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FILOSOFIA

Principais falácias formais

Falácia: erro de raciocínio, que por vezes passa despercebido (falsa verdade). Estas podem ser:

o Formais: quando um mau argumento pretende ser um raciocínio dedutivo válido, não o sendo. A
invalidade é percetível apenas pela estrutura do argumento
o Informais: quando incluem outro tipo de erros argumentativos relacionados com o conteúdo das
proposições

a) Falácia da afirmação da consequente


 Utilização incorreta do modus ponens
 A afirmação da consequente e não da antecedente.
 O argumento é inválido uma vez que: Todo o P é Q, mas nem todo o Q é P.

b) Falácia da negação da antecedente


 Utilização incorreta do modus tollens
 A negação da antecedente e não da consequente
 O argumento é inválido uma vez que: A negação da antecedente não implica a negação da consequente

Argumentos não dedutivos Um argumento indutivo é forte quando é


 Podem ser fortes ou fracos improvável que as premissas sejam verdadeiras e a
 A sua força não depende da estrutura do argumento, apenas conclusão falsa, dependendo também:
depende do seu conteúdo  A amostra é representativa e diversificada
 A verdade das premissas torna apenas provável que a  Não são omitidos contraexemplos
conclusão seja verdadeira conhecidos

a) Argumento indutivo por generalização


 Partem de um nº finito de casos observados para uma conclusão geral, levando a uma indução por generalização
 Os A observados são X. Logo, todos os A são X.

b) Argumento indutivo por previsão


 Partem de um nº finito de casos observados para uma conclusão ulterior, levando a uma indução por previsão
 Os A observados são X. Logo, o próximo A será X.

c) Argumento por analogia


 Trata-se de um argumento baseado numa comparação, entre algo supostamente semelhante.
 A é como B em x e y. B inclui z. Logo, A também incluirá z.

d) Argumento de autoridade
 Trata-se de um argumento sobre um determinado assunto, que se caracteriza por uma afirmação de um indivíduo
especializado no mesmo
 X (individuo especializado) diz A. Logo, A é verdade.

Falácias informais

a) Falácia da generalização precipitada


 Acontece quando os indícios de que partimos são insuficientes, ou quando ignoramos contraexemplos que
comprometem a conclusão

b) Falácia da amostra não representativa


 Acontece quando os indicíos a que recorremos não são representativos nem diversificados
 Estas falácias podem estar presentes em argumentos indutivos por generalização/previsão
c) Falácia da falsa analogia
 Quando algum dos critérios da construção de um argumento por analogia não é respeitado, isto é, quando se
representam coisas/individuos semelhantes e se afirma que todas as características de um serão semelhantes às
dos demais.

d) Falácia do apelo à autoridade


 Uma das razões para a ocorrência destas falácias são o facto de se pressupor que um especialista numa dada área,
irá também o ser nas restantes áreas.
 Por outra lado esta falácia tembém é bastante comum a nível publicitário, visto que se utiliza a imagem de famosos
a determinados produtos.

e) Falácia da petição de princípio


 Pressupõe nas premissas o que quer ver provado na conclusão, isto é, toma por garantia aquilo que se põe em
causa.
 A. Logo, A

f) Falácia do falso dilema


 Ocorre quando se apresenta apenas 2 opções, ignorando as restantes possibilidades e não dando nenhuma outra
alternativa
 A ou B. Não A. Logo B.

g) Falácia da falsa relação causal


 Resulta da convicção de que se dois eventos ocorreram um a seguir ao outro, então estão necessariamente
interligados e que o evento consequente resulta do antecedente.
 B depois de A. Logo A é a causa de B.

h) Falácia ad hominem
 Consiste em atacar a pessoa que usa um argumento, em vez de se refutar o próprio argumento através de:
o Insulto direto ao carácter da pessoa
o Etnia
o Crenças religiosas
o Género,…
 X afirma A. X tem uma determinada caracteristica. Logo, A é falso.

i) Falácia ad populum
 Ocorre quando se pretende justificar uma ideia alegando que esta reúne a aprovação de um nº alargado de pessoas
 A maioria afirma A. Logo, A é verdadeiro.

j) Falácia do apelo à ignorância


 Consiste em inferir que uma afirmação é verdadeira/falsa, uma vz que não foi possível provar o contrário.
 Não foi provado que A é verdadeiro. Logo, A é falso.

k) Falácia do boneco de palha


 Consiste em caricaturar ou deturpar o sentido de uma tese, reconstruindo-as numa perspetiva mais fraca e
dificilmente sustentável.
 X afirma que A é verdadeiro. Y transforma A em B e refuta B.

l) Falácia da derrapagem
 Sucede quando se assume que, se dermos um pequeno passo numa dada direção não conseguiremos evitar ser
conduzidos a um passo muito mais substancial na mesma direção.
 Se A, então X. Se X, então Y. Se Y, então Z. Logo, se A, então Z.

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