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Regimento de Sapadores Bombeiros

Escola do Regimento de Sapadores Bombeiros

Protocolo Geral de Intervenção


Acidentes Envolvendo Substâncias Perigosas

Ordenança:

• VECI – Veículo Especial de Combate a Incêndios (6 Elementos)


• VPMA – Veículo de Proteção Multiriscos Especial (3 Elementos)
• VOPE – Veículo para Operações Específicas (1 Elemento)
• VPMT – Veículo de Proteção Multiriscos Táctico (5 Elementos)
(NOP nº5101/2009/ANEPC)

(VPME ≡VPMA Atualizado pelo Despacho nº7316/2016/ANEPC)

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Constituição do grupo de intervenção em matérias perigosas:

• Coordenador

o Chefe de equipa de reconhecimento e intervenção (ChERI)

▪ Equipa de reconhecimento e intervenção (ERI)

o Chefe de equipa de proteção (ChEP)

▪ Equipa de proteção (EP)

o Chefe de equipa de material (ChEM)

▪ Equipa de material (EM)

o Chefe de equipa de descontaminação (ChED)

▪ Equipa de descontaminação (ED)

Coordenador

ChERI ChEP ChEM ChED

Equipa
Equipa Equipa Equipa
Reconhecimento
Proteção Material Descontaminação
Intervenção

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Accionamento do grupo:

FNI

FR

FI

FNI – Ficha de Notificação Inicial


(apêndice 1.2 ao anexo 3 à DON nº3/2010/ANEPC)

FR – Ficha de Reconhecimento
(apêndice 1.3 ao anexo 3 à DON nº3/2010/ANEPC)

FI – Ficha de Intervenção
(apêndice 5 ao anexo 3 à DON nº3/2010/ANEPC)

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Posicionamento das viaturas:

Sempre que possível efetuar a aproximação a montante e com o vento a favor, se for em
plano inclinado e com brisa, de forma a evitar um contato direto com os gases, vapores,
fumos e derrames.

Manter o(s) veículo(s) a uma distância segura do incidente, tendo como referência 100
metros.

Perímetro de segurança e aproximação ao incidente:

Determinar a distância de Isolamento Inicial por forma a definir a Zona de Isolamento Inicial
(ZII), tenha em atenção que durante a intervenção este procedimento poderá ser dinâmico,
principalmente se a intensidade do vento aumentar para além dos 10km/h ou houver
mudanças na direção do mesmo.

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Atendendo à direção vento definir a Zona de Ação de Proteção, tenha em atenção que
durante a intervenção este poderá ser dinâmico.

A Hot Zone numa primeira abordagem nunca poderá ter um raio inferior a 50 metros.

A Warm Zone inicia-se aos 50 metros e prolonga-se até ao final do corredor redutor
contaminação.

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RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS

Coordenador

• O coordenador é o responsável por todas as acções no TO incluindo a segurança


do pessoal, ambiente e material.

• Atribuição de funções aos chefes de equipa e distribuição de tarefas adicionais,


caso seja necessário, aos restantes elementos das equipas.

• Determinação do nível de proteção geral que as equipas intervenientes devem


utilizar, com esclarecimento dos procedimentos a executar durante a intervenção.

• Reunião com os chefes de equipa no “Ponto de Encontro” (interior da tenda).

• Transmissão de informação ao nível superior (COS) sobre a evolução da


intervenção.

• Contato permanente via rádio com os chefes de equipa.

• Sempre que necessário o coordenador poderá delegar responsabilidades a outros


elementos, principalmente aos chefes de equipa.

Guarnições

• Todos os elementos deverão estar integrados numa das respetivas equipas: Equipa
de Reconhecimento e Intervenção (ERI), Equipa de Proteção (EP), Equipa de
Descontaminação (ED) e Equipa de Material (EM).

• Execução dos procedimentos definidos quer pelo chefe de equipa quer pelo
coordenador.

• Excetuando nos casos do primeiro POSIT da ERI ao coordenador e em situações de


alteração de estratégia, todos os elementos constituintes das equipas reportam
unicamente aos respetivos chefes de equipa, cumprindo o estabelecido no plano de
comunicações.

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MODELO DE ATRIBUIÇÃO DE FUNÇÕES E TAREFAS

Equipa de Reconhecimento e Intervenção

Constituição: até 6 elementos (ERI e ERI-Reserva)

Procedimentos a executar:

• Em conjunto com os elementos da ERI-Reserva procedem à montagem da tenda


principal.

• Preparação do próprio EPI (fato de intervenção, proteção respiratória, botas, luvas e


capacete) e comunicações em conformidade com os perigos presentes.

• Os elementos da ERI são ajudados a equipar pela ERI-Reserva.

• Logo que a ERI esteja operacional, informa o chefe de equipa da sua


disponibilidade.

• O controlo do consumo de ar referente aos elementos constituintes da equipa de


reconhecimento e intervenção é tarefa do chefe ERI, pelo que é obrigatório informá-
lo sobre a pressão.

• A entrada na Hot Zone deverá ocorrer somente após reunidas as condições de


segurança e à ordem do coordenador.

• A circunscrição da Hot Zone é efetuada de acordo com as distâncias referenciadas


nas fichas/guias de intervenção e recorrendo aos aparelhos de deteção e medida,
utilizando sempre que possível material delimitador (ex. pinos e correntes plásticas
ou fita balizadora).

• Após o reconhecimento e a avaliação, emitem um parecer imediato ao coordenador.

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Equipa de Reconhecimento e Intervenção de Reserva (ERI-Reserva)

Procedimentos a executar:

• Em conjunto com os elementos da ERI procedem à montagem da tenda principal.

• Efetuar o controlo do enchimento da tenda (as garrafas são colocadas à disposição


pelos elementos da equipa de material), ao acoplar as garrafas para enchimento da
tenda e certificação sobre o posicionamento correto das válvulas de enchimento.

• Auxílio aos elementos da ERI na preparação do EPI (fato de intervenção, proteção


respiratória, botas, luvas e capacete) e comunicações.

• Após a entrada da ERI na Hot Zone, os elementos da ERI - Reserva procedem à


preparação do próprio EPI (fato de intervenção, proteção respiratória, botas, luvas e
capacete) e comunicações (nível de proteção idêntico ao da ERI) em conformidade
com os perigos presentes.

• Logo que a ERI-Reserva esteja operacional, informa o chefe de equipa da sua


disponibilidade.

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Equipa de Proteção (EP)

Constituição: até 6 elementos

Procedimentos a executar:

• Montagem do dispositivo para medição da velocidade/intensidade e direção do


vento.

• Monitorização ambiental e atmosférica.

• Preparação do próprio EPI e comunicações em conformidade com os perigos


presentes.

• A EP procede ao estabelecimento do dispositivo de proteção adequado com os


perigos presentes (ex presença do risco de inflamabilidade implica o
estabelecimento para trabalho de uma linha de espuma e outra de água).

• Socorro pré-hospitalar.

• Em ocorrências no âmbito de ameaça biológica a EP deverá focar a sua função na


triagem das pessoas/grupo que estiveram expostos à ameaça, procurando assim
efetuar o controlo da propagação da mesma. Poderá ser necessário realizar: zonas
de isolamento ou quarentena utilizando barreiras físicas, zonas de distribuição de
luvas, filtros ou proteção ocular.

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Equipa de Material (EM)

Constituição: até 6 elementos

Procedimentos a executar:

• Disponibilização do material necessário ao enchimento da tenda (a montagem e o


controlo do enchimento são realizados pelos elementos da ERI e ERI – Reserva).

• Estabelecer o plano de comunicações (ChEM).

• Preparação do próprio EPI (fato de intervenção, proteção respiratória, botas, luvas e


capacete) e comunicações em conformidade com os perigos presentes.

• Depois de todos os elementos estarem devidamente equipados, a EM coloca à


disposição dos elementos da ERI (saída da tenda – início do corredor de entrada) o
material necessário para se proceder à circunscrição da Hot Zone (ex pinos,
aparelhos de deteção e medida entre outros), sendo ainda sua tarefa a colocação
de todo o restante material necessário à intervenção.

• A EM deverá desenvolver as suas tarefas em antecipação relativamente às


necessidades da ERI (ex. se a ERI está a realizar uma contenção, é sinal que em
determinado momento irá necessitar de uma bomba de trasfega, e todo o material
que isso envolve, tais como mangueiras, ligações à terra, grupo gerador de
corrente, ralos, agulhetas entre outros equipamentos).

• Delineação da Hot Zone (ex correntes, fita balizadora entre outros) atendendo aos
pontos estabelecidos na circunscrição pela ERI.

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Equipa de Descontaminação (ED)

Constituição: até 6 elementos

Procedimentos a executar:
• Os elementos da ED preparam todo o material necessário ao processo de
descontaminação.

• Preparação do próprio EPI (fato de intervenção, proteção respiratória, botas, luvas e


capacete) e comunicações em conformidade com os perigos presentes.

• Depois de todos os elementos estarem devidamente equipados, a ED procede ao


estabelecimento do corredor redutor de contaminação (CRC), tendo em conta que,
desde a entrada da ERI na Hot Zone, o processo de descontaminação pode ser
acionado de forma imediata.

• O estabelecimento do corredor redutor de contaminação começa do interior para o


exterior, iniciando no limite da zona vermelha (Hot Zone) para a zona amarela
(Warm Zone).

• No seguimento da bacia de retenção, são montadas uma ou duas tendas de


descontaminação com os respetivos doseadores e soluções a aplicar nas tendas de
descontaminação (ex. água com sabão na 1ª tenda e hipoclorito de sódio na 2ª
tenda).

• Colocação de aparelhos respiratórios com saídas ao segundo portador e respetivas


mangueiras, no início do corredor redutor de contaminação para disponibilidade de
autonomia respiratória.

• Montagem de um estabelecimento para trabalho (duas linhas de 25mm) com uma


linha de alimentação de 50mm (as linhas de 25mm destinam-se à tenda de
descontaminação e à agulheta colocada na bacia de retenção).

• Realização da pré-descontaminação dos elementos intervenientes na bacia de


retenção com auxílio de vassouras e uma agulheta de 25mm com débito mínimo em
jato difuso 300.

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• Após a conclusão de todo o processo de descontaminação de pessoal e material, as


águas geradas são recolhidas e colocadas em recipiente próprio para posterior
tratamento, contatando para o efeito os serviços municipais, de acordo com o
estipulado na DON nº 3/2010 – NRBQ no nº 15 alínea c).

Competências e responsabilidades no processo de descontaminação de acordo com


o estabelecido na DON nº 3/2010/ANEPC anexo 2 nº 9 e 10

INEM

• Colaborar na descontaminação de vítimas em ambulatório e/ou em maca.

• Assegurar a triagem secundária e estabilização médica.

EXÉRCITO

• Colabora com o emprego de meios de engenharia militar em operações de apoio à


montagem de locais de descontaminação, às acções de controlo da contaminação e
de marcação da área contaminada.

MARINHA

• Cooperar com meios para a descontaminação coletiva de pessoal e material.

FORÇA AÉREA

• Colabora nas operações de descontaminação coletiva de pessoal e material.

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PROCEDIMENTOS COMUNS DAS EQUIPAS

• O processo de descontaminação é obrigatório para todos os elementos que


permaneceram na Hot Zone, para os restantes intervenientes, só realizam este
procedimento por indicação do coordenador.

• Sempre que for possível, os elementos constituintes das equipas devem utilizar
fatos de intervenção de cor idêntica de modo a facilitar a identificação.

• No final da intervenção é da responsabilidade de todos os elementos intervenientes


o correto acondicionamento do material utilizado.

• No âmbito de uma emergência envolvendo substâncias perigosas todos os


elementos devem dar especial importância à hidratação.

• No quartel e após todos os elementos estarem totalmente disponíveis é realizada


uma avaliação de desempenho, procurando corrigir procedimentos, de forma a
melhorar intervenções futuras.

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Grupo de Intervenção em Substâncias Perigosas – acionamento da Ordenança

VOPE – Coordenador

VLCI – Descontaminação

Elementos Função

Chefe de viatura Chefe ED

Motorista Equipa de Descontaminação

1 Elemento Equipa de Descontaminação

2 Elementos ERI
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VPME – Material

VECI – Proteção

Elementos Função

Chefe de viatura Chefe ERI

Motorista Chefe EP

4 Elementos EP ERI-r

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Acionamento da ordenança com ERAS

VPMT – reconhecimento e avaliação

Elementos Função

Chefe de viatura COS

Motorista Equipa de Descontaminação

1 Elemento Equipa de Descontaminação

2 Elementos Reconhecimento e Avaliação

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