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Filosofia

Conjunção VV-V

Disjunção inclusiva FF-F

Disjunção exclusiva VV-F e FF-F

VF-F
Condicional P-antecedente, condição suficiente
Q-consequentemente, condição necessária

Bicondicional VF-F e FV-F

Formas argumentativas válidas

Negação Dupla

Tabela de validade:
P ¬¬P ∴P

V VFV V

F FVF F

Modus Ponens (modo de afirmação)

Exemplo:
Se está Sol, então vamos à praia.
Está Sol.
Logo, vamos à praia.
Forma Lógica:

Tabela de validade:
Modus Tollens (modo de negação)

Exemplo:
Se gostas de mim, então respeitas-me.
Não me respeitas.
Logo, não gostas de mim.
Forma Lógica:

Tabela de validade:

Contraposição

Exemplo:
Se gostas de mim, então respeitas-me.
Logo, se não me respeitas, então não gostas de mim.
Forma Lógica:

Tabela de validade:

Silogismo hipotético
Exemplo:
Se gostas de mim, então respeitas-me.
Se me respeitas, então dizes-me a verdade.
Logo, se gostas de mim, dizes-me a verdade.
Forma Lógica:

Tabela de validade:

Silogismo disjuntivo

Exemplo:
Tens menos de 3 negativas ou reprovas.
Não tens menos de 3 negativas.
Logo, reprovas.
ou
Tens menos de 3 negativas ou reprovas.
Não reprovas.
Logo, tens menos de 3 negativas.
Forma Lógica:
Tabela de validade:

Leis de Morgan:
Negação da disjunção

Exemplo:
Não é verdade que o futebol é embrutecedor ou demasiado competitivo.
Logo, o futebol não é embruteceedor nem demasiado competitivo.
Forma Lógica:

Tabela de validade:

Negação da conjunção

Exemplo:
Não é verdade que a guerra e a pobreza sejam boas experiências.
Logo, a guerra não é uma boa experiência ou a pobreza não é uma boa experiência.
Forma Lógica:

Tabela de validade:
Falácias formais

Uma falácia é um argumento que parece correto, mas não é.


Uma maneira de um argumento ser falacioso é parecer válido, mas não ser.

Uma falácia formal parece ter uma forma lógica válida, mas não tem.
Uma falácia informal pode ser um argumento correto do ponto de vista formal.

Falácia da afirmação da consequente

Exemplo:
Se está sol, então vamos à praia.
Vamos à praia.
Logo, está sol.
Forma Lógica:

Tabela de validade:

Falácia da negação da antecedente

Exemplo:
Se está sol, então vamos à praia.
Não está sol.
Logo, não vamos à praia.
Forma Lógica:

Tabela de validade:
Argumentos dedutivos e não dedutivos

Argumentos dedutivos
- A verdade das premissas assegura a verdade da conclusão

Argumentos não dedutivos


- A verdade das premissas torna possível a verdade da conclusão

A validade dos argumentos dedutivos depende apenas da forma lógica.


A validade dos argumentos não dedutivos depende do conteúdo das proposições.

Falácia formal e informal

Uma falácia é um argumento incorreto que pode parecer correte a quem pouco souber de
lógica.
Falácias formais- são argumentos com incorreções na forma lógica, e que pode parecer
correto a quem pouco souber de lógica.

Falácia informal- são argumentos com incorreções no conteúdo, e que pode parecer
correto a quem pouco souber de lógica.

Avaliar argumentos não dedutivos


Existem critérios para avaliar se os argumentos não dedutivos, são fortes ou fracos.

Se um argumento infringir um desses critérios, pode ser considerado uma falácia.

Tipos de argumentos não dedutivos:


- Argumentos por analogia
- Argumentos indutivos (generalização e previsão)
- Argumento de autoridade
Argumentos indutivos- num argumento indutivo faz-se um raciocínio por indução.
As induções podem ser de dois tipos: generalização e previsão.
Generalização- conclui-se uma caracteristica observada numa amostra pode ser atribuida a
todos os elementos pertencentes a uma classe, mesmo aos que não fazem parte da
amostra.

Previsão- refere, geralmente, um (ou alguns) caso(s) futuro(s) que se prevê ser similar aos
casos observados até agora.

Possíveis falácias em argumentos indutivos


Argumentos por analogia- tendo como ponto de partida a constatação que existem
semelhanças entre determinados aspetos de duas coisas diferentes, conclui-se que
provavelmente também existem semelhanças noutros aspetos.

Forma Lógica (possível) Exemplo

O objeto A tem característica X. Esta doente tem diarreia, dores abdominais,


O objeto B é semelhante ao objeto A. náusea, vómitos e cãibras.
Logo, o objeto B tem provavelmente a As pessoas com esses sintomas geralmente têm
característica X. cólera.
Logo, esta doente tem cólera.

Possíveis falácias em argumentos por analogia

Argumentos de autoridade- é um argumento em que se cita alguém que é reconhecido


como um especialista num determinada assunto para justificar a conclusão.

Forma Lógica (possível) Exemplo

A (a autoridade) afirma que X. O Gabinete de Informação de Presidência da


Logo, X é verdadeiro. República Portuguesa afirma que Manuel de
Arriaga foi o 1º Presidente da República, após o
derrube da monarquia em 1910.
Logo, é correto dizer que Manuel de Arriaga foi o
1º Presidente da República Portuguesa.
Falácias informais

Falso dilema- alega-se que duas alternativas de uma disjunção são as únicas possíveis,
quando na realidade há mais.
Ex:
Ou és carnívoro ou és vegetariano.
Não és vegetariano, portanto és carnívoro.

Ataque à pessoa (ad hominem)- em vez de se criticar as ideias de alguém, criticam-se os


aspetos pessoais que nada têm a ver com o assunto e que não são pertinentes para
justificar a conclusão.
Ex:
Nietzsche afirma que Deus não existe, mas ele era um imoralista que antes de morrer
enlouqueceu por ter contraído sífilis na juventude.
É claro que Deus existe!

Apelo à ignorância- conclui-se que algo é verdadeiro por não ter sido provado falso, ou
que é falso por não ter sido provado verdadeiro
Ex:
Ninguém provou que Deus existe. Logo, Deus existe.

Falácia da falsa relação causal- considera-se erradamente que, pelo facto de um certo
acontecimento ocorrer a seguir a outro, existe entre uma relação de causa e efeito.
Ex:
O relâmpago é causa do trovão na medida em que este surge sempre depois daquele.”

Falácia da petição de princípio- dá-se como adquirido que se quer provar, ou seja, a
conclusão é pressuposta nas premissas.
Ex:
Jesus é filho de Deus pois assim o afirmou, e filho de Deus não mente.

Apelo ao povo (ad popolum)- consiste em defender que uma ideia é verdadeira
simplesmente porque é defendida pela maioria das pessoas, como se a maioria tivesse
sempre razão.
Ex:
A maioria dos portugueses defende a pena de morte.
Logo, a mesma deveria ser instaurada em Portugal.

Falácia do espantalho- ocorre quando distorcemos as ideias do nosso interlocutor para


que pareçam ridículas ( faz-se uma caricatura ), tornando mais fácil a sua rejeição.
Ex:
Os defensores dos direitos dos animais sustentam que é tão errado matar um animal como
matar um humano. Mas isso é obviamente falso. Logo, os defensores humanos dos animais
estão errados.

Derrapagem (bola de neve)- alega-se que uma certa proposição é inaceitável porque a
sua aceitação conduziria a uma cadeia de implicações que se vão tornando
progressivamente mais inaceitáveis - mas também mais plausíveis.
Ex:
Se permitimos o casamento homesexual, um dia as crianças poderão ser adotadas por
casais homosexuais.
Se as crianças puderem ser adotadas por casais homossexuais, a família tradicional
desaparecerá.
Se a família tradicional desaparecer, assistiremos ao fim da sociedade civilizada.
Ora, devemos impedir o fim da sociedade civilizada, pelo que não devemos permitir o
casamento homossexual.

Livre-arbítrio

Livre-arbítrio- é a liberdade da vontade, é ter a possibilidade de escolher entre fazer uma


coisa ou outra.

Determinismo- todos os acontecimentos, incluindo as ações humanas, são determinados


por causas anteriores e pelas leis da natureza.

Será a crença no determinismo compatível com a crença no livre-arbítrio?


- Determinismo radical e Libertismo são teorias incompatibilistas;
- Determinismo moderado é uma teoria compatibilista
Para os incompatibilistas, o determinismo e o livre-arbítrio, são incompatíveis, ou seja,
excluem-se mutuamente.

Para os compatibilistas, o determinismo e o livre-arbítrio, são compatíveis, ou seja, não


excluem-se.

Determinismo radical
Tese fundamental: não existe livre-arbitrio e, portanto, nenhuma ação humana é livre.
Teses:
- Não temos livre-arbítrio
- Nenhuma ação humana é livre
- Todas as ações humanas são determinadas
- Determinismo e livre-arbítrio são incompatíveis

O determinismo radical considera que todos os acontecimentos, incluindo também


ações humanas, têm causas anteriores, e estão submetidas às leis da natureza.

Se as ações humanas resultaram de causas anteriores e das leis da natureza, isso significa
que nas nossas ações não temos realmente liberdade de escolha.

Causas determinantes do comportamento humano:


- Físicas e químicas
- Biológicas
- Sociais e culturais
- Psicológicas
- Entre outras.

O ser humano ao agir, fá-lo de acordo com os seus desejos e com as suas crenças.
E estes desejos e crenças são reflexo da nossa personalidade.

E nós não escolhemos a nossa personalidade, ela formou-se na nossa infancia e na nossa
juventude, em função de fatores (causas) que não controlamos: genes e meio social.
Logo, estes fatores determinam a nossa personalidade. E a nossa personalidade, determina
as nossas ações.

Dito isto, as nossas ações, são a consequência inevitável de uma cadeia casual que
não controlamos ( genética, meio social, personalidade, etc), e não resultado do nosso
livre-arbítrio.

O determinismo radical, se apoia em estudos e descobertas de várias ciências (Biologia,


Psicologia ou Sociologia).
Com os estudos e descobertas das várias ciências, é possível apresentar explicações
deterministas do comportamento humano, e assim sendo, negar o determinismo é pouco
racional, uma vez que isso significa contrariar o que é afirmado pela ciência.

Para o determinismo radical, é uma ilusão pensar que podemos escolher livremente o
que fazer.
Porque o desconhecimento das inúmeras causas que influenciam uma ação, levam-nos a
pensar que temos liberdade de escolha. E se conhecêssemos todas essas causas,
percebiríamos que o que fazemos é apenas o que temos que fazer, e que o livre-arbítrio
não existe.

Objeções ao determinismo radical:


- Sem livre-arbítrio não há responsabilidade
- Sem livre-arbítrio, a vida não faz sentido

Libertismo
Tese fundamental: existe livre-arbítrio e algumas ações humanas são livres.
Teses:
- Temos livre-arbítrio
- Algumas ações humanas são livres
- Nem todas as ações humanas são determinadas
- Determinismo e livre-arbítrio são incompatíveis

Para o libertismo, algumas ações humanas não estão determinadas.


Existem ações que não são determinadas por causas anteriores às decisões e escolhas do
agente. - e por isso são ações livres.

Para o libertismo, o agente é livre quando é capaz de tomar uma decisão independente
de quaisquer causas anteriores.

A ideia do livre-arbítrio, consiste na autodeterminação pode ser designada de causalidade


do agente. Este tipo de causalidade, é especial, por só os seres humanos terem

Ao invés, de outros acontecimentos, a causalidade do agente não obedece a leis. Em


circunstâncias semelhantes, a mesma pessoa pode decidir realizar ações diferentes.

Argumentos:
- Possibilidades alternativas de ação
- Argumento da experiência
- Argumento da responsabilidade

Objeções ao Libertismo:
- Não há ações sem causa
- Não sentir as causas, não prova a sua inexistência
Determinismo moderado
Tese fundamental: existe livre-arbítrio e algumas ações humanas são livres.
Teses:
- Temos livre-arbítrio
- Algumas ações humanas são livres
- Todas as ações humanas são determinadas
- Determinismo e livre-arbítrio são compatíveis

O determinismo moderado alega que há efetivamente ações livres e ações não livres e
o mais importante é encontrar o que distingue umas das outras.

Redefinição do conceito de livre-arbítrio:


O determinismo moderado entende livre-arbítrio como o poder de fazermos o que
queremos e não fazer o que não quer.

Uma ação livre não é uma ação sem causas anteriores, mas sim, uma ação isenta de
coações/constrangimentos.

Uma ação livre é quando o agente - apesar de determinado por causas que ignora e
escapam do seu controlo ( genes, meio social, etc)- faz o que quer/deseja ( sem ser
coagido/constrangido)
Ex:
Ação livre: dar dinheiro a um pedinte por compaixão.
Ação coagida: dar a carteira sob ameaça de uma arma.

Então, uma ação é livre quando:


- é realizada sem coações
- deriva das crenças e desejos do agente

Estas ações têm causas anteriores à decisão do agente, mas não impedem que o agente
realize uma ação livre.

Para o determinismo moderado, há possibilidades alternativas de ação, pois não


estamos condenados a fazer só uma coisa, isto é, agimos de uma forma, mas poderíamos
ter agido de outra.

Objeções do Determinismo moderado:


- Não permite compreender a existência de possibilidades alternativas de ação
- Baixa fasquia

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