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Argumentação e pensamento crítico: resumo

O que é um argumento?
Qual é a estrutura básica de um argumento?
Um argumento é a expressão de um raciocínio com o intuíto de provar uma tese/teoria/opinião
numa discussão.

Um argumneto é constituído por 3 preposições: duas premissas que, através da relação inferencial
entre elas dão origem e sustentam uma conclusão.

O que distingue um argumento das outras formas discursivas?


Um argumento é um componente discursivo que pretende/ visa convencer e persuadir o
interlocutor. É a partir do argumento que se desenvolvem outras formas disrcursivas presentes
nos contextos argumentativos.

Dentro das formas do discurso retiramos 4 categorias principais:

- Formas declarativas

-Formas imperativas

-Formas exclamativas

-Formas interrogativas

Estas formas do discurso coencidem com diferentes intenções discursivas. Os tipos de discurso
servem então as diferentes funções da linguagem.

O que é um argumento falacioso e o que o distingue de um


argumento não falacioso?
Um argumento falacioso é um raciocínio defeituoso que parece lógico, mas contém erros
na sua estrutura, o que o torna inválido. As falácias são usadas para persuadir ou
manipular a audiência, muitas vezes apelando para emoções ou ignorando a lógica.
Existem diversos tipos de falácias, e elas podem ser categorizadas de várias maneiras.

Para a distinção dos argumentos serem falaciosos ou não temos de ter em conta os
seguintes pontos:
-» Lógica válida: Um argumento não falacioso é construído com uma lógica válida, onde
as conclusões seguem logicamente a partir das premissas apresentadas, em contraste um
argumento falacioso contém erros lógicos que comprometem a validade do raciocínio.

-» Evidências adequadas: Um argumento não falacioso é apoiado por evidências


relevantes, sólidas e suficientes para sustentar as conclusões. Argumentos falaciosos
muitas vezes carecem de evidências adequadas ou apresentam evidências irrelevantes.

-» Coerência: Um argumento não falacioso é coerente em sua estrutura e na relação entre


as premissas e a conclusão, por outro lado falácias podem introduzir inconsistências ou
contradições no raciocínio.

-» Ausência de manipulação: Um argumento não falacioso evita táticas de manipulação,


como apelos exagerados à emoção, ataques pessoais ou apelos indevidos à autoridades, já
as falácias muitas vezes recorrem a essas estratégias.

-» Rigor na análise: Um argumento não falacioso pode resistir a uma análise crítica, onde
cada premissa é examinada de maneira objetiva. Argumentos falaciosos muitas vezes
desmoronam quando sujeitos a uma análise cuidadosa.

-» Falta de ambiguidade: Um argumento não falacioso é formulado de maneira clara e


precisa, sem ambiguidades que possam levar a interpretações equivocadas. Falácias
podem surgir quando a linguagem é usada de maneira vaga e ambígua.

-» Racionalidade: Um argumento não falacioso é racional e baseado na razão. Falácias por


outro lado recorrem às emoções, preconceitos ou manipulações irracionais.

Para além de todos estes fatores temos também o princípio da discussão nacional e o
contexto dialógico que são de extrema importância para a distinção dos argumentos.

A discussão nacional e o contexto dialógico referem-se à interação e troca de ideias em


nível coletivo, muitas vezes envolvendo questões de interesse público, político,social ou
cultural em uma sociedade.

Falácias mais comuns:

1. Ad Hominem: Atacar a pessoa que faz a argumentação, em vez de abordar o argumento


em si.
2. Petição de princípio: Quando a conclusão do argumento é implicitamente assumida nas
premissas.

3. Falsa Causalidade: Acreditar que, porque um evento ocorreu antes de outro, o primeiro
evento causou o segundo.

4. Generalização apressada: Chegar a uma conclusão com base em uma amostra pequena
ou não representativa.

5. Apelo à emoção: Tentar ganhar aceitação para uma conclusão apelando para
sentimentos, em vez de fornecer argumentos válidos.

6. Falso dilema/ Dilema falso: Apresentar apenas 2 opções quando existem mais alternativas
disponíveis.

7. Apelo à autoridade: Aceitar uma afirmação como verdadeira apenas porque uma figura
de autoridade a fez, sem considerar a validade do argumento ou se a figura de autoridade
teria autoridade sobre o assunto argumentado.

8. Exclusão de possibilidades: Considerar apenas um numero limitado de opções quando há


mais possibilidades disponíveis.

9. Argumento de Anedota: Confiar em exemplos pessoais ou histórias isoladas em vez de


evidências sólidas e estatísticas.

10. Apelo à popularidade: Argumentar que algo é verdadeiro ou bom apenas porque é
popular ou aceite pela maioria.

11. Apelo à ignorância: Ocorre quando alguém argumenta que algo é verdadeiro
simplesmente porque não foi provado ser falso, ou vice-versa, em outras palavras a falácia
ocorre quando a falta de evidência contrária é usada como evidência a favor.

O que é uma pergunta falaciosa?


Quando uma pergunta é falaciosa, os pressupostos (representam as premissas não declaradas,
mas essenciais, que sustentam uma afirmação ou conclusão e são implicitamente aceitos como
verdadeirps para que o argumento faça sentido) são prejudiciais, ou seja as preposições por mais
que pareçam razoáveis vão inevitavelmente comprometer a resposta do oponente bem como a
sua credibilidade.

O que é uma pergunta estratégica?


Uma pergunta estratégica é uma pergunta cuidadosamente formulada para atingir objetivos
específicos em uma conversa, discussão ou processo de tomada de decisão. Essas perguntas são
projetadas para obter informações relevantes, explorar ideias, estimular o pensamento crítico e,
muitas vezes, influenciar positivamente o curso da conversa.

O que distingue uma pergunta falaciosa de uma pergunta


estratégica?
A distinção entre uma pergunta falaciosa e uma pergunta estratégica está relacionada à intenção, à
imparcialidade e à construção da pergunta.

Pergunta falaciosa: “ A zebra é branca ou preta?” > O correto seria responder que a zebra é preta e
branca, mas a pergunta é feita sob a forma de disjunção exclusiva e por isso não nos é permitido
uma resposta correta. Podemos então concluir que é uma pergunta falaciosa.

Pergunta estratégica: “ Já deixas-te de bater na tua mulher?” > Esta pergunta foi criada como uma
espécie de armadilha onde leva o autor da resposta a admitir algo que lhe é prejudicial não
importando se diga sim ou não, uma vez que irá admitir bater ou já ter batido na sua mulher,
mesmo que nunca o tenha feito.

O que é a logica informal?


A lógica informal é o estudo do raciocínio lógico que ocorre em situações do dia a dia, expresso por
meio da linguagem natural, e não por símbolos e regras formais como na lógica formal. Envolve
análise e avaliação de argumentos de uma forma mais flexivel e conrextualizada do que a lógica
simbólica.

Defina o que é um argumento segundo a lógica informal


A lógica informal inicia o estudo dos argumentos com a lógica formal mas não lhe fica circunscrita.

A lógica informal vê o argumento não só como argumento mas sim como tudo que é inerente à
argumentação e à interação no momento de troca de argumentos.

O objetivo principal de um argumento é persuadir ou convencer alguém da validade ou verdade


da conclusão com base nas premissas apresentadas.

É importante notar que nem todos os conjuntos de declarações são automaticamente


considerados argumentos. Para ser um argumento, o conjunto de premissas deve ser apresentado
com a intenção de persuadir alguém a aceitar a conclusão. Além disso a validade de um
argumento é determinada pela relação lógica entre as premissas e a conclusão. Portanto a lógica
informal examina não apenas a estrutura lógica como também a eficácia persuasiva dos
argumentos na comunicação cotidiana.

Em suma a linguagem informal e formal não são contraditórias, na verdade complementam-se.

O que é a representação diagramática de um argumento?

Como se elabora graficamente um diagrama?


Há formas gráficas de apresentar argumentos. A representação diagramática tem 2 fases: a fase
avaliativa em que se identificame elaboram os argumentos e a fase interpretativa onde se avalia o
argumento. As representações diagramáticas são representações visuais que utilizam
gráficos, diagramas e outros elementos visuais para apresentar informações de maneira
mais clara e compreensível. Essas representações visuais são usadas em diversas áreas,
como educação, comunicação, ciência, negócios e muitos outros campos, para transmitir
conceitos, dados e relações de forma visualmente eficaz.

O que é uma falácia dedutiva?


O raciocínio dedutivo é o processo de tirar uma conclusão com base nas premissas.

Uma falácia dedutiva ocorre quando um argumento não segue corretamente a estrutura lógica
necessária para que as conclusões sejam suportadas pelas premissas, em outras palavras a
conclusão não é logicamente derivada das premissas apresentadas.

As falácias dedutivas comprometem a validade dos argumentos tornando-os inadequados para


sustentar conclusões.

Qual é a diferença lógica entre modus ponens e modus tollens?


MODUS PONENS: Se a condição antecedente de uma condicional é verdadeira, então a
consequente também é verdadeira.

Se P -> Q ( Se P, então Q) Se está chovendo então a rua está molhada

P é verdadeiro Está chovendo

Portanto, Q ( Q é verdadeiro) Portanto, a rua está molhada

MODUS TOLLENS: Se a consequente de uma condicional é falsa, então a condição antecedente


também é falsa.

Se P -> Q ( Se P, então Q) Se está chovendo então a rua está molhada

Q é falso A rua não está molhada

Portanto, P ( P é falso) Portanto, não está chovendo

Ambas as interferências são consideradas válidas na lógica formal, seguindo as regras da


implicação lógica.

Elas são frequentemente usadas para derivar conclusões a partir de afirmações condicionais em
argumentos lógicos.

O que distingue a falácia da afirmação do consequente da falácia da


negação do antecedente?
Se está chovendo então a rua está molhada.

A rua está molhada

Portanto, está chovendo.

Concluimos que está chovendo porque a rua está molhada mas existem diversos motivos para a
rua estar molhada incluindo ter chovido antes mas já ter parado. Logo insto torna-se uma falácia
da afirmação do consequente.

Se está chovendo então a rua está molhada

Não está chovendo

Portanto concluimos que a rua não está molhada.

Neste caso fazemos um conclusão que a rua não está molhada porque não choveu, mas como dito
anteriormente existem várias maneiras da rua estar molhada sem ter sido uma consequente de
ter chovido, pelo que estamos a cometer uma falácia de negação do antecedente.

Ambos os exemplos são considerados falaciosos, pois as suas conclusões podem ser falsas mesmo
quando as premissas são verdadeiras. Portanto ao analisar argumentos condicionais é importante
evitar esses tipos de raciocínio falacioso.

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