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VISTO

OM:    CIGS PLANO DE SESSÃO ______________________


Ch Div Ens

I - PLANO DE SESSÃO

1. MATÉRIA: Vida na Selva

2. ASSUNTO: ESTACIONAMENTO NA SELVA

3. TURMA: COS “A”, “B” e “C”           4. LOCAL DE INSTRUÇÃO: Conforme QTS

5. DATA: Conforme QTS                                      6. HORÁRIO: Conforme QTS

7. OBJETIVOS:
a. Da sessão:       - Selecionar um local adequado para estacionamento.
- Preparar adequadamente o local para estacionamento.
- Descrever os cuidados com a saúde e com o material.
- Identificar os tipos de redes
- Demonstrar a montagem e desmontagem da rede de selva

b. Intermediário:

8. PROCESSO(S) DE ENSINO: Palestra, Demonstração,

9. MEIOS AUXILIARES:    - 02 REDES DE SELVA, 01 REDE DE MALHA, 01 REDE DE


TUCUM, 01 REDE DE ALGODÃO, 01 PAR DE COTURNO
COM MEIAS, 01 FACÃO AFIADO, 01 PONCHO (P/ COBRIR A
REDE DE SELVA), CABIDES IMPROVISADOS, 03 SACOS DE
LIXO DE 100 LITROS (PRETO OU VO), QUADRO MURAL

10. PESSOAL:      a. Instrutor: Conforme QTS


                                                      b. Monitor: Conforme QTS
                                                      c. Auxiliar: Conforme QTS

11. MEDIDAS ADMINISTRATIVAS: Conforme QTS

12. MEDIDAS DE SEGURANÇA: Conforme folha 04

13. FONTES DE CONSULTA:

II - ORIENTAÇÃO AO INSTRUTOR
1. Antes da instrução

1. Ler todo o Plano de Sessão.


2. A rede de tucum prevista para a 1ª parte da sessão (teoria - demonstração) encontra-se na sala
de exposição da DDP.
3. Recomendações sobre a 2ª parte da sessão (prática e montagem e desmontagem da rede de
selva).
- Para um efetivo superior a 15 alunos, formar equipes de 2 ou 3 alunos para a
montagem de 1 rede. Este procedimento permite ao instrutor avaliar todo o turno dentro do tempo
previsto par a sessão.
Distribuir para cada equipe um conjunto de 4 varetas (2 grandes e 2 menores), para
evitar o corte de arbustos, principalmente quando a sessão for aplicada na BI-5.
4. Orientar o Monitor.

2. Durante a instrução

3. Após a instrução

III - ORIENTAÇÃO AO MONITOR


1. Antes da instrução

1. Ler todo o Plano de Sessão.


2. Providenciar o material previsto
3. Ensaiar os procedimentos com o facão-de-mato.
4. Providenciar as varetas para a montagem das redes (verificar com o instrutor o efetivo das
equipes).
5. Preparar o tapiri de instrução (normalmente no tapiri do Zoo).
6. Montar uma rede selva padrão, com o máximo de complementos (inclusive um “buraco de
gato”), em local próximo a área destinada à prática (normalmente na selva atrás do pavilhão da Div
Ens). Atentar para o fato de que esta rede não é a mesma mostrada na teoria.

2. Durante a instrução

3. Após a instrução

NORMAS DE SEGURANÇA
1. INSTRUÇÃO APLICADA NA BI -5

- Previamente o Instrutor deverá alertar a Sec Sau para focar ECD prestar atendimento. O
alerta cresce de importância quando a sessão se desenvolver fora do horário de expediente.
- Em caso de acidente, acionar a Sec Sau.

2. INSTRUÇÃO APLICADA NA SELVA

- Em caso de acidente acionar a equipe de Saúde da base.

MAI e
Tempo DISTRIBUIÇÃO DO ASSUNTO
Obs

1. INTRODUÇÃO

As características fisiográficas da Região Amazônica a saber:


- elevada temperatura
- elevado índice pluviométrico (chuvas abundantes)
- elevado índice de umidade (chaga a quase 100 %)
- complexa rede hidrográfica
- florestas densas e exuberantes
- relevo irregular (“socavões”)
- etc.

Provocam nos homens, principalmente naqueles não acostumados ao


ambiente da selva, efeitos negativos à sua saúde, diminuindo o grau de
combatividade da tropa que os enquadra.
Para dirimir esses efeitos, é imprescindível que todo combatente tenha
um perfeito conhecimento da forma mais adequada de utilização de seus
fardamento e equipamento. Ambos são fabricados obedecendo a algumas
especificações técnicas, objetivando fornecer a melhor proteção e conforto
possíveis para a tropa de selva.
O CIGS adquiriu ao longo dos anos uma vasta experiência neste campo.
Através de anteprojetos aprovados pelo EME, tem contribuído para a criação
de modelos para grande parte dos itens do equipamento e uniforme utilizados
na Amazônia.

2. DESENVOLVIMENTO

a. O Estacionamento Individual na Selva

O estacionamento de que trata esta sessão refere-se aos


procedimentos individuais, em situação de relativo conforto em combate, onde
as medidas administrativas predominem sobre as táticas (em uma Z Reu, por
exemplo).
Nas demais situações os homens seguirão NGA especificadas,
podendo adotar os procedimentos que não comprometam o sigilo e    a
segurança; ou adaptá-los, conforme o caso.
Além dos ensinamentos, ordens e NGA, é importante que cada
combatente desenvolva seus próprios “macetes”, visando facilitar a sua vida
na selva.

b. Cuidados com a Saúde

Durante o período que o homem estiver estacionado no interior da


selva, determinados cuidados com o corpo devem ser tomados, de forma a
evitar a contração de doenças e conseqüente diminuição da eficiência em
combate.
Algumas regras gerais devem ser obedecidas, tais como:

- Manter cabelo e barba cotados, evitando o grande números    de


insetos que depositam impurezas.
- Tomar banho sempre que possível, enxugando o corpo com toalha
seca, principalmente nas dobras.
- Manter as unhas aparadas.
- Antes de deitar, secar bem os pés, colocando pó anti-séptico e
massageando a planta. Pomadas do tipo “Hypoglós” ou “Canesten” têm se
mostrado eficientes na prevenção de micoses e outras enfermidades dos pés.
Se possível, trocar as meias ao final de cada fornada.
- Tratar os pequenos arranhões com cuidado, usando anti-séptico e
cicatrizantes (“Merthiolate”, Cicatrene, etc). isto devido à elevada umidade
que propicia o desenvolvimento de comunidades de microorganismo com
impressionante rapidez, favorecendo o agravamento do menor ferimento.

c. Cuidados com o material

1) Durante o pernoite:

- Colocar o uniforme em um cabide improvisado protegido da


chuva por um saco plástico (caso de lixo de 40 l, por exemplo).
- Fechar a boca do coturno com a própria meia e o elástico da
calça, evitando a entrada de insetos.
- Antes de vestir o uniforme ou calçar o coturno, verificar se há
insetos, sacudindo as peças.
- Os demais itens do equipamento devem ser pendurados em
cabides improvisados ou colocados no compartimento inferior da rede de
selva.
- O armamento deve ser colocado sobre duas forquilhas ou no
compartimento da rede de selva.
Obs: Convém mais uma vez lembrar que os procedimento
descritos são válidos para as situações em que as medidas de conforto estejam
prevalecendo. Caso se faça necessário, o homem dormirá uniformizado, com
os coturnos calçados e com o armamento junto ao corpo.

2) Facão-de-mato
- Utilizá-lo sempre à frente do corpo, como medida de segurança;
- Durante o transporte deixá-lo guardado na bainha;
- Caso não se disponha de bainha, o transporte deverá ser feito da
seguinte forma:
. Lâmina colada à musculatura interna do antebraço;
. Corte na direção oposta à do corpo;
. Ponta para cima;
. Quando um facão-de-mato sem bainha não estiver sendo
utilizado em situação estática, deve ser fincado à uma árvore em local visível.

d. Prioridade dos Trabalhos no Estacionamento

Com algumas variações ocasionais, normalmente o homem deverá


seguir a seguinte seqüência para estacionar na selva:

- Escolha o local;
- Limpeza da área;
- Construção de um abrigo para o fogo e o seus acendimento (SFC);
- Construção de abrigo ou montagem da rede;
- Construção de ponto de coleta d’água, ponte de banho e ponto de
lavagem de material (SFC);
- Construção de latrinas e melhorias (SFC).

e. Escolha do Local

Procedimentos

- Local alto, de solo seco e consistente e próximo à margem de um


cursos d’água;
- Evitar árvores apodrecidas ou com raízes exportas.

f. Limpeza da área;

1) Procedimentos:

- Remexer com uma vara o chão onde irá construir o abrigo ou


montar a rede, retirando folhas e galho de árvores;
- Para melhorar a apresentação, utilizar uma vassoura de palha (ou
cipó) improvisada.

2) A limpeza do local de estacionamento, objetiva:

- Permitir uma melhor identificação de animais peçonhentos nas


proximidades;
- Facilitar a identificar de materiais, principalmente os menores
que se perdem com facilidade na folhagem.

g. Construção de abrigo para o fogo e seu acendimento

- Será explorada em instrução específica.


h. Construção do abrigo ou montagem da rede

1) Construção do abrigo

- Será explorada em instrução específica.

2) Montagem da rede

- Ver o item a seguir

i. Redes - Vantagem ou montagem da rede

1) Rede da Malha (simples, tipo “colombiana”)

a) Vantagens:

- Fácil transporte (devido ao pequeno volume)


- Pequeno peso
- Fácil montagem

b) Desvantagens

- Não possui teto


- Não possui mosquiteiro
- Pouco conforto. Desaconselhável para grandes jornadas,
principalmente as de malha muito aberta.

2) Rede de algodão (tipo “arataca”)

a) Vantagens

- Conforto
- Fácil montagem

b) Desvantagens

- Grande volume e peso (principalmente quando molhada)


- Não possui teto
- Não possui mosquiteiro

3) Rede de Tucum

a) Vantagens

- Confeccionada com material nativo, o tucum


- Pouco peso
- Fácil transporte
- Fácil montagem

b) Desvantagens
- A confecção exige técnica
- Não tem teto
- Não tem mosquiteiro
- Exige cuidados de conservação
- Pouco conforto

Obs: O tucum é uma palmeira semelhante ao tucumã. A rede é


confeccionada da fibra da sua palha, preferencialmente a mais nova.

4) Rede de Selva

a) Vantagens

- Possui teto
- Possui mosquiteiro
- Relativo conforto
- Pouco peso

b) Desvantagens

- Relativo volume (transporte)


- Exige certa prática para uma montagem dentro dos padrões.

j. Montagem e Desmontagem da Rede de Selva

1) Composição

- Teto
- Mosquiteiro
- Maca
- Punho
- Acessórios

2) Local para a montagem

- Escolher duas árvores firmes para as amarrações, distanciadas de


três a quatro passos.
- A área que ficará abaixo da rede deverá estar limpa e sem ponta
de árvore ou raízes.
- Evitar árvores com ninhos de formigas ou cabas.

3) Armação Maca

- Amarrar os punhos às arvores, com fio resistente de cerca de 5


mm, deixando a maca na horizontal à altura aproximada da cintura.
- Esticar os cordões das extremidades da maca (visa direcionar a
água da chuva para baixo)
4) Armação do teto

- Amarrar o teto de um a três palmos acima da amarração dos


punhos da maca;
- Colocar uma vareta de mais ou menos sete palmos em cada
extremidade para armar o teto e incliná-lo convenientemente.
- Ligar uma extremidade à outra de cada vareta, com um cordão
ou tira de borracha, por trás das árvores de apoio.
- Regular a altura e tensão desses cordões ou tira de borracha.

5) Desmontagem

- Antes de iniciar a montagem da rede de Selva, atentar para o lado


que se deseja a abertura.
- É importantes a colocação do poncho (ou de um plástico) sobre o
teto nas redes que apresentam costuras, para impedir a infiltração da água da
chuva.
- Atentar para o fato de que o traçado retilíneo e perpendicular aos
troncos das árvore favorece a identificação através de equipamentos de visão
noturna. Quando a situação tática exigir, a rede deve ser utilizada a baixa
altura, praticamente em contato com o solo, e o teto não deve ser esticado para
não definir a silhueta. Nesses casos, a menos que os mosquitos e insetos
impeçam o sono, normalmente será mais prático bivacar, utilizando a rede
como colchão.

1. Complementos do Estacionamento

Visando melhorar as condições de apresentação e o conforto do


homem quando estacionado, certos complementos improvisados podem ser
confeccionados nas proximidades, não se limitam aos expostos nesta sessão. A
criatividade e a necessidade de cada um determinarão os complementos mais
adequados para a situação.

1) “Buraco de gato”

Buraco cavado com um terçado ou faca, de aproximadamente um


palmo de profundidade, utilizado para satisfazer as necessidades fiosiológicas
quando não se dispuser de uma latrina. A terra removida deve ser utilizada
para fechar o buraco após a conclusão.
Se a situação exigir, após o fechamento o buraco deve ser
camuflado com folhas ou um tronco de árvore. As fezes podem constituir um
excelente indício para rastreadores.

2) Estrado

Para evitar que o homem ao sair da rede coloque os pés


diretamente no chão, convém que seja construído um pequeno estrado de
madeira, servindo de piso.

3) Teto Auxiliar
De poncho ou de palha. Visa a proteção do material exposto às
intempéries.

4) Cabide, banco etc

- Serão explorados em instrução específica.

m. Prática de Montagem e Desmontagem da Rede de Selva

- Estaiar a rede é uma opção, mas dificulta o livre movimento em sua


volta, principalmente à noite.
- A colocação das varetas, além de dar firmeza, possibilita a
regulagem da tensão do cordão ou tira de borracha.
- Avaliação

3. CONCLUSÃO

INSTRUTOR: RECORDAR OBJETIVOS DA SESSÃO

- Mesmo com todas as adversidades, o homem, desde que conhecedor


dos procedimentos adequados, poderá utilizar-se da selva sem maiores
problemas, tornando-a sua aliada, e não uma inimiga.

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