Bônus 2 - Raciocínio Lógico para TCU

Raciocínio Lógico
Bônus para TCU
BÔNUS 2: Lógica Proposicional; Lógica de primeira ordem.
SUMÁRIO PÁGINA
1. SENTENÇAS ABERTAS E QUANTIFICADORES 3
1.1 SENTENÇAS ABERTAS 3
1.2 OPERAÇÕES COM SENTENÇAS ABERTAS 7
1.3 QUANTIFICADORES 12
2. EQUIVALÊNCIA LÓGICA 19
2.1 EQUIVALÊNCIAS BÁSICAS 20
2.2 EQUIVALÊNCIA DA CONDICIONAL 24
2.3 EQUIVALÊNCIA DA BICONDICIONAL 27
3. NEGAÇÃO 34
3.1 NEGAÇÃO DA CONJUNÇÃO 35
3.2 NEGAÇÃO DA DISJUNÇÃO 36
3.3 NEGAÇÃO DO CONDICIONAL 37
3.4 NEGAÇÃO DO BICONDICIONAL 38
4. LISTA DE QUESTÕES 42
5. LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS 48
6. RESUMO 58
7. GABARITO 61
Prof. João Marcos www.3dconcursos.com.br 1 de 61

Raciocínio Lógico
Bônus para TCU
Olá a todos! Daremos sequência ao nosso curso BÔNUS de Raciocínio

Lógico, nos aprofundando nas estruturas da Lógica Proposicional e de
Primeira Ordem.
Na aula de hoje, trabalharemos dois temas MUITO recorrentes em
questões de concursos: as equivalências e as negações. É comum nos
depararmos com uma questão que solicita do aluno a negação ou a
equivalência de uma dada proposição.
São tópicos que estudaremos e praticaremos bastante com questões
de concursos anteriores. Somente assim acharemos fáceis as questões no
dia de nossa prova, especialmente por já termos resolvido problemas
semelhantes.
Portanto, ao trabalho!

Raciocínio Lógico
Bônus para TCU
1. SENTENÇAS ABERTAS E QUANTIFICADORES
Nem tudo em lógica são proposições. As proposições são aquelas

sentenças para as quais podemos estabelecer um valor lógico único
(verdadeiro ou falso).
Em nosso estudo, vamos nos deparar também com sentenças

abertas, que são aquelas que não possuem valor lógico único, pois
apresentam um ou mais objetos desconhecidos ou variáveis, e
quantificadores, operadores que se juntarão aos objetos já estudados da
Lógica Proposicional.
Sentenças abertas e quantificadores são elementos da Lógica de

Primeira Ordem (LPO). Até aqui estudamos a estrutura da Lógica
Proposicional (e nessa aula vamos nos aprofundar no estudo das
equivalências e negações). A lógica de primeira ordem generaliza esse
estudo, incluindo, além dos conectivos, condicionais e outros termos
estudados, variáveis, sentenças abertas e quantificadores.
Os quantificadores são operadores especiais capazes de transformar

as sentenças abertas em proposições. Veremos mais à frente quais são e
como funcionam. Destaco desde já que as sentenças abertas também serão
chamadas de proposições aberta ou funões proposicionais.
1.1 SENTENÇAS ABERTAS
Vamos iniciar nosso estudo com um exemplo.
Exemplo
p: π > 2
q: x+1 = 0
r: x+y = 0

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A sentença p claramente é uma proposição, pois declara algo e possui

valor lógico único (verdadeiro). A sentença q, por sua vez, não tem valor
lógico único, pois isso dependeria dos valores assumidos pela variável x.
Para x = -1, q é Verdadeira. Para x assumindo qualquer outro valor
diferente de -1, a sentença q é Falsa.
A sentença r também é aberta. O seu valor lógico depende do valor

das variáveis x e y. Para x = 5 e y = -5, por exemplo, ela é verdadeira, mas
é falsa para uma infinidade de outros pares ordenados.
Percebam que as sentenças abertas podem se apresentar com uma

ou mais variáveis. Vamos definir formalmente esses conceitos.
Sentença aberta com uma variável
Uma sentença aberta com uma variável em um conjunto A é uma

expressão P(x) tal que P(a) é uma proposição, verdadeira ou falsa, para
todo elemento a∈A.
O conjunto A é chamado de universo ou domínio da variável x.

Uma sentença aberta com uma variável é chamada de função proposicional
com uma variável em A ou condição em A.
Quando atribuímos um valor à variável, fazemos uma instanciação ou

interpretação da sentença aberta, que passam a ser proposições com valor
lógico Verdadeiro ou Falso. Se ela for verdadeira para um dado a∈A,
dizemos que o elemento a satisfaz ou verifica a sentença P(x). Vejamos
através de um exemplo.

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Exemplo
A sentença P(x): x2 – 4 = 0 é uma sentença aberta no conjunto dos
números reais ℝ. Os valores x = -2 e x = 2 satisfazem P(x), pois tornam a
expressão verdadeira quando substituem a variável x na expressão.
O conjunto de todos os elementos que satisfazem a sentença aberta

P(x) é chamado de conjunto-verdade da sentença. No nosso exemplo, o
conjunto-verdade de P(x): x2 – 4 = 0 é Vp = {-2,2}. Em linhas gerais,
temos:
Vp = {a│ a∈A e P(a) é V}.
Se uma sentença é satisfeita por todos os elementos de um conjunto

A, dizemos que ela é universal em A. Se não é satisfeita por nenhum
elemento do conjunto A, dizemos que é impossível em A. Se, por sua vez,
a sentença for satisfeita para algum ou alguns elementos em A, mas não
todos, dizemos que ela é uma sentença, condição ou propriedade possível
em A.
Vamos em frente.
Sentença aberta com mais de uma variável
Definiremos aqui uma sentença aberta com duas variáveis. Não

obstante, de modo análogo podem ser definidas as sentenças abertas com
três ou mais variáveis.
Dados os conjuntos A e B, uma sentença aberta com duas variáveis definida

em AxB é uma expressão P(x,y) tal que P(a,b) é uma proposição,
verdadeira ou falsa, para todo par ordenado (a,b) ∈ AxB.

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AxB representa o produto cartesiano

entre os conjuntos A e B. Esse produto
reune todos os pares ordenados
possíveis em que o primeiro elemento é
um elemento de A e o segundo elemento
é um elemento de B. Um par ordenado é
uma lista de dois elementos,
representados por parênteses, como
(a,b), em que a ordem importa, sendo
a∈A e b∈B.
De modo análogo às sentenças com uma variável, podemos definir o

domínio da sentença ou função proposicional de duas ou mais variáveis. O
assunto em vávias variáveis não será muito cobrado em concursos públicos,
portanto não nos aprofundaremos muito, mas veremos aqui um exemplo
para saber como funcionam essas sentenças.
Exemplo
A sentença P(x,y): x2 + y2 = 4 é uma sentença aberta de duas variáveis

em ℝxℝ. Os pares ordenados (2,0) e (0,2) verificam essa sentença, pois
se substituirmos esses valores na expressão P(x,y), transformamo-la em
uma proposição Verdadeira. Já o par (4,0) não verifica a sentença, pois 42
+ 02 = 4 é falso.
Observação: O conjunto de todos os pares ordenados (x,y) ∈ ℝxℝ que

satisfazem P(x,y): x2 + y2 = 4, ou seja, o seu conjunto-verdade, é uma
circunferência de raio 2 centrada na origem do plano cartesiano.

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Figura 1 – Representação do conjunto de pares ordenados que satisfazem a sentença

P(x,y): x2 + y2 = 4 (conjunto verdade).
1.2 OPERAÇÕES COM SENTENÇAS ABERTAS
Assim como aprendemos a construir proposições compostas

utilizando operadores, como os conectivos e condicionais, também assim
podemos proceder, por meio de conectivos lógicos, combinando sentenças
abertas para formar novas sentenças. Estudaremos aqui os operadores ^
(“e”), ∨ (“ou”), ~ (“não”), → (“se ... então”) e ↔ (“se, e somente se,”).
Conjunção (^)
A Conjunção (“e”, simbolizada por ^) de duas sentenças abertas p(x)

e q(x) em A é a sentença aberta p(x) ∧ q(x) em A, satisfeita pelos valores
a ∈ A que satisfazem simultaneamente as duas proposições p(x) e q(x).
Em símbolos matemáticos, o conjunto verdade da sentença aberta
p(x) ∧ q(x) é:

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Vp∧q =Vp ∩ Vq = {a ∈ A| p(a)}∩{a ∈ A| q(a)}
Exemplo
Considere as sentenças abertas p(x) e q(x) no conjunto R abaixo:
p(x): x > 3
q(x): x2 – 25 = 0
A conjunção p(x) ∧ q(x) é “x>3 e x2 – 25 = 0”. Perceba que p(x) é

satisfeita por todos os números reais maiores que três. A sentença q(x),
por sua vez, é satisfeita apenas pelos números {-5,5}, raízes da equação
do segundo grau. Assim, o conjunto de todos os números que satisfazem
as duas sentenças simultaneamente é formado apenas pelo número 5. Logo,
Vp∧q = {5}.
Disjunção (v)
A Disjunção (“ou”, simbolizada por v) de duas sentenças aberas p(x)

e q(x) em A é a sentença aberta p(x) ∨ q(x) em A, satisfeita pelos valores
a ∈ A que satisfazem a pelo menos uma das sentenças p(x) e q(x).
p(x) v q(x) é:
Vp∨q =Vp ∪ Vq = {a ∈ A| p(a)}∪{a ∈ A| q(a)}.
Exemplo
p(x): x > 3
q(x): x2 – 25 = 0

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A disjunção p(x) v q(x) é “x > 3 ou x2 – 25 = 0”. Sabendo que p(x)

é satisfeita por todos os números reais maiores que três e que a sentença
q(x), por sua vez, é satisfeita apenas pelos números {-5,5}, o conjunto de
todos os números que satisfazem pelo menos uma das sentenças é formado
pelo número -5 e por todos os números maiores que 3 (aqui incluso o 5).
Logo,
Vp∧q = {x ∈ R │ x = -5 ou x > 3}.
Negação
A Negação (“não”, representada por ~) de uma sentença aberta p(x)

em A é a sentença ~ p(x) em A, satisfeita pelos valores a ∈ A que não
satisfazem p(x).
~p(x) é:
V~ p = CA Vp = CA {a∈ A| p(a)},
em que CA Vp é o complementar do conjunto Vp. Ou seja, o conjunto

verdade da negação é o complementar do conjunto verdade da sentença
original em relação ao conjunto A.
Exemplo
Considere a sentença aberta p(x) no conjunto R abaixo:
p(x): x > 3
A negação ~p(x) é “x não é maior que 3” ou “x ≤ 3”. Sabendo que

p(x) é satisfeita por todos os números reais maiores que três, o conjunto
de todos os números não satisfazem p(x) são aqueles menores ou iguais a
3. Logo,

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V~p(x) = {x ∈ R │ x ≤ 3}.
Condicional (→ )
A Condicional (“se…então”, simbolizada por →) das sentenças abertas

p(x) e q(x) em A é a sentença aberta p(x)→q(x) em A, que só não é
satisfeita pelos valores a ∈ A que satisfazem p(x), mas não satisfazem q(x).
Do contrário, a condicional é sempre satisfeita. Ou seja, se não satisfizer p
ou se satisfizer q, é suficiente para satisfazer a condicional.

p(x)→q(x) é:
Vp→q = V~ p∨q =V~ p ∪Vq = CAVp ∪Vq = CA{a∈ A| p(a)}∪{a∈ A| q(a)}.
Exemplo
p(x): x > 3
q(x): x2 – 25 = 0
A condicional p(x) → q(x) é “se x > 3, então x2 – 25 = 0”. Sabendo

que p(x) é satisfeita por todos os números reais maiores que três e que a
sentença q(x), por sua vez, é satisfeita apenas pelos números {-5,5}. Os
números que satisfazem p(x) e não satisfazem q(x) não satisfazem a
condicional.
Em outras palavras, os números que satisfazem q(x), que são {-5,5} ou

aqueles que não satisfazem p(x), que são x ≤ 3, comporão o conjunto
verdade da condicional.

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Vp->q = {x ∈ R │ x ≤ 3 ou x=5}.
Bicondicional ↔
A Bicondicional (“...se, e somente se...” das sentenças abertas p(x) e

q(x) em A é a sentença aberta p(x)↔q(x) emA, que é satisfeita pelos
valores a ∈ A que satisfazem simultaneamente p(x) e q(x) ou que
simultaneamente não satisfazem p(x) e q(x) .

p(x)↔q(x) é:
Vp↔q =V( p→q)∧(q→p) =Vp→q ∩Vq→p = (CA Vp ∪Vq )∩(CA Vq ∪Vp ).
Exemplo
p(x): x > 3
q(x): x2 – 25 = 0
A bicondicional p(x) ↔ q(x) é “ x > 3 e, e somente se, x2 – 25 = 0”.

Sabendo que p(x) é satisfeita por todos os números reais maiores que três
e que a sentença q(x), por sua vez, é satisfeita apenas pelos números {-
5,5}, os números que satisfazem simultanealemente p(x) e q(x) ou que
simultaneamente não satisfazem ambas as sentenças, irão satisfazer a
bicondicional.
Em outras palavras, satisfazem a bicondicional os números maiores que

três e iguals a -5 ou 5 (ou seja, apenas o 5) ou os números menores ou
iguais a três e diferentes de -5 ou 5.

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Vp↔q = {x ∈ R │ x = 5 ou (x ≤ 3 e x ≠ -5) }.
1.3 QUANTIFICADORES
Há duas formas de transformar sentenças abertas em proposições.

Uma delas nos já estudamos e praticamos nos tópicos anteriores, que é a
atribuição de valores às variáveis. Uma outra forma será estudada neste
tópico, que é a quantificação de uma sentença aberta.
As sentenças abertas são transformadaas em proposições por:
➢ Atribuição de valores às variáveis;

➢ Utilização de quantificadores.
Os quantificadores que estudaremos são o Universal, representado

por ∀, e o existencial, representado por ∃.
Quantificador universal
O quantificador universal é representado pelo símbolo ∀ e se lê das

seguintes formas: “para todo”, “qualquer que seja” ou “para cada”.
Utilizar o quantificador ∀ significa dizer que todos os elementos do

conjunto no qual a sentença aberta é definida verificam aquela condição.
Vejamos através de exemplos algumas sentenças abertas sendo

transformadas em proposições através do quantificador universal e a
análise
do seu valor lógico.

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Exemplos
a) ∀x x+1=0
Lê-se: Para todo x, x+1 = 0. (Falso)
b) ∀y (y+1)2 = y2+2y+1. (Verdadeiro)

Lê-se: Para todo y, ( y+1)2 = y2+2y+1 (Verdadeiro).
Quantificador Existencial
O quantificador existencial é representado pelo símbolo ∃ e se lê das

seguintes formas: “existe”, “existe um” ou “existe pelo menos um”.
Utilizar o quantificador ∃ significa dizer que pelo menos um dos

elementos do conjunto no qual a sentença aberta é definida verifica aquela
condição.
Vejamos através de exemplos algumas sentenças abertas sendo

transformadas em proposições através do quantificador existencial e a
análise do seu valor lógico.
Exemplos
a) ∃x x+1=0
Lê-se: Existe um x tal que x+1 = 0. (Verdadeiro)
b) ∃a a2 < 0 (Verdadeiro)
Lê-se: Existe um a tal que a2 < 0 (Falso no conjunto dos Reais).

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CEBRASPE (CESPE) - Oficial Técnico de Inteligência/2010
Considere uma função proposicional P(n) relativa aos números naturais que
satisfaça às seguintes propriedades:
(i) P(3) é verdadeira;
(ii) se, para um número natural n, P(n) for verdadeira, então P(n2) também
será verdadeira;
(iii) se, para um número natural n ≥ 2, P(n) for verdadeira, então P(n - 1)
também será verdadeira.
Sabendo que o conjunto dos números naturais é dado por {1, 2, 3, 4,...},
julgue o item que se segue, acerca de P(n) e suas propriedades.
A função proposicional "a raiz quadrada de n é um número inteiro" não

pode ser usada como exemplo para P(n).

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RESOLUÇÃO
CERTO. Para resolver essa questão, você deve saber que uma sentença
aberta é satisfeita por um valor quando esse valor substitui a variável e
torna a sentença uma proposição verdadeira. Nessa questão, analisaremos
a sentença P(n): √𝑛 ∈ 𝑍 (a raíz quadrada de n é um número inteiro),
proposta no enunciado e se ela atende às condições i, ii e iii.
(i) P(3) = √3 ∈ 𝑍é falso, pois √3é um número não inteiro.
Isso já é suficiente para afirmarmos que P(n):√𝑛 ∈ 𝑍não pode ser usada,
pois falhou já na primeira propriedade. Gabarito: certo.
Mesmo assim, vamos analisar se a P(n) dada possui as demais

propriedades.
(ii) n ∈ N → √𝑛2 ∈ 𝑍 . A condicional só é falsa se a primeira parte for

verdadeira e a segunda falsa. Ocorre que se n é um número natural, então
√𝑛2 = 𝑛 ∈ 𝑍, portanto quando a primeira parte n ∈ N se verifica, a segunda
sempre vai se verificar, atentendo assim à propriedade ii.
(iii) √𝑛 ∈ 𝑍→ √𝑛 − 1 ∈ 𝑍para n ≥2.

Podemos provar que essa propriedade é falsa utilizando um contra-
exemplo, que é um exemplo numérico de que ela não funciona. Basta tomar
n = 4. É elementar que √4 = 2 ∈ 𝑍, o que não se verifica para n = 4-1 = 3,
pois √3não é um número inteiro.

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CEBRASPE (CESPE) - Técnico do Seguro Social/2008
Algumas sentenças são chamadas abertas porque são passíveis de

interpretação para que possam ser julgadas como verdadeiras (V) ou falsas
(F). Se a sentença aberta for uma expressão da forma ∀x P(x), lida como
"para todo x, P(x)", em que x é um elemento qualquer de um conjunto U,
e P(x) é uma propriedade a respeito dos elementos de U, então é preciso
explicitar U e P para que seja possível fazer o julgamento como V ou como
F.
A partir das definições acima, julgue o item a seguir.
Considere-se que U seja o conjunto dos funcionários do INSS, P(x) seja a

propriedade "x é funcionário do INSS" e Q(x) seja a propriedade "x tem
mais de 35 anos de idade". Desse modo, é correto afirmar que duas das
formas apresentadas na lista abaixo simbolizam a proposição Todos os
funcionários do INSS têm mais de 35 anos de idade.
(i) ∀x(se Q(x) então P(x))

(ii) ∀x(P(x) ou Q(x))
(iii) ∀x(se P(x) então Q(x))
RESOLUÇÃO
ERRADO. Para resolver a questão, o candidato deve conhecer o que é uma

sentença aberta, como ela pode ser operada pelo condicional → e o
significado do quantificador universal ∀.
A questão nos pede uma expressão que simbolize “Todos os funcionários

do INSS têm mais de 35 anos de idade”. O nosso universo U é o conjunto
e todos os funcionários do INSS. Analisemos item a item.

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(i) Aqui está se aplicando a todo funcionário do INSS o seguinte: se tem

mais de 35 anos (Q(x)), então é funcionário do INSS (P(x)). Ora, isso não
garante que alguém com menos de 35 anos também seja funcionário do
INSS, portanto, não é o que se pede.
(ii) Nesse item, aplica-se aos funcionários do INSS a seguinte propriedade:

É funcionário do INSS (P(x)) ou Tem mais de 35 anos (Q(x)). Como bem
sabemos, uma disjunção é satisfeita quando pelo menos uma das suas
componentes é verdadeira. Bastaria, por exemplo, alguém x ser funcionário
do INSS, que P(x) seria verdade e também verdadeira seria a disjunção
P(x) ou Q(x), não precisando que Q(x) (ter mais de 35 anos) se verificasse
verdadeiro. Logo, essa expressão também não garante que todos os
funcionários do INSS terão mais de 35 anos de idade.
(iii) Aqui, aplicase aos funcionários do INSS a seguinte propriedade: Se é

funcionário do INSS (P(x)), então tem mais de 35 anos de idade (Q(x)).
Aqui, sim, temos uma condição que é verificada por todos (ser funcionário
do INSS), levando à consequência, implicação imediata da condicional (terá
mais de 35 anos de idade). Esse item atende ao que foi pedido.
Como apenas uma e não duas das formas apresentadas simboliza o que foi
pedido, o nosso gabarito é Errado.

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CEBRASPE (CESPE) - Técnico do Seguro Social/2008
Algumas sentenças são chamadas abertas porque são passíveis de

interpretação para que possam ser julgadas como verdadeiras (V) ou falsas
(F). Se a sentença aberta for uma expressão da forma ∀ xP(x), lida como
"para todo x, P(x)", em que x é um elemento qualquer de um conjunto U,
e P(x) é uma propriedade a respeito dos elementos de U, então é preciso
explicitar U e P para que seja possível fazer o julgamento como V ou como
F.
A partir das definições acima, julgue o item a seguir.
Se U for o conjunto de todos os funcionários públicos e P(x) for a

propriedade "x é funcionário do INSS", então é falsa a sentença ∀xP(x).
RESOLUÇÃO
CERTO. Para resolver a questão, novamente é necessário conhecer o

significado do quantificador universal ∀, qual seja, que a propriedade,
sentença ou condição se aplica a todos os elementos do conjunto universo.
Nessa questão, o comando nos pede para considerar como Universo o

conjunto de todos os servidores públicos. Ora, a sentença P(x) é “x é
funcionário do INSS”, o que não se aplica a TODOS os servidores publicos,
fazendo com que a proposição ∀xP(x) seja falsa.
Como o item fala que a proposição é FALSA, o item está CORRETO ao

afirmar isso. Gabarito: Certo.

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2. EQUIVALÊNCIA LÓGICA
Em lógica, dizemos que duas proposições p e q são equivalentes

quando as suas tabelas-verdade são idênticas.
Isso significa que sempre que, em uma dada condição, uma das
proposições tiver um valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, a outra
proposição, nas mesma condições, terá o mesmo valor lógico. Em
proposiçoes simples é mais fácil identificar a equivalência, mas o nosso
estudo se aprofunda quanto utiizamos proposições compostas, utilizando
conectivos, negações e condicionais.
A equivalência entre as proposições p e q é representada por:

p↔q,
não por acaso pois, como vimos, a bicondicional se verifica quando as
proposições p e q têm o mesmo valor lógico, que é exatamente o que fará
com que suas tabelas-verdade sejam idênticas. Outras simbologias que
podem aparecer em sua prova são p=q ou p≡q.
Como exemplo, vamos comparar as tabelas-verdade das proposições

q e ~~q.
p ~p ~~p
V F V
V V V
Perceba que quando p é verdadeira, ~~p também o é. Do mesmo

modo, quando p é falsa, ~~p também é falsa. Esse é um exemplo
simplificado de equivalência entre duas proposições, pois apresentam
tabelas-verdade idênticas. Logo,
p↔~~p

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2.1 EQUIVALÊNCIAS BÁSICAS
Iniciaremos com algumas equivalências básicas e de simples

compreensão, avançando para as mais complexas e destacando as mais
recorrentes nas provas dos últimos concursos.
• p≡p^p
A proposição “p” equivale à conjunção “p e p”. Trata-se de uma

equivalência básica e que obedece à propriedade idempotente da
conjunção, qual seja, pode ser realizada várias vezes conectando a
proposição a ela mesma que o valor lógico não será alterado.
Vejamos a tabela-verdade dessas proposições.
p p^p
V V
F F
Lembre-se que uma conjunção (“e”) é verdadeira quando as duas

proposições conectatas são ambas verdaeiras, sendo falsa do contrário.
Exemplo
Considere a frase “Juliana é linda”.
A conjunção “Juliana é linda e Juliana é linda” equivale, logicamente,

à primeira frase.
Isso porque o se “Juliana é linda” for verdade, a conjunção

automaticamente é composta por duas proposições idênticas e verdadeiras,
garantindo a sua validade.

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Caso “Juliana é linda” fosse falso (hipotético), teríamos automaticamente

uma conjunção de duas proposições idênticas e falsas, condição suficiente
para declarar a composta falsa.
Observação: A conjunção de duas declarações idênticas não tem valor

semântico preciso, pois expressa uma repetição da mesma declaração em
uma única frase. Não obstante, trata-se de uma das mais elementares
equivalências entre proposições.
• p≡pvp
Novamente, temos aqui uma aplicação da propriedade idempotente.

A disjunção p v p equivale à proposição p. Podemos verificar isso através
de suas tabelas-verdade.
p pvp
V V
F F
Lembre-se que uma disjunção (“ou”) somente é falsa quando as duas

proposições conectatas são ambas falsas, sendo verdadeira do contrário.
Exemplo
Considere a frase “Juliana tem olhos azuis”.
A disjunção “Juliana tem olhos azuis ou Juliana tem olhos azuis”

equivale, logicamente à primeira frase.

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Isso porque o se “Juliana tem olhos azuis” for verdade, a disjunção

automaticamente é composta por duas proposições idênticas e verdadeiras,
garantindo a sua validade.
Caso “Juliana tem olhos azuis” fosse falso (hipotético), teríamos

automaticamente uma disjunção de duas proposições idênticas e falsas,
condição suficiente para declarar a composta falsa.
Percebe-se, assim, a identidade em suas tabelas-verdade.
• p ≡ p v (p^q)
Essa equivalência e a seguinte recebem o nome de Propriedade de

Absorção, com origem na Teoria dos Conjuntos. Verificaremo-las através
de suas tabelas-verdade. Vejamos.
p q p^q pv(p^q)
V V V V
V F F V
F V F F
F F F F
Observe a primeira e última coluna, que representam as tabelas-

verdade das proposições p e pv(p^q), demonstrando a sua equivalência.
• p ≡ p ^ (pvq)
Novamente, vamos demonstrar a equivalência através das tabelas-

verdade das proposições.

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p q pvq p^(pvq)
V V V V
V F V V
F V V F
F F F F
Compare a primeira e última coluna, tabelas-verdade das proposições

p e p^(pvq), demonstrando a sua equivalência.
As propriedades a seguir, pela sua importância, serão apresentadas

e agrupadas em propriedades. Entretanto, pela sua obviedade, não serão
demonstradas. Você pode entendê-las melhor ainda se compará-las com as
mesmas propriedades aplicadas aos números e operações aritméticas.
➢ Propriedade comutativa
• p^q≡q^p
• p˅q≡q˅p
• p⟷q≡q⟷p
➢ Propriedade associativa
• (p ^ q) ^ r ≡ p ^ (q ^ r)
• (p ˅ q) ˅ r ≡ p ˅ (q ˅ r)
➢ Propriedade distributiva
• p ^ (q ˅ r) ≡ (p ^ q) ˅ (p ^ r)
• p ˅ (q ^ r) ≡ (p ˅ q) ^ (p ˅ r)

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2.2 EQUIVALÊNCIA DA CONDICIONAL
São duas as equivalências da condicional → que mais são cobradas

em concursos públicos. Vamos apresentá-las, demonstrá-las e exemplificá-
las, facilitando assim a sua compreensão.
1ª) Se p, então q ≡ Se não q, então não p.
p ⟶ q ≡ ~q ⟶ ~p
Demonstração:
Tabela-verdade de p ⟶ q
p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V
Tabela-verdade de ~q ⟶ ~p
p q ~p ~q ~q→~p
V V F F V
V F F V F
F V V F V
F F V V V
Comparando a última coluna de ambas as tabelas, percebe-se que as

proposições compostas apresentam valores lógicos idênticos para as
mesmas combinações de valores lógios e suas componentes,
demonstrando assim a equivalência entre elas.

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Abaixo, forneço um passo a passo para obter a 1ª forma de

equivalência da condicional p → q, qual seja, ~q ⟶ ~p:
1. Inverta os termos da condicional de posição.

2. Negue ambos os termos.
Exemplo:
Se está ensolarado, então vou à praia .

Equivale a
Se não vou à praia, então não está ensolarado.
2ª) Se p, então q ≡ não p ou q.
p ⟶ q ≡ ~p ˅ q
Demonstração:
Tabela-verdade de p ⟶ q
p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V

Raciocínio Lógico
Bônus para TCU
Tabela-verdade de ~pvq
p q ~p ~pvq
V V F V
V F F F
F V V V
F F V V
Abaixo, forneço um passo a passo para obter a 2ª forma de

equivalência da condicional p → q, qual seja, ~p ˅ q:
1. Negue o primeiro termo.

2. Mantenha o segundo termo.
3. Troque o → por v.
O passo a passo acima é o famoso

NEYMAR! Isso, mesmo! Espero que você
lembre dele em sua prova, quando
precisar encontrar uma equivalência para
p → q. Você irá NEgar “p” e MAnter “q” ,
trocando o → (“se...então”) por v (“ou”).
Não vá esquecer dessa dica, ok?.
Exemplo
Se está ensolarado, então vou à praia.

Equivale a
Não está ensolarado ou vou à praia.

Raciocínio Lógico
Bônus para TCU
2.3 EQUIVALÊNCIA DA BICONDICIONAL
Também são duas as formas equivalentes da bicondicional ↔ muito

cobradas em concursos. Vamos apresentá-las, demonstrá-las e
exemplificá-las.
1ª) p se, e somente se, q ≡ se p, então q e se q, então p.
p ⟷ q = (p ⟶ q) ^ (q ⟶ p).
Demonstração:
Tabela-verdade de p ⟷ q
p q p⟷q
V V V
V F F
F V F
F F V
Tabela-verdade de (p ⟶ q) ^ (q ⟶ p)
p q p→ q q→ p (p → q) ^ (q → p)
V V V V V
V F F V F
F V V F F
F F V V V
Essa primeira forma de equivaência nada mais é que um

entendimento da bicondicional como uma conjunção de duas condicionais,
a ida (p → q) e a volta (q → p), também chamada de recíproca. Lembrando
da nossa primeira aula, em que apresentamos o primeiro termo como

Raciocínio Lógico
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condição suficiente e o segundo termo como condição necessária, na

bicondicional os termos são condições necessárias e suficientes ao mesmo
tempo. Dizemos que “p implica q” e “q implica p”.
Exemplo
Considere a frase “Ele passa no concurso se, e somente se, ele estuda”.
A frase acima equivale a:
“Se ele passa no concurso, então ele estuda e se ele estuda, então ele
passa no concurso”.
2ª) p se, e somente se, q equivale a não p se, e somente se, não q.
p ⟷ q ≡ ~p ⟷ ~q
Demonstração
Tabela-verdade de p ⟷ q
p q p⟷ q
V V V
V F F
F V F
F F V

Raciocínio Lógico
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Tabela-verdade de ~p ⟶ ~q)
p q ~p ~q ~p ⟷ ~q
V V F F V
V F F V F
F V V F F
F F V V V
Abaixo, forneço um simples passo a passo para obter a 2ª forma de

equivalência da condicional p ⟷ q , qual seja, ~p ⟷ ~q:
1. Mantenha a ordem dos termos na equivalência.

2. Negue ambos os termos.
O passo a passo acima é o famoso MANÉ!

Isso mesmo! Se você não conhecia o
MANÉ, apresento-lhes e espero que
lembre dele em sua prova. Para encontrar
uma equivalência da bicondicional, você
irá MAnter a ordem dos termos e NEgar
ambos. Simples, não?
Exemplo
A frase
“Ele passa no concurso se, e somente se, ele estuda”
Equivale a
Ele não passa no concurso se, e somente se, ele não estuda.

Raciocínio Lógico
Bônus para TCU
CEBRASPE (CESPE) - Agente de Polícia Federal/2018

As proposições P, Q e R a seguir referem-se a um ilícito penal envolvendo
João, Carlos, Paulo e Maria:
P: “João e Carlos não são culpados”.

Q: “Paulo não é mentiroso”.
R: “Maria é inocente”.
Considerando que ~X representa a negação da proposição X, julgue o item

a seguir.
As proposições P∧(∼Q)→(∼R) e R→[Q∧(∼P)] são equivalentes..
RESOLUÇÃO
ERRADO. Para resolver a questão, vamos aplicar a própria definição de

proposições equivalentes, que são aquelas cujas tabelas-verdade são
iguais. Dito isso, vamos construir as tabelas-verdade das proposições.
Primeiro, vamos construir a tabela verdade de P∧(∼Q)→(∼R).

Raciocínio Lógico
Bônus para TCU
p q r ~p ~q ~r p^(~q p^(~q) →
) (~r)
V V V F F F F V
V V F F F V F V
V F V F V F V F
V F F F V V V V
F V V V F F F V
F V F V F V F V
F F V V V F F V
F F F V V V F V
Agora, vamos construir a tabela verdade de R→[Q∧(∼P)].
p q r ~p q^(~p) r →
[q^(~p)]
V V V F F F
V V F F F V
V F V F F F
V F F F F V
F V V V V F
F V F V V V
F F V V F F
F F F V F V
Comparando a última coluna das tabelas, vemos que elas não são identicas
e, portanto, as proposições não são equivalentes. No próximo tópico,
vamos estudar a negação de proposições, facilitando o nosso trabalho de
encontrar proposições equivalentes apenas desenvolvendo operações e
reescrevendo-as. Daí, refaremos essa questão, de modo diferente.

Raciocínio Lógico
Bônus para TCU
CEBRASPE - Técnico Bancário (CEF)/Administrativa/2014

Considerando a proposição “Se Paulo não foi ao banco, ele está sem
dinheiro”, julgue o item seguinte.
A proposição em apreço equivale à proposição “Paulo foi ao banco e está

sem dinheiro”.
RESOLUÇÃO
ERRADO. Para resolver a questão, vamos utilizar a equivalência do

“se...então” em sua 1ª forma, que é: p → q equivale a ~q→~p.
Assim, a frase
“Se Paulo não foi ao banco, ele está sem dinheiro”
equivale a
“Se Paulo foi ao banco, então ele não está sem dinheiro”,
o que tem um sentido claramente difernte do que foi dado no enunciado,

pois a consequência de Paulo ir ao banco é não estar sem dinheiro e não
o contrário.
Antes de encerrar esse tópico, chamo a atenção para o seguinte: a

equivalência goza de algumas propriedades importantes. Já apresentamos
as propriedades comutativa, associativa e distributiva. Porém,
destacaremos estes três nomes para propriedades, pois podem cair em sua
prova. São eles:

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Bônus para TCU
• Reflexiva: toda proposição é equivalente a ela mesma.
p ≡ p.
• Simétrica: se p ≡ q, então q ≡ p.
p ≡ q → q ≡ p.
• Transitiva: se p ≡ q e q ≡ r, então p ≡ r.
p ≡ q e q ≡ r → p ≡ r.
Com base nessas propriedades podemos, por exemplo, chegar a uma

conclusões úteis em prova, como a equivalência disjunção. Veja:
Aprendemos que p→q ≡ ~p v q. Logo, pela simetria, ~p v q ≡ p→ q.

Isso significa que, para encontrar uma equivalente da disjunção, devemos:
1. Negar a primeira parte.

2. Manter a segunda parte.
3. Trocar o v por →
Exemplo
A frase “Vou ser aprovado para o cargo de Auditor Fiscal ou Auditor de

Controle interno” equivale a:
“Se eu não vou ser aprovado para o cargo de Auditor Fiscal, então eu vou
ser aprovado para o cargo de Auditor de Controle Interno.

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3. NEGAÇÃO
Aprendemos na aula passada o que é a negação de uma proposição.
Dada uma proposição p qualquer, é possível, a partir dela, construir

uma outra proposição denominada de negação de p, a qual será
representada pelo símbolo ~p. A proposição ~p terá sempre o valor lógico
oposto de p, ou seja: se p é verdadeira, então ~p é falsa e se p é falsa,
então ~p é verdadeira.
A constatação acima pode ser resumida em uma tabela, a qual

denominamos de Tabela Verdade da proposição ~p.
p ~p
V F
F V
Exemplos
a) p: José tem olhos azuis.

~p: José não tem olhos azuis.
b) p: 3 é divisor de 15.
~p: 3 não é divisor de 15.
Ocorre que nem sempre estaremos trabalhando com proposições

simples, portanto nem sempre será tão fácil obter a negação de uma
proposição como seria apenas acrescentando um “não” ao seu verbo.
Negar proposições compostas é um tema muito cobrado em

concursos públicos. Vamos aprender como construir a negação com
conectivos e condicionais e exemplificar cada caso.

Raciocínio Lógico
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3.1 NEGAÇÃO DA CONJUNÇÃO
A negação da conjunção é a disjunção da negativa das proposições

componentes. Difícil? Nada disso. Veja em símbolos.
~(p ^ q) = ~p v ~q
Ou seja, a negativa de (p e q) equivale a (negativa de p ou negativas

de p).
Veja um passo a passo para obter a negativa de uma conjunção ^:
1. Negue as duas partes.

2. Troque o “e” por “ou”.
Essa relação é também conhecida como 1ª Lei de Morgan ou 1ª Lei

de De Morgan, em homenagem ao matemático britânico Augustus De
Morgan, que desenvolveu amplo trabalho sobre Álgebra Booleana, incluindo
seus famosos Teoremas envolvendo as operações lógicas “ou”, “e” e “não.
Você pode comprovar a validade dessa Lei construindo as tabelas-

verdae de ~(p^q) e de ~p ou ~q, constatando que são iguais. Entretanto,
vamos nos ater aqui à aplicação da Lei em situações, que é o que de fato
será cobrado nas questões do seu concurso.

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Exemplo
r: José é bonito e engraçado.

~r: José não é bonito ou José não é engraçado.
3.2 NEGAÇÃO DA DISJUNÇÃO
A negação da disjunção é a conjunção da negativa das proposições

componentes. Em símbolos, temos:
~(p v q) = ~p ^ ~q
Ou seja, a negativa de (p ou q) equivale a (negativa de p e negativas

de p).
Veja um passo a passo para obter a negativa de uma disjunção v:
1. Negue as duas partes.

2. Troque o “ou” por “e”.
Essa relação é conhecida como 2ª Lei de De Morgan.
Exemplo
r: Marcos trabalha no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica Federal.

~r: Marcos não trabalha no Banco do Brasil e não trabalha na Caixa
Econômica Federal.

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3.3 NEGAÇÃO DA CONDICIONAL
Trata-se de uma das negativas mais cobradas em prova. Uma dica

para você chegar na negativa da condicional é você lembrar do que é
preciso para falseá-la. Isso, mesmo.
Pergunta: Em que situação uma condicional p → q é falsa?

Resposta: Quando a primeira parte é verdadeira e a segunda é falsa.
Então, aceite a primeira parte e negue a segunda!
Em resumo, a negativa da condicional p → q é a conjunção de p e a

negativa de q. Em símbolos:
~(p → q) = p ^ ~q
Ou seja, a negativa de (se p, então q) equivale a (p e não q).
Veja um passo a passo para obter a negativa de uma condicional → :
1. Mantenha a primeira parte.

2. Negue a segunda parte.
3. Troque o “→” por “^”.
Exemplo:
r: Se eu estudo, então eu passo no concurso.

~r: Eu estudo e eu não passo no concurso.

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3.3 NEGAÇÃO DA BICONDICIONAL
Também aqui funciona a dica de você tentar falsear a bicondicional,

observando assim o que levaria à sua negação. Vejamos.
Pergunta: Em que situação uma bicondicional p ↔ q é falsa?

Resposta: Quando as proposições p e q possuem valor lógico diferente.
Ora, e quem é o operador que só é aceito verdadeiro quando as

proposições p e q possuem valor lógico diferente? É a disjunção exclusiva
(“ou...ou”)! Use-a para negar a bicondicional.
Em resumo, a negativa da bicondicional p ↔ q é a disjunção exclusiva

das proposições p e q. Em símbolos:
~(p ↔ q) = p v q
Ou seja, a negativa de (p se, e somente se q) equivale a (ou p ou q).

O passo a passo para a negação da bicondicional ↔ é muito simples.
É, na verdade, um único passo, qual seja, troque o ↔ por ^.
Exemplo:
r: Marcel pratica corrida se, e somente se Jéssica vai à Academia.

~r: Ou Marcel pratica corrida ou Jéssica vai à Academia.

Raciocínio Lógico
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CEBRASPE (CESPE) - Escrivão de Polícia Federal/2018

Julgue o item, considerando a proposição P a seguir.
P: “O bom jornalista não faz reportagem em benefício próprio nem deixa

de fazer aquela que prejudique seus interesses”.
A negação da proposição P está corretamente expressa por: “O bom

jornalista faz reportagem em benefício próprio e deixa de fazer aquela que
não prejudique seus interesses”.
RESOLUÇÃO
ERRADO. Para resolver essa questão, o candidato deve saber negar uma
conjunção. Para isso, basta aplicar a 1ª Lei de Morgan, qual seja:
~(p^q) = ~pv~q.
A frase
“O bom jornalista não faz reportagem em benefício próprio nem deixa de

fazer aquela que prejudique seus interesses”.
Pode ser reescrita como:

Raciocínio Lógico
Bônus para TCU
“O bom jornalista não faz reportagem em benefício próprio”

e
“O bom jornalista não deixa de fazer aquela que prejudique seus
interesses”.
Portanto, é claramente uma proposição composta do tipo p e q, cuja

negação é ~p ou ~q.
Logo, a negação da proposição composta é:
“O bom jornalista faz reportagem em benefício póprio”

ou
“O bom jornalista deixa de fazer aquela que prejudique seus interesses”.
Como vemos, a negação é difernte do que diz a questão, que afirma ser a
negativa uma nova conjunção. Questão errada.
CEBRASPE (CESPE) - Agente de Polícia Federal/2018

As proposições P, Q e R a seguir referem-se a um ilícito penal envolvendo
João, Carlos, Paulo e Maria:
P: “João e Carlos não são culpados”.

Q: “Paulo não é mentiroso”.
R: “Maria é inocente”.
Considerando que ~X representa a negação da proposição X, julgue o item

a seguir.
As proposições P∧(∼Q)→(∼R) e R→[Q∧(∼P)] são equivalentes.

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RESOLUÇÃO
ERRADO. Para resolver essa questão, basta que conheçamos a relação de

equivalência do “se...então” dada por p → q = ~p → ~q e que saibamos
negar conjunções, ~(p ^ q) = ~p v q, e negar condicionais, ~(p → q) = p
^ ~q.
A proposição dada inicialmente é P∧(∼Q)→(∼R). Trata-se de uma

condicional, portanto, a sua equivalente é:
P∧(∼Q)→(∼R) = ~(~R) → ~[P∧(∼Q)] = R → [~P v ~(~Q)] = R→(~P v Q).
É dito na questão que a equivalente é R → (Q ^ ~P), diferente portanto do

resultado encontrado. Questão errada.

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4. LISTA DE QUESTÕES
1. CEBRASPE (CESPE) - Analista Administrativo de Procuradoria

(PGE PE)/2019
Acerca da lógica sentencial, julgue o item que se segue.
Se P, Q, R e S forem proposições simples, então as proposições P∨R→Q∧S

e (∼Q)∨(∼S)→(∼P)∧(∼R) serão equivalentes
2. CEBRASPE (CESPE) - Auditor de Controle Interno (COGE

CE)/Auditoria/Governamental/2019
No argumento seguinte, as proposições P1, P2 e P3 são as premissas, e C

é a conclusão.
• P1: Se os recursos foram aplicados em finalidade diversa da prevista ou

se a obra foi superfaturada, então a prestação de contas da prefeitura não
foi aprovada.
• P2: Se a prestação de contas da prefeitura não foi aprovada, então a

prefeitura ficou impedida de celebrar novos convênios ou a prefeitura
devolveu o dinheiro ao governo estadual.
•P3: A obra não foi superfaturada, e a prefeitura não devolveu o dinheiro

ao governo estadual.
• C: A prefeitura ficou impedida de celebrar novos convênios.

Raciocínio Lógico
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Com relação ao argumento, assinale a opção correspondente à proposição

equivalente à negação da proposição P1.
a) “Os recursos foram aplicados em finalidade diversa da prevista ou

a obra foi superfaturada, mas a prestação de contas da prefeitura foi
aprovada”.
b) “Os recursos foram aplicados em finalidade diversa da prevista e
a obra foi superfaturada, mas a prestação de contas da prefeitura foi
aprovada”.
c) “Os recursos não foram aplicados em finalidade diversa da prevista
e a obra não foi superfaturada, mas a prestação de contas da prefeitura foi
aprovada”.
d) “Se os recursos não foram aplicados em finalidade diversa da
prevista e a obra não foi superfaturada, então a prestação de contas da
prefeitura foi aprovada”.
e) “Se a prestação de contas da prefeitura foi aprovada, então os
recursos não foram aplicados em finalidade diversa da prevista e a obra
não foi superfaturada”.
3. CEBRASPE (CESPE) - Escrivão de Polícia (PC MA)/2018
Proposição p:
A qualidade da educação dos jovens sobe ou a sensação de segurança da

sociedade diminui.
Assinale a opção que apresenta uma proposição que constitui uma negação
da proposição p.
a) A qualidade da educação dos jovens não sobe e a sensação de segurança
da sociedade não diminui.

Raciocínio Lógico
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b) A qualidade da educação dos jovens desce ou a sensação de segurança

da sociedade aumenta.
c) A qualidade da educação dos jovens não sobe ou a sensação de
segurança da sociedade não diminui.
d) A qualidade da educação dos jovens sobe e a sensação de segurança da
sociedade diminui.
e) A qualidade da educação dos jovens diminui ou a sensação de segurança
da sociedade sobe.
4. CEBRASPE (CESPE) - Papiloscopista Policial Federal/2018
Julgue o item, acerca da seguinte proposição:
P: “A nomeação do novo servidor público ocorre para reposição de vacância

em área essencial, ou o candidato aprovado não será nomeado”.
A negação da proposição P está corretamente expressa por: “Ou a

nomeação do novo servidor público ocorre para reposição de vacância em
áreas não essenciais, ou o candidato aprovado será nomeado”.

A proposição P é logicamente equivalente à proposição: “Se não for para

reposição de vacância em área essencial, então o candidato aprovado não
será nomeado”.

Raciocínio Lógico
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6. CEBRASPE (CESPE) - Técnico Tributário da Receita Estadual

(SEFAZ RS)/2018
A negação da proposição “O IPTU, eu pago parcelado; o IPVA, eu pago em

parcela única” pode ser escrita como
a) “Eu pago o IPTU em parcela única ou pago o IPVA parcelado”.

b) “Eu não pago o IPTU parcelado e não pago o IPVA em parcela única”.
c) “Eu não pago o IPTU parcelado e pago o IPVA parcelado”.
d) “Eu não pago o IPTU parcelado ou não pago o IPVA em parcela única”.
e) “Eu pago o IPTU em parcela única e pago o IPVA parcelado”.

(SEFAZ RS)/2018
Se P, Q e R são proposições simples, então a proposição ¬[P→(Q→R)] é

equivalente a
a) (R→Q)→P
b) (∼P)→[(∼Q)→(∼R)].
c) (∼P)∧Q∧R
d) P∧Q∧(∼R).
e) (∼P)→(Q→R)

Raciocínio Lógico
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8. CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (TRT 7ª

Região)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017
Proposição P
A empresa alegou ter pago suas obrigações previdenciárias, mas não

apresentou os comprovantes de pagamento; o juiz julgou, pois, procedente
a ação movida pelo ex-empregado.
Proposição Q: A empresa alegou ter pago suas obrigações previdenciárias,

mas não apresentou os comprovantes de pagamento.
A proposição Q, anteriormente apresentada, está presente na proposição P

do texto..
A negação da proposição Q pode ser expressa por
a) A empresa não alegou ter pago suas obrigações previdenciárias ou

apresentou os comprovantes de pagamento.
b) A empresa alegou ter pago suas obrigações previdenciárias ou não
c) A empresa alegou ter pago suas obrigações previdenciárias e apresentou
os comprovantes de pagamento.
d) A empresa não alegou ter pago suas obrigações previdenciárias nem
9. CEBRASPE (CESPE) - Administrador (MPOG)/2015
Considerando a proposição P: “Se João se esforçar o bastante, então João

conseguirá o que desejar”, julgue o item a seguir.

Raciocínio Lógico
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A proposição “João não se esforça o bastante ou João conseguirá o que

desejar” é logicamente equivalente à proposição P..
10. CEBRASPE (CESPE) - Técnico Judiciário (TRE

MT)/Administrativa/2015
A negação da proposição: “Se o número inteiro m > 2 é primo, então o

número m é ímpar” pode ser expressa corretamente por
a) “Se o número m não é ímpar, então o número inteiro m > 2 não é primo”.
b) “Se o número inteiro m > 2 não é primo, então o número m é ímpar”.
c) “O número inteiro m > 2 é primo e o número m não é ímpar”.
d) “O número inteiro m > 2 é não primo e o número m é ímpar”.
e) “Se o número inteiro m > 2 não é primo, então o número m não é ímpar”.

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5. LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS
1. CEBRASPE (CESPE) - Analista Administrativo de Procuradoria

(PGE PE)/2019
Acerca da lógica sentencial, julgue o item que se segue.
Se P, Q, R e S forem proposições simples, então as proposições P∨R→Q∧S

e (∼Q)∨(∼S)→(∼P)∧(∼R) serão equivalentes
CERTO. Devemos encontrar uma equivalência para P∨R→Q∧S, que é uma

condicional. Aprendemos que a 1ª forma equivalente da condicional p→q é
~q→ ~q. Aplicando à proposição da questão, temos:
P∨R→Q∧S = ~(Q^S) → ~(PvR). Aplicando a Lei de Morgan em cada termo

para obtermos as negações das compostas, tempos:
~(Q^S) → ~(PvR) = ~Q v ~S → ~P ^ ~R,

tal qual afirmado na questão.
2. CEBRASPE (CESPE) - Auditor de Controle Interno (COGE

CE)/Auditoria/Governamental/2019
No argumento seguinte, as proposições P1, P2 e P3 são as premissas, e C

é a conclusão.
• P1: Se os recursos foram aplicados em finalidade diversa da prevista ou

se a obra foi superfaturada, então a prestação de contas da prefeitura não
foi aprovada.

Raciocínio Lógico
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• P2: Se a prestação de contas da prefeitura não foi aprovada, então a

prefeitura ficou impedida de celebrar novos convênios ou a prefeitura
devolveu o dinheiro ao governo estadual.
•P3: A obra não foi superfaturada, e a prefeitura não devolveu o dinheiro

ao governo estadual.
• C: A prefeitura ficou impedida de celebrar novos convênios.
Com relação ao argumento, assinale a opção correspondente à proposição

equivalente à negação da proposição P1.
a) “Os recursos foram aplicados em finalidade diversa da prevista ou a obra

foi superfaturada, mas a prestação de contas da prefeitura foi aprovada”.
b) “Os recursos foram aplicados em finalidade diversa da prevista e a obra
foi superfaturada, mas a prestação de contas da prefeitura foi aprovada”.
c) “Os recursos não foram aplicados em finalidade diversa da prevista e a
obra não foi superfaturada, mas a prestação de contas da prefeitura foi
aprovada”.
d) “Se os recursos não foram aplicados em finalidade diversa da prevista e
a obra não foi superfaturada, então a prestação de contas da prefeitura foi
aprovada”.
e) “Se a prestação de contas da prefeitura foi aprovada, então os recursos
não foram aplicados em finalidade diversa da prevista e a obra não foi
superfaturada”.
Letra a. O comando da questão nos pede uma proposição equivalente à

negação da proposição p1. Vamos escrevê-la abaixo.

Raciocínio Lógico
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P1: Se os recursos foram aplicados em finalidade diversa da prevista ou se

a obra foi superfaturada, então a prestação de contas da prefeitura não foi
aprovada.
Agora, vamos reescrever P1 usando simbologia lógica, da seguinte forma:
p: os recursos foram aplicados em finalidade diversa da prevista;

q a obra foi superfaturada;
r: a prestação de contas da prefeitura não foi aprovada.
P1: p v q → r.
Aprendemos que a negação de uma condicional p → q é p e ~q. Logo,
~(p v q → r) = p v q ^ ~r (lê-se p ou q e não r).
Substituindo as proposições pelas frases que representam, temos:
“Os recursos foram aplicados em finalidade diversa da prevista ou a obra

foi superfaturada e a prestação de contas da prefeitura será aprovada”.
Letra a.
3. CEBRASPE (CESPE) - Escrivão de Polícia (PC MA)/2018
Proposição p:
A qualidade da educação dos jovens sobe ou a sensação de segurança da
sociedade diminui.
Assinale a opção que apresenta uma proposição que constitui uma negação
da proposição p.

Raciocínio Lógico
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a) A qualidade da educação dos jovens não sobe e a sensação de segurança

da sociedade não diminui.
b) A qualidade da educação dos jovens desce ou a sensação de segurança
da sociedade aumenta.
c) A qualidade da educação dos jovens não sobe ou a sensação de
segurança da sociedade não diminui.
d) A qualidade da educação dos jovens sobe e a sensação de segurança da
sociedade diminui.
e) A qualidade da educação dos jovens diminui ou a sensação de segurança
da sociedade sobe.
Letra a. Queremos negar uma disjunção, ou seja, uma proposição

composta do tipo p v q, onde:
p: A qualidade da educação dos jovens sobe.

q: A sensação de segurança da sociedade diminui.
Pela 2ª Lei de Morgan, sabemos que
~(p v q) = ~p ^ ~q.
Logo, a negativa da proposição composta é:
A qualidade da educação dos jovens não sobe e a sensação de segurança

da sociedade não diminui. Letra a.
OBSERVAÇÃO: Muito cuidado com a negação de um verbo. A negação de

“subir”, por exemplo, é “não subir”, o que é diferente de “descer”. Isso
porque “estagnar”, “permanecer igual” também satisfazem a condição de
“não subir” e não são, claramente, sinônimos de “descer”. No mesmo modo,

Raciocínio Lógico
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a negação de “diminuir” é “não diminuir”, o que é diferente de “aumentar”.

Há que ter muita atenção com casos assim.

A negação da proposição P está corretamente expressa por: “Ou a

nomeação do novo servidor público ocorre para reposição de vacância em
áreas não essenciais, ou o candidato aprovado será nomeado”.
ERRADO. Estamos diante de uma disjunção. Para negá-la, vamos aplicar
¬(p∨q)≡(¬p)∧(¬q),
lembrando que ¬ representa negação e fazendo:
p: A nomeação do novo servidor público ocorre para reposição de vacância

em área essencial.
q: O candidato aprovado não será nomeado.
Aplicando a Lei de Morgan acima, a negação da proposição composta será
“A nomeação do novo servidor público não ocorre para reposição de
vacância em área essencial e o candidato aprovado será nomeado”, que é
diferente do que afirma o enunciado. Item errado.

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A proposição P é logicamente equivalente à proposição: “Se não for para

reposição de vacância em área essencial, então o candidato aprovado não
será nomeado”.
CERTO. Aprendemos que uma equivalência de p → q é ~p ou q. Você deve

enter que a equivalência é uma propriedade SIMÉTRICA. O que isso quer
dizer? Quer dizer que se a ≡ b, então b ≡ a. Portanto,
~p ou q ≡ p → q,
ou seja, uma equivalência para a disjunção é a condicional na qual se nega
o primeiro termo e mantém o segundo.
Dito isso, façamos
p: A nomeação do novo servidor público ocorre para reposição de vacância

em área essencial.
q: O candidato aprovado não será nomeado.
Vemos que a nossa proposição composta é do tipo p v q. Assim, sua

equivalente será:
“Se a nomeação do novo servidor público não ocorre para reposição de

vacância em área essencial, então o candidato aprovado não será nomeado”,
que é o que afirma o item.

(SEFAZ RS)/2018

Raciocínio Lógico
Bônus para TCU
A negação da proposição “O IPTU, eu pago parcelado; o IPVA, eu pago em

parcela única” pode ser escrita como
a) “Eu pago o IPTU em parcela única ou pago o IPVA parcelado”.

b) “Eu não pago o IPTU parcelado e não pago o IPVA em parcela única”.
c) “Eu não pago o IPTU parcelado e pago o IPVA parcelado”.
d) “Eu não pago o IPTU parcelado ou não pago o IPVA em parcela única”.
e) “Eu pago o IPTU em parcela única e pago o IPVA parcelado”.
Letra d. A proposição composta dada pode ser reescrita com símbolos.

Tomemos
p: O IPTU, eu pago parcelado;

q: O IPVA, eu pago em parcela única.
Temos uma proposição do tipo p ^ q (p e q). Pela 1ª Lei de Mortan,
~(p ^ q) = ~p ou ~q.
Logo, nossa negativa é:
“Eu não pago o IPTU parcelado ou Eu não pago o IPVA em parcela única”.

(SEFAZ RS)/2018
Se P, Q e R são proposições simples, então a proposição ¬[P→(Q→R)] é

equivalente a
a) (R→Q)→P
b) (∼P)→[(∼Q)→(∼R)].
c) (∼P)∧Q∧R

Raciocínio Lógico
Bônus para TCU
d) P∧Q∧(∼R).
e) (∼P)→(Q→R)
Letra d. Queremos encontrar a negativa de [P→(Q→R)], que é uma

condicional cujo segundo termo também é uma condicional. Aprendemos
que a negativa de p → q é p e ~q. Assim, temos:
~[P→(Q→R)] = P ^ ~(Q → R) = P ^ Q ^ ~R. Letra d.
8. CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (TRT 7ª

Região)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017
Proposição P
A empresa alegou ter pago suas obrigações previdenciárias, mas não

apresentou os comprovantes de pagamento; o juiz julgou, pois, procedente
a ação movida pelo ex-empregado.
Proposição Q: A empresa alegou ter pago suas obrigações previdenciárias,

mas não apresentou os comprovantes de pagamento.
A proposição Q, anteriormente apresentada, está presente na proposição P

do texto..
A negação da proposição Q pode ser expressa por
a) A empresa não alegou ter pago suas obrigações previdenciárias ou


Raciocínio Lógico
Bônus para TCU
b) A empresa alegou ter pago suas obrigações previdenciárias ou não

c) A empresa alegou ter pago suas obrigações previdenciárias e apresentou
os comprovantes de pagamento.
d) A empresa não alegou ter pago suas obrigações previdenciárias nem
Letra a. Tomemos as seguintes proposições componentes:
R: A empresa alegou ter pago suas obrigações previdenciárias;

S: A empresa não apresentou os comprovantes de pagamento.
A proposição Q é do tipo R ^ S (R e S). Logo, sua negativa é

~( R ^ S) = ~R v ~S,
ou seja,
“A empresa não alegou ter pago suas obrigações previdênciárias ou
apresentou os comprovantes de pagamento”. Letra a.
9. CEBRASPE (CESPE) - Administrador (MPOG)/2015 (e mais 22

concursos)
Considerando a proposição P: “Se João se esforçar o bastante, então João

conseguirá o que desejar”, julgue o item a seguir.
A proposição “João não se esforça o bastante ou João conseguirá o que

desejar” é logicamente equivalente à proposição P.
CERTO. Sejam:

Raciocínio Lógico
Bônus para TCU
p: João se esforça o bastante;

q: João conseguirá o que desejar.
A proposição P é do tipo P → Q. Sabemos que (p→q) ≡ (¬p∨q), logo, uma

equivalência da proposição dada é:
“João não se esforça o bastante ou João conseguirá o que desejar”.
10. CEBRASPE (CESPE) - Técnico Judiciário (TRE MT)/2015
A negação da proposição: “Se o número inteiro m > 2 é primo, então o

número m é ímpar” pode ser expressa corretamente por
a) “Se o número m não é ímpar, então o número inteiro m > 2 não é primo”.
b) “Se o número inteiro m > 2 não é primo, então o número m é ímpar”.
c) “O número inteiro m > 2 é primo e o número m não é ímpar”.
d) “O número inteiro m > 2 é não primo e o número m é ímpar”.
e) “Se o número inteiro m > 2 não é primo, então o número m não é ímpar”.
Letra c. Façamos
p: O número inteiro m > 2 é primo;

q: O número m é ímpar.
A proposição “Se o número inteiro m > 2 é primo, então o número m é

ímpar” é do tipo p → q. Logo, a sua negação é p ^ ~q, ou seja:
“O número inteiro m > 2 é primo E o número m não é ímpar.

Raciocínio Lógico
Bônus para TCU
6. RESUMO
SENTENÇAS ABERTAS
São sentenças que apresentam uma variável, portanto não se pode definir
para elas um único valor lógico.
OPERAÇÕES COM SENTENÇAS ABERTAS

De modo análogo às proposições, podemos operar com sentenças abertas,
formando:
➢ Conjunções
➢ Disjunções
➢ Condicionais
➢ Bicondicionais
CONJUNTO VERDADE DE UMA SENTENÇA ABERTA

É o conjunto de todos os valores pertencentes ao conjunto no qual a
sentença é definida e que satisfazem à função proposicional, ou seja,
quando substituem a variável, transformam-na em uma proposição
verdadeira.
QUANTIFICADORES
São operadores especiais que transformam sentenças abertas em
proposições. São eles:
➢ Quantificador Universal, representado por ∀;

➢ Quantificador existencial, representado por ∃.
EQUIVALÊNCIA LÓGICA
Duas proposições p e q são equivalentes quando as suas tabelas-verdade
são idênticas.

Raciocínio Lógico
Bônus para TCU
Principais equivalências lógicas:
➢ p ⟶ q ≡ ~q ⟶ ~p
➢ p ⟶ q ≡ ~p ˅ q
➢ p ⟷ q = (p ⟶ q) ^ (q ⟶ p).
➢ p ⟷ q ≡ ~p ⟷ ~q
Principais Propriedades:
➢ Propriedade comutativa
• p^q≡q^p
• p˅q≡q˅p
• p⟷q≡q⟷p
➢ Propriedade associativa
• (p ^ q) ^ r ≡ p ^ (q ^ r)
• (p ˅ q) ˅ r ≡ p ˅ (q ˅ r)
➢ Propriedade distributiva
• p ^ (q ˅ r) ≡ (p ^ q) ˅ (p ^ r)
• p ˅ (q ^ r) ≡ (p ˅ q) ^ (p ˅ r)
➢ Propriedade reflexiva
• p≡p
➢ Propriedade simétrica

Raciocínio Lógico
Bônus para TCU
• p≡q→q≡p
➢ Propriedade transitiva
• p≡q eq≡r→p≡r
NEGAÇÃO
A negação ~p de p tem sempre valor lógico oposto de p.
Principais negações:
➢ ~(p ^ q) = ~p v ~q
➢ ~(p v q) = ~p ^ ~q
➢ ~(p → q) = p ^ ~q
➢ ~(p ↔ q) = p v q

Raciocínio Lógico
Bônus para TCU
7. GABARITO
1-Certo 2-a 3-a 4-Errado 5-Certo

6-d 7-d 8-a 9-Certo 10-c
Foi um prazer estar com vocês em mais uma aula. Seguiremos em nosso
curso para abranger os principais tópicos de concursos e consolidar o
conhecimento da disciplina de Raciocínio Lógico.
Um abraço e até a próxima aula.
Professor João Marcos.
Meu Instagram: @joaomarcosmartins
Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais

(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a
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Raciocínio Lógico

Bônus para TCU

BÔNUS 2: Lógica Proposicional; Lógica de primeira ordem.

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Olá a todos! Daremos sequência ao nosso curso BÔNUS de Raciocínio

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1. SENTENÇAS ABERTAS E QUANTIFICADORES

Nem tudo em lógica são proposições. As proposições são aquelas

Em nosso estudo, vamos nos deparar também com sentenças

Sentenças abertas e quantificadores são elementos da Lógica de

Os quantificadores são operadores especiais capazes de transformar

1.1 SENTENÇAS ABERTAS

Vamos iniciar nosso estudo com um exemplo.

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A sentença p claramente é uma proposição, pois declara algo e possui

A sentença r também é aberta. O seu valor lógico depende do valor

Percebam que as sentenças abertas podem se apresentar com uma

Sentença aberta com uma variável

Uma sentença aberta com uma variável em um conjunto A é uma

O conjunto A é chamado de universo ou domínio da variável x.

Quando atribuímos um valor à variável, fazemos uma instanciação ou

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O conjunto de todos os elementos que satisfazem a sentença aberta

Se uma sentença é satisfeita por todos os elementos de um conjunto

Sentença aberta com mais de uma variável

Definiremos aqui uma sentença aberta com duas variáveis. Não

Dados os conjuntos A e B, uma sentença aberta com duas variáveis definida

Prof. João Marcos www.3dconcursos.com.br 5 de 61

AxB representa o produto cartesiano

De modo análogo às sentenças com uma variável, podemos definir o

A sentença P(x,y): x2 + y2 = 4 é uma sentença aberta de duas variáveis

Observação: O conjunto de todos os pares ordenados (x,y) ∈ ℝxℝ que

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Figura 1 – Representação do conjunto de pares ordenados que satisfazem a sentença

1.2 OPERAÇÕES COM SENTENÇAS ABERTAS

Assim como aprendemos a construir proposições compostas

A Conjunção (“e”, simbolizada por ^) de duas sentenças abertas p(x)

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Vp∧q =Vp ∩ Vq = {a ∈ A| p(a)}∩{a ∈ A| q(a)}

Considere as sentenças abertas p(x) e q(x) no conjunto R abaixo:

A conjunção p(x) ∧ q(x) é “x>3 e x2 – 25 = 0”. Perceba que p(x) é

A Disjunção (“ou”, simbolizada por v) de duas sentenças aberas p(x)

Considere as sentenças abertas p(x) e q(x) no conjunto R abaixo:

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A disjunção p(x) v q(x) é “x > 3 ou x2 – 25 = 0”. Sabendo que p(x)

Vp∧q = {x ∈ R │ x = -5 ou x > 3}.

A Negação (“não”, representada por ~) de uma sentença aberta p(x)

em que CA Vp é o complementar do conjunto Vp. Ou seja, o conjunto

Considere a sentença aberta p(x) no conjunto R abaixo:

A negação ~p(x) é “x não é maior que 3” ou “x ≤ 3”. Sabendo que

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A Condicional (“se…então”, simbolizada por →) das sentenças abertas

Em símbolos matemáticos, o conjunto verdade da sentença aberta

Vp→q = V~ p∨q =V~ p ∪Vq = CAVp ∪Vq = CA{a∈ A| p(a)}∪{a∈ A| q(a)}.

Considere as sentenças abertas p(x) e q(x) no conjunto R abaixo:

A condicional p(x) → q(x) é “se x > 3, então x2 – 25 = 0”. Sabendo

Em outras palavras, os números que satisfazem q(x), que são {-5,5} ou

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A Bicondicional (“...se, e somente se...” das sentenças abertas p(x) e

Em símbolos matemáticos, o conjunto verdade da sentença aberta

Vp↔q =V( p→q)∧(q→p) =Vp→q ∩Vq→p = (CA Vp ∪Vq )∩(CA Vq ∪Vp ).

Considere as sentenças abertas p(x) e q(x) no conjunto R abaixo:

A bicondicional p(x) ↔ q(x) é “ x > 3 e, e somente se, x2 – 25 = 0”.

Em outras palavras, satisfazem a bicondicional os números maiores que