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Petição de Princípio
EXEMPLO:
A água é um excelente hidratante, logo hidrata
muito bem.
Argumentação e Retórica
Principais falácias informais
Falso dilema
• Incorre-se quando numa das premissas se
consideram apenas duas possibilidades ou
alternativas, quando na realidade existem outras
possibilidades que não estão a ser devidamente
consideradas (consiste em reduzir as opções
possíveis a apenas duas).
• Ou A ou B (ignorando-se outras
alternativas). Não é A. Logo, B.
(1) Ou és vegetariano ou és carnívoro.
(2) Não és vegetariano.
(3) Logo, és carnívoro.
• Neste caso estamos perante um falso dilema,
uma vez que as duas hipóteses em consideração
(vegetariano e carnívoro) não esgotam todos os
tipos de regime alimentar disponíveis.
Principais falácias informais
Falso Dilema
EXEMPLO:
Ou adoras o meu clube, ou não percebes nada de futebol.
Não adoras o meu clube.
Logo, não percebes nada de futebol.
Argumentação e Retórica
Principais falácias informais
Apelo à ignorância
• Consiste em tentar provar que uma proposição é
verdadeira porque ainda não se provou que é falsa, ou
que é falsa porque ainda não se provou que é
verdadeira.
• Ninguém provou que A é falso. Logo, A é
verdadeiro.
• Ninguém provou que A é verdadeiro. Logo, A
é falso.
(1) Até hoje ninguém conseguiu provar que temos
liberdade.
(2) Logo, a liberdade é uma ilusão.
• Este tipo de argumento é falacioso, pois pelo facto de
não se conseguir determinar o valor de verdade de uma
dada proposição em consideração daí não se segue que
tal proposição seja falsa.
Principais falácias informais
Apelo à Ignorância
Argumento em que:
• Uma proposição é considerada falsa por não ter sido
provado que é verdadeira.
Ou
• Uma proposição é considerada verdadeira por não ter sido
provado que é falsa.
EXEMPLO:
Os fantasmas não existem pois nunca se provou a sua existência.
Argumentação e Retórica
Principais falácias informais
Ataque à pessoa (Ad hominem)
• Consiste em atacar pessoalmente o opositor e não as
suas afirmações, procura-se descredibilizar uma
determinada proposição ou argumento atacando a
credibilidade do seu autor.
• X afirma A. X tem alguma característica
reprovável. Logo, A é falso.
(1) Defendes que deus não existe porque apenas
estás a seguir a moda.
(2) Logo, deus existe.
• Nesta falácia procura-se mostrar a verdade de uma
determinada proposição ao atacar-se quem defende o
seu oposto, criticando-se a pessoa em vez daquilo que
ela defende.
Principais falácias informais
EXEMPLO:
O relatório de contas da empresa elaborado pela equipa do
Pedro não é de confiança. Soube que ele se esqueceu de pagar a
conta da água em casa dele.
Argumentação e Retórica
Principais falácias informais
Argumentação e Retórica
Principais falácias informais
Derrapagem (bola de neve)
• Consiste em tentar mostrar que uma determinada proposição é
inaceitável porque a sua aceitação conduziria a uma cadeia de
implicações com um desfecho inaceitável, quando, na realidade,
ou um dos elos dessa cadeia de implicações é falso ou a cadeia
no seu todo é altamente improvável.
(1) Se permitirmos o casamento entre pessoas do esmo
sexo, não tarda estaremos a permitir a poligamia, o
incesto e até a pedofilia.
(2) Mas isso é claramente intolerável, dado que conduzirá
ao fim da civilização.
(3) Logo, não devemos permitir o casamento entre
pessoas do mesmo sexo.
• Nesta falácia, as premissas sustentam relações causais muito
duvidosas (do casamento homossexual não se segue
causalmente coisas como a pedofilia nem sequer o fim da
civilização).
Principais falácias informais
EXEMPLO:
Se permitirmos que as votações sejam feitas informaticamente,
não tarda deixarão de existir mesas de voto e só poderá votar
quem tiver computador em casa. Por isso não devemos
permitir que a votação seja feita informaticamente.
Argumentação e Retórica
Principais falácias informais
Espantalho (boneco de palha)
• Pretende-se mostrar que se refutou um determinado
argumento, ou teoria, através da refutação de uma versão
distorcida do (a) mesmo (a). Consiste em caricaturar uma
opinião oposta para que assim seja mais fácil refutá-la.
• X defende a posição A. Y apresenta a posição B (que é uma
perspetiva distorcida da posição A). Y ataca a posição B. Logo,
A é falso/incorreto.
(1) Os defensores dos direitos dos animais sustentam que é tão
errado matar um animal como matar um ser humano.
(2) Mas isso é obviamente falso.
(3) Logo, os defensores dos direitos dos animais estão errados (ou
seja, os animais não têm direitos).
• Neste caso, distorce-se ou faz-se um espantalho da posição
sustentada pelos defensores típicos dos direitos dos animais,
para atacar mais facilmente. Ou seja, faz-se e critica-se uma
mera caricatura da posição em consideração para a combater
mais fortemente.
Principais falácias informais
ESTRUTURA:
A pessoa A defende o argumento X.
A pessoa B apresenta o argumento Z, como se fosse o
argumento X, apresentado por A.
A pessoa B ataca o argumento Z.
O argumento sustentado pela pessoa A é considerado falso.
O argumento X é considerado falso.
Argumentação e Retórica
Principais falácias informais
EXEMPLO:
Argumentação e Retórica
Principais falácias informais
Falsa relação causal (Post hoc, ergo propter hoc = depois
disso, logo causado por isso)
• Consiste em assumir precipitadamente uma relação causal com
base na mera sucessão temporal. É um erro indutivo que
consiste em concluir que há uma relação de causa-efeito entre
dois acontecimentos A e B que ocorrem sempre em simultâneo
ou em que B ocorre imediatamente após A.
• Quando o evento A acontece, em seguida o evento B também
ocorre. Portanto, o evento A é causa do evento B.
(1) Sempre que o José entra com o pé direito na sala de aula tira
positiva na ficha de avaliação de filosofia.
(2) Logo, a positiva que o José tira é causada por entrar com o pé
direito.
Principais falácias informais
Ad populum