Argumentos não-dedutivos
Tipos de argumentos não-dedutivos:
★ Argumentos por indução
★ Argumentos por analogia
★ Argumentos de autoridade
Todos estes argumentos são informais, uma vez que a
sua força não depende apenas da sua forma logica.
Indução: generalizações e previsões
Uma generalização indutiva é um argumento com uma
conclusão geral, extraída de casos particulares
Ex: todos os corvos observados ate agora são pretos
Logo, todos os corvos são pretos
Uma previsão indutiva parte de casos particulares, mas
a conclusão inferida é de algo que ocorrerá no futuro.
Ex: Todos os corvos observados ate agora são pretos
Logo, o próximo corvo a ser observado será preto
Nota: amostra é algo que foi observado
em diversos casos particulares
Quanto maior é a amostra referida na premissa, mais
estas confirmam a conclusão, por exemplo
observarmos mil corvos torna a premissa mais forte do
que observar cem.
Quanto mais diversificada é a amostra referida na
premissa, mais esta afirma a conclusão, por exemplo
observar os corvos em várias regiões torna a conclusão
mais forte do que apenas observar em uma.
Argumentos por analogia
Um argumento por analogia é uma interferência
baseada numa comparação.
Exemplos de argumentos:
1. O universo é como uma máquina
Máquinas foram criadas por seres inteligentes
Logo, o universo foi criado por um ser
inteligente
2. O sistema imunitário dos chimpanzés é
semelhante ao dos seres humanos
O novo medicamento resultou nos chimpanzés
Logo, vai resultar nos humanos
Uma analogia não é forte se os objetos comparados não
forem semelhantes.
Quanto maiores forem as semelhanças relevantes
entre os objetos comparados nas premissas mais estas
confirmam a conclusão.
Argumentos de autoridade
Num argumento de autoridade conclui-se que uma
determinada proposição é verdadeira porque uma certa
autoridade (um ou vários indivíduos, ou organizações)
defende que essa proposição é verdadeira.
Os argumentos de autoridade não são dedutivamente
válidos, porem as premissas podem confirmar a
conclusão para que isto aconteça, a autoridade invocada
tem de ser competente no que respeita ao assunto em
causa e não podem existir autoridades igualmente
competentes que o contradigam, e a autoridade tem de
ser imparcial sobre o assunto.
Falácias informais
Generalização precipitada
Numa generalização precipitada, extrai-se uma
conclusão geral a partir de uma amostra demasiado
reduzida
Amostra não representativa
No argumento: As maçãs de cima da caixa parecem
boas. A caixa inteira deve estar boa
Não representa toda a “população” é referido apenas
as maças que estão por cima generalizando as de baixo
que poderiam estar podres.
Falsa analogia
Cai-se numa falsa analogia quando, num argumento por
analogia, se ignoram diferenças relevantes entre os
objetos comparados.
Apelo á autoridade
Quando não há consenso entre os especialistas, ou
quando a autoridade invocada não é especialista no
assunto em causa comete-se uma falácia de apelo á
autoridade.
Petição do princípio
Comete-se esta falácia quando se pressupõem nas
premissas aquilo que se quer provar como argumento.
É também conhecida como falácia da circularidade, isto
deve-se, pois, as petições de princípio conduzem a um
círculo lógico do qual não se consegue sair.
Falso dilema
Comete-se um falso dilema quando se apresentam duas
hipóteses como se fossem as únicas quando na verdade
existem mais opções
Falsa relação causal
As falácias da falsa relação causal consistem em
interferir precipitadamente a existência de uma certa
relação causal a partir dos dados possíveis.
Ad hominem
Consistem em ataques pessoais, para mostra que uma
certa proposição é falsa, ataca-se quem defende que
ela é verdadeira, em vez de se apresentar verdadeiras
razões para aceitar a conclusão, tenta-se desacreditar
a pessoa que rejeita essa conclusão, descrevendo-a em
termos favoráveis.
Ad populum
Comete-se esta falácia quando se alega que uma
proposição é verdadeira apenas por muitas pessoas
acreditam na sua verdade.
Apelo á ignorância
Afirma-se nas premissas que não se sabe que uma
certa proposição é verdadeira concluindo-se assim que
ela é falsa ou o contrario o facto de não se saber o
valor de verdade das premissas não as torna
verdadeiras ou falsas.
Boneco de palha
Consiste em distorcer a posição do oponente de modo a
ataca-la mais facilmente. Assim, em vez de se refutar
a verdadeira perspetiva que o oponente defende,
derruba-se metaforicamente um boneco de palha e noa
um homem.
Derrapagem
Comete-se a falácia da derrapagem ou bola de neve
invocando uma cadeia casual implausível, se defende que
não devemos aceitar algo porque, se o fizermos, esse
será o primeiro passo em direção a algo terrível.