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Acento
Acento é uma forma de falácia através da troca de significados. Nesse caso, o significado e
trocado ao se alterar partes de uma afirmação que são enfatizadas. Por exemplo:
Ad Hoc
Como mencionado antes, há uma diferença entre argumento e explicação. Se nós estamos
argumento. Se nós estamos tentando estabelecer a verdade de B então "A porque B" não é um
Freqüentemente essa explicação ad hoc estará vestida para parecer um argumento. Por exemplo,
se nós assumimos que deus trata as pessoas igualmente, então a seguinte explicação é uma ad
hoc:
Afirmação do Conseqüente
Essa falácia é um argumento da forma "A implica B, B é verdade, portanto A é verdade". Para
entender porque isso é uma falácia, examine a tabela verdade para implicação dada anteriormente.
"Se o universo tivesse sido criado por um ser sobrenatural, nós iríamos ver ordem e organização
em todo lugar. E nós vemos ordem, não aleatoriedade - então está claro que o universo teve um
criador."
Anfibolia
Anfibolia ocorre quando as premissas usadas em um argumento são ambíguas por causa de um
Uma das falácias mais simples é contar com evidência anedota. Por exemplo:
"Há provas abundantes que deus existe e que continua realizando milagres hoje. Semana passada
eu li sobre uma garota que estava morrendo de câncer. Sua família inteira foi para a igreja e rezou
É válido usar experiência pessoal para ilustrar um ponto; mas tais anedotas não provam realmente
nada à ninguém. Seus amigos podem dizer que eles encontraram-se com Elvis no supermercado,
mas os que não tiveram a mesma experiência irão requerer mais do que a evidência anedota do
acreditar. Essa é parte da explicação para as lendas urbanas, estórias que são verificavelmente
Argumentum ad Antiquitatem
Essa é a falácia de afirmar que algo é certo ou bom simplesmente porque é velho, ou porque "essa
"Por milhares de anos cristãos acreditaram em jesus cristo. O cristianismo deve ser verdadeiro,
Um Apelo para Força acontece quando alguém recorre à força (ou à ameaça de força) para tentar
forçar outros a aceitar uma conclusão. Essa falácia é freqüentemente usada por políticos, e pode
ser resumida como "deve tornar certo". A ameaça não precisa vir diretamente da pessoa
queimar no inferno."
"...em todo caso, eu sei seu número de telefone e eu sei onde você mora. Eu mencionei que eu
Argumentum Ad Crumenam
A falácia de acreditar que dinheiro é critério de estar correto ou não; que os que têm mais dinheiro
são mais suscetíveis a estarem certos. O oposto de Argumentum Ad Lazarum. Por exemplo:
"Software da Microsoft é sem dúvida superior; por qual outro motivo Bill Gates teria ficado tão
rico?"
Argumentum Ad Hominem
variedades.
A primeira é a forma abusiva. Se você recusa a aceitar uma afirmação, e justifica sua recusa
criticando a pessoa que fez a afirmação, então você é culpado de argumentum ad hominem
"Você clama que Ateus podem ser morais - porém eu descobri que você abandonou sua esposa e
crianças."
Isso é uma falácia porque a verdade de uma afirmação não depende das virtudes da pessoa
fato que isso também foi afirmado por outra pessoa facilmente criticável. Por exemplo:
"Portanto nós devemos fechar a igreja? Hitler e Stalin teriam concordado com você."
Uma segunda forma de Argumentum ad hominem é tentar persuadir alguém a aceitar uma
afirmação que você faz, referindo-se às circunstâncias particulares dessa pessoa. Por exemplo:
"Portando é perfeitamente aceitável matar animais para comer. Eu espero que você não
argumente de outra maneira, dado que você está feliz em usar sapatos de couro."
Isso é conhecido como Argumentum ad hominem circunstancial. A falácia pode também ser usada
como uma desculpa para rejeitar uma conclusão particular. Por exemplo:
"Claro que você iria argumentar que discriminação positiva é uma coisa má. Você é branco."
Essa forma particular de Argumentum ad Hominem, quando você alega que alguém está
racionalizando a conclusão por razões egoístas, é conhecida também como "envenenando o bem".
Não é sempre válido referir-se às circunstâncias de um indivíduo que está fazendo uma
credibilidade como uma testemunha. Isso não irá, entretanto, provar que seu testemunho é falso
nesse caso. Isso também não irá alterar a sensatez de nenhum argumento lógico que ele possa
fazer.
Argumentum Ad Ignorantiam
argumentado que algo deve ser verdade, simplesmente porque não se foi provado que é falso. Ou,
equivalentemente, quando é argumentado que algo deve ser falso porque não se foi provado ser
verdade.
(Note que isso não é o mesmo que assumir que algo é falso até que seja provado ser verdade. Na
lei, por exemplo, você é geralmente assumido como inocente até provado ser culpado.)
"Claro que telepatia e outros fenômenos psíquicos não existem. Ninguém mostrou nenhuma prova
Em investigação científica, se é sabido que um evento iria produzir certa evidência se tiver
ocorrido, a ausência de tal evidência pode validamente ser usada para inferir que esse evento não
Por exemplo:
"Um dilúvio como o descrito na bíblia iria requerer que um enorme volume de água estivesse
presente na terra. A terra não têm um décimo de tanta água, mesmo se nós contarmos a
É, claro, possível que algum processo desconhecido ocorreu para remover a água. A boa ciência
iria então demandar uma teoria plausível testável para explicar como ela desapareceu.
Claro, a história da ciência é cheia de predições más logicamente válidas. Em 1893, a Royal
Academy of Science foi convencida por Sir Robert Ball que comunicação com o planeta Marte era
fisicamente impossível, porque iria requerer uma bandeira tão grande quanto a Irlanda, que iria ser
Argumentum Ad Lazarum
A falácia de assumir que alguém pobre é mais sensato ou mais virtuoso que alguém que é mais
"Monges são mais prováveis de possuir uma idéia luminosa sobre o sentido da vida, já que eles
Essa é a "falácia falácia" de argumentar que uma proposição é falsa porque foi apresentada como
a conclusão de um argumento falacioso. Lembre sempre que argumentos falaciosos podem chegar
"Pegue a fração 16/64. Agora, cancelando um seis no topo e um seis na base, nós temos que
16/64 = 1/4."
"Oh, então você está nos dizendo que 16/64 não é igual a 1/4, está?"
Argumentum Ad Misericordiam
Esse é o Apelo à Piedade, também conhecido como Súplica Especial. A falácia é cometida quando
alguém apela à piedade pelo bem de ter a conclusão aceita. Por exemplo:
"Eu não matei minha mãe e pai com um machado! Por favor não me ache culpado, eu já estou
Argumentum Ad Nauseam
Essa é a crença incorreta que uma afirmação é mais provável de ser verdade, ou mais provável de
ser aceita como verdade, quão mais for ouvida. Então um Argumentum ad Nauseam é um que
implica constante repetição em afirmar alguma coisa, dizendo a mesma coisa várias vezes até
Argumentum Ad Novitatem
Esse é oposto de Argumentum Ad Antiquitatem; é a falácia de afirmar que algo é melhor ou mais
Argumentum Ad Numerum
Essa falácia está relacionada de perto com a Argumentum Ad Populum. Consiste em afirmar que
quanto mais pessoas suportam ou acreditam em uma proposição, mais provável é que essa
"A vasta maioria das pessoas nesse país acreditam que punição capital têm um perceptível efeito
dissuasivo. Para sugerir que não têm na face de tanta evidência é ridículo."
"Tudo que eu estou dizendo é que milhares de pessoas acreditam no poder da pirâmide, então
Argumentum Ad Populum
Esse é conhecido como Apelando para a Galeria, ou Apelando para as Pessoas. Você comete
essa falácia se você tentar ganhar aceitação de uma afirmação ao apelar à um grande número de
pessoas. Essa forma de falácia é freqüentemente caracterizada por linguagem emotiva. Por
exemplo:
"Por milhares de anos pessoas acreditaram em jesus e na bíblia. Essa crença tem tido um grande
impacto em suas vidas. O que mais evidente você precisa para que jesus seja o filho de deus?
Você está tentando dizer a essas pessoas que elas são tolas enganadas?"
Argumentum Ad Verecundiam
O Apelo à Autoridade usa admiração de uma pessoa famosa para tentar ganhar suporte para uma
Essa linha de argumento não é sempre completamente falsa; por exemplo, pode ser relevante
discutindo esse assunto. Por exemplo, nós podemos distinguir claramente entre:
Hawking é um físico e então nós podemos racionalmente esperar suas opiniões sobre radiação de
buracos negros como sendo informadas. Penrose é um matemático, então é questionável até onde
Muitas vezes, pessoas irão argumentar de suposições que elas não se incomodam em declarar. O
princípio de Audiatur et Altera Pars é que todas as premissas de um argumento devem ser
declaradas explicitamente. Isso não é estritamente uma falácia falhar em declarar todas as suas
Bifurcação
Também referida como a falácia "preto e branco", bifurcação ocorre se alguém apresenta uma
situação como tendo apenas duas alternativas, onde de fato outras alternativas existem ou podem
por pura chance aleatória, como os cientistas nos dizem. O último é incrivelmente improvável,
então..."
Circulus In Demonstrando
Essa falácia ocorre se você afirma uma premissa como a conclusão que você deseja alcançar.
Muitas vezes, a proposição é refraseada então a falácia parece ser um argumento válido. Por
exemplo:
"Homossexuais não devem ter permissão para entitular cargos governamentais. Daí qualquer
oficial governamental que é revelado como um homossexual irá perder seu trabalho. Portanto
homossexuais irão fazer qualquer coisa para esconder seu segredo, e irão estar abertos à
chantagem. Portanto homossexuais não podem ter permissão para entitular cargos
governamentais."
argumento como o acima foi realmente citado como uma razão para o serviço secreto britânico
"Nós sabemos que deus existe porque a bíblia nos diz isso. E nós também sabemos que a bíblia é
conclusão particular uma vez, é fácil para acidentalmente fazer disso uma afirmação quando
A pergunta pressupõe uma resposta definida para outra pergunta que não foi nem mesmo
perguntada. Esse truque é freqüentemente usado por advogados em examinação cruzada, quando
"Quanto tempo essa interferência dos EU em nossos afazeres será permitida continuar?
Ou
Outra forma dessa falácia é pedir por uma explicação de algo que é falso ou ainda não afixado.
Falácias de Composição
individuais, é também compartilhada por uma coleção desses itens, ou que a propriedade de
partes de um objeto, deve também ser uma propriedade da coisa inteira. Exemplos:
"A bicicleta é inteiramente feita de componentes de massa baixa, e é portanto muito leve."
"Um carro usa menos gasolina e causa menos poluição que um ônibus. Portanto carros são menos
examinar apenas poucos casos específicos que não são representativos de todas as causas
"Jim Bakker foi um cristão insincero. Portanto todos os cristãos são insinceros."
"Se os padrões educacionais são rebaixados, a qualidade do argumento visto na internet piora.
Então se nós vermos o nível de debate na net piorar nos próximos anos, nós iremos saber que
Essa falácia é similar à Afirmação do Conseqüente, mas fraseada como uma afirmação
condicional.
Essa falácia é similar a Post Hoc Ergo Propter Hoc. A falácia é afirmar que por causa de dois
eventos ocorrerem juntos, eles devem ser casualmente relacionados. É uma falácia porque ignora
"Os níveis de alfabetização caíram constantemente desde o advento da televisão. Claramente ver
Essa falácia é um caso especial da falácia mais comum Non Causa Pro Causa.
Negação do Antecedente
Essa falácia é um argumento da forma "A implica B, A é falso, portanto B é falso". A tabela verdade
Note que essa falácia é diferente da Non Causa Pro Causa. Que têm a forma "A implica B, A é
falso, portanto B é falso", onde A não implica de fato B. Aqui, o problema não é que a implicação é
inválida; melhor dizendo é que a falsidade de A não permite-nos deduzir nada sobre B.
"Se o deus da bíblia aparecesse pra mim, pessoalmente, isso iria certamente provar que o
cristianismo é verdade. Mas deus nunca apareceu pra mim, então a bíblia deve ser um trabalho de
ficção."
Uma generalização arrasadora ocorre quando uma regra geral é aplicada à uma situação
particular, mas as características dessa situação particular significam que a regra é inaplicável. É o
"Cristãos geralmente não gostam de Ateus. Você é um cristão, então você não deve gostar de
Ateus."
Essa falácia é muitas vezes cometida por pessoas que tentam decidir questões morais ou legais ao
Falácia de Divisão
propriedade de alguma coisa deve se aplicar às suas partes, ou que uma propriedade de uma
"Formigas podem destruir uma árvore. Portanto essa formiga pode destruir uma árvore."
Equívoco ocorre quando uma palavra chave é usada com dois ou mais significados diferentes no
"O que poderia ser mais dado que software grátis? Mas tenha certeza que isso continuará grátis,
que usuários podem fazer o que eles quiserem com isso, nós devemos pôr uma licença nisso para
Uma maneira de evitar essa falácia é escolher sua terminologia cuidadosamente antes de começar
A Analogia Estendida
A falácia da Analogia Estendida muitas vezes ocorre quando alguma regra geral sugerida está
argumento sobre uma regra geral, constitui uma exigência que essas situações são análogas entre
si.
"Tal posição é odiosa: implica que você não iria ter apoiado Martin Luther King."
"Você está dizendo que legislação de criptografia é tão importante quanto a luta por liberação
A falácia de Conclusão Irrelevante consiste em exigir que um argumento suporte uma conclusão
particular quando realmente não têm nada logicamente a ver com a conclusão.
Por exemplo, um cristão pode começar dizendo que ele irá argumentar que os ensinamentos do
cristianismo é de grande ajuda à muitas pessoas, não interessa quão bem ele argumente ele não
Tristemente, esse tipo de argumentos irrelevantes são freqüentemente bem sucedidos, porque eles
fazem muitas pessoas verem a suposta conclusão sob uma luz mais favorável.
O Apelo à Natureza é uma falácia comum em argumentos políticos. Uma versão consiste em
desenhar uma analogia entre uma conclusão particular, e alguns aspectos do mundo natural - e
"O mundo natural é caracterizado por competição; animais lutam contra os outros por posse de
limitados recursos naturais. O capitalismo, a luta competitiva por posse de capital, é simplesmente
Outra forma de apelar à natureza é argumentar que por causa dos humanos serem produtos do
mundo natural, nós devemos imitar o comportamento visto no mundo natural, e que fazer diferente
é "anatural".
"Claro que a homossexualidade não é natural. Quando foi a última vez que você viu dois animais
Suponha que eu afirme que nenhum Escocês põe açúcar no seu mingau. Você conta isso
apontando que seu amigo Angus gosta de açúcar com seu mingau. Eu então digo "Ah, sim, mas
Esse é um exemplo de um Ad Hoc modificado sendo usado para reforçar uma afirmação,
combinado com uma tentativa de mudar o significado das palavras usadas na afirmação original;
A falácia Non Causa Pro Causa ocorre quando alguma coisa é identificada como a causa de um
evento, mas não foi realmente demonstrada ser a causa. Por exemplo:
"Eu tomei uma aspirina e rezei pra deus, e minha dor de cabeça desapareceu. Então deus me
Isso é conhecido como uma falácia da falsa causa. Duas formas específicas de falácia Non Causa
Pro Causa são as falácias Cum Hoc Ergo Propter Hoc e Post Hoc Ergo Propter Hoc.
Non Sequitur
Um non sequitur é um argumento onde a conclusão é desenhada de premissas que não são
"Já que Egípcios fizeram muitas escavações para construir as pirâmides, eles foram especialistas
em paleontologia."
(Non sequiturs são um ingrediente muito importante no humor. Elas continuam a ser falácias,
porém.)
Essa falácia ocorre quando as premissas são pelo menos tão questionáveis quanto a conclusão
"Alienígenas estão abduzindo vítimas inocentes toda semana. O governo deve saber o que está
Essa falácia ocorre quando alguém demanda uma resposta simples (ou simplística) para uma
pergunta complexa.
"As taxas mais altas são um impedimento ao trabalho ou não? Sim ou não?
A falácia de Post Hoc Ergo Propter Hoc ocorre quando alguma coisa é assumida como a causa de
"A União Soviética colapsou após instituir o Ateísmo estadual. Portanto nós devemos evitar o
Pista Falsa
Essa falácia é cometida quando alguém introduz material irrelevante ao assunto sendo discutido, e
então a atenção de todos é divergida dos pontos feitos, para uma conclusão diferente.
"Você pode dizer que a pena de morte seja um dissuasivo ineficaz contra o crime - mas quanto as
vítimas do crime? Como você acha que os membros familiares sobreviventes se sentem quando
eles vêem o homem que matou seu filho mantido na prisão às custas deles? É certo que eles
devam pagar para que o assassino do filho deles seja alimentado e tenha uma casa?"
Reificação / Hipoestatização
Reificação ocorre quando um conceito abstrato é tratado como uma coisa concreta.
"Eu percebi que você descreveu ele como "mal". Onde esse "mal" existe no cérebro? Você não
pode mostrar isso para mim, então eu digo que isso não existe, e nenhum homem é "mal"."
O fardo da prova está sempre na pessoa afirmando algo. Trocando o fardo da prova, um caso
especial de Argumentum Ad Ignorantiam, é a falácia de pôr o fardo da prova na pessoa que nega
ou questiona a afirmação. A fonte da falácia é a suposição que algo é verdade até que se prove o
contrário.
"OK, então se você não pensa que alienígenas cinzas ganharam o controle do governo dos EUA,
Esse argumento afirma que um evento deva ocorrer, então outros eventos prejudiciais irão. Não há
prova que os eventos prejudiciais são causados pelo primeiro evento. Por exemplo:
"Se nós legalizarmos a maconha, então mais pessoas iriam começar a tomar crack e heroína, e
nós teríamos que legalizar eles também. Bem antes nós teríamos uma nação cheia de viciados em
Espantalho
A falácia do espantalho ocorre quando você deturpa a posição de alguém então pode-se atacar
mais facilmente, derrubar essa posição deturpada, e então concluir que a posição original foi
demolida. Isso é uma falácia porque falha em lidar com o argumento atual que foi feito.
"Para ser um Ateu, você têm que acreditar com absoluta certeza que não há um deus. Para se
convencer com absoluta certeza, você deve examinar todo o Universo e todos os lugares onde
deus poderia estar. Já que obviamente você não fez, sua posição é indefensável."
O argumento do espantalho acima aparece quase que uma vez por semana na net. Se você não
consegue ver onde ele está errado, leia o documento "Introdução ao Ateísmo".
Tu Quoque
Essa é a famosa falácia "você também". Ocorre se você argumentar que uma ação é aceitável
mas você não realmente especifica como elas são similares. Exemplos:
"A história não e baseada sobre fé? Se é, então a bíblia não é também uma forma de história?"
"O Islã é baseado em fé, cristianismo é baseado em fé, então o Islã não é uma forma de
cristianismo?"
"Gatos são uma forma de animal baseado em química de carbono, cães são uma forma de animal
baseado em química de carbono, então os cães não são uma forma de gato?"
Introdução
Há muito debate na Internet; infelizmente, grande parte dele possui péssima
qualidade. O objetivo deste documento é explicar os fundamentos da argumentação
lógica e possivelmente melhorar o nível dos debates em geral.
Primeiro: a lógica não é uma lei absoluta que governa o universo. Muitas
pessoas, no passado, concluíram que se algo era logicamente impossível (dada a
ciência da época), então seria literalmente impossível. Acreditava-se também que a
geometria euclidiana era uma lei universal; afinal, era logicamente consistente. Mas
sabemos que tais regras geométricas não são universais.
Infelizmente, pode ser que John também deseje, por outros motivos, evitar
contato com Steve, tornando seu objetivo conflitante. Isso significa que a resposta
lógica nem sempre é viável.
Argumentos
Um argumento é, segundo Monthy Phyton Sketch, “uma série concatenada de
afirmações com o fim de estabelecer uma proposição definida”.
Por exemplo, “Existe um número primo par maior que dois” é uma proposição
(no caso, uma falsa). “Um número primo par maior que dois existe” é a mesma
proposição expressa de modo diferente.
Premissas
Argumentos dedutivos sempre requerem um certo número de “assunções-
base”. São as chamadas premissas; é a partir delas que os argumentos são
construídos; ou, dizendo de outro modo, são as razões para se aceitar o argumento.
Entretanto, algo que é uma premissa no contexto de um argumento em particular,
pode ser a conclusão de outro, por exemplo.
Conclusão
Finalmente se chegará a uma proposição que consiste na conclusão, ou seja,
no que se está tentando provar. Ela é o resultado final do processo de inferência, e só
pode ser classificada como conclusão no contexto de um argumento em particular.
A implicação em detalhes
Evidentemente, pode-se construir um argumento válido a partir de premissas
verdadeiras, chegando a uma conclusão também verdadeira. Mas também é possível
construir argumentos válidos a partir de premissas falsas, chegando a conclusões
falsas.
Há, no entanto, uma coisa que não pode ser feita: partir de premissas
verdadeiras, inferir de modo correto, e chegar a uma conclusão falsa.
Regras de implicação
Premissa Conclusão Inferência
A B A B
Falsa Falsa Verdadeira
Falsa Verdadeira Verdadeira
Verdadeira Falsa Falsa
Verdadeira Verdadeira Verdadeira
Exemplo de argumento
A seguir está exemplificado um argumento válido, mas que pode ou não ser
“consistente”.
Reconhecendo argumentos
O reconhecimento de argumentos é mais difícil que das premissas ou
conclusão. Muitas pessoas abarrotam textos de asserções sem sequer produzir algo
que possa ser chamado argumento.
Agora fica claro que a afirmação, que parecia um argumento, está admitindo a
conclusão que deveria estar provando.
Ademais, Einstein não cria num Deus pessoal preocupado com assuntos
humanos *(Nota 2).
Leitura complementar
Esboçamos a estrutura de um argumento “consistente” dedutivo desde
premissas até a conclusão; contudo, em última análise, a conclusão só pode ser tão
persuasiva quanto as premissas utilizadas. A lógica em si não resolve o problema da
verificação das premissas; para isso outra ferramenta é necessária.
Falácias
Há um certo número de “armadilhas” a serem evitadas quando se está
construindo um argumento dedutivo; elas são conhecidas como falácias. Na linguagem
do dia-a-dia, nós denominamos muitas crenças equivocadas como falácias, mas, na
lógica, o termo possui significado mais específico: falácia é uma falha técnica que torna
o argumento inconsistente ou inválido.
A seguir está uma lista de algumas das falácias mais comuns e determinadas
técnicas retóricas bastante utilizadas em debates. A intenção não foi criar uma lista
exaustivamente grande, mas apenas ajuda-lo a reconhecer algumas das falácias mais
comuns, evitando, assim, ser enganado por elas.
Acentuação / Ênfase
Ad Hoc
A falácia Ad Hoc é explicar um fato após ter ocorrido, mas sem que essa
explicação seja aplicável a outras situações. Freqüentemente a falácia Ad Hoc vem
mascarada de argumento. Por exemplo, se admitirmos que Deus trata as pessoas
igualmente, então esta seria uma explicação Ad Hoc:
“Se o universo tivesse sido criado por um ser sobrenatural, haveria ordem e
organização em todo lugar. E nós vemos ordem, e não esporadicidade; então é óbvio
que o universo teve um criador.”
Anfibolia
Evidência Anedótica
Uma das falácias mais simples é dar crédito a uma Evidência Anedótica. Por
exemplo:
“Há abundantes provas da existência de Deus; ele ainda faz milagres. Semana
passada eu li sobre uma garota que estava morrendo de câncer, então sua família
inteira foi para uma igreja e rezou, e ela foi curada.”
Acontece quando alguém recorre à força (ou à ameaça) para tentar induzir
outros a aceitarem uma conclusão. Essa falácia é freqüentemente utilizada por
políticos, e pode ser sumarizada na expressão “o poder define os direitos”. A ameaça
não precisa vir diretamente da pessoa que argumenta. Por exemplo:
“...em todo caso, sei seu telefone e endereço; já mencionei que possuo licença
para portar armas?”
Argumentum ad Crumenam
“A Microsoft é indubitavelmente superior; por que outro motivo Bill Gates seria
tão rico?”
Argumentum ad Hominen
“Você diz que os ateus podem ser morais, mas descobri que você abandonou
sua mulher e filhos.”
Isso é uma falácia porque a veracidade de uma asserção não depende das
virtudes da pessoa que a propugna. Uma versão mais sutil do Argumentum ad
Hominen é rejeitar uma proposição baseando-se no fato de ela também ser defendida
por pessoas de caráter muito questionável. Por exemplo:
“Por isso nós deveríamos fechar a igreja? Hitler e Stálin concordariam com
você.”
Argumentum ad Ignorantiam
Por exemplo:
“Para que ocorresse um dilúvio como o descrito pela Bíblia seria necessário um
enorme volume de água. A Terra não possui nem um décimo da quantidade
necessária, mesmo levando em conta a que está congelada nos pólos. Logo, o dilúvio
não ocorreu.”
Argumentum ad Lazarum
Argumentum ad Logicam
Argumentum ad Misericordiam
“Eu não assassinei meus pais com um machado! Por favor, não me acuse; você
não vê que já estou sofrendo o bastante por ter me tornado um órfão?”
Argumentum ad Nauseam
Argumentum ad Novitatem
Argumentum ad Numerum
“A grande maioria dos habitantes deste país acredita que a punição capital é
bastante eficiente na diminuição dos delitos. Negar isso em face de tantas evidências é
ridículo.”
“Milhares de pessoas acreditam nos poderes das pirâmides; ela deve ter algo
de especial.”
Argumentum ad Populum
“Por milhares de anos pessoas têm acreditado na Bíblia e Jesus, e essa crença
teve um enorme impacto sobre suas vida. De que outra evidência você precisa para se
convencer de que Jesus é o filho de Deus? Você está dizendo que todas elas são
apenas estúpidas pessoas enganadas?”
Argumentum ad Verecundiam
Esse tipo de argumento não é sempre inválido; por exemplo, pode ser
relevante fazer referência a um indivíduo famoso de um campo específico. Por
exemplo, podemos distinguir facilmente entre:
Bifurcação
Circulus in Demonstrando
Consiste em adotar como premissa uma conclusão à qual você está tentando
chegar. Não raro, a proposição é reescrita para fazer com que tenha a aparência de
um argumento válido. Por exemplo:
A questão pressupõe uma resposta definida a outra questão que não chegou a
ser feita. Esse truque é bastante usado por advogados durante o interrogatório,
quando fazem perguntas do tipo:
Outra forma dessa falácia é pedir a explicação de algo falso ou que ainda não
foi discutido.
Falácias de Composição
“Um carro utiliza menos petroquímicos e causa menos poluição que um ônibus.
Logo, os carros causam menos dano ambiental que os ônibus.”
Essa é o inverso da Falácia do Acidente. Ela ocorre quando se cria uma regra
geral examinando apenas poucos casos específicos que não representam todos os
possíveis casos. Por exemplo:
“Jim Bakker foi um Cristão pérfido; logo, todos os cristãos também são.”
Essa falácia é similar à Post Hoc Ergo Propter Hoc. Consiste em afirmar que
devido a dois eventos terem ocorrido concomitantemente, eles possuem uma relação
de causalidade. Isso é uma falácia porque ignora outro(s) fator(es) que pode(m) ser
a(s) causa(s) do(s) evento(s).
Negação do Antecedente
Uma Generalização Absoluta ocorre quando uma regra geral é aplicada a uma
situação em particular, mas as características da situação tornam regra inaplicável. O
erro ocorre quando se vai do geral do específico. Por exemplo:
“Cristãos não gostam de ateus. Você é um Cristão, logo não gosta de ateus.”
Essa falácia é muito comum entre pessoas que tentam decidir questões legais
e morais aplicando regras gerais mecanicamente.
Falácia da Divisão
“João é destro jogando futebol. Logo, também deve ser destro em outros
esportes, apesar de ser canhoto.”
Analogia Estendida
“Essa posição é execrável: implica que você não apoiaria Martin Luther King.”
“Você está dizendo que a legislação sobre criptografia é tão importante quando
a luta pela igualdade dos homens? Como ousa!”
“Claro que o homossexualismo é inatural. Qual foi a última vez em que você
viu animais do mesmo sexo copulando?”
Suponha que eu afirme “Nenhum escocês coloca açúcar em seu mingau”. Você
contra-argumenta dizendo que seu amigo Angus gosta de açúcar no mingau. Então eu
digo “Ah, sim, mas nenhum escocês de verdade coloca”.
Esse é o exemplo de uma mudança Ad Hoc sendo feita para defender uma
afirmação, combinada com uma tentativa de mudar o significado original das palavras;
essa pode ser chamada uma combinação de falácias.
Non Causa Pro Causa
A falácia Non Causa Pro Causa ocorre quando algo é tomado como causa de
um evento, mas sem que a relação causal seja demonstrada. Por exemplo:
“Eu tomei uma aspirina e rezei para que Deus a fizesse funcionar; então minha
dor de cabeça desapareceu. Certamente Deus foi quem a curou.”
Non Sequitur
Essa falácia ocorre quando alguém exige uma resposta simplista a uma
questão complexa.
A falácia Post Hoc Ergo Propter Hoc ocorre quando algo é admitido como causa
de um evento meramente porque o antecedeu. Por exemplo:
Reificação
“Você descreveu aquela pessoa como ‘maldosa’. Mas onde fica essa ‘maldade’?
Dentro do cérebro? Cadê? Você não pode nem demonstrar o que diz, suas afirmações
são infundadas.”
Declive Escorregadio
Espantalho
“Para ser ateu você precisa crer piamente na inexistência de Deus. Para
convencer-se disso, é preciso vasculhar todo o Universo e todos os lugares onde Deus
poderia estar. Já que obviamente você não fez isso, sua posição é indefensável.”
Uma vez por semana aparece alguém com esse argumento na Internet. Quem
não consegue entender qual é a falha lógica deve ler a Introdução ao Ateísmo.
Tu Quoque
Essa é a famosa falácia “você também”. Ocorre quando se argumenta que uma
ação é aceitável apenas porque seu oponente a fez. Por exemplo:
É uma falha lógica que ocorre quando se tenta argumentar que certas coisas
são, em algum aspecto, similares, mas não se consegue especificar qual. Exemplos:
“A história não se baseia na fé? Então a Bíblia também não poderia ser vista
como história?”
Nota 1
Note que no Novo Testamento Jesus não diz ser Deus, apesar de em João
10:30 ele ter dito “Eu e meu pai somos um”. A alegação de que Jesus era Deus foi
feita após sua morte pelos seus doze apóstolos.
Finalmente, a possibilidade de ele ter sido um “lunático” não é tão pequena.
Mesmo hoje em dia há várias pessoas que conseguem convencer multidões de que são
“o Senhor” ou “o verdadeiro profeta”. Em países mais supersticiosos, há literalmente
centenas de supostos “messias”.
Nota 2
“Albert Einstein acreditava em Deus. Você se acha mais inteligente que ele?”
Einstein uma vez disse que “Deus não joga dados (com o Universo)”. Essa
citação é comumente mencionada para mostrar que Einstein acreditava no Deus
cristão. Mas nesse caso ela está fora de contexto, pois dizendo isso ele pretendia
apenas recusar alguns aspectos mais populares da teoria quântica. Ademais, a religião
de Einstein era o judaísmo, não o cristianismo.
Talvez essas citações de sua autoria possam deixar a idéia mais clara:
“O que você leu sobre minas convicções religiosas é uma mentira, uma mentira
que está sendo sistematicamente repetida. Eu não acredito em um Deus pessoal e
nunca neguei isso, mas o afirmei claramente. Se há algo em mim que pode ser
chamado religião, é a minha ilimitada admiração pela estrutura do mundo.”
LÓGICA JURÍDICA
FALÁCIAS NÃO-FORMAIS
FALÁCIAS
Existe um número de armadilhas para se evitar quando se está construindo
um argumento dedutivo; elas são conhecidas como falácias.
No português diário, nos referimos aos muitos tipos de crenças erradas
como falácias; mas em lógica, o termo tem um significado mais específico: uma
falácia é um defeito técnico que faz um argumento ser insensato ou inválido.
(Note que você pode criticar mais que apenas a sensatez de um
argumento. Argumentos são quase sempre apresentados com algum propósito
específico em mente - e a intenção de um argumento pode também ser válida de
crítica.)
Argumentos que contém falácias são descritos como falaciosos. Eles
freqüentemente parecem válidos e convincentes; algumas vezes apenas inspeção
de perto revela-se o defeito lógico.
Tipos de Falácias
Tecnicamente as falácias podem ser divididas em dois grupos: Falácias
Formais e Não Formais.
Em geral as falácias formais, apresentam uma estrutura muito parecida com
os padrões válidos de uma inferência, porém não seguem alguma dedução
específica do silogismo categórico, como por exemplo a falácia dos 4 termos, que
fere a Regra 1 , onde diz que para um silogismo categórico ser válido, precisa ter
3 termos utilizados com o mesmo sentido durante todo o argumento.
Já as falácias não formais podem ocorrer tanto da falta de atenção ao tema
quanto pela ambigüidade no uso da linguagem para preparar o argumento. As
falácias não formais podem ser classificadas como: falácias de relevância ou
falácias de ambigüidade.
1. Falácias de relevância
J) Falsa causa: falácia a que damos o nome de falsa causa foi analisada de
várias maneiras no passado e recebeu diversos nomes latinos, tais como non
causa, pro causa, e post yhoc propter hoc. O primeiro é mais geral e indica o erro
de tomar como causa de um efeito algo que não é sua causa real. O segundo
designa a inferência de que um acontecimento é a causa do outro na simples base
de que o primeiro é anterior ao segundo.
Exemplo. O ressurgimento do sol, após um eclipse, só porque os selvagens
fizeram razoar seus tambores.
FALÁCIAS DE AMBIGÜIDADE
falácias x filmes
• “O advogado do diabo”
Falácias:
Relevância – recurso à força. Quando o advogado interroga a
vitima, passando a idéia de que ela era culpada.
Piedade: Quando a mulher do advogado se queixa que não
esta se sentindo bem, e por isso não quer morar mais naquele
lugar.
• “O nome da rosa”.
Apelo à autoridade: A cena do inquisidor perguntando se
alguém iria se levantar contra a santa madre igreja.
Piedade: Os apelos “salvem-me”, “tem de piedade de mim”.
Técnicas de Persuasão
24 de abril de 2008 às 22:05
A-A+
Persuasão não é uma técnica de lavagem cerebral, mas é a manipulação da mente humana por outro indivíduo,
sem que o sujeito manipulado fique consciente do que causou sua mudança de opinião. Eu somente tenho tempo para
apresentar umas poucas das centenas de técnicas em uso atualmente, mas a base da persuasão é sempre o acesso ao seu
CÉREBRO DIREITO. A metade esquerda de seu cérebro é analítica e racional. O lado direito é criativo e imaginativo.
Isto está excessivamente simplificado, mas expressa o que quero dizer. Então, a idéia é desviar a atenção do cérebro
esquerdo e mantê-lo ocupado. Idealmente, o agente gera um estado alterado de consciência, provocando uma mudança da
consciência beta para a alfa; isto pode ser medido em uma máquina de Eletro Encéfalo Grama.
Estes são, usualmente, fatos que podem ser debatidos, mas uma vez que o político tenha a concordância da audiência, as
vantagens são a favor do político, que a audiência não irá parar para pensar a respeito, continuando a concordar. Por
último vem a SUGESTÃO. Isto é o que o político quer que você faça, e desde que você tenha estado concordando todo o
tempo, você poderá ser persuadido a aceitar a sugestão. Agora, se você ler o discurso político a seguir, você perceberá que
as três primeiras sentenças são do tipo "sim, sim", a três seguintes são truísmos, e a última é a sugestão.
"Senhoras e senhores: vocês estão indignados com os altos preços dos alimentos? Vocês estão cansados dos astronômicos
preços dos combustíveis? Estão doentes com a falta de controle da inflação? Bem, vocês sabem que o Outro Partido
permitiu uma inflação de 18 por cento no ano passado; vocês sabem que o crime aumentou 50 por cento por todo o país
nos últimos 12 meses, e vocês sabem que seu cheque de pagamento dificilmente vem cobrindo os seus gastos. Bem, a
solução destes problemas é eleger-me, John Jones, para o Senado dos E.U.A."
Eu penso que você já ouviu isto antes. Mas você poderia atentar também para os assim chamados Comandos Embutidos.
Como exemplo: em palavras chaves, o locutor poderia fazer um gesto com sua mão esquerda, a qual, como os
pesquisadores tem mostrado, é mais apta para acessar o seu cérebro direito.
Os políticos e os brilhantes oradores de hoje, orientados pela mídia, são com freqüência cuidadosamente treinados por
uma classe inteiramente nova de especialistas, os quais estão usando todos os truques - tanto novos quanto antigos - para
manipulá-lo a aceitar o candidato deles.
Os conceitos e técnicas da Neuro-Lingüística são tão fortemente protegidos que eu descobri que, mesmo para falar sobre
ela publicamente ou em impressos, isto resulta em ameaça de ação legal. Já o treinamento em Neuro-Lingüística está
prontamente disponível para qualquer pessoa que queira dedicar o seu tempo e pagar o preço. Esta é uma das mais sutis e
poderosas manipulações a que eu já me expus. Uma amiga minha que recentemente assistiu a um seminário de duas
semanas em Neuro-Lingüística descobriu que muitos daqueles com quem ela conversou durante os intervalos era pessoal
do governo.
Uma outra técnica que eu aprendi há pouco tempo é inacreditavelmente escorregadia; ela é chamada de TÉCNICA
INTERCALADA, e a idéia é dizer uma coisa com palavras, mas plantar uma impressão inconsciente de alguma outra
coisa na mente dos ouvintes e/ou observadores.
Quero dar um exemplo: suponha que você está observando um comentarista da televisão fazer a seguinte declaração: "O
SENADOR JOHNSON está ajudando as autoridades locais a esclarecer os estúpidos enganos das companhias que
contribuem para aumentar os problemas do lixo nuclear". Isto soa como uma simples declaração, mas, se o locutor
enfatiza a palavra certa, e especialmente se ele faz o gesto de mãos apropriado junto com as palavras chaves, você poderia
ficar com a impressão subconsciente de que o senador Johnson é estúpido. Este era o objetivo subliminar da declaração, e
o locutor não pode ser chamado para explicar nada.
Técnicas de persuasão são também freqüentemente usadas em pequena escala com muita eficácia. O vendedor de seguro
sabe que a sua venda será provavelmente muito mais eficaz se ele conseguir que você visualize alguma coisa em sua
mente. É uma comunicação ao cérebro direito. Por exemplo, ele faz uma pausa em sua conversação, olha vagarosamente
em volta pela sua sala, e diz, "Você pode imaginar esta linda casa incendiando até virar cinzas?".
Claro que você pode! Este é um de seus medos inconscientes, e quando ele o força a visualizar isto, você está sendo muito
provavelmente manipulado a assinar o contrato de seguros.
Os Hare Krishna, ao operarem em um aeroporto, usam o que eu chamo técnicas de CHOQUE E CONFUSÃO para distrair
o cérebro esquerdo e comunicarem-se diretamente com o cérebro direito. Enquanto estava esperando no aeroporto, uma
vez eu fiquei por uma hora observando um deles operar. A sua técnica era a de saltar na frente de quem passasse.
Inicialmente, sua voz era alta; então ele abaixava o tom enquanto pedia para que a pessoa levasse um livro, após o que
pedia uma contribuição em dinheiro para a causa.
Usualmente, quando as pessoas ficam chocadas, elas imediatamente recuam. Neste caso, eles ficavam chocados pela
estranha aparência, pela súbita materialização e pela voz alta do devoto Hare Krishna. Em outras palavras, as pessoas iam
para um estado alfa por segurança, porque elas não queriam confrontar-se com a realidade à sua frente. Em alfa, elas
ficavam altamente sugestionáveis, e por isto aceitavam a sugestão de levar o livro; no momento em que pegavam o livro,
sentiam-se culpadas e respondiam a uma segunda sugestão: dar dinheiro. Nós estamos todos condicionados de tal forma
que, se alguém nos dá alguma coisa, nós temos de dar alguma coisa em troca - neste caso, era dinheiro. Enquanto
observava este trabalhador incansável, eu estava perto o bastante para perceber que muitas das pessoas que ele parara
exibiam um sinal externo de que estavam em alfa - seus olhos estavam dilatados.
Assim, se uma teoria não é passível de testes cruciais, ou ela não passa
de truísmos dos quais se deduz apenas outros truísmos (por exemplo,
"talvez chova amanhã, talvez não chova"), ou ela pode ser contraposta
a uma infinidade de teorias alternativas, todas impassíveis de teste (por
exemplo, "a causa da chuva é São Pedro" pode ser contraposta a "a
causa da chuva é Thor", "a causa da chuva é Tupã", "A causa da chuva
é Zeus" etc.).
Introdução
Este artigo é a versão ampliada de um discurso feito no Congresso Mundial da Convenção de Hipnotizadores Profissionais em Las Vegas, Nevada.
Apesar deste documento ser protegido por direitos autorais contra duplicação para fins comerciais, neste caso, eu convido todos a fazerem cópias e
distribuí-las a amigos ou quaisquer pessoas que estejam em posição de divulgá-las.
Apesar de eu já ter sido entrevistado sobre o assunto em pequenas estações de rádio e TV, os meios de comunicação de larga escala repelem-no, já
que isso poderia levantar suspeita sobre eles próprios ou seus patrocinadores. Algumas agências governamentais também não querem que esse tipo
de informação seja largamente conhecido. Também não o querem os adeptos da Renovação Cristã.
Tudo que direi aqui vai apenas expor a superfície do problema. Não sei como o uso abusivo destas técnicas pode ser contido, e também não acho
que seja possível criar leis para controlar algo indetectável. E ainda, ao nos darmos conta de que os próprios legisladores usam essas técnicas,
passa a haver apenas uma tênue esperança de que sejam criadas leis regulamentando seu uso. Mas eu sei que o primeiro passo é gerar interesse
sobre o assunto. Neste caso, isso apenas poderia resultar de um esforço pessoal e isolado.
Ao falar sobre lavagem cerebral, estou falando de minha profissão. Eu conheço as técnicas como a palma de minha mão, e sei quão eficientes
podem ser. Produzo fitas de hipnose e programação subliminar e, em alguns de meus seminários, uso táticas de conversão para ajudar os
participantes a tornarem-se independentes e auto-suficientes. Mas todas vezes em que as uso, antecipadamente aviso a todos para que possam
escolher entre participar ou não. Todos sabem, ao participarem, qual será o resultado visado.
Antes de começar, quero expor os fatos fundamentalmente básicos sobre o assunto: ninguém, em toda a história da humanidade, ao sofrer lavagem
cerebral, veio a aperceber-se disso. Na maioria dos casos, após sofrerem-na, vão apenas defender apaixonadamente seus manipuladores, dizendo
que esses lhe “mostraram a luz” ou “mudaram suas vidas miraculosamente”.
O Nascimento da Conversão
Qualquer estudo sobre o assunto tem necessariamente de mencionar algo sobre a Renovação Cristã na América do século XVIII. Em 1735,
Jonathan Edwards descobriu as técnicas por acidente durante uma cruzada religiosa em Northampton, Massachusetts. Percebeu que induzindo
culpa e tensão, os “pecadores” presentes sucumbiam e submetiam-se completamente aos seus comandos. Edwards estava criando condições que
expunham o cérebro totalmente, deixando-o assim sujeito à reprogramação. Seu problema foi que essa nova programação era negativa. Num
discurso, uma vez ele disse “Você é um pecador! Está destinado ao inferno!”. O resultado foi que um indivíduo cometeu e outro tentou suicídio.
Os vizinhos dos convertidos suicidas confessaram que isso os afetou tão profundamente que apesar de já terem encontrado a “salvação eterna”,
também sentiam uma tentação obsessiva de dar um fim às suas próprias vidas.
Uma vez que um pregador ou manipulador induz o estado cerebral desejado, seus súditos estão à sua disposição. A nova programação, em forma
de sugestão, substituirá suas idéias antigas. Edwards, por não ter tornado sua mensagem positiva até o fim da conversão, fez com que muitos
aceitassem suas sugestões negativas e agissem imediatamente, ou desejassem agir.
Charles J. Finney foi outro Renovador Cristão que usou as mesmas técnicas quatro anos depois em conversões religiosas massificadas. As técnicas
estão sendo utilizadas ainda hoje na Renovação Cristã, mas também em cultos, treinamentos de potencial humano, reuniões de negócios e
inclusive no Exército dos Estados Unidos, para não mencionar o resto. A meu ver, a maioria dos pregadores não sabe que está usando técnicas de
lavagem cerebral. Edwards, no caso, simplesmente tropeçou numa que realmente funcionava, outros copiaram-na, e ela continuou sendo copiada
por mais de duzentos anos.
Quanto mais sofisticados nosso conhecimento e tecnologia ficam, mais eficiente a conversão. Acredito fortemente que essa é uma das principais
causas do aumento no fundamentalismo cristão, especialmente na sua versão televisionada, enquanto a maioria das religiões ortodoxas está
definhando.
Os Cristãos podem ter sido os primeiros a utilizar com sucesso a lavagem cerebral, mas nós temos que nos voltar a Pavlov, o cientista russo, para
obtermos uma explicação científica. No começo do século XX, seus estudos com animais abriram a porta para investigações em humanos. Depois
da Revolução Russa, Lênin percebeu rapidamente as aplicações potenciais da pesquisa de Pavlov.
Três estados distintos e progressivos de inibição transmarginal foram identificados por Pavlov. O primeiro é a fase equivalente, em que o cérebro
da idêntica resposta a estímulos fortes ou fracos. O segundo é a fase paradoxal, nela o cérebro responde mais intensamente aos estímulos fortes
que aos fracos. O terceiro é a fase ultraparadoxal, onde padrões de respostas e comportamentos condicionados invertem-se de positivo para
negativo ou vice-versa.
Progressivamente, através de cada fase, o grau de conversão torna-se maior. Os meios para alcança-la são muitos e extremamente variados, mas o
primeiro passo a ser dado tanto para a lavagem cerebral religiosa quanto política, é enfocar e trabalhar nas emoções do indivíduo ou grupo até que
isso produza níveis anormais de raiva, medo, excitação ou tensão.
Como conseqüência, essa condição impede o discernimento claro e aumenta a sugestionabilidade. Quanto mais esse estado for mantido ou
intensificado, mais crescem seus efeitos. Uma vez atingida a catarse, ou “primeira fase mental”, a manipulação torna-se mais fácil, e assim as
programações mentais preexistentes podem ser substituídas por novos padrões de comportamento e pensamento.
Outras armas fisiológicas comumente usadas para modificar as funções cerebrais são o jejum, dietas radicais ou com excesso de açucares,
desconforto físico, técnicas de respiração, iluminação especial, efeitos sonoros, sugestões pré-programadas ao odor de incenso, etc. Atualmente, os
mesmos resultados dessas técnicas podem ser obtidos em tratamentos psiquiátricos por eletro-choque ou também abaixando propositalmente os
níveis de açúcar no sangue através de injeções de insulina.
Antes de explicar detalhadamente como algumas delas são aplicadas, gostaria de mencionar que táticas de conversão e hipnose são duas coisas
distintas, e que as de conversão são muito mais potentes. Entretanto, normalmente as duas se encontram misturadas, mas com grandes resultados.
A música sendo a mesma para todos os eventos realizados pela igreja, ou ao menos possuindo a mesma batida, vai induzir um estado mental
alterado quase imediatamente. Subconscientemente, o cérebro relembra-se de sua última experiência e responde entrando em transe
automaticamente.
Observe as pessoas aguardando o início da cerimônia. Muitas vão exibir sinais externos de transe: corpos relaxados e olhos levemente dilatados.
Normalmente, enquanto estão sentadas em suas cadeiras, começam a balançar suas mãos no ar para frente e para trás. Abrindo o evento,
provavelmente aparecerá o pastor-assistente, que costuma ser muito bem treinado na técnica da “voz cadenciada”.
A “Voz Cadenciada” é um padrão, um estilo de fala ritmada usada por hipnotizadores para induzir transe. Ela é freqüentemente utilizada por
advogados, muitos dos quais são hipnotizadores altamente qualificados, e precisam dessa técnica para fortalecer a aparência de seus argumentos
nas mentes dos jurados. Na prática, um orador falando em “Voz Cadenciada” parece estar seguindo o ritmo de um metrônomo, como se
enfatizasse cada palavra num estilo monótono e padronizado. Idealmente são ditas cerca de 45 a 60 palavras por minuto, maximizando, desse
modo, o efeito hipnótico.
Agora – na igreja – começa o processo principal. Após induzir um estado alterado de consciência, passam a ter como objetivo gerar excitação e
expectativa na audiência. Comumente virá um grupo de jovens mulheres em vestidos “angelicais e puros” para cantar. Músicas Gospel são ótimas
para gerar excitação e envolvimento. No meio da canção alguma delas pode ser “acometida por um espírito” e cair no chão, ou reagir como se
estivesse sendo possuída pelo Espírito Santo. Isso aumenta muito eficientemente a tensão no ambiente. Nessa situação, táticas de conversão e
hipnose estão sendo misturadas e, como resultado, a audiência está totalmente absorta. O ambiente vai tornando-se cada vez mais e mais tenso.
Exatamente neste momento, quando o estado mental alfa foi atingido, passarão com a “cestinha de coleta”. Ao fundo da igreja o pastor assistente
com sua “Voz Cadenciada” provavelmente estará incitando os presentes dizendo – sempre cerca de 45 vezes por minuto – algo do tipo: “Dê a
Deus... Dê a Deus... Dê a Deus... Dê a Deus...”, e a audiência obedece. Pode ser que Deus não receba o dinheiro, mas seus ricos representantes
vão.
A seguir aparece o pregador “fogo e enxofre” induzindo medo e tensão, falando sobre o “demônio”, “ir ao inferno” ou a “proximidade do fim do
mundo”. No último encontro desse tipo em que fui, o pregador falava que em breve haveria apenas sangue saindo de todas as torneiras da Terra.
Ele também era obcecado com o “machado sangrento do divino”, que todos haviam “visto” na semana passada pendurado acima do púlpito. Não
tenho dúvida de que todos o viram, o poder da sugestão aplicado a centenas de pessoas em hipnose assegura que ao menos 10 a 25 por cento delas
veria qualquer coisa que ele dissesse estar lá.
Na maioria desses encontros, após o “testemunho ocular”, segue-se um sermão predominantemente baseado no medo. As pessoas da audiência
virão ao palco para contar suas histórias. “Eu era aleijado e agora posso andar!”, “Eu tinha artrite e agora ela se foi!”. É um tipo de manipulação
psicológica que realmente funciona. Depois de ouvir numerosos casos de curas milagrosas, as pessoas normais na platéia com problemas simples
estarão convictas de que podem se curar.
O lugar está carregado de medo, culpa, excitação e expectativas. Os que pretendem se curar freqüentemente se enfileiram e são guiados até a
frente. Pode ser que o pregador toque suas cabeças e grite “cure-se!”. Isso descarrega a energia psíquica e, em muitos, causa catarse, que é a
liberação de emoções reprimidas. Os indivíduos podem chorar, cair no chão ou até ter convulsões. E se a catarse realmente for atingida, há uma
boa chance de se curarem. Nesse estado – que é uma das três fases cerebrais mencionados anteriormente – as programações cerebrais são
“desativadas” temporariamente, e assim surge o ensejo para que novas sugestões sejam incutidas.
Para alguns a cura é permanente, para a maioria vai durar de 4 a 7 dias. Essa duração “coincidentemente” é quase a mesma de uma sugestão
hipnótica dada a um sonâmbulo. E mesmo que a cura não seja permanente, se voltarem toda semana, o poder da sugestão pode vir a solucionar o
problema, mas tristemente também pode acabar mascarando algo sério que em longo prazo pode ser extremamente prejudicial.
Para evitar confusões gostaria de deixar claro que não classifiquei todas as curas como fraudes. Algumas não são. Talvez o indivíduo estivesse
pronto para livrar-se da negatividade que causara o problema, talvez tenha sido Deus. Entretanto, todas essas curas podem ser plenamente
explicadas com o conhecimento atual sobre o funcionamento da mente humana.
As técnicas e a organização das cerimônias vão variar de igreja para igreja. Muitos falam em outras línguas para induzir a catarse em alguns
indivíduos, enquanto o espetáculo cria imensa tensão no resto de seus observadores. As técnicas hipnóticas usadas pelas religiões são muito
sofisticadas e profissionais do ramo estão se certificando de que eles se tornem cada vez mais eficientes.
Um homem em Los Angeles está projetando, construindo e reformando muitas igrejas pelo país. Ele também instrui os ministros sobre essas
técnicas e ensina-os a utiliza-las. Segundo suas estatísticas, o número de congregações e o fluxo monetário dobrarão se suas instruções forem
seguidas. Entretanto, ele admite: 80% de seus esforços incidem sobre iluminação e acústica.
Acústica e iluminação apropriadas são de importância vital na indução de estados alterados de consciência. Eu tenho as usado por anos em meus
seminários, mas, entretanto, todos os participantes estão cientes disso.
Seis Técnicas de Conversão
Organizadores de cultos e treinamentos de potencial humano estão sempre procurando por novos adeptos, e para que tenham sucesso na
conversão, é preciso induzir uma fase cerebral. Freqüentemente isso tem de ser feito em um curto período de tempo, um fim de semana, ou mesmo
um dia.
O encontro geralmente acontece em um local onde os participantes ficam isolados do mundo exterior. Uma casa, um estabelecimento na zona rural
ou mesmo um hotel. Nesses cursos, será feito um longo discurso sobre a importância de “honrar os contratos e promessas” na vida. Alegam que se
não cumprirem o que dizem, suas vidas nunca darão certo. A responsabilidade, a princípio, é uma qualidade, mas os manipuladores estão
subvertendo algo com valor positivo para seus próprios fins egoístas.
Os participantes, então, juram a si mesmos e aos seus “instrutores” manter seus acordos. Quem não quiser aceitar o acordo será coagido a fazê-lo
ou então terá de deixar o grupo. A próxima etapa é concordar em fazer o curso na sua totalidade; isso assegura uma alta porcentagem de
conversões. Também terão de concordar sobre a abstenção do uso de drogas, tabaco e por vezes até de comer, ou então os intervalos dados para
alimentação serão tão curtos que na verdade acabam por aumentar ainda mais a tensão. O verdadeiro motivo de toda essa insistência em “manter
os acordos” é alterar a fisiologia normal do corpo, gerando ansiedade e, com alguma “sorte”, uma disfunção nervosa que, por sua vez, aumenta o
potencial de conversão.
Antes que o encontro se encerre, serão relembrados seus “acordos”, e assim irão ter de procurar por novos adeptos como prometido. Por ter sido
tão enfatizada a importância de se “manter a palavra”, os recém-convertidos tentarão forçar todos os seus conhecidos a fazer o curso. Dizem para
apenas assistirem uma sessão introdutória grátis. Claramente podemos perceber que se tornaram fanáticos. De fato, no âmbito dos treinamentos e
cursos de desenvolvimento de potencial humano, o maior e mais bem-sucedido ramo é “venda através do fanatismo”.
Há pelo menos um milhão de pessoas graduadas nesse tipo de treinamento. Dessas, uma boa porcentagem foi deixada com um “botão de ativação”
para assegurar lealdade ao seu “guru” se ele vier a precisar. Pense nas implicações políticas potenciais contidas em centenas de milhares de
fanáticos programados para defender seus “mestres”.
Primeira Técnica. Esteja alerta caso uma dessas organizações ofereça sessões de “manutenção” após o curso principal. Podem ser encontros
semanais ou novos cursos lecionados periodicamente. Tentarão convencê-lo a participar dessa “manutenção” para manter controle sobre seus
“aprendizes”. Assim como souberam os Renovadores Cristãos, eles também sabem que para haver sucesso em manipulações de longo prazo é
imprescindível que existam sessões de “manutenção” posteriores à conversão.
Segunda Técnica. Outra evidência de que táticas de conversão estão sendo utilizadas são as “atividades” que causam fadiga física e/ou mental.
Consegue-se isso normalmente ao deixar os participantes tão ocupados por longos períodos de tempo que não têm tempo para refletir ou pensar
sobre o que estão fazendo/ouvindo.
Terceira Técnica. Essa categoria, dizendo de modo simples, engloba todas técnicas usadas para aumentar a tensão no ambiente.
Quarta Técnica. Insegurança. Eu poderia passar horas descrevendo várias técnicas usadas para gerar insegurança. A maioria dos participantes tem
grande receio de que seus “treinadores” o coloquem no centro das atenções frente ao grupo. Uma das práticas mais comuns é levar os participantes
a relatar seus segredos íntimos, e normalmente também são constrangidos a participar de atividades que enfatizem a “remoção de suas máscaras”.
Em um desses cursos, colocava-se um participante num palco de frente a todos os outros enquanto era verbalmente atacado pelos seus instrutores.
Uma pesquisa feita alguns anos atrás mostrou que a fobia mais comum entre as pessoas é falar em público. Esse medo estatisticamente é ainda
maior do que lavar o exterior de uma janela no 85o de um prédio.
Levando isso em conta, pode-se imaginar a insegurança e o pavor gerados. Boa parte sucumbe, mas a maioria enfrenta essas situações de estresse
extremo simplesmente “fugindo” mentalmente. Eles literalmente entram em alfa, o que os torna automaticamente muito mais sugestionáveis do
que normalmente seriam. Essa situação representa mais um passo no caminho da conversão.
Quinta Técnica. Um outro traço típico é o uso de jargões ou neologismos que apenas tenham significado aos participantes do curso. Linguagem
capciosa, depravada e/ou confusa também é usada propositalmente para causar constrangimento
Sexta Técnica. Mais um sintoma do uso das técnicas de conversão é evitar o humor, ao menos até serem convertidos. Após isso, o divertimento e
humor são altamente visados por serem símbolos da nova “felicidade” que os participantes supostamente teriam encontrado.
Eu não diria que esses encontros são totalmente inúteis, talvez possam ter algum resultado positivo, mas acho importante saber o que está
acontecendo, mantermo-nos atentos ao que está sendo feito por detrás das aparências. Se tivermos consciência plena dos fatos, podemos discernir
mais claramente se esse tipo de situação é ou não de nosso interesse.
Ao longo dos anos, conduzi seminários para ensinar pessoas a se tornarem hipnotizadoras, instrutoras e conselheiras. Muitas delas, após assistirem
meus cursos e utilizarem as técnicas ensinadas, me procuravam e faziam a seguinte pergunta: “Estou aqui porque realmente suas técnicas
funcionam, mas não entendo por que”. Após explicar como e por que funcionavam, muitas acabaram saindo do ramo ou então decidiram abordar
as coisas de maneira diferente, enfatizando um modo de agir mais afetuoso e sincero. Várias delas se tornaram amigas íntimas, e mesmo que
sejamos especialistas, também é assustador para nós o sentimento de poder experimentado frente a um microfone em uma sala cheia de pessoas.
No entanto, apenas adicionando um pouco de ousadia e carisma, podemos ter a certeza de que haverá uma grande porcentagem de conversões. A
triste verdade por detrás disso é que esta alta porcentagem se deve ao fato de esses espectadores serem “crentes cegos”, pessoas que querem livrar-
se de seu poder, de sua liberdade.
Cultos, treinamentos e cursos dessa espécie oferecem ocasiões ideais para se observar em primeira mão o que tecnicamente se chama “Síndrome
Stockholm”. Ela é o estado no qual aqueles que foram intimidados, controlados ou torturados começam a amar, admirar ou até mesmo desejar
sexualmente seus manipuladores.
Deixe-me alerta-los de uma coisa: se você acha que pode participar de tais encontros sem ser afetado, provavelmente está enganado. Um exemplo
perfeito é o caso de uma mulher que foi estudar Voodoo no Haiti. Em seu relatório, explicava como a música induzia estados alterados de
consciência e movimentos incontroláveis do corpo. Apesar de entender esse processo – e por isso imaginar-se imune –, quando começou a sentir-
se vulnerável à música, tentou fugir e lutar. Nesses casos, ódio e resistência praticamente garantem o sucesso da conversão. Poucos momentos
depois estava possuída pela música e começou a dançar em transe pelo local. Uma fase cerebral havia sido induzida pela música e excitação, e
devido a isso ela acordou sentindo-se “renovada”. Portanto, vemos que lutar não é a solução. O único modo de tentar evitar a conversão é
permanecer neutro, não permitir que emoções positivas ou negativas venham à tona, mas poucas pessoas são capazes disso.
Gostaria de dizer algo sobre o governo dos Estados Unidos e seus acampamentos militares. Os fuzileiros navais falam sobre “demolir” os homens
antes de “reconstruí-los”. Bem, na verdade, é exatamente o que fazem. Do mesmo modo que os cultos “demolem” as pessoas e voltam a
“reconstruí-las” como “conformadas e felizes vendedoras de flores”, o Exército as reconstrói como “soldados”. Todas as seis técnicas de
conversão são utilizadas nos acampamentos militares. Eu entendo as necessidades da vida militar, por isso não estou julgando isso como bom ou
ruim, apenas afirmo que pessoas estão sofrendo Lavagem Cerebral, isso é fato. Aqueles, no exército, que se não se submeterem, serão dispensados
ou passarão grande parte de seu tempo em atividades de segunda importância.
Processo de Decognição
Uma vez bem-sucedida a conversão, os cultos, exércitos e grupos similares não podem permitir que exista deliberação entre seus membros. Eles
devem responder aos comandos e fazer exatamente o que lhes foi incumbido, do contrário o controle organizacional seria comprometido. Na
maioria dos casos, conseguem isso utilizando um processo trifásico de decognição.
Primeiro passo: comprometer a atenção e vigilância. Os manipuladores esforçam-se para causar disfunções nervosas, tornando difícil distinguir
entre fantasia e realidade. Isso pode ser feito de vários modos. Uma dieta pobre ou mal balanceada é um deles. Por exemplo, biscoitos e “Kool-
Aid”. Todos sabemos que açúcar diminui a vigilância. Outra versão mais sutil é a “dieta espiritual” utilizada em muitos cultos, na qual só se
comem frutas e vegetais, abstendo-se de grãos, nozes, lacticínios e carnes. Dietas desse tipo deixam as pessoas “avoadas”. Sono inadequado é
outro fator essencial na redução da vigilância, especialmente quando combinado com longas horas de trabalho ou intensa atividade física.
Analogamente, bombardeando-os com experiências intensas e únicas, chega-se ao mesmo resultado.
Segundo passo: confundir. Aqui você é mentalmente sobrecarregado ao mesmo tempo em que sua vigilância está comprometida. Consegue-se isso
injetando muitas informações novas, como leituras, grupos de discussão e também normalmente o manipulador satura a mente dos indivíduos com
questões. Durante essa fase da Decognição, realidade e ilusão facilmente se misturam, e com isso argumentos embasados numa lógica distorcida
podem vir a ser aceitos sem maiores questionamentos.
Terceiro passo: suprimir o pensamento. São técnicas usadas para superficializar a mente. O procedimento é basicamente focar toda a atenção em
algo muito simples, o que conseqüentemente gera calma e tranqüilidade. Por períodos longos, isso origina sentimentos de elevação e às vezes
alucinação. O pensamento, assim, é fortemente suprimido e, na verdade, se essa atividade for feita por tempo suficiente, resultará na interrupção
total do pensar, apagando temporariamente tudo e todos da mente, com exceção do que o controlador sugerir que seja mantido. Nessa situação a
tomada de controle está efetivada.
É importante salientar que quando ensinam as técnicas de “supressão do pensamento” aos membros de um curso, além de omitirem seus
verdadeiros efeitos fisiológicos, também dizem que há muitos benefícios em seu uso: serão “iluminados” e se tornarão “melhores soldados”.
A primeira é a “marcha”. Trata-se de uma batida musical apropriada que literalmente gera a auto-hipnose e assim suscetibiliza a pessoa à sugestão.
A segunda é a meditação. Se você passar uma hora e meia por dia meditando, poucas semanas depois haverá uma grande chance de não retornar
ao estado beta de consciência novamente, continuando permanentemente em alfa enquanto continuar com as sessões diárias de meditação. Isso não
é essencialmente ruim, se a meditação for feita sozinha, pode vir a ser muito benéfica, mas não deixa de ser um fato que a conseqüência disso tudo
é apenas a superficialização da consciência.
Eu testei a atividade neural de meditadores, e os resultados obtidos foram conclusivos: quanto mais se medita, mais superficial a consciência se
torna. E caso o procedimento seja feito por tempo suficiente e combinado com a decognição, todo o pensar cessa.
Alguns grupos espirituais alegam se tratar do “nirvana”, mas a meu ver essa explicação é um engodo. Pois esse estado não passa, simplesmente, de
um resultado psicológico previsível. Penso ainda que se o céu na terra é “superficializar-se” e “alienar-se”, então por que ainda continuamos com
nossas “vidas horríveis” (leia-se “cheias de reflexão”) se podemos ter o “nirvana”.
As três técnicas mencionadas acima causam um estado alterado de consciência. Podem, é claro, ser muito benéficas se você estiver comandando o
processo, porque assim controla também as finalidades. Eu pessoalmente uso a programação por auto-hipnose pelo menos uma vez ao dia, e sei
quão beneficial ela é para mim. Mas sempre é bom manter em mente que o uso muito freqüente dessas técnicas pode fazer com que se permaneça
no estado alfa continuamente, e apesar de que isso aumenta o relaxamento e bem-estar, também nos torna mais sugestionáveis.
Antes de fechar o assunto “conversão”, gostaria de falar sobre as pessoas mais suscetíveis a ela e também sobre os Movimentos Coletivizados.
Tenho plena convicção de que pelo menos um terço da população mundial se enquadra perfil que Eric Hoffer denomina “Crentes Cegos”. São
literalmente seguidores cegos, pessoas que querem livrar-se de seu poder. Elas procuram por respostas, significados e iluminação em coisas
externas a si mesmas.
Hoffer diz em seu livro “O Crente Cego” (um clássico sobre o assunto) que “essas pessoas não pretendem conseguir fortalecimento ou auto-
afirmação, mas apenas fugir de si mesmas, dando o controle de suas vidas a outrem. São seguidoras não porque procuram auto-superação, mas, na
verdade, porque anseiam a auto-renúncia!”. Hoffer também diz que os Crentes Cegos “são eternamente incompletos e inseguros”.
Aprendi tudo isso por experiência própria. Ao longo dos anos em que passei ensinando técnicas e conduzindo treinamentos, defrontei-me com
essas pessoas constantemente. Tudo que podia fazer era tentar mostrar que a única coisa a ser procurada é o autoconhecimento, que devem
encontrar suas respostas apenas em si mesmas. Mas quando eu explicava que a base da espiritualidade é a responsabilidade consigo mesmo e o
autoconhecimento, respondiam: “você não é espiritual”, e saiam a procura de outra pessoa que lhes desse o dogma que desejavam.
Nunca subestime o perigo que essas pessoas representam. Elas podem ser facilmente transformadas em fanáticas que defenderão a ferro e fogo
suas “causas sagradas”. Isso se dá porque essas “causas sagradas” na verdade substituem a fé que perderam em si mesmas. A maioria dos
moralistas também é formada por “crentes cegos”. Facilmente encontramo-los em cultos, igrejas, comércio, grupos sociais e também na política,
constituindo o segmento fanático dessas organizações.
Praticamente todos Movimentos Coletivizados possuem um líder carismático para servir de guia. Os fanáticos querem converter todos ao seu
ponto de vista, e se necessário procurarão por leis existentes ou tentarão criar novas para chegar ao seu objetivo. Isso fica evidente ao vermos os
esforços dos políticos moralistas.
É essencial para o sucesso dos Movimentos Coletivizados que todos possuam um ódio, inimigo ou “demônio” em comum. Os Renovadores
Cristãos, apesar de terem Satã como seu “inimigo”, não acharam isso suficiente: incluíram na lista também os ocultistas, pensadores modernos e
recentemente todos aqueles que se opõem à integração do Estado com a Igreja, como deixaram claro em suas campanhas políticas. Quando há
revoluções, o “demônio” costuma ser o poder vigente ou a aristocracia.
Alguns movimentos organizam-se de uma forma mais inteligente, por isso não pedem diretamente que seus “graduados” tomem partido em seu
favor, porque isso os colocaria na posição de “líderes fanáticos”, mas se você olhar de perto verá que, de um modo dissimulado, seus “demônios”
são todos aqueles que não fizeram o “curso”.
Também existem os movimentos sem os “demônios”, mas eles raramente tomam grande porte. A grande maioria dos “crentes cegos” pode ser
dividida em três classes: 1) as pessoas inseguras; 2) as mentalmente desequilibradas; 3) as “solitárias”, sem esperanças e amigos.
De qualquer modo, o fato é que as pessoas não precisam de aliados quando seu objetivo é amar, mas apenas quando odeiam ou se tornam
obcecadas por algo. Esses obstinados que desejam uma “vida nova” ou uma “nova ordem” acham que os modos atuais de vida devem ser
extirpados antes que possam começar a construir seu “mundo ideal”.
Técnicas de Persuasão
Tecnicamente, a persuasão não é lavagem cerebral, mas apenas um modo convencer outro indivíduo sem que ele tenha plena consciência do que
causou a sua mudança de opinião. Vou apenas introduzi-los a algumas das centenas de técnicas utilizadas atualmente, cuja essência é conseguir
acesso ao lado direito do cérebro.
O lado esquerdo do cérebro é analítico e racional, o direito é criativo e imaginativo. Isso está extremamente simplificado, mas, por hora, é só que
precisamos saber sobre o funcionamento cerebral. O processo inicial para efetivar a persuasão gira em torno da idéia de distrair e manter ocupado
o lado esquerdo do cérebro. Numa situação ideal, os manipuladores induziriam um estado alterado de consciência – com os olhos abertos –
fazendo com que você passe do estado beta para o alfa.
Vou apresentar um exemplo de como distrair o cérebro esquerdo. Políticos usam essas técnicas o tempo todo; advogados utilizam muitas de suas
variações, e chamam isso de “apertar o cerco”.
Suponha por um momento estar assistindo um político discursar. A primeira parte desse discurso é a “axiomática”. Ele tentará condicionar os seus
ouvintes a concordar com tudo o que diz fazendo afirmações indiscutivelmente verdadeiras. Às vezes, durante essa parte, as pessoas até balançam
suas cabeças em sinal de concordância. A próxima etapa é a dos “truísmos”. São verdades discutíveis, mas uma vez que o político já possui o
assentimento da audiência, é muito improvável que eles parem para pensar independentemente, e deste modo continuarão a concordar. Por último
vem a “sugestão”. É a parte na qual o político diz o que você deve fazer, pois admitindo que se tenha concordado com todo o discurso, essa
sugestão poderia facilmente vir a ser aceita. Prestando-se atenção no discurso abaixo, ver-se-á que as três primeiras sentenças são “axiomas”, as
próximas três são “truísmos” e a última uma “sugestão”.
“Senhoras e senhores, vocês estão revoltados com os altos preços dos produtos alimentícios? Estão cansados do preço astronômico da gasolina? E
também da inflação fora de controle? Bem, vocês todos sabem que o outro partido permitiu que a inflação chegasse a 18% ano passado; também
devem saber que o crime aumentou 50% no país nos últimos 12 meses. Ainda por cima, seus salários mal estão cobrindo as despesas. A resposta
para todos esses problemas é eleger John Jones para o Senado Estadunidense.”
Imagino que você já tenha ouvido tudo isso, mas mantenha-se atento às chamadas “reações inconscientes”. Exemplo: o orador faz um gesto com a
mão esquerda ao mesmo tempo em que diz uma certa palavra chave. Pesquisas demonstraram que isso tende a afetar a parte direita do cérebro. Os
políticos hoje em dia são altamente treinados por especialistas do ramo da neurolingüística, que lançam mão de todas as técnicas – tanto antigas
quanto novas – que ajudem a persuadir os eleitores a votar em seus candidatos.
Os conceitos e técnicas da neurolingüística são tão pesadamente protegidos que apenas falar sobre eles publicamente ou em artigos pode vir a
resultar em processos legais. Ainda assim, treinamentos na área estão prontamente disponíveis a qualquer um disposto a pagar o preço. Ela é um
dos métodos mais sutis e poderosos de manipulação que já conheci. Uma amiga minha que recentemente participou de um seminário de duas
semanas sobre neurolingüística notou que a maioria dos presentes eram políticos.
Uma outra técnica extremamente ardilosa chama-se “Técnica da Fachada”. Basicamente ela consiste em dizer uma coisa com as palavras, mas
deixar outra impressão subconsciente na mente dos ouvintes. Deixe-me exemplificar: imagine-se assistindo televisão, e então ouvindo o
comentador dizer o seguinte: “O senador Johnson está ajudando as autoridades locais a limpar os estúpidos erros das companhias que contribuem
para o problema do lixo nuclear”. Isso parece possuir caráter apenas informativo, mas se o comentador enfatizar a palavra certa, e especialmente se
fizer a gesticulação adequada, poderia passar a inconsciente impressão de que o Senador Johnson é estúpido. A ironia é que mesmo se essa fosse a
intenção original do comentador, ainda assim não poderia ser acusado de nada.
Técnicas de persuasão são freqüentemente usadas em menor escala, mas com a mesma eficiência. O vendedor de seguros sabe que venderá mais se
conseguir fazer com que seus clientes concebam na mente a imagem que ele quer passar. Isso é comunicação pelo lado direito do cérebro. Por
exemplo, no meio de uma conserva, o vendedor de seguros para, olha para sua sala, e pergunta: “você consegue imaginar sua casa maravilhosa
pegando fogo?” É claro que você consegue! Isso é um medo inconsciente, e quando ele lhe força a imaginar isso, provavelmente o deixará
propenso a assinar o contrato proposto.
Os Hare Krishnas, que operam em todos aeroportos, usam a técnica que eu denomino “choque e confusão” para distrair o lado esquerdo do cérebro
e assim abrir uma linha de comunicação direta com o lado direito.
Enquanto eu esperava pelo avião, uma vez assisti um deles por mais de uma hora. Sua técnica consistia em quase pular na frente de alguém
falando em voz alta pedindo que comprasse um livro e contribuísse com dinheiro para sua causa. Quando as pessoas estão chocadas, facilmente
sucumbem à pressão. Neste caso, elas foram chocadas pela inesperada aparição de um devoto Hare Krishna falando em voz alta. Em tais situações,
as pessoas passam, por segurança, ao estado mental alfa; assim evitam confrontar a realidade que os assusta. E já que no estado alfa se tornam
altamente sugestionáveis, reagem aceitando o livro; no mesmo momento em que o fazem, sentem culpa; livram-se dela aceitando a segunda
sugestão: dar dinheiro. Isso acontece porque todos estamos condicionados à idéia de que se alguém nos dá algo, nós temos que dar algo em troca e,
no caso, o algo é dinheiro. Eu estava perto o suficiente do devoto para perceber que, enquanto ele “trabalhava”, as pessoas abordadas por ele
apresentavam um sinal externo do estado alfa: suas pupilas estavam dilatadas.
Programação Subliminar
Subliminares são mensagens ocultas que apenas o subconsciente percebe. Podem ser sonoras, escondidas em uma música; também visuais, na
forma de imagens esboçadas tão rapidamente que não há como percebê-las conscientemente; ou então incorporadas de modo astucioso a uma foto
ou desenho.
A maioria das fitas de áudio usadas na programação subliminar é feita de sugestões verbais gravadas em freqüências muito baixas. Eu acho essa
técnica questionável, porque se as sugestões subliminares não são perceptíveis aos sentidos, não podem surtir efeito algum. Todos sabemos que
qualquer coisa gravada abaixo da amplitude audível dos seres humanos é inútil.
A técnica de programação subliminar em áudio mais antiga consiste em uma voz que segue o tom da música, e assim se torna indetectável sem um
equalizador paramétrico. Mas ela é patenteada, e quanto eu quis desenvolver minha própria linha de fitas de áudio com programações
subliminares, não tive sucesso negociando com os possuidores da patente. Meu advogado, então, obteve cópias das patentes, as quais eu dei a um
talentoso engenheiro do ramo e pedi a ele que criasse uma nova técnica. Foi encontrado um modo de sintetizar e modificar psico-acusticamente as
mensagens para que fossem reproduzidas na mesma freqüência da música, desse modo aparentando ser parte dela. Percebemos que usando essa
técnica fica impossível reduzir as outras freqüências para possibilitar a detecção da programação subliminar mascarada. Em outras palavras, apesar
de as sugestões estarem sendo ouvidas pelo subconsciente, não podem ser detectadas nem mesmo com o equipamento mais sofisticado.
Se para nós inventar uma técnica nova foi tão fácil, vendo a tecnologia atual e todo o capital aplicado em publicidade, apenas fico a imaginar quão
desenvolvidas essas técnicas devem estar atualmente. Assusto-me só de pensar sobre toda a propaganda e manipulação comercial a que somos
expostos diariamente. Simplesmente não há como saber o que está por detrás da música que ouvimos. É até possível esconder uma segunda voz
atrás da principal.
As informações levantadas por Wilson Bryan Key documentam o uso mal-intencionado da programação subliminar em comerciais e campanhas
políticas, mas especialmente em jornais, revistas e posters.
A grande questão é: programação subliminar realmente funciona? Eu respondo e garanto: sim, funciona. Digo isso não apenas baseado nos relatos
dos que ouviram minhas fitas, mas também porque vi os resultados obtidos por essas programações no departamento musical. Supostamente a
única mensagem mascarada nas músicas seria “Não roube”: após nove meses o departamento de uma rede de lojas constatou uma redução de 37%
nos roubos.
O Laboratório de Psicofisiologia Cognitiva na Universidade de Illinois, em 1984, publicou um artigo num boletim informativo chamado “Cérebro-
Mente” afirmando que cerca de 99% de nossa atividade cognitiva poderia ser inconsciente. O extenso artigo termina fazendo a seguinte afirmação:
“Essas descobertas sustentam que o uso da programação subliminar é tão eficiente quanto a hipnose terapêutica, programação neurolingüística ou
sugestões gravadas em áudio”.
Manipulação em Massa
Poderia relatar muitos casos para sustentar a eficiência da programação subliminar, mas prefiro usar o tempo para alertá-los sobre modos ainda
mais sutis em que essa programação é empregada.
Pessoalmente compareci a um auditório com mais de 10 mil pessoas reunidas para assistir uma palestra. Vinte minutos após entrar no local,
percebi que estava oscilando entre estados de consciência. Meu acompanhante percebeu a mesma coisa, e por sermos profissionais da área,
estávamos cientes do que aquilo significava.
Através de uma observação cuidadosa, chegamos à conclusão de que as demonstrações aparentemente espontâneas eram, na verdade, hábeis
manipulações. Neste ambiente, o único modo que consegui imaginar para induzir transe em pessoas com olhos abertos seria ressoar uma vibração
sonora de 6 ou 7 ciclos por segundo e mascara-la com o ruído do ar condicionado. Essa vibração em particular leva ao estado alfa de consciência.
Dez a 25 por cento da população é passível de induções a estados de consciência sonambúlicos. Para essas pessoas, a sugestão do orador, se não
representar perigo a elas mesmas, tem grande potencial de ser aceita como um “comando”.
Vibrato
Isso nos leva a mencionar o Vibrato, um efeito tremular utilizado em vocais ou músicas instrumentais. Sua freqüência induz estados alterados de
consciência. Em um certo período da história inglesa, os cantores cujas vozes possuíssem o vibrato pronunciado eram proibidos de cantar em
público porque os ouvintes entravam em estados alterados e tinham fantasias, muitas das quais eram de natureza sexual.
Pessoas que gostam de opera ou cantores como Mario Lanza, estão familiarizadas com esse estado de consciência.
Levando esse alerta um pouco mais adiante, menciono aqui as OFE. Um dos primeiros usos dados a essa onda de natureza eletromagnética foi a
comunicação entre submarinos. Dr. Andrija Puharich, um respeitadíssimo pesquisador, organizou um experimento na tentativa de advertir os
oficiais do Estados Unidos sobre o uso que os russos estavam fazendo dessas ondas.
Os voluntários foram conectados a aparelhos para que suas fases cerebrais fossem monitoradas. Após isso, foram colocados em uma sala de metal,
impenetrável a sinais comuns. Dr. Puharich então irradiou OFE nos voluntários. Esse tipo de onda atravessa facilmente a terra, e obviamente
também passou através do metal. Para os que estavam dentro da sala era impossível saber se o sinal estava ou não sendo enviado. Após o
experimento, através do registro da atividade neural dado pelos equipamentos, Dr. Puharich constatou que 30 por cento dos que estavam dentro da
sala após 6 a 10 segundo haviam sido “dominados” pelas OFE.
Quando eu digo “dominados”, quero dizer que seus comportamentos seguiram exatamente o previsto para cada freqüência específica. Ondas com
menos de 6 ciclos por segundo os tornaram emocionalmente perturbados, até causando disfunções corporais. Ondas com 8.2 ciclos/segundo
faziam-los sentirem-se inebriados, como se estivessem em alguma espécie de meditação sublime, que levaria anos para ser aprendida. As ondas de
11.3 ciclos por segundo induziram um comportamento depressivo e ansioso, o que resultou em uma conduta revoltosa.
O Neurofone
Dr. Patrick Flanagan, um amigo pessoal, no começo dos anos 60, quando ainda era apenas um adolescente, foi listado como um dos maiores
cientistas do mundo pela revista “Life”. Entre as muitas de suas invenções, havia um dispositivo chamado “Neurofone”. Um instrumento
eletrônico capaz de programar sugestões através da pele. Ao tentar patenteá-lo, o governo dos Estados Unidos exigiu a prova de que realmente
funcionava. Após tê-lo provado, a Agencia de Segurança Nacional confiscou o Neurofone. Patrick perdeu cerca de dois anos em batalhas judiciais
para conseguir sua invenção de volta.
Ao usar o dispositivo, não se ouve ou vê nada; ele envia mensagens através da pele que, segundo Patrick, é capaz de uma sensibilidade muito
especial por possuir mais sensores de calor, toque, dor, vibração e campos elétricos que qualquer outra parte do corpo.
Em um de seus testes mais recentes, organizou dois seminários idênticos para espectadores militares. Devido ao grande número de indivíduos, o
auditório não era grande o suficiente acomodar todos ao mesmo tempo, então o primeiro seminário seria feito numa noite e o outro na
subseqüente.
Ao ver que o primeiro grupo se mostrou frio e indiferente, Patrick passou o próximo dia fazendo uma fita especial para utilizar no segundo
seminário. A intenção era que a fita instruísse-os a serem cordiais e receptivos, e também para que sentissem um “formigamento” nas mãos. Ela
foi reproduzida através do neurofone, que estava conectado a um fio colocado ao longo do teto do auditório. Não havia alto-falantes e nenhum
ruído podia ser ouvido, mas, ainda assim, a mensagem foi transmitida do fio diretamente aos cérebros da audiência, que respondeu de acordo com
a programação: tornaram-se cordiais e receptivos, suas mãos formigaram e também reagiram de outros modos que não podem ser mencionados
aqui.
Quanto mais descobrimos sobre o funcionamento do corpo, mais aprendemos a controlar os seres humanos. O mais assustador é saber que os
meios para essa “dominação coletiva” já existem. As televisões em sua sala e quarto estão fazendo algo mais que apenas entretê-lo.
Antes de continuar, vou explicar mais uma coisa sobre os estados alterados de consciência. Neles, passamos a utilizar o lado direito do cérebro, o
que resulta na liberação dos opiáceos naturalmente contidos no corpo: encefalinas e beta-endorfinas. Substâncias que são quimicamente quase
idênticas ao ópio. Em outras palavras: você se sente bem e vai querer mais.
Testes recentes feitos pelo pesquisador Herbet Krugman mostraram que, ao assistir televisão, a atividade do lado direito do cérebro é maior numa
proporção de 2 para 1. Dizendo de modo mais claro, os espectadores estavam num estado alterado de consciência. Durante o tempo em que
passaram vendo TV estavam predominantemente em transe. E isso significa que estavam recebendo a “recompensa” de beta-endorfinas.
No intuito de medir a intensidade da atenção dos telespectadores, o psicofisiologista Thomas Mulholland do Hospital de Veteranos em Bedford,
Massachusetts, conectou alguns jovens voluntários a um dispositivo que desligava a televisão automaticamente ao detectar que as ondas alfa se
tornavam preponderantes em seus cérebros. Apesar de dizer para se concentrarem, apenas alguns conseguiram manter a televisão ligada por mais
de 30 segundos.
Se a maioria dos telespectadores já está hipnotizada, aprofundar o transe é fácil. Um método simples é colocar uma imagem em branco a cada 32
quadros do filme sendo projetado. Isso cria uma pulsação rítmica de 45 ciclos por segundo que apenas é detectada pela mente subconsciente (o
lugar ideal para induzir a hipnose profunda). Os comerciais que forem trabalhados em suas características para induzir o estado alfa têm uma
probabilidade muito maior de serem aceitos pela audiência. A alta porcentagem de telespectadores passível de indução a estados de consciência
sonambúlicos pode muito bem vir a aceitar as sugestões ou comandos desde que não contrariem sua moral, religião ou integridade.
A oportunidade para tomar o controle sobre a população está bem aqui: aos 16 anos uma criança já passou de 10 a 15 mil horas assistindo
televisão, e isso é mais tempo do que passa na escola! Em média, as TVs permanecem ligadas por volta de 6 horas e 44 minutos por dia, o que
representa um aumento de 9 minutos em relação ao ano passado e de três vezes em relação à média dos anos 70. Obviamente não há perspectiva
de melhora. Estamos nos transformando em um “mundo alfa”, muito parecido com o proposto por Orwell em 1984: plácido, transparente e
obediente.
Em uma pesquisa feita por Jacob Jacoby, psicólogo da Universidade de Purdue, constatou-se que 90% das pessoas não entendiam completamente
nem a mensagem de um comercial simples. O telespectador típico, um minuto após ter assistido um programa, acerta apenas 13 de 36 perguntas
sobre o que acabou de ver. Resultado facilmente previsível, pois ele estava entrando e saindo de transe! Em transe profundo, você deve ser
especificamente instruído para lembrar-se dos acontecimentos, do contrário esquece-os automaticamente.
Epílogo
Neste artigo apenas toquei a ponta do iceberg. Ao começar a pensar nas possibilidades de combinação entre mensagens subliminares em músicas e
imagens, efeitos visuais hipnóticos, músicas com batidas indutoras de transe, chega-se a inúmeras fórmulas extremamente eficientes para perpetrar
lavagem cerebral. A cada hora na frente da TV você se torna mais e mais condicionado. E caso pense “deve haver alguma lei para controlar esse
tipo de coisa”, enganou-se. Não há! Existe muita gente poderosa que obviamente prefere as coisas exatamente como estão. Talvez estejam
planejando algo?