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NTRODUÇÃO À ATIVIDADE FILOSÓFICA

amizade; amor + sabedoria


1. atitude crítica (questionar; não aceitar passivamente)
2. procura pela verdade (por muito incómoda que possa
ser)
3 capacidade argumentava (para partilhar e defender o
que julgamos ser verdadeiro)
!
- não se filosofa sozinho
- a filosofia é uma atividade social

o que é a filosofia?
é uma atividade de questionamento critico e radical das
nossas crenças fundamentais
- atividade crítica
capacidade de análise das opiniões
recusado dogmatismos
aceitar apenas o que é suportado por boas razões
IMPLICA AVALIAR, DE FORMA RIGOROSA E
IMPARCIAL, AS RAZÕES DAS NOSSAS CRENÇAS
- atividade conceptual
aborda problemas acerca de conceitos [gerais]
os conceitos analisados são transversais a outras
disciplinas
IMPLICA DETERMINAR A QUE SE REFEREM, QUE
IMPLICAÇÕES TÊM E COMO SE RELACIONAM OS
CONCEITOS

objeto de estudo: todos os problemas [fundamentais] da


realidade, do conhecimento e do valor
método de estudo: discussão crítica/debate
1. deparamos-nos com um problema/questão
2. formamos uma teoria/hipótese
3. defendemos essa teoria por meio de argumentos/
raciocínios

começamos a pensar filosoficamente quando nos


questionamos, a partir de um momento de espanto.

os problemas estão sempre em aberto ao reflexo e à


discussão.

disciplinas da filosofia
1. metafísica
estuda o que está além da física
• Será que tudo o que existe é físico?

• Haverá livre-arbítrio?

• Poderemos ser livres quando a realidade é determinada?

• Haverá um mundo fora da minha mente?

2. epistemologia
estuda a natureza e limites do conhecimento humano
• O que é o conhecimento?

• Que tipo de conhecimento existe?

• Será que sei alguma coisas ou é tudo uma ilusão?

3. axiologia
estuda os valores, aquilo que é considerado certo e
errado
• Serão os valores subjetivos?
• Será correto rir do infortúnio dos outros?

• O que torna uma ação correta?

• Será o aborto aceitável?

4. lógica
estuda a validade da argumentação
• Que tipos de argumentos existem?

• O que é a validade?

•Será possível construir um modelo completo do raciocínio?

os problemas filosóficos, embora surjam naturalmente,


não podem ser resolvidos experimentalmente

dimensões do trabalho filosófico


problematização: questão que, em vista de uma
resposta, deve ser tratada procedendo por etapas
conceptualização: termos que designam conjuntos
estáveis de características comuns a indivíduos

a clarificação dos conceitos que usamos é crucial em


Filosofia
análise de conceitos » ANÁLISE CONCEPTUAL
permite estabelecer a fronteira do conceito

uma boa definição não pode ser:


- demasiado abrangente
quando inclui coisas que não devia incluir
- demasiado estrita
quando exclui coisas que não devia excluir
- viciosamente circular
quando inclui o próprio conceito que está a ser definido

ARGUMENTAÇÃO E LÓGICA FORMAL

a lógica estuda e sistematiza a validade ou invalidade da


argumentação.
ajuda a distinguir os argumentos válidos dos inválidos,
permite nos compreender porque razão um são válidos e
os outros não e ensina-nos argumentar corretamente.

o que é um argumento?
conjunto de proposições em que se pretende justificar
[defender] uma delas [a conclusão], com base nas outras
[as premissas].
um argumento pode ter uma ou mais premissas, mas tem
apenas uma conclusão. Olá

validade de um argumento
um argumento é válido:
quando a conclusão se segue das premissas
quando é impossível ter premissas verdadeiras e uma
conclusão falsa

um argumento dedutivo estabelece a necessidade de


uma conclusão a partir das premissas.
um argumento não dedutivo estabelece apenas uma
probabilidade de ocorrência da conclusão.

argumento cogente
1. é sólido
2. as suas premissas são mais plausíveis do que a
conclusão

LÓGICA PROPOSICIONAL CLÁSSICA

variáveis proposicionais » representam lugares vazios


que só podem ser ocupados por proposições (P, Q, R, …)
conectiva [operador] proposicional » expressão que se
pode acrescentar a uma proposição, formando novas
proposições
conectiva [operador] verofuncional » quando o valor de
verdade da proposição com a conectiva e inteiramente
determinado pelo valor de verdade da proposição sem a
conectiva

formalização complexa
a conectiva com maior âmbito é o que se aplica a toda a
proposição

tabelas de verdade
1. negação
inverte o valor da verdade
2. conjunção
só é verdadeira se as proposições elementares que compõem forem a
3. disjunção inclusiva
só é falsa se as proposições elementares que a compõem
forem ambas falsas
4. disjunção exclusiva
só é verdadeira quando uma proposição elementar for
verdadeira e a outra falsa e vice-versa
5. condicional
só é falsa se a antecedente for verdadeira e a
consequente falsa
6. bicondicional
só é verdadeira se os seus dois lados tiverem o mesmo
valor de verdade

avaliação de fórmulas proposicionais simples


1. tautológicas
quando a fórmula apresenta valor V em todas as
combinações de valores possível
2. contraditórias
quando a fórmula apresenta valor F em todas as
combinações de valores possível
3. contingentes
quando a fórmula apresenta valor V em algumas
combinações de valores possível e valor F noutras

Filosofia - 2º teste
formas de inferência válida
modus ponens
p1: se… então
p2: afirmação da antecedente
c: afirma a consequente

p1:(p → q)
p2: p
c: q

modus tollens
p1: se… então
p2: negação da consequente
c: nega a antecedente

p1: (p → q)
p2: ~q
c: ~p

silogismo hipotético
p1: se p, então q
p2: se q, então r
c: se p, então r

p1: (p → q)
p2: (q → r)
c: (p → r)

silogismo disjuntivo
p1: p ou q
p2: ~p
c: q

p1: p v q
p2: ~p
c: q

leis de De Morgan
~( p ∨ q) ∴ (~p ∧ ~q)
(~p ∧ ~q) ∴ ~(p ∨ q)
~(p ∧ q) ∴ (~p ∨ ~q)
(~p ∨ ~q) ∴ ~(p ∧ q)

contraposição
p → q ∴ ~p → ~p
(~q → ~p) ∴ (p → q)

formas de inferência inválidas


falácia da afirmação do consequente
se estou em lisboa, estou em portugal
estou em portugal
logo, estou em lisboa

(p → q), q ∴ p

falácia da negação do antecedente


se estou em lisboa, estou em portugal
não estou em lisboa
logo, não estou em portugal

(p → q), ~p ∴ ~q

LÓGICA INFORMAL

em lógica informal, avaliamos os argumentos quanto ao


seu conteúdo, determinado a sua força persuasiva

persuasão (racional) — convencer



manipulação — controlar unilateralmente

argumentos:
- dedutivos
- generalizações
- previsões
- analogias
- autoridade

generalizações indutivas
são argumentos com uma conclusão geral extraída de
casos particulares
a conclusão tem que ser mais geral que as premissas
qt maior o nº premissas , mais aceitável é o argumento

1) o número coisas observadas tem de ser


representativo da totalidade
2) não pode haver informação que coloque em causa a
validade do argumento
3) não pode haver contraexemplos [depois de os termos
procurado ativamente]
generalizações fracas - argumentos maus/fracos

previsões indutivas
são argumentos que partem de casos particulares
ocorridos no passado e concluem inferindo algo que
ocorrerá no futuro
a conclusão tem que ser menos geral que as premissas
as possibilidades de veracidade da conclusão aumentam
conforme o nº e representatividade de casos
considerados na premissas
a força de um argumento de previsão varia conforme a
plausibilidade das premissas
se ontem aconteceu x, amanhã acontecerá y

argumentos por analogia


parte de semelhanças [relevantes] entre dois elementos
para atribuir a um deles uma propriedade observada no
outro
baseiam-se na semelhança entre duas coisas diferentes
a premissa da analogia é a que apresenta como
para ser bom, um argumento por analogia precisa que as
semelhanças entre A e B tornem provável que A tenha
uma propriedade C que B também tenha
1) é preciso que as semelhanças sejam relevantes com
respeito à conclusão
2) é preciso que o número de semelhanças relevantes
com respeito à conclusão seja adequado
3) é preciso que não existam diferenças relevantes com
respeito à conclusão

argumentos de autoridade
procuram apoiar uma ideia com base no facto de uma
autoridade [um especialista] a ter defendido
um especialista afirmou que p. logo, p.

1) é preciso que a autoridade invocada seja realmente


relevante na área em questão
2) é preciso especificar em que livro [ou outra fonte]
referiu a autoridade tal coisa
3) é preciso que a afirmação seja cons ensual entre as
autoridades da área
4) é preciso que as autoridades invocadas não tenham
fortes interesses pessoais no tema em causa

FALÁCIAS INFORMAIS
- erros de raciocínio que não têm unicamente a ver com a
forma lógica
- decorrem do uso defeituoso do conteúdo do argumento

falácia da generalização precipitada


- ocorre qd se generalizam com base em nº limitado de
casos
acontece quando tiramos conclusões com base em
dados insuficientes

falácia da falsa analogia


- deve-se á possibilidade de existirem diferenças não
consideradas

petição de princípio
- trata-se de um argumento circular
pressupõe nas premissas o que se quer ver provado
na conclusão
sempre q usamos a conclusão cm premissa
tomar como garantido o que está em causa

falso dilema
- consiste em apresentar apenas 2 opções, qd, na vdd,
existem mais
é uma disjunção incompleta
reduz as opções possíveis a penas 2
duas opções são apresentadas como opostas e, às vezes, injustas

apelo à ignorância
- argumentar que uma afirmação vdd só pq não se
mostrou falsa

ad hominem
- pretende mostrar q uma afirmação é falsa, atacando e
desacreditando a pessoa q a emite
manobra discursiva que consiste no ataque pessoal
desviar a atenção da ideia em discussão p/ algum
detalhe da pessoa que a exprime

apelo à compaixão (ad misericordiam/ad populum)


- apelo ás emoções do interlocutor/multidão
- não apresenta razões a favor de uma tese

falácia da divisão
- supor que as parte do todo têm de ter as propriedades
do todo

falsa causa
- qd 2 acontecimentos próximos têm 2 causas diferentes,
mas são apresentados com tendo a mm causa
- assumir q há 1 relação real ou receptível entre 2 coisas
leva a q se aceite q 1 é a causa da outra

apelo à força
- ocorre qd o argumento apela a ameaças ou ao poder de
alguém p/ forçar o adversário a aceitar cm vdd a
conclusão

ARGUMENTAÇÃO E RETÓRICA

persuasão
consiste em oferecer boas razões para que alguém seja
conduzido a aceitar uma determinada tese

manipulação mau uso da retórica


- usar a eloquência para simular que sabemos o que não sabemos
- convencer a qq custo
consiste em levar alguém a aceitar uma tese sem avaliar
[criticamente] as razões que existem a seu favor [ou
contra]

formas de manipulação política


1) estratégia de distração
2) criar problemas, depois oferecer soluções problema-
reação-solução
3) estratégia da gradação
4) estratégia do deferido
5) dirigir-se ao público como crianças de baixa idade
infantilização
6) utilizar o aspeto emocional em detrimento da
reflexão
7) manter o público na ignorância e na mediocridade
8) estimular o público a ser complacente na mediocridade
9) reforçar a revolta pela autoculpabilidade
10) conhecer melhor os indivíduos que eles mesmos

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