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2009
Em física, uma alavanca é considerada uma “barra rígida” (por vezes virtual, daí as aspas)
com um ponto fixo, em redor do qual esta pode efectuar uma rotação, quando se lhe é aplicada
uma força externa. O ponto fixo é denominado fulcro e é sobre este que a alavanca efectua a
rotação. Chamamos‐lhe ponto fixo, pois é o único ponto que não se movimenta durante uma
rotação. Esta noção é fundamental para determinar qual o fulcro da alavanca, pois estabelece o
critério para fazê‐lo, e em alguns casos, como se passa em muitos livros de fisiologia articular e
anatomia (no que se refere à articulação coxo‐femural) não é tido em consideração.
O fulcro (que pode também ser denominado de eixo) é uma linha imaginária que se localiza
perpendicular ao plano em que o movimento ocorre. O fulcro/eixo do plano sagital é o médio‐
lateral ou transversal. No plano frontal é o antero‐posterior ou sagital. No plano transverso é o
longitudinal. O plano do movimento representa a direcção do movimento, enquanto o sentido do
movimento é dado pela designação que foi estabelecida para cada movimento. Por exemplo, no
plano sagital podemos encontrar, entre outros, dois movimentos em sentidos opostos: a flexão e a
extensão. Se utilizarmos a anologia do relógio, para a análise do cotovelo, e considerarmos que o
plano do movimento é o plano do relógio, a entensão é um movimento no sentido dos ponteiros do
relógio e a flexão, um movimento no sentido contrário (excepção feita às articulações do joelho e
dos dedos dos pés).
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Uma força e qualquer tipo de carga aplicada ao corpo humano provoca um MOVIMENTO
ROTACIONAL, e portanto, dado que num sistema de alavancas deveremos utilizar a palavra
“momento de força” ou “torque” em vez de carga, peso, quilogramas,… no aparelho
musculoesquelético também.
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O Braço de Alavanca traduz‐se pela distância definida pela perpendicular à linha de acção
da força, que passa pelo eixo de rotação da alavanca e vai até à linha de acção da força. De uma
forma mais simples é a distância mais curta entre o eixo de rotação e a linha de acção da força.
Neste caso, quando falamos de força, estamos a referir‐nos à força linear. No exemplo da figura 2,
Estamos no ponto em que somos capazes de entender que quando treinamos com cargas,
um dos factores mais importantes é determinar a resistência total a actuar sobre o nosso sistema
de alavancas. Sabendo esta, somos capazes de determinar qual a potência (no caso do corpo
humano a força muscular) necessária para contrariar o potencial de movimento causado pela
resistência. A Resistência é uma força que se opõe à acção muscular, em redor do eixo e dentro de
um plano do movimento. Significa isto que para uma carga (uma força) ser resistência, esta tem de
ter uma determinada distância ao eixo, isto é, tem de haver uma distância entre o eixo de rotação e
a linha de acção da força. Na prática significa que a resistência ao movimento, não é simplesmente
a carga (a força), mas o momento da força. Por outro lado, temos de considerar que nem toda a
força se opõe ao movimento em redor do eixo. Parte desta (dependendo do ângulo de força), pode
causar translacção da alavanca (o que na prática significa forças de compressão, deslize ou tensão
sobre a articulação) e parte desta pode estar a causar rotação sobre outro eixo.
Determinar a participação muscular nos exercícios somente com base numa análise
cinesiológica, pode ser impreciso. Para uma análise correcta, temos de ter em consideração
factores de ordem mecânica, pois o que determina a participação muscular nos exercícios são as
forças e não os movimentos.
R
Sentido da
Resistência
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