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1.

Identificar/compreender/aplicar os conceitos de argumento indutivo, por analogia


e de apelo à autoridade

 Um argumento informal utiliza-se para designar os argumentos que


expressamos em linguagem natural (do quotidiano)
 As suas conclusões não são necessárias mas apenas prováveis.
 Os argumentos são não dedutivos, pelo que não são válidos.
 Os argumentos informais são validos pela força da sua prova e não pela
validade da sua forma.

O que são argumentos indutivos?


 Um argumento indutivo é um raciocínio em que a conclusão é mais ampla do que
as premissas.
 A amplificação da conclusão pode ocorrer, por exemplo, através da
generalização de casos particulares ou através de uma previsão a partir de eventos
passados.
 A avaliação de um argumento indutivo depende da maior ou menor
probabilidade de a sua conclusão se verificar. Quando a sua probabilidade é
elevada diz-se que o argumento é forte.
 Um argumento indutivo não tem validade formal.
 Ainda que possa parecer improvável, é possível que um argumento indutivo tenha
todas as premissas verdadeiras e a sua conclusão seja falsa.
 As conclusões de uma indução não são necessárias, mas apenas prováveis.
2. Diferenciar argumentos informais fortes de argumentos fracos.
Para se obter uma generalização forte:
 As fontes da informação utilizadas devem ser fidedignas;
 Não se deve extrair uma generalização com base num número limitado de exemplos;
 Os elementos que fundamentam a generalização devem ser representativos e
relevantes para a conclusão.

Para se obter uma previsão forte:


 Devemos basear a previsão em fontes fiáveis;
 Não deve estar oculta informação que influencie a conclusão;
 Os elementos que sustentam a conclusão devem ser relevantes.

Argumentos por analogia:

 Os argumentos por analogia extraem conclusões com base em semelhanças


conhecidas entre objetos ou acontecimentos.
 As analogias são muito utilizadas em situações complexas como forma de
simplificação do raciocínio, persuadindo-nos de forma mais intuitiva.
 Não se deve partir do princípio que dois objetos têm de ser semelhantes em
todas as suas características pelo simples facto de o serem em alguns aspetos.

Ex:
Os seres humanos, independentemente da sua raça ou etnia, dão valor à liberdade.
As populações dos países europeus que viveram em ditaduras prolongadas acabaram
por conquistar a democracia. (argumento X)
Alguns países africanos ainda reprimem a liberdade das suas populações através de
regimes políticos ditatoriais. (Argumento Y)
Pelo que, mais tarde ou mais cedo, os povos africanos acabarão por se revoltar e
conquistar a democracia tal como os europeus. (Logo, Y irá ser X
Argumentos de apelo à auturidade:
 Estes argumentos fundamentam a sua conclusão com base na posição de uma
pessoa ou instituição reconhecidas:
• A pessoa A, perita no assunto X, é da opinião que X é verdadeiro, então X é
verdadeiro.
 Num argumento de apelo à autoridade assume-se que a sua conclusão é verdadeira
partindo-se de posições de pessoas ou instituições reconhecidas como peritas no
assunto em causa.
 Os argumentos que recorrem a autoridades são muito utilizados como forma de
simplificar a nossa análise da realidade, pois não nos é possível sermos peritos em
todas as matérias.
 A fonte citada deve ser reconhecida como especialista na matéria em questão.

Ex:
“(…) Os cientistas da NASA dizem que é irreversível o degelo que se verifica na
Antártida. (Argumento X)
Face a esta situação, avisam que o nível do mar pode vir a subir muito mais do que tinha
sido previsto.” (Argumento Y) http://www.rtp.pt | 13-05-2014
Daqui se pode concluir que o nível da água do mar subirá inevitavelmente. (Logo, Y é
verdade)

3. Identificar/compreender/aplicar as falácias informais: petição de princípio, ad


hominem, apelo à ignorância, derrapagem ou bola de neve, espantalho e falso
dilema.

Petição de Princípio (Círculo vicioso)


 Argumento circular que procura provar uma conclusão que já foi assumida como
verdadeira nas premissas.
 Neste tipo de falácia, assume-se uma premissa como verdadeira e em seguida extrai-
se uma conclusão com um conteúdo equivalente.
Derrapagem (bola de neve) ou Ad Consequentiam
 Argumento ardiloso em que se estabelece uma cadeia de consequências negativas
mas pelo menos um dos passos dessa cadeia de que a conclusão depende é falso.

Falso Dilema
 Argumento em que são apresentadas apenas duas alternativas, quando pode existir
uma terceira. Há outras opções que não são consideradas.

Apelo à Ignorância
 Argumento em que uma proposição é considerada falsa por não ter sido provado
que é verdadeira, ou uma proposição é considerada verdadeira por não ter sido
provado que é falsa.

Ad Hominem (contra a pessoa)


 Argumento em que, em vez de se atacar o outro argumento, se ataca a pessoa que o
profere.
 A falácia ad hominem é frequentemente utilizada como tentativa de retirar
credibilidade à pessoa que defende a tese.
Boneco de Palha (ou espantalho)
 Consiste em distorcer ou ridicularizar o conteúdo do argumento que se pretende
rebater de forma a enfraquecê-lo.
 Estrutura:
A pessoa A defende o argumento X.
A pessoa B apresenta o argumento Z, como se fosse o argumento X, apresentado
por A.
A pessoa B ataca o argumento Z.
O argumento sustentado pela pessoa A é considerado falso.
O argumento X é considerado falso.

Em conclusão:
1. Distinguir ação de acontecimento, ato voluntário de involuntário:
 O termo ação emprega-se em contextos diferentes:
 ´´atos dos homens``- é o que fazemos ou nos acontece sem termos desejado. Somos
os atores mas não ao autores desses atos.
 ´´atos humanos``- exigem determinados requisitos, tèm uma caracterização própria:
• São realizados voluntariamente e conscientemente, com conhecimento da
causa;
• São livres, ou seja, realizamos algo mas podíamos ter agido de outra forma;
• São atos intencionais, dotados de uma intenção ou propósito e têm sempre
uma finalidade.

Atos voluntários (agir)


 As ações voluntárias são aquelas que são precedidas por uma deliberação e por uma
decisão livre e consciente.
 O agente é sempre responsável pela ação que pratica e pelas consequências que ela
provoca.

Atos involuntários (fazer/es)


 Não exige deliberação e uma decisão consciente
 É algo que fazemos sem pensar e não podemos escolher não o fazer.

Concluímos, deste modo, que agir implica uma decisão consciente, que exercemos de
forma voluntária e intencional, enquanto que fazer não envolve, geralmente,
deliberação ou objetivos conscientes por parte do agente.

2. Identificar e caraterizar os elementos da rede conceptual da ação humana (agente


– intenção – motivação – deliberação – decisão

Estrutura ou momentos que integram a ação humana:

 Motivo- Responde à questão- porquê?

O motivo é a razão consciente de agir, é aquilo que é capaz de mover a nossa vontade
levando-a a produzir um ato ou uma ação.

 Intenção- responde à questão- para quê; qual o propósito?


As noções de motivo e intenção são próximas uma da outra porque só falamos de
ações intencionais se elas forem determinadas por um motivo ou intenção que
as justifique.
Deliberação:
 Consiste em prever as consequências das ações, avaliar aprós e contras, calcular o
resultado futuro.
 É a prévia à decisão, pressupõe uma avaliação racional das diferentes formas
possíveis de chegar ao seu objetivo.

Decisão:
 É a escolha entre várias alternativas possíveis. Pela decisão o agente separa-se das
outras possibilidades e centra-se num objetivo que quer tornar efetivo.

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