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A Condição Humana - Hannah Arendt

A Vita Activa é considerada pela filósofa Hannah Arendt a expressão que designa três atividades fundamentais da
vida humana, são elas:
O Labor que podemos classificar como a atividade biológica do corpo humano, a qual favorece a manutenção das
necessidades básicas para sobrevivência humana. "A condição do labor é a própria vida". (Arendt, 1991, pág,15)
O Trabalho é a possibilidade da criação humana, é o que favorece as artificialidades da existência e nos coloca
no mundo. "A condição humana do trabalho é a mundanidade".(Arendt, 1991, pág,15)
A Ação, é relação entre os homens, desde a Grécia Antiga com o filósofo Aristóteles, podemos pensar no Homem
como um ser político, isto é, um ser que é interdependente, vive em harmonia ou desarmonia com outros homens,
Arendt acredita na ação humana diante das relações políticas e éticas, o respeito pelo modo de ser de cada um e
de si mesmo . "A pluralidade é a condição da ação humana pelo fato de sermos todos os mesmos, isto é,
humanos, sem que ninguém seja exatamente igual a qualquer pessoa que tenha existido, exista, ou venha a
existir." (Arendt, 1991, pág,15)

Bibliografia:
Arendt, Hannah. A Condição Humana. Tradução de Roberto Raposo. RJ. Ed. Forense Univ. 1991.
Postado por Professora Cida Oliveira às 10:44 Nenhum comentário:
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Linguagem Lógica - Dedução e Indução /


Primeiras séries.
Lógica - Dedução: Partindo do geral para chegar ao particular

Raciocinar ou argumentar é um ato característico da inteligência humana. Trata-se de um tipo de


operação discursiva do pensamento que consiste em encadear premissas para delas extrair uma conclusão.
Por premissa ou proposição entendemos a afirmação ou a negação da identidade de dois conceitos ou
termos. Exemplo: Todo homem é mortal.
O raciocínio chega de uma premissa a uma conclusão, passando por várias outras premissas
intermediárias. Nesse sentido, podemos dizer que o raciocínio é um conhecimento mediato ou indireto,
isto é, intermediado por vários outros. Assim, é o contrário da intuição, que é o conhecimento imediato.
Raciocinamos ou argumentamos quando colocamos premissas que contenham evidências em uma ordem
tal que necessariamente nos levam a uma conclusão.

Raciocínio dedutivo
Podemos raciocinar ou argumentar logicamente de três modos diferentes, fazendo uso da dedução, da
indução ou da analogia. Vamos examinar aqui o primeiro tipo de raciocínio, que mereceu uma atenção
toda especial dos lógicos, desde Aristóteles.
A dedução é um tipo de raciocínio que parte de uma proposição geral (referente a todos os elementos de
um conjunto) e conclui com uma proposição particular (referente a parte dos elementos de um conjunto),
que se apresenta como necessária, ou seja, que deriva logicamente das premissas. Veja dois exemplos:

Todo metal é dilatado pelo calor. (Premissa maior)


Ora, a prata é um metal. (Premissa menor)
Logo, a prata é dilatada pelo calor. (Conclusão)

Todo brasileiro é sul-americano. (Premissa maior)


Ora, todo paulista é brasileiro. (Premissa menor)
Logo, todo paulista é sul-americano. (Conclusão)

Aristóteles chamava o raciocínio dedutivo de silogismo e o considerava um modelo de rigor lógico.


Entretanto, é importante notar que a dedução não traz conhecimento novo, uma vez que a conclusão
sempre se apresenta como um caso particular da lei geral.
Assim, a dedução organiza e especifica o conhecimento que já temos. Ela tem como ponto de partida o
plano do inteligível, ou seja, da verdade geral, já estabelecida.
Sofismas ou falácias existem também nos raciocínios ou argumentos que são incorretos, e que visam
induzir ao erro. Chamam-se falácia ou sofisma, e, em geral, contêm falhas no âmbito formal ou material.
Eis um exemplo que tem circulado pela Internet, com outros de igual calibre, para fazer graça:

Toda regra tem exceção.


Isto é uma regra e, portanto, tem exceção.
Logo, nem toda regra tem exceção.

Observe que a premissa maior é um dito popular, baseado no senso comum, cujo caráter verdadeiro é
discutível. É isso o que possibilita extrair a conclusão paradoxal ou absurda. Também é um sofisma ou
falácia a generalização indevida, isto é, algo que é correto para um grupo restrito de elementos é
generalizado para toda a espécie. Considere ainda a seguinte proposição:

"Todo criminoso merece ir para a cadeia".

Neste caso, temos uma falácia de falsa premissa, a partir do momento em que existem penas alternativas,
em que se deve verificar a natureza e a gravidade do crime, etc.

Lógica - Indução: Casos particulares se tornam lei geral

A indução é o raciocínio que, após considerar um número suficiente de casos particulares, conclui uma
verdade geral. A indução, ao contrário da dedução, parte da experiência sensível, dos dados particulares.
Por exemplo:

O cobre é condutor de eletricidade, assim como a prata, o ouro, o ferro, o zinco e outros metais. Logo,
todo metal é condutor de eletricidade. É importante que a enumeração de dados (que correspondem às
experiências feitas) seja suficiente para permitir a passagem do particular para o geral. Entretanto, a
indução também pressupõe a probabilidade, isto é, já que tantos se comportam de tal forma, é muito
provável que todos se comportem assim. Em função desse "salto", há maior possibilidade de erro nos
raciocínios indutivos, uma vez que basta encontrarmos uma exceção para invalidar a regra geral. Por
outro lado, é esse mesmo "salto" em direção ao provável que torna possível a descoberta, a proposta de
novos modos de compreender o mundo. Por isso, a indução é o tipo de raciocínio mais usado em ciências
experimentais.

O argumento de autoridade. Outro tipo de raciocínio indutivo muito utilizado é aquele que se
desenvolve a partir do argumento de autoridade. Um modo válido de apresentar uma evidência é utilizar o
testemunho de uma pessoa, instituição ou obra para sustentar nossa conclusão. Nesse caso, a indução se
justifica da seguinte forma: a pessoa citada já emitiu vários juízos válidos a respeito do tema em pauta.
Por isso, podemos concluir que todos os seus juízos sobre o assunto são igualmente válidos.
A autoridade invocada precisa ser idônea, isto é, estar informada sobre o assunto considerado, e seu
pronunciamento deve estar baseado em evidências objetivas que possam ser comprovadas por outras
pessoas competentes. Somente nesse caso, a autoridade é digna de confiança e seu testemunho é
evidência para a conclusão. Assim, o argumento será indutivamente correto. Há, entretanto, muitos
empregos incorretos desse tipo de argumento, dando lugar a falácias lógicas (contra a lógica formal) ou a
falácias de falsa premissa (contra a lógica material).

Pode-se citar erroneamente uma autoridade ou interpretá-la incorretamente. Por exemplo, quando a
afirmação é retirada de seu contexto original e aplicada em outro. Ou quando a "autoridade" citada é
popular, mas não tem competência para opinar sobre o assunto. Neste caso, o apelo utilizado é meramente
emocional, uma vez que nenhuma evidência lógica é oferecida. Quando usamos livros, autores,
enciclopédias ou especialistas para fundamentar nosso raciocínio, estamos invocando sua autoridade no
assunto. Por isso, é tão importante citar nossas fontes em trabalhos escolares ou científicos: dar o nome
completo do autor e citar o livro onde o lemos, para que o leitor possa conferir se a ideia citada não sofreu
deturpação de nossa parte.
As atividades – Exercícios

1) Existem algumas leis que regem as teorias da ciência moderna, da mesma forma que regem os métodos
que são aplicados em determinadas ciências para operacionalização das investigações. Nesses casos,
podemos dizer que o Método Indutivo e o Método Dedutivo são ordenados e regidos também por leis.
Assinale quais são as leis da Indução e da Dedução, respectivamente, para a investigação.
A) Do centro para o particular e do particular para o centro.
B) Do particular para o centro e do centro para o particular.
C) Do extremo para as partes e das partes para o extremo.
D) Do particular para o geral e do geral para o particular.
E) Todas as alternativas estão incorretas.

2) Considere a seguinte frase: Se todo homem é mortal e Sócrates é homem, então Sócrates é
mortal. Essa frase é:

I - um argumento com premissas e conclusão verdadeiras.


II - uma proposição com antecedente e consequente.
III - um argumento condicional verdadeiro.
IV - uma proposição condicional verdadeira.
V- um argumento categórico verdadeiro.

Estão CERTOS apenas os itens:

a) I e III.
b) I e IV.
c) II e IV.
d) II e V.
e) III e V.

3) Existem certas características básicas que diferenciam os argumentos dedutivos dos indutivos. Analise
as características abaixo:

1) A conclusão encerra informação que nem implicitamente estava contida nas premissas.
2) Se todas as premissas forem verdadeiras, a conclusão também será, necessariamente.
3) Toda a informação ou conteúdo factual da conclusão já estava, pelo menos implicitamente, contido nas
premissas.
4) Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão é provavelmente – porém não necessariamente –
verdadeira.

Assinale a alternativa que relaciona corretamente as características acima ao respectivo tipo de


argumento.

(a) 1. dedutivo; 2. dedutivo; 3. indutivo; 4. indutivo.


(b) 1. dedutivo; 2. indutivo; 3. indutivo; 4. dedutivo.
(c) 1. dedutivo; 2. indutivo; 3. dedutivo; 4. indutivo.
(d) 1. indutivo; 2. dedutivo; 3. dedutivo; 4. indutivo.
(e) 1. indutivo; 2. indutivo; 3. dedutivo; 4. dedutivo.

Postado por Professora Cida Oliveira às 08:40 2 comentários:


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quinta-feira, 10 de março de 2022

A Escola de Atenas - Parte I e Parte II


https://www.youtube.com/watch?v=5rzT9CAS-Lg
A obra Escola de Atenas (1509-11), pintada por Raphael Sanzio (1483-1520), ilustra a Filosofia e está repleta dos
seus maiores expoentes clássicos, permitindo a quem contempla tal imagem uma associação com as ideias dos
filósofos representados e noções de geometria e matemática. O vídeo apresenta detalhes da obra e sua relação
com a representatividade da teogonia, cosmogonia e história da filosofia, possibilitando tanto uma leitura sob o
viés da Estética quanto da Teoria do Conhecimento.

Produção: Gilson Xavier de Azevedo / Mautikos Movie / Zanotto Productions

Idioma: Português

Palavras-chave: Escola de Atenas. Filosofia. Arte. Teoria do Conhecimento. Platão. Aristóteles. Raphael Sanzio.

Duração: 05min50s

Fonte: youtube.com

https://www.youtube.com/watch?v=FN8llqgu7to

Nesta segunda parte de "O Afresco 'Escola de Atenas' e o imaginário Renascentista", temos a continuidade da
apresentação dos detalhes dos elementos que compõem o afresco de Sanzio, todos relacionados a pensadores
clássicos e suas principais ideias, possibilitando abordagens relacionadas à teogonia, cosmologia e história da
filosofia sob uma perspectiva da Teoria do Conhecimento.

Produção: Gilson Xavier de Azevedo / Mautikos Movie / Zanotto Productions

Idioma: Português

Palavras-chave: Escola de Atenas. Filosofia. Arte. Teoria do Conhecimento. Raphael Sanzio. Górgias. Protágoras.
Helenismo. Neoplatonismo. Euclides.

Duração: 05min50s

Fonte: youtube.com

Postado por Professora Cida Oliveira às 12:02 Nenhum comentário:


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quarta-feira, 9 de março de 2022


LINHA DO TEMPO DA FILOSOFIA OCIDENTAL
Antiga Medieval Moderna Contemporânea
Tales de Mileto Santo Agostinho Bacon, Francis Fichte, Johann Gottlieb
(640-548 a.C) (354-430) (1561-1626) (762-1814)
Anaximandro Boécio Galileu Galilei Hegel, Georg W.
(610-547) (480-524) (1564-1642) Friedrich
(1770-1831)
Anaxímenes Avicena Campanella, Tommaso Schelling, Friedrich
(588-524) (980-1037) (1568-1639) (1775-1854)
Pitágoras Pedro Abelardo Kepler, Johannes Schopenhauer, Arthur
(570-490) (1079-1142) (1571-1630) (1788-1860)
Heráclito Averróis Hobbes, Thomas Comte, Augusto
(540-470) (1126-1198) (1588-1679) (1798-1857)
Parmênides Santo Alberto Magno Descartes, René Feuerbach, Ludwing
(530-460) (1200-1280) (1596-1650) (1804-1872)
Zenão de Eléia Roger Bacon More, Henry Mill, John Stuart
(504-?) (1214-1292) (1614-1687) (1806-1873)
Anaxágoras S.Tomás de Aquino Pascal, Blaise Proudhon, Pierre Joseph
(499-428) (1227-1274) (1623-1662) (1809-1865)
Empédocles John Duns Scotus Espinosa, Baruch Kierkegaard, Sören
(490-435) (1265-1308) (1632-1677) Aabye
(1813-1855)
Górgias Guilherme de Locke, John Marx, Karl
(485-380) Ockham (1632-1704) (1818-1883)
(1300-1349)
Protágoras Renascimento Malebranche, Nicolas Engels, Friedrich
(481-411) (1638-1715) (1820-1895)
Leucipo Cusa, Nicolau de Leibniz, Gottfried Dilthey, Wilhelm
(475-?) (1401-1464) Wilhelm (1833-1911)
(1646-1716)
Sócrates Erasmo, Desidério Vico, Giambattista Mach, Ernst
(470-399) (1466-1536) (1668-1744) (1838-1916)
Demócrito Maquiavel, Niccolò Wolff, Christian Peirce, Charles Sanders
(460-370) (1469-1527) (1679-1754) (1839-1914)
Antístenes Lutero, Martin Berkeley, George Avenarius, Richard
(444-365) (1483-1546) (1685-1753) (1843-1896)
Platão Müntzer, Tomás Montesquieu, C.de Nietzsche, Friedrich
(427-348) (1490-1525) Secondat (1844-1900)
(1689-1755)
Diógenes Calvino, João Voltaire, François Windelband, Wilhelm
(400-?) (1509-1564) Marie Arouet (1848-1915)
(1694-1778)
Aristóteles Bodin, Jean Hume, David Freud, Sigmund
(384-322) (1530-1596) (1711-1776) (1856-1939)
Pirro Montaigne, M. Rousseau, Jean- Bergson, Henri
(365-275) Eyquem Jacques (1859-1941)
(1533-1592) (1712-1778)
Epicuro Giordano, Bruno Diderot, Denis Husserl, Edmund
(341-270) (1548-1593) (1713-1784) (1859-1938)
Zenão de Cicio Althusius, Johannes D'Alembert, Jean Croce, Benedetto
(334-262) (1557-1638) Le Round (1866-1952)
(1717-1783)
Cleantes Kant, Immanuel Luxemburgo, Rosa
(331-232) (1725-1804) (1871-1919)
Crísipo Russell, Bertrand
(281-205) (1872-1970)
Panécio Scheler, Max
(180-110) (1874-1928)
Lucrécio Cassirer, Ernest
(98-55) (874-1945)
Cícero Spengler, Oswald
(106-43) (1880-1936)
Sêneca Bachelard, Gaston
(4 a.C.-65 d.C.) (1884-1962)
Epicteto Lukács, Georg
(50-125) (1885-1971)
Marco Aurélio Bloch, Ernest
(121-180) (1885-1977)
Clemente de Wittgenstein, Ludwig
Alexandria (1889-1951)
(150-215)
Orígenes Heidegger, Martin
(185-254) (1889-1976)
Plotino Gramsci, Antonio
(205-270) (1891-1937)
Porfírio Carnap, Rudolf
(232-305) (1891-1970)
Benjamin, Walter
(1892-1940)
Koyré, Alexandre
(1892-1964)
Horkheimer, Max
(1895-1973)
Marcuse, Herbert
(1898-1979)
Gadamer, Hans-Georg
(1900-...)
Lacan, Jacques
(1901-1981)
Popper, Karl
(1902-1994)
Adorno, Theodor
Wiesegrund
(1903-1969)

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