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Escola do Regimento de Sapadores

Bombeiros

Atuação em Ambiente de Calamidade e


Catástrofes
Formação inicial | Ingresso | Sapador Bombeiro
Introdução
As equipas de Busca e Salvamento Urbano, aquando da sua atuação,
deparam-se com o colapso de diversas estruturas, pelo que existe a
necessidade de estas possuírem conhecimentos na elevação, movimentação,
estabilização e sinalização de estruturas, para se proceder a aberturas de
acessos, criação de espaços e extração de vítimas em cooperação com
outras equipas quer se trate de uma organização militar ou civil, existem
procedimentos para garantir que o processo de busca seja completo e
eficiente.

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1. Fatores a serem considerados antes da elevação e
movimentação de cargas:
• “Peso da Carga”; é necessário estimar o peso do material ou objeto para
verificar se o sistema ou ferramentas a serem utilizadas serão capazes de
realizar a operação;
• Se a estrutura que vamos levantar encontra-se presa á outras estruturas;
• Se existe algum escoramento prévio ou algo que sustente a estrutura;
• Se existe área suficiente para efetuar a elevação e movimentação;
• Perigos potenciais presentes, que podem ser gerados com o
levantamento e movimentação da carga;
• Qual o efeito do levantamento e movimentação da carga sobre a vítima.
• 1cm levantado, 1cm estabilizado;
• Nunca colocar as mãos por baixo da carga levantada.
• Ter a certeza de que todos ouviram o que é para fazer antes de mover a
carga.
• Nunca mover a carga sem definir o estágio seguinte.
• Ter atenção ao tipo e ângulo da superfície de trabalho: Betão, relva, gelo,
etc...
• Ter a certeza de que tenho os materiais necessários para terminar o
trabalho de forma segura e eficiente.
• Os operadores devem estar devidamente equipados.
• Para estabilizações mais complexas, criar a figura do oficial de segurança.
• Depois do trabalho terminado, verificar se todos os pontos de apoio estão
em contacto com a carga.
• STOP!! Usar este termo para parar as operações por motivos de
segurança.

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2. Máquinas Simples
Chamam-se máquinas a todo o dispositivo que serve para transformar a energia
e realizar trabalho. Em Física, o termo máquinas simples é reservado a
pequenos objetos ou instrumentos que facilitam a execução de diferentes
afazeres do dia-a-dia. Um martelo, uma tesoura, uma alavanca, uma roldana,
um plano inclinado são exemplos de máquinas simples.
Ao longo de sua história, o ser humano procurou melhorar suas condições de
trabalho, principalmente no que se refere à redução de seu esforço físico. Para
isso, o homem utilizou, inicialmente, meios auxiliares que lhe permitissem
realizar trabalhos de modo mais fácil e com o menor gasto possível de sua força
muscular. Esses primeiros meios foram a alavanca, a roda e o plano inclinado
que, por sua simplicidade, ficaram conhecidos como máquinas simples. As
máquinas simples são consideradas fundamentais porque os seus princípios
estão presentes em todas as máquinas.
Centralizaremos o nosso estudo na alavanca, na roldana e no plano
inclinado.
Alavanca
É uma máquina simples que consiste normalmente em uma barra rígida móvel
em torno de um ponto fixo, denominado fulcro ou ponto de apoio. O efeito de
qualquer força aplicada à alavanca faz com que esta gire em relação ao ponto
de apoio. A força rotativa é diretamente proporcional à distância entre o fulcro
e a força aplicada. No tipo mais comum de alavanca, aplica-se um esforço
relativamente pequeno à ponta mais distante do fulcro, para levantar um grande
peso próximo a este.
I. Os elementos de uma alavanca

FP

FR
PF

BP

BR

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• Ponto de Apoio ou Fulcro (PF)
Ponto de apoio ou eixo ao redor do qual uma alavanca pode ser rodada. É
o ponto onde se apoia a alavanca para realizar um trabalho.

• Força de Resistência (FR)


É o peso da carga. Quase sempre é representado pelo peso do segmento
ou carga externa. É a força que deve ser vencida.

• Força de Esforço ou Potência (FP)


É a força que aplicamos à alavanca, para mover ou equilibrar os sistemas.
Pode ser chamada também de força motriz.

• Braço de Potência (BP)


Distância perpendicular da aplicação da força ao eixo de rotação. Ou seja,
é a distância entre o Ponto de Apoio até o local de aplicação da força. Por
isso, pode ser chamado também de Braço de Força (BF).

• Braço de Resistência (BR)


Distância perpendicular da aplicação da resistência ao eixo de rotação. É a
distância que vai do ponto de Apoio até o ponto de aplicação da resistência.

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II. Classificação das alavancas

A localização do Ponto de Apoio, Resistência e Potência classificará as


alavancas, que podem ser de 3 tipos:

A. Alavanca de Primeira Classe


Pode ser chamada também de INTERFIXA ou de equilíbrio. Nela, o ponto
de apoio fica situado entre a Resistência (R) e a Potência (P). As
alavancas interfixas podem ser utilizadas para ganhar força ou
resistência. A força necessária para vencer a resistência depende do
comprimento dos braços de potência e de resistência.

Alavanca interfixa.

B. Alavanca de Segunda Classe


Pode ser chamada também de INTER-RESISTENTE. Nela, a Resistência
(R) fica situada entre o Ponto de Apoio (PA) e a Potência (P). As
alavancas inter-resistentes podem ser chamadas de alavancas de força,
pois o Braço de Potência (BP) é maior que o Braço de Resistência (BR).
Fornecem vantagem de força, de modo que grandes pesos podem ser
suportados ou movidos por uma pequena força.

Alavanca inter-resistente

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C. Alavanca de Terceira Classe
Pode ser chamada também de INTER-POTENTE. Nela, a Potência (P)
fica situada entre o Ponto de Apoio (PA) e a Resistência (R). As alavancas
interpotentes são projetadas para mover pequenos pesos a longa
distância, porém a força é diminuída.

Alavanca interpotente.

III. Vantagem mecânica

Resulta da relação entre o Braço de Potência e o Braço de Resistência. A


eficiência mecânica de uma alavanca em movimentar uma resistência pode ser
enunciada quantitativamente como sua vantagem mecânica, que é a relação
entre o braço de momento da força e o braço de momento da resistência.

Braço de Potencia
VM =
Braço de resistência

IV. Equilíbrio das alavancas

Para haver equilíbrio, em uma alavanca, entre a Potência e a Resistência, é


necessário que o produto da intensidade da potência pelo braço de potência seja
igual ao produto da intensidade da resistência pelo braço da resistência.
𝐵𝑅
𝑃 ∗ 𝐵𝑃 = 𝑅 ∗ 𝐵𝑅 𝑃 = 𝑅 ∗ 𝐵𝑃 𝑃 = 𝐵𝑃 e 𝑅 = 𝐵𝑅

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Roldana
A roldana é uma roda que gira ao redor de um eixo que passa por seu centro.
Na borda da roldana existe um sulco em que se encaixa uma corda ou um cabo
flexível, ou corrente. O sulco é conhecido como garganta, gola ou borne.
A roldana pode ser fixa ou móvel.

I. Roldana fixa

Na roldana fixa, o eixo é preso a um suporte qualquer. Quando em uso,


ela não acompanha a carga.
O funcionamento da roldana fixa baseia-se no funcionamento de uma
alavanca interfixa de braços iguais.

Em uma das extremidades do cabo aplica-se a força P e na outra extremidade,


a força R.
A condição de equilíbrio de tal alavanca será a igualdade que estabelecemos
no princípio de equilíbrio:
𝑃 𝐼2
=
𝐵 𝐼1
Como l1 e l2 são iguais (raios de roldana), a força P equivale numericamente à
força R em estado de equilíbrio.
A igualdade das forças P e R, quando o sistema está equilibrado, demonstra
que para levantar uma carga, por meio de uma roldana fixa, se deve aplicar
sobre a corda uma força equivalente ao peso da carga (não se tem em conta o
atrito).
Portanto, a roldana fixa não nos dá ganho de força e tão pouco se ganha
trabalho porque as duas forças são iguais.
As roldanas fixas servem para elevar pequenas cargas com comodidade e
segurança, além de possibilitarem mudança de direção e sentido das forças
aplicadas.

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II. Roldana móvel

A roldana móvel pode deslocar-se juntamente com a carga


e baseia-se no funcionamento de uma alavanca inter-
resistente.

Na roldana móvel emprega-se menos força que na roldana fixa para a


realização do mesmo trabalho. Isto é, o braço da força de ação é duas vezes
maior que o da força resistente, a força de ação (P) será duas vezes menor que
a força de resistência (R) sempre que o sistema entre em equilíbrio.
𝑅
𝑃=
2
Portanto, com a roldana móvel ganha-se o dobro da força. E como a força que
se emprega é igual a metade do peso que se levanta, não há por isso ganho
de trabalho.

Plano inclinado
Plano inclinado é uma superfície plana e inclinada que forma um ângulo menor
que 90° com a superfície horizontal.
É, possivelmente, a máquina simples mais antiga do mundo. Animais e homens
pré-históricos já utilizavam os planos inclinados naturais das encostas de
montanhas para escalá-las.
Imagina-se que o plano inclinado teve papel importante na construção das
pirâmides do Egipto Antigo, ao facilitar a elevação de grandes blocos.
Analisando as duas situações abaixo, parece evidente que o uso do plano
inclinado torna o trabalho mais fácil.

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Consideremos dois planos inclinados, conforme as ilustrações
abaixo:

O plano inclinado da direita indica que se usa menos força para empurrar a
carga. Pode-se deduzir que quanto mais comprido for um plano inclinado,
menos força será gasta na movimentação de uma carga para uma mesma
altura. No entanto, ocorre perda em termos de distância.

Todo o plano inclinado pode ser representado esquematicamente, sob a forma


do triângulo retângulo (fig. abaixo), em que BC é altura do plano inclinado, AB
o seu comprimento, R o peso do corpo e P a força que impulsiona o corpo para
cima pelo plano inclinado.
B
P

A C
Ao elevar-se o corpo até uma altura BC realiza-se um trabalho igual ao produto
do peso do corpo R pela altura.

𝑊1 = 𝑅 ∗ 𝐵𝐶

O trabalho realizado, ao deslocar-se o corpo ao longo do plano inclinado,


equivale ao produto da força que move o corpo pelo comprimento do plano
inclinado:

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𝑊2 = 𝑃 ∗ 𝐴𝐵

De acordo com a lei da igualdade dos trabalhos para os mecanismos simples,


com o plano inclinado não se pode ganhar trabalho. Então os trabalhos
representados são iguais entre si.

𝑊1 = 𝑊2 𝑅 ∗ 𝐵𝐶 = 𝑃 ∗ 𝐴𝐵

Formemos por ela uma proporção (substituindo BC por h e AB por C):

𝑃 ℎ
=
𝑅 𝑐

Esta proporção mostra-nos que com o plano inclinado ganhamos em força


sempre que o seu comprimento (C) for maior que a sua altura (h), ou seja,
ganha-se em força, mas perde-se em distância.

3. Estabilização de cargas
Sempre que se proceder à movimentação de cargas, deve-se efetuar a
estabilização dos elementos estruturais, esta deve acompanhar todos os
movimentos (Estabilização progressiva).

“UM CM LEVANTADO UM CM ESTABILIZADO”

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Equipamentos de estabilização

Prumos metálicos/madeira

Cribbing

• Calços, blocos e cunhas em polietileno.

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Cribbing

Cribbing é constituído por peças de madeira ou polietileno especialmente


cortados, utilizados para apoiar objetos pesados, e criar bases sólidas para
colocar equipamentos de elevação.

Caixa crib (berço) – É uma técnica de escoramento que consiste na


colocação de uma quantidade de blocos de madeira de forma pré-
determinada para suportar uma carga. Têm a função de estabilizar
– Suportar, apoiar ou manter estável de maneira fixa, os objetos
pesados.

Têm a função de estabilizar – Suportar, apoiar ou manter estável de maneira


fixa, os objetos pesados.

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Regras de utilização do sistema cribbing

A. Base

A largura da parte inferior da base dá


a altura máxima que o cribbing pode
ter.

B. Pontos de apoio

● Pontos pelos quais o peso da carga é


transferido para o solo.

A capacidade de suporte do sistema de


cribbing depende do nº de pontos de
contato e do tamanho da secção das
peças de madeira (30kg/cm2 para uma
madeira dura com uma secção de 10
cm2 x 10 cm2).

Exemplo:
Para uma secção de 10 cm x 10 cm.

100 𝑐𝑚2 𝑥 30 𝐾𝑔 = 3000 𝑘𝑔

• Suporta cerca de 3000 Kg por cada ponto de contato (10 cm x 10 cm).

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C. Distância de sobreposição
As extremidades da madeira devem-se
sobrepor pelo menos 10 cm.

D. Nunca sobrepor mais de 2 blocos

E. Ter uma base sólida.

F. Quanto maior for o número de pontos de contacto, maior será a


capacidade de carga.

G. O cribbing é mais eficiente quando o peso é direcionado na vertical e em


todos os pontos de apoio.

H. 1cm levantado, 1cm estabilizado

I. Nunca colocar blocos em cima de uma almofada.

J. Regra de ouro: a altura da caixa não pode ser superior em 3 x a largura do


“berço”.

EXEMPLO: Cribbing 10 x 10 com 4 pontos de contato

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3000 kg por 3000 kg por
ponto de ponto de
contato contato

A altura limite não deve ser superior a 3 vezes a largura


da base.

3000 kg por
ponto de Largura
contato

A altura limite não deve ser superior a 1 vez


e meia a largura da base.

Largura

3000 kg por
ponto de
contato

A altura limite não deve


ser superior a 1 vez a
largura da base.

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Tipos de caixa de cribbing

Caixa Crib 2x2


A caixa crib 2x2 (10cmx10cm), pode suportar
12.000 Kg apoiado em todos os pontos de apoio.

A caixa crib 2x2 (15cmx15cm), pode


suportar 27.000 Kg apoiado em todos
os pontos de apoio.

A capacidade de carga diminui quanto menor


forem os pontos de apoio.

Caixa Crib 3x3

A caixa crib 3x3 de (10cmX10cm) suporta


27.000 Kg apoiado em todos os pontos de apoio.

A caixa crib 3x3 de (15cmX15cm) suporta


60.000 Kg apoiado em todos os pontos de apoio.

A capacidade de carga diminui quanto menor


forem os pontos de apoio.

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Em Plataforma 4x4

Os blocos na base e seguintes estão unidos.

Maior capacidade de carga

É utilizado quando é necessário utilizar


as almofadas pneumáticas.

Caixa Crib inclinada

As cunhas podem ser utilizadas para transferir


uma carga inclinada para a coluna de suporte
vertical da caixa.

Caixa de Crib imperfeitas

Existem situações em que não é possível fazer a caixa crib perfeita.

A base vai ser mais pequena, ter atenção a altura da caixa 1:1, (a altura limite
não deve ser superior á largura da base), é a regra quando não se constrói a
caixa crib perfeita).

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Caixa crib inoperacional
Não está garantida a distribuição do
peso na vertical e em todos os
pontos de contato.

Situações em que se pode utilizar o sistema de estabilização cribbing.

• Acidentes de viação
• Colapso estrutural
Levantamento de cargas com recurso a almofadas pneumáticas.

São ferramentas essenciais para operações de elevação e estabilização de


cargas, levadas a cabo pelas equipas de busca e salvamento. As almofadas
são construídas em malha de aramida (kevlar), revestidas em borracha
vulcanizada. A superfície possui textura em alto relevo que proporciona
intertravamento para colocação de uma almofada sobre a outra.
I. Existem 2 tipos de almofadas de elevação:

Almofadas de baixa pressão (tela flexível)

Para operações críticas de resgate quando a rapidez e segurança de


intervenção são essenciais, estas almofadas são muito estáveis e adaptáveis.
Ideais para o levantamento de cargas a grandes alturas.
Capacidade de elevação: até 12 toneladas
Pressão de trabalho: 0.5 bar a 1 bar

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Almofadas de alta pressão (tela rígida)

Especialmente concebidas para operações de levantamento de maquinaria


pesada ou elevação de grandes cargas, ideais para operações de salvamento.
Disponíveis em vários tamanhos para elevação de diferentes cargas.

Capacidade de elevação: até 68 toneladas


Pressão de trabalho: 8 bars

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Procedimentos operacionais

Utilizar a almofada pneumática, em espaços


preparados devidamente limpos. Estilhaços e
partículas pontiagudas podem danificar a
superfície de uma almofada pneumática.

Almofadas pneumáticas completamente


vazias tem menor altura de inserção.

Quando a almofada pneumática é cheia de


ar a altura de elevação aumenta. A
superfície de contacto é concentrada na
área designada de Flat-Bag (zona Plana).

Se entre objeto a ser elevado


existir uma altura com mais do
que 70 mm devem ser colocados
tantos apoios até que haja
apenas o espaço suficiente para
colocar a almofada pneumática
vazia. Assim a capacidade de
elevação e altura de elevação são
otimizadas. A altura de elevação
é corrigida pela altura da estrutura de apoio. A força de elevação é

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sempre maior no início, porque a força se divide numa maior área
de contato.
A base deve ter uma superfície de suporte
do mesmo tamanho da almofada
pneumática. Uma superfície contínua evita
que a almofada se expanda em uma
cavidade oca e ameace a estabilidade da
base.
Uma almofada pneumática pode ser
seriamente danificada se for pressionada
numa base oca.
Uma vez que a altura desejada é
alcançada, deve-se esvaziar a
almofada lentamente até ao apoio
seguro da base do objeto a ser
levantado.

Elevação com várias almofadas pneumáticas


Sobrepostas (uma em cima da outra)
Quando se quiser alcançar alturas de
elevação maiores, pode-se colocar várias
almofadas uma em cima da outra. A
almofada de menor capacidade de elevação
deve ser posicionada por cima da almofada
de maior capacidade de elevação. As
conexões de enchimento (entrada de ar)
devem ficar à esquerda ou à direita do
objeto a ser elevado.

Nunca colocar mais que dois tamanhos diferentes de almofadas sem


conectores (cintas).
A primeira almofada a ser cheia é a de maior capacidade (inferior), até a
almofada de menor capacidade (superior) encostar no objeto a ser elevado.
Em seguida, encher a almofada superior completamente, de seguida encher a
almofada inferior, até ser alcançada a altura desejada do objeto a ser elevado.
Nota:

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A sobreposição de almofadas não aumenta a força de elevação, mas apenas
aumentam a altura de elevação. A combinação usa a força de elevação da
almofada de menor capacidade de elevação.
Em paralelo
Com esta combinação a força de elevação
aumenta, uma vez que a força de elevação
depende do tamanho da superfície contato
da almofada. Por exemplo, vemos duas
almofadas de elevação com força de
elevação de 25 toneladas cada, e um bloco
de betão de 40 toneladas; a elevação com
uma almofada não seria garantida, no
entanto com duas almofadas era possível
realizar esta tarefa.

Nota:
A força de elevação pode ser aumentada somente se as duas almofadas de
elevação em paralelo forem cheias simultaneamente.
Quando elevar cargas deve ter pelo menos 2/3 da área da almofada sob a
carga.

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4. Marcações INSARAG de busca e salvamento
O INSARAG (International Search and Rescue Advisory Group) emite orientações por forma a
padronizar os procedimentos de busca e resgate.
Nos EUA, as marcações FEMA (Federal Emergency Management Agency) são
as mais relevantes. Mas em operações de socorro em qualquer outra área do mundo, as
marcações do INSARAG serão as marcações de escolha para as equipes de resposta a desastres.

Como efetuar uma marcação INSARAG


• Para iniciar uma marcação INSARAG, traçar quadrado de 1 X 1 metro com tinta spray
perto da porta da frente do edifício ou ponto de entrada.
• Se o edifício for seguro para entrar, escrever dentro quadrado a palavra “GO”, caso
contrário, “NO GO”.
• Escreva o nome da equipe e o horário de início e termino da busca, abaixo dentro da
caixa.
• As informações de perigo no exterior do quadrado na parte superior.
• No exterior do quadrado na parte inferior, o nº de vítimas desaparecidas (se
conhecidas).
• As vítimas vivas removidas vão para a esquerda do quadrado e as vítimas retiradas
mortas vão para a direita.
• Quando a busca estiver concluída, colocar um círculo em torno de todas as informações.
• Quando a equipe tiver a certeza de que não há mais vítimas, coloque uma linha
horizontal no círculo e na caixa.

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Marcação de vítimas

V perto da localização de potências vítimas ou vítimas já


identificadas

Por baixo do V: L Para identificar e quantificar as vítimas


com vida e D para os cadáveres.

Desenhar uma seta para apontar vítimas confirmadas. A


confirmação deve ser confirmada por visão ou audição,
marcação por equipa cinotécnica não é valida.

Desenhar um círculo em volta do V quando a última vítima


for retirada com vida ou quando já só existirem cadáveres.

Marcações FEMA de busca e salvamento


Marcação de perigo nas estruturas

Quadrado de 60x60, estrutura relativamente segura para


operações de busca e salvamentos

Estrutura com significativos danos estruturais, pode


requerer algum escoramento ou retirada de perigos

Estrutura não segura para operações de busca e


salvamento, requer fortes medidas de segurança antes
de entrar.

28 JUN 03
NATURAL GAS À direita do quadrado: Data, Perigos, Hora e Identificação
1432HRS da equipa
NE-TF1

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Marcação de Busca em estruturas

Um único traço na diagonal, no momento da entrada,


com a identificação da equipa, data e hora de entrada.
Indica busca em progresso.

Um segundo traço na diagonal a cruzar, no momento da


saída, com data e hora de saída.
Nos espaços vazios serão introduzidas outras
informações.

À direita, introdução de perigos. Em baixo, introdução de


nº de vítimas.

Desenhar uma cruz sobre a marcação quando a busca


ficar completa.

Marcação de localização de Vítimas

• O V indica a possível localização de vítimas.


Podemos acrescentar uma seta para apontar a
localização e acrescentar o distancia.

Um traço sobre o V indica a confirmação de vítimas


mortas.
Se mais do que 1, marcar o nº por baixo do V

Círculo à volta do V indica a confirmação de vítimas vivas.


Se mais do que 1, marcar o nº por baixo do V

Uma cruz sobre a marcação indica que todas as vítimas


foram retiradas.

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Balizamento de áreas de trabalho

Zona de trabalho Operacional

Zona interdita (Perigo)

Sinalização Sonora de Emergência


• Uma sinalização sonora de emergência eficaz é essencial para uma operação segura
num teatro de operações.
• Todos os membros das equipas BSU devem ser informados sobre os sinais de
emergência.
• Os sinais de emergência devem ser universais para todas as equipas BSU.
• Os sinais devem ser claros e concisos.
• Todos os membros num teatro de operações devem responder imediatamente a todos
os sinais de emergência.
• Sirenes ou outros dispositivos apropriados devem ser usados para fazer soar sinais
apropriados.

3 sinais curtos de cerca de 1 segundo


Evacuação __ __ __ (repetidos até a total evacuação do
local)
Cessar operações - Silencio ______ 1 Sinal longo 3 segundos

Retomar operações ______ __ 1 Sinal longo seguido de 1 sinal curto

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Índice
Introdução ................................................................................................................... 2
1. Fatores a serem considerados antes da elevação e movimentação de cargas: 3
2. Máquinas Simples................................................................................................... 4
1) Alavanca ............................................................................................................................ 4
I. Os elementos de uma alavanca..................................................................................... 4
II. Classificação das alavancas .......................................................................................... 6
III. .................................................................................................... Vantagem mecânica
.......................................................................................................................................... 7
IV. ................................................................................................ Equilíbrio das alavancas
.......................................................................................................................................... 7
2) Roldana ............................................................................................................................. 8
I. ..................................................................................................................... Roldana fixa
.......................................................................................................................................... 8
II. ................................................................................................................ Roldana móvel
.......................................................................................................................................... 9
3) Plano inclinado .................................................................................................................. 9
3. Estabilização de cargas........................................................................................ 11
Equipamentos de estabilização ........................................................................................... 12
Cribing ............................................................................................................................ 13
Levantamento de cargas com recurso a almofadas pneumáticas. ................................ 19
Procedimentos operacionais .......................................................................................... 21
4. Marcações INSARAG de busca e salvamento ................................................. 24
Como efetuar uma marcação INSARAG .............................................................................. 24
Marcação de vítimas ...................................................................................................... 25
Marcações FEMA de busca e salvamento ........................................................................... 25
Marcação de perigo nas estruturas................................................................................ 25
Marcação de Busca em estruturas ................................................................................. 26
Marcação de localização de Vítimas .............................................................................. 26
Balizamento de áreas de trabalho.................................................................................. 27
Sinalização Sonora de Emergência ...................................................................................... 27

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