Você está na página 1de 24

MARCHAS E

ESTACIONAMENTOS

ASP
KAYAN
DISCIPLINA
COMBATE E SERVIÇO EM CAMPANHA
UNIDADE DIDÁTICA
6
MARCHAS E ESTACIONAMENTOS
ASS B: MARCHA A PÉ

OBJETIVOS
• - Identificar as situações em que a tropa marcha a pé (FACTUAL);
• - Identificar os tipos de marchas a pé (FACTUAL);
• - Descrever os procedimentos e as técnicas de execução das
marchas a pé (FACTUAL);
• - Executar o aprestamento individual com empenho e eficiência
(PROCEDIMENTAL);
• - Explicar as missões do destacamento precursor;
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
• Generalidades

2. DESENVOLVIMENTO
• Termos e definições
• Tipos de marchas a pé
• Fatores que influenciam nas marchas
• Medidas de segurança nas marchas
• Destacamento Precursor
GENERALIDADES
A marcha a pé é o deslocamento que a tropa realiza para alcançar um objetivo. Nas
instruções, busca-se preparar a tropa para percorrer distâncias sem perder seu poder de
combate.
Ela é realizada nas seguintes situações:
• Quando a situação tática ou o terreno assim exigir;
• Nas ocasiões em que não há transporte disponível;
• Marcha de instrução ou treinamento físico;
• Quando o deslocamento é curto.
TERMOS E
DEFINIÇÕES
Balizador – Indivíduo, colocado em um ponto crítico, para indicar uma direção,
um procedimento ou um obstáculo.

Destacamento Precursor – Elemento organizado com a finalidade de não só


reconhecer, fazer pequenos reparos e balizar itinerários de marcha; mas também
preparar, repartir e guiar a tropa na área de estacionamento, compreendendo,
normalmente, um grupo de itinerário e um grupo de estacionadores.

Guarda de trânsito – Elemento colocado em pontos perigosos do itinerário, tais


como cruzamentos, passagens de nível etc., para evitar acidentes de trânsito ou
facilitar o movimento.

Guia – Elemento encarregado de orientar unidades ou veículos por determinado


itinerário, empregando normalmente na estrada, no interior ou na saída de
localidade(s) ou área(s) de estacionamento.
TERMOS E
DEFINIÇÕES
Coluna de marcha – Conjunto de todos os elementos de tropa que se deslocam
pelo mesmo itinerário, dentro do mesmo movimento, sob um comando único.

Coluna dupla – É o fato resultante de uma coluna alcançar outra, parar ao seu
lado ou deslocar-se lado a lado num mesmo sentido numa mesma estrada.

Escoamento – Tempo necessário para a passagem de unidades, grupamento,


subgrupamento ou coluna de marcha por determinado ponto do itinerário.

Ponto de liberação – Local facilmente identificável, onde a coluna de marcha é


desfeita e seus elementos componentes revertem aos
comandos respectivos.
TIPOS DE
MARCHAS
• MARCHA EM ESTRADA
As estradas pavimentadas não apresentam dificuldades às marchas. No caso, porém, se apresentar um trânsito
denso, obrigam a tropa a marchar pelas bermas laterais não pavimentadas.
• MARCHA ATRAVÉS DO CAMPO
A marcha através do campo é normalmente empregada nos deslocamentos na zona de combate. Exige, na sua
preparação, cuidados especiais em virtude das dificuldades de controle que apresenta e dos obstáculos
imprevistos. Ela é lenta e o seu dispositivo é função das circunstâncias, requer espaço maior entre os homens e
entre as frações, o que provoca a diluição da tropa no terreno e torna dificílimo o controle.
• MARCHA À NOITE
As marchas noturnas, furtando a tropa à observação do inimigo, proporcionam segurança razoável contra os
ataques aéreos. Devem ser precedidas de minucioso reconhecimento do itinerário e do ponto de destino. Deve
ser organizado um esboço do itinerário, em que sejam amarrados em relação ao PI, os pontos notáveis do
terreno, entroncamento, cruzamentos de estradas.
TERMOS E
DEFINIÇÕES
Velocidade de marcha – Relação entre o espaço e o tempo gasto em percorrê-lo, incluindo- se os pequenos
altos periódicos.

Regulador de marcha – Elemento que se desloca à frente da unidade de marcha, para manter uma cadência
uniforme e a velocidade prescrita.
FATORES QUE INFLUENCIAM
NA EXECUÇÃO

Os principais fatores que influenciam na execução das


marchas são os seguintes:

• Terreno
• Fisiológicos
• Meteorológicos
QUANTO AO
TERRENO
O terreno plano ou levemente acidentado é o mais favorável à realização das marchas por não apresentar
obstáculos que interfiram no rendimento. Os movimentos em terrenos alagadiços e pantanosos apresentam uma
grande variação na cadência.
QUANTO AO
FISIOLÓGICO
O estado sanitário da tropa tem influência decisiva no rendimento da marcha, dado
o objetivo final da mesma.

• ALIMENTAÇÃO
O planejamento da nutrição adequada pode melhorar o desempenho do militar
e reduzir o efeito do esforço necessário para uma determinada carga de trabalho.
Cabe ressaltar levar os suprimentos extras disponíveis nas Rações Operacionais, os
“Bizus”.

• DISCIPLINA DE ÁGUA
O ideal é que a reposição seja fracionada durante o exercício. O consumo de água
cuja pureza é duvidosa deve ser proibido (quando não for tratada, pode-se dissolver
pastilhas purificadoras nela). Mesmo que o militar não esteja com sede, a água deve
ser consumida antes, durante e após a marcha.
QUANTO AO
METEREOLÓGIGO
Qualquer condição de tempo excessiva dificulta a execução da marcha, mas o militar deve se sobrepor a esse fator. O
frio intenso reduz o rendimento, pois a necessidade da utilização de agasalhos mais pesados sobrecarrega o homem. O calor
e a umidade excessivos reduzem o rendimento pelo cansaço e desgaste prematuro que provocam. A chuva torna o
equipamento mais pesado e restringe o movimento.
MEDIDAS DE SEGURANÇA
DURANTE AS MARCHAS
Durante a marcha, a tropa deve manter a segurança através da observação,
orientação, dispersão e camuflagem. Os comandantes devem atribuir setores de
observação às suas tropas para que haja o
monitoramento em 360 graus. A coluna de marcha deve ter segurança à frente, nos
flacos e à retaguarda.

Medidas Passivas – Emprego de rotas seguras e marchas no período


noturno, além do aumento dos intervalos entre os elementos da coluna em caso de
ataque aéreo.

Medidas Ativas – Emprego do armamento orgânico da fração.


EXECUÇÃO DE MARCHA
1) Formação

A formação normal de marcha das unidades é a de coluna por dois


(uma coluna de cada lado da estrada
2) Organização
As unidades devem marchar conservando a sua organização tática.
A coluna de marcha é organizada pela passagem sucessiva de seus
elementos orgânicos por um ponto pré-determinado, facilmente
identificável, no início do itinerário. Este ponto é chamado de
PONTO INICIAL, deve ficar num local amplo e desembaraçado.
A coluna é desfeita num ponto semelhante ao ponto inicial, chamado
de PONTO DE LIBERAÇÃO.
VELOCIDADE DA MARCHA

As flutuações a que está sujeita uma coluna em marcha podem ser limitadas pela manutenção de uma
velocidade constante, pela conservação das distâncias entre as frações, pela utilização de boas estradas e pelas
observância da disciplina de marcha. Quando for necessário aumentar ou diminuir a velocidade, deve-se fazê-lo
de modo gradativo.
ALTO GUARDADO
Os altos são realizados, periodicamente e em intervalos regulares, para proporcionar
descanso à tropa, tempo para reajustar o equipamento e fazer necessidades fisiológicas.

Ex:
Primeiro alto – 45 min após o início da marcha e tem duração de 15 min
Demais altos – Após cada 50 min de marcha e tem duração de 10 min
DISTÂNCIA ENTRE AS FRAÇÕES
Diurna
100-------- metros entre Batalhão
50-------- metros entre Subunidades
20-------- metros entre Pelotões
 
Noturna
50------- metros entre Unidades
20------- metros entre Subunidades
10------- metros entre Pelotões

a) O REGULADOR DE MARCHA

O regulador de marcha desloca-se cinco a dez passos à frente da unidade de marcha, a fim de
dar-lhe ritmo uniforme e de manter a velocidade prescrita.
b) DISTÂNCIA ENTRE OS HOMENS

Distância entre os homens é de 1 metro, nas marchas diurnas e de um passo nas marchas
noturnas. O comando pode considerar a visibilidade, o piso da estrada e determinar aumentar a
distância que não deve ultrapassar de 4,5 metros.
DESTACAMENTO
PRECURSOR
MISSÕES

• Balizar os pontos críticos do itinerário


• Executar os trabalhos de engenharia
• Facilitar o trânsito
• Preparar o novo estacionamento, repartir sua área pelos elementos
subordinados e guiar a tropa na sua chegada ao local .
DESTACAMENTO
PRECURSOR
Composição de um Destacamento Precursor

Missão: é encarregado de reconhecimento e facilitar o deslocamento da tropa ao longo da estrada de marcha.

Composição do Grupo Itinerário:

• Turma de reconhecimento
• Turma de trânsito
• Turma de sapadores
GRUPO
ITINERÁRIO
Turma de Reconhecimento

Constituída de elementos capacitados para opinar sobre o itinerário e o trânsito, sobre os trabalhos de engenharia e de sapa,
sobre a segurança, as comunicações, etc. Deve ser enviada antes da marcha, e sua missão é:

• Localizar a zona de estacionamento;


• Indicar o itinerário e suas particularidades (velocidade da marcha, natureza do terreno);
• Indicar medidas de segurança;
• Localizar os obstáculos e os trabalhos de sapa necessários;
• Avaliar o número de balizadores e guardas de trânsito;
GRUPO
ITINERÁRIO
Turma de Trânsito
Sua missão principal é guiar a coluna, impedindo o seu choque com outra coluna. A orientação é obtida colocando-se guias à
testa da coluna nos locais onde possam ocorrer desvios de itinerários utilizando-se sinais de trânsito apropriados. Se o
deslocamento for noturno, os guias devem reconhecer o itinerário durante o dia.

Turma de Sapadores
Normalmente, os trabalhos de sapa são realizados pelas unidades de engenharia. Caso o contrário, este importante trabalho
deve ser executado por sapadores destacados da própria coluna de marcha.
GRUPO DE
ESTACIONAMENTO
Missão: escolher, dividir e repartir as áreas de estacionamento ou reunião, e preparar as instalações para descarga e
estacionamento de viaturas, antes da chegada da coluna. São colocados em pontos perigosos do itinerário para controlar
o trânsito, evitar acidente ou facilitar o movimento

Deveres do Cmt de grupo

 Inspecionar seus homens, particularmente os pés


 Relatar ao Cmt de Pel a situação de seus comandados
 Informar aos seus homens detalhes sobre a ordem de marcha
 Verificar o estado do calçado e meias dos combatentes
 Fiscalizar o preparo da mochila
 Verificar a manutenção das distâncias
 Determinar o rodízio
 Inspecionar o equipamento
GUIAS

São os elementos empregados na orientação e condução da coluna por itinerário ou zonas cujo reconhecimento
não foi possível executar. Devem levar cartas e mapas.

Balizadores

São colocados em pontos perigosos do itinerário para controlar o trânsito, evitar acidente ou facilitar o
movimento.
Guardas de Trânsito
São elementos colocados ao longo do itinerário de marcha, com o propósito de balizar o mesmo, evitando que a
coluna se desvie.
CONCLUSÃO
AS LIÇÕES APRENDIDAS NA DOR JAMAIS
SERÃO ESQUECIDAS, POIS SÓ A DOR GERA A
COMPREENSÃO – PAULO LIMA

ASP KAYAN

Você também pode gostar