga típica e contínua de
corrente. Elas tem uma curva de descarga diferenciada, alta no início e decresce rapidamente. A resistência da recarga
também é mais alta e a vida útil fica comprometida;

● Nunca instale bateria em painel solar sem o controlador de carga, sob o risco de perda da bateria e perigo de explosão e
incêndio.

É recomendável:
● Na instalação, o uso de fusíveis, disjuntores ou diodos de proteção;

● Trabalhar com baterias de ciclo profundo, com sistema de vasos selados onde o vapor é recuperado e recirculado no
acumulador;

● Baterias de LiFePO4 são ótimas tecnologias e opção a ser considerada;

● Sempre combine baterias da mesma marca e mesma capacidade.


Equipamentos: Controlador de
Carga

● São incluídos na maioria dos SFI com o objetivo de proteger a bateria (ou banco de
baterias) contra cargas e descargas excessivas, aumentando a sua vida útil;

● Também são chamados de “gerenciador de carga”, “regulador de carga” ou


“regulador de tensão”, podem variar com o grau de sofitiscação;

● são componentes críticos em sistemas fotovoltaicos isolados (SFI), pois, caso


venham a falhar, a bateria poderá sofrer danos irreversíveis;

● Eles devem ser projetados considerando-se as especificidades dos diversos tipos


de bateria, uma vez que um controlador projetado para uma bateria de Chumbo-
Cálcio selada pode não operar eficientemente com uma bateria de Chumbo-
Antimônio não-selada, por exemplo.
Controlador de Carga:
Classificação

CONTROLADORES DE CARGA PWM:

● PWM é a sigla para pulse width modulation que significa “modulação por largura
de pulso”. Ele consegue manter uma bateria em sua carga máxima por meio de
pulsos de tensão de alta frequência;

● Por isso, este controlador consegue conferir o status da carga da bateria, e ajustar
os pulsos enviados;

● Este tipo é mais utilizado no mercado pois ele possui um preço menor que um
controlador MPPT.
Controlador de Carga:
Classificação

CONTROLADORES DE CARGA MPPT:

● MPPT é a sigla para maximum power point tracking que significa “ponto rastreador
de potência máxima”. Este tipo de controlador busca o ponto de máxima potência
do módulo ou painel solar;

● Isso faz com que ele aproveite o máximo da potência que o painel tem a oferecer.
E também tem a capacidade de monitorar a produção da energia e reduzir as
perdas do sistema;

● Este tipo de controlador é mais caro que o anterior, mas promove uma eficiência
maior que o controlador PWM.
Controlador de Carga: Como
selecionar

As grandezas que mais impactam em um controlador são a tensão e a corrente, sabendo


disso temos os seguintes critérios:

● O primeiro passo é dimensionar os módulos;

● Deve-se respeitar a tensão de entrada dos controladores. Essa tensão chega


diretamente das placas solares, e os controladores tem o limite de tensão
máxima, que geralmente, é 2x a tensão de saída;

● Da mesma forma, precisa-se atentar para a tensão mínima que os módulos


precisam fornecer para o carregamento satisfatório;

Tenha em mente qual a voltagem das baterias que serão carregadas, então se o
banco de baterias tiverem 24V, o modelo precisa suportar esta tensão de
carregamento.
Controlador de Carga: Como
selecionar

Citamos os aspectos da tensão, mas também precisa-se considerar a corrente::

● Saber qual a corrente que chega dos módulos e qual a corrente de saída para
carregamento das baterias;

● A corrente nominal do controlador precisa sempre ser maior que a corrente que
chega dos módulos solares e da corrente que entra as baterias, ou seja, se os
módulos enviam 8A, o controlador deve ser de 10A, por exemplo;
3.7 Sistema Híbrido - No-
break solar

● A configuração necessita conexão com a rede e armazena energia em


baterias, esse sistema prioriza a eletricidade armazenada em suas baterias;

● Vantagens:
- Mais barato do que um sistema off-grid, pois precisa de uma quantidade
menor de baterias;
- Pode ser programado para utilizar as baterias no horário de pico da
distribuidora (isso é essencial para consumidores tipo A);
- Permite ter autonomia em caso de problemas com a distribuidora de
energia.

● Desvantagem:
- Ainda há dependência da rede elétrica, então fica obrigado a arcar com
as taxas fixas;
- Ao contrário do on-grid, não há créditos de energia, pois essa energia
não pode ser injetada na rede, visto que a regulamentação não permite

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