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FILOSOFIA_4º BIMESTRE_1º ANO_PROF.

LINEKER
EEEP FCO ARISTÓTELES DE SOUSA

FALÁCIAS

O que são as Falácias? Falácias são erros de argumentação, ou, num sentido mais estrito, argumentos
que dão, enganosamente, a impressão de serem válidos ou mesmo corretos, mas que não são.
Os argumentos que nos levam a enganos são muito comuns, por isso começaremos por eles. Em
seguida, analisaremos as regras do pensamento correto. Falácias são argumentos não válidos. Se
observarmos a etimologia do termo falácia, perceberemos que existe uma nuança entre “estar
enganado” e “trapacear”. Alguns teóricos chamam o primeiro caso de paralogismo, um raciocínio
enganoso, em que o erro não é intencional. Já o segundo, costuma-se chamar sofisma, por existir a
intenção de enganar.

VEJAMOS ALGUNS TIPOS DE FALÁCIAS:

1. Dicto simpliciter- Dito simplesmente


Argumento baseado numa generalização não qualificada.
Exemplo: O que você comprou hoje no supermercado para comer no almoço você vai comer no
almoço. Você comprou carne crua, logo, vai comer carne crua. O exercício é bom; logo, todos devem
se exercitar.

2. Apelo à autoridade (Argumentum ad verecundiam)


A forma geral é argumentar em favor da aceitação de alguma afirmação apenas porque certa pessoa,
geralmente alguém famoso ou muito conhecido (uma “autoridade”, alguém digno de respeito ou
admiração) disse tal coisa.
Exemplo: Einstein disse que tudo é relativo, portanto tudo é relativo. Pelé afirma que o refrigerante
R é ótimo. Logo, o refrigerante R é ótimo — e você deve bebê-lo.

3. Post-hoc- depois disso


Premissa não tem nenhuma relação com o que deseja concluir.
Ex: Sempre que eu esqueço de levar guarda-chuva chove.
O chá de quebra pedra é bom para cálculos renais.
Contra-argumento: Mostre que a correlação é coincidência, mostrando: 1) que o "efeito" teria
ocorrido mesmo sem a alegada causa ocorrer, ou que 2) o efeito teve uma causa diferente da que foi
indicada.

4. Premissas contraditórias
Se as premissas de argumento se contradizem, então não há argumento.
Ex: Se Deus pode fazer tudo, então ele pode fazer uma pedra tão pesada que ele não consegue
levantar.

5. Ad misericordiam- Apelo à piedade ou misericórdia


Argumento baseado em condições subjetivas que não tem a ver com o assunto.
Exemplo: Você precisa me dar um ponto a mais na média da disciplina, professor, pois se eu não
passar não vou me formar, os convites para a festa já estão feitos.
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6. Falsa analogia
Quando as situações são completamente diferentes não se podem fazer
analogias entre elas.
Ex: cirurgiões consultam exames de imagem para ajudar na operação, advogados levam seus papéis
para consultarem durante o julgamento, engenheiros usam plantas para guia-los na construção de
casas, então os alunos devem poder consultar suas anotações durante as provas.

7. Hipótese contrária ao fato


Partindo de uma hipótese não verdadeira não se pode tirar uma conclusão defensável.
Ex: Se uma maçã não tivesse caído na cabeça de Newton, a lei da gravidade não teria sido
descoberta.

8. Ad hominem- ataque pessoal/envenenar o poço


Negar a validade de um argumento antes que ele seja apresentado, expondo críticas ao seu
proponente. Ataca-se a pessoa que apresentou um argumento e não o argumento que apresentou.
Exemplo: João afirma que meu cliente cometeu o crime. Ora, mas João é um bêbado inveterado,
portanto, seu testemunho não tem valor algum. Você diz que fumar faz mal para a saúde — mas
você fuma!

Contra argumentação: Identifique o ataque e mostre que o caráter ou as circunstâncias da pessoa


nada tem a ver com a verdade ou falsidade da proposição defendida.

9. Generalização apressada
Argumento baseado em alguns poucos exemplos verdadeiros.
Ex: eu não falo russo, meus vizinhos não falam russo, então podemos concluir que ninguém onde
moro fala russo.
Exemplo: Correr faria mal para João, que acaba de passar por uma cirurgia cardíaca. Logo, exercício
faz mal à saúde. Conheci uma pessoa da nacionalidade N, e era uma pessoa arrogante. Semana
passada fiquei conhecendo outra pessoa da mesma nacionalidade, também arrogante. As pessoas
de nacionalidade N são todas arrogantes!

10. Apelo à ignorância (Argumentum ad ignorantiam)


Esse tipo de falácia consiste em afirmar que alguma conclusão deve ser verdadeira simplesmente
porque não está demonstrado que é falsa, ou que é falsa simplesmente porque não se provou que é
verdadeira.
Exemplo: Fantasmas existem, pois ninguém mostrou que não existem.

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