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Introdução
OBJETIVOS:
- saber o que é argumento e aprender a reconhecê-lo;
- saber identificar premissas e conclusão;
- diferenciar entre indução e dedução;
- saber a diferença entre validade e verdade.
PREMISSAS E CONCLUSÕES
1) O estudo da lógica é o estudo dos métodos e princípios usados para distinguir o
raciocínio correto do incorreto.
3) Argumento é qualquer grupo de proposições em que uma delas é derivada das outras.
Entretanto, argumento não é uma simples “coleção”, pois é adotado de uma estrutura:
chama-se de conclusão àquela proposição que advém das outras, as quais são
enunciadas como prova ou como razão para aceitar a conclusão. Essas são as
premissas.
Ex: Tudo o que é predeterminado é necessário. (Premissa 1)
Todo evento é predeterminado. (Premissa 2)
Logo, todo evento é necessário. (Conclusão)
Só aceitamos a conclusão porque consideramos as premissas 1 e 2 como
verdadeiras. Vale notar que nenhuma proposição é premissa ou conclusão,
isoladamente. No caso acima, a conclusão foi enunciada por último. Frequentemente,
a conclusão é escrita primeiro, fundamentada posteriormente pelas premissas. O que
estiver de azul é conclusão, e vermelho são as premissas.
Ex: “ Em uma democracia, o pobre tem mais poder que o rico, porque há mais dos
primeiros e a vontade da maioria é suprema.”
4) Algumas palavras podem nos ajudar a encontrar uma conclusão, servindo para
apresentá-la, como: “portanto”, “segue que”, “daí”, “logo”, “assim”,
“consequentemente”, “podemos inferir que”. Algumas palavras podem nos ajudar a
encontrar as premissas, servindo para apresentá-las, como: “pois”, “desde que”,
“porque”, “como”, dado que”, etc. Nem sempre haverá essas palavras, sendo
necessário distinguir conclusão de premissas apenas pelo contexto. Além disso, nem
toda parte de um trecho é premissa ou conclusão:
“ Se o código penal proíbe o suicídio, isso não constitui um argumento válido na
Igreja; a proibição é ridícula; pois que penalidade poderá assustar um homem que não
teme a própria morte?”
Você pode se perguntar se parte ‘Isto, digo eu, jamais pode ser verdade’ também não
seria uma conclusão, baseada nas premissas que a seguem. Vale ressaltar que a
conclusão, sendo uma proposição, está relacionada apenas com o significado, e não
com a forma com que a proposição é escrita. Ou seja, o significado da proposição
‘Isto, digo eu, jamais pode ser verdade’ e da proposição ‘Quando a proporção de um
todo aumenta, a outra tem que diminuir.’ referem-se a mesma coisa.
RECONHECIMENTO DE ARGUMENTOS
1) Considere o exemplo:
“Se os objetos de arte são expressivos, eles são uma linguagem.”
Trata-se de uma condicional, apenas afirma que se uma afirmação estiver correta, a
outra também estará, mas as duas podem ser falsas. Não há inferência no exemplo
acima e, portanto, não há argumento. Agora, veja o próximo caso:
“Porque os objetos de arte são expressivos, eles são uma linguagem.”
Aqui tem-se um argumento, pois a frase “Porque os objetos de arte são expressivos”
está sendo afirmada como premissa.
2) Considere a frase:
“Está chovendo, portanto, tire a roupa do varal.”
Apesar do conectivo ‘portanto’, a frase acima não é bem um argumento, já que
‘tire a roupa do varal’ é mais uma ordem do que uma proposição.
EXERCÍCIOS
1. Argumento.
2. Não é argumento → tem-se uma ordem/pedido, não uma proposição.
3. Argumento.
4. Não é argumento.
5. Não é argumento → tem-se uma ordem, não uma proposição.
6. Argumento.
7. Não é argumento (condicional).
8. Não é argumento.
9. Não é argumento.
10. Não é argumento → a verdade já está estabelecida, a frase propõe uma explicação
para o fato de que ‘A nenhum homem é consentido ser juiz em causa própria.’
11. Argumento.
12. Não é argumento.
DEDUÇÃO E INDUÇÃO
1) Dedutivo: as premissas implicam, necessariamente, na conclusão.
Indutivo: as premissas sustentam a conclusão, mas não com certeza.
2) Um argumento dedutivo válido é aquele em que, para qualquer condição em que as
premissas são verdadeiras, a conclusão também é. Caso contrário, o argumento
dedutivo é inválido. Tal fato consiste naquilo que se chama de validade lógica.
3) Não se usa os termos “válido” e “inválido” para argumentos indutivos.
EXERCÍCIOS
1. Dedutivo
2. Indutivo
3. Dedutivo
4. Dedutivo
5. Dedutivo
6. Indutivo
7. Dedutivo
8. Indutivo
9. Dedutivo
10. Indutivo
11. Indutivo
VERDADE E VALIDADE
3) Podemos ter argumentos válidos, pois não possuem contradição entre premissas e
conclusões, mas que são formados por proposições falsas.