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O Modus Ponens é uma forma de inferência que consiste em afirmar o antecedente de uma
premissa condicional para concluir com a afirmação do consequente.
O Modus Tollens é uma forma de inferência que consiste em negar o consequente de uma
premissa condicional para concluir com a negação do antecedente.
O Silogismo Disjuntivo é uma forma de inferência em que a primeira premissa consiste numa
disjunção inclusiva, a segunda premissa apresenta a negação de uma das disjuntas e na
conclusão afirma-se a outra.
O Silogismo Hipotético é uma forma de inferência que consiste em deduzir uma condicional da
forma P → R das condicionais P → Q e Q → R, dadas como premissas.
Para avaliar os argumentos não-dedutivos, para sabermos se são fortes ou fracos, teremos de
verificar se esses argumentos respeitam ou não determinados critérios.
Quando isso não acontece, podemos cometer falácias ou ser enganados por elas. Já sabemos
que as falácias são argumentos que parecem ser corretos ou adequados, mas não o são.
As falácias formais, decorrem de falhas ou erros cometidos na forma lógica dos argumentos
(por exemplo, as falácias da afirmação do consequente e da negação do antecedente).
No caso das falácias informais, as falhas ocorrem ao nível do conteúdo dos argumentos e não
na sua forma lógica, traduzindo-se em argumentos fracos e maus, que aparentam ser fortes e até
bons, mas que na realidade têm alguma falha no seu conteúdo, na sua matéria, ou na maneira
como a linguagem natural comum é neles usada.
-Argumentos indutivos:
Os argumentos indutivos ou induções podem ser de dois tipos: a generalização e a previsão.
Quando não se cumprem estes requisitos, podem cometer-se falácias. Neste caso, por se tratar
de falhas que ocorrem ao nível do conteúdo dos argumentos e não na sua forma lógica,
designam-se por falácias informais.
Na construção de uma indução por previsão não pode ter sido encontrada, depois de
ativamente procurada, informação de fundo que inviabilize o apoio das premissas à conclusão.
Quando este critério não é respeitado, pode ocorrer a falácia da previsão incorreta ou
inadequada.
Há alguns cuidados a ter na construção dos argumentos por analogia. Um argumento por
analogia só será forte e bom se respeitar os seguintes critérios:
- as semelhanças ou analogias estabelecidas entre as realidades devem ser relevantes com
respeito à conclusão;
- para além de relevantes, essas semelhanças ou analogias têm de ser em número suficiente;
- não podem existir, entre as realidades comparadas, diferenças significativas e relevantes
com respeito à conclusão e que a possam pôr em causa.
Sempre que estes requisitos são violados, ocorre a falácia da falsa analogia.
-Argumento de autoridade:
O argumento de autoridade é um tipo de argumento que se apoia nas afirmações de um
especialista, um perito ou pessoa a quem se reconhece autoridade numa determinada área do
saber, para fazer valer uma dada tese.
O apelo à autoridade surge, muitas vezes, na publicidade. Contudo, este apelo é, na maioria das
vezes, indevido.
Para evitar o apelo indevido à autoridade, devemos respeitar os seguintes critérios na
construção de argumentos de autoridade:
- a autoridade invocada deve ser um efetivo especialista ou perito na área em questão, ou seja,
uma autoridade reconhecida;
- a autoridade invocada tem de estar identificada, preferencialmente indicando-se a fonte em
que ela exprimiu a sua ideia, isto é, a autoridade não deve ser anónima;
- a autoridade invocada deve dispor de provas e quem a invoca deve as compreender;
- a tese deve ser amplamente consensual entre as autoridades dessa área;
- o especialista invocado não pode ter interesses pessoais ou de classe no âmbito do assunto
em causa, ou seja, deve haver imparcialidade e não tentativas de enganar as pessoas ou o
auditório, na busca de algum tipo de benefício, em especial de carácter económico ou social;
- o argumento não pode ser mais fraco do que outros argumentos a favor de uma tese oposta;
Quando algum dos critérios acima descritos é violado, comete-se a falácia do apelo ilegítimo
à autoridade.
Embora a pessoa invocada seja um especialista na área em questão, pode acontecer que ela
não disponha de boas provas daquilo que afirma, sendo inclusive alguém com interesses
pessoais no âmbito do assunto em causa. Além disso, mesmo entre os especialistas, não existirá
certamente um amplo consenso relativamente à tese em causa.
Falácias informais:
Falácia da petição de princípio:
É a falácia que consiste em assumir como garantido ou em pressupor aquilo que se pretende
provar, estando a conclusão implícita, ainda que disfarçadamente, nas premissas.
Por essa razão, a falácia da petição de princípio é um argumento circular, é um argumento que
parte do ponto a que se pretende chegar.
O uso do falso dilema constitui, muitas vezes, uma técnica de manipulação, sendo usada, por
exemplo, na política e na publicidade. Geralmente, quando se usa esta estratégia, apresenta-se
uma opção que é conhecida como indesejável, inaceitável ou repulsiva e outra que o
manipulador deseja que seja escolhida pelo interlocutor (o que acabará por ser forçado).
Forma lógica: Ou A ou B, mas não ambas. Não-A (ou Não-B). Logo, B (ou A).
Embora sejam válidos em termos dedutivos, estes argumentos não são sólidos, exprimindo a
falácia do falso dilema, o que significa que não são convincentes do ponto de vista informal.
Em ambos os casos, a primeira premissa, visto não esgotar todas as alternativas, constitui uma
disjunção falsa, embora possa parecer verdadeira em alguns contextos argumentativos.
Falácia da falsa relação causal:
É a falácia que se comete sempre que se confunde com uma relação de causalidade aquilo que
é apenas uma sucessão de acontecimentos ou a mera correlação entre eles. Trata-se, por isso, de
concluir indevidamente que há uma relação de causa e efeito entre dois acontecimentos x e y,
em que um se verifica ou sucede após o outro ou em que ambos se verificam em simultâneo.
No primeiro caso, considera-se que a sucessão de acontecimentos prova existir entre eles
uma relação de causalidade. Ora, isto é errado: a mera sucessão não implica causalidade.
Em suma, esta falácia é frequente, e ocorre na medida em que se admite existir uma relação
causal entre duas coisas ou dois acontecimentos sem se dispor de provas científicas que
permitam saber isso.
Falácia ad hominem:
A falácia ad hominem é o tipo de argumento dirigido contra a pessoa, sendo assim a falácia
que se comete quando, em vez de se atacar ou refutar a tese de alguém, se ataca a pessoa que a
defende e a sua idoneidade.
Forma lógica: A pessoa x afirmou que A. Mas x não tem credibilidade. Logo, A é falsa.
Falácia ad populum:
A falácia ad populum (ou falácia do apelo à multidão ou ao povo) é a falácia que se comete
quando se apela à opinião da maioria para fazer valer a verdade de uma tese. Normalmente, é
usada para disfarçar a falta de argumentos e de consistência na argumentação.
Para rebater esta falácia, será necessário mostrar que aquilo que a maioria pensa não garante.
por si só, a verdade do que se opõe na conclusão, a maioria pode estar errada.
Falácia do apelo à ignorância:
Ocorre sempre que o desconhecimento de um facto é usado como prova para justificar uma
tese. Num argumento falacioso deste tipo, uma das proposições é tida como verdadeira só
porque não se provou que é falsa ou, ao invés, é considerada falsa porque ainda não se provou
que é verdadeira.
Forma lógica: Não se sabe ou não se provou que A é verdadeira. Logo, A é falsa.
Não se sabe ou não se provou que A é falsa. Logo, A é verdadeira.
Forma lógica: O argumento (ou a tese) y- que é uma versão mais fraca e distorcida do
argumento(ou da tese) x- é um mau argumento (ou uma tese falsa/inaceitável).
Logo, o argumento (ou a tese) x é um mau argumento (ou uma tese falsa/inaceitável).
Para desmontar a falácia do boneco de palha, será necessário mostrar de que forma o
argumento (ou a tese) do interlocutor foi mal interpretado, deturpado ou distorcido.
Falácia da derrapagem:
Também conhecida como "bola de neve" ou "declive escorregadio", esta falácia ocorre
sempre que alguém, para refutar uma tese ou para defender a sua, apresenta, pelo menos, uma
premissa falsa ou duvidosa e uma série de consequências progressivamente inaceitáveis. A
partir da primeira premissa, outras vão surgindo, até se mostrar que um determinado resultado
indesejável inevitavelmente se seguirá.