Kelma Souza Lima Eloy Lopes Júnior Oab/Am 5.470 Oab/Am 4.900

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KELMA SOUZA LIMA ELOY LOPES JÚNIOR
OAB/AM 5.470 OAB/AM 4.900
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0520210-24.2023.8.04.0001 e código A19F09B.
__ VARA CÍVEL E DE ACIDENTES DE TRABALHO DA COMARCA DE
MANAUS/AM.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por KELMA SOUZA LIMA, protocolado em 12/06/2023 às 12:00 , sob o número 05202102420238040001.
PRIORIDADE - IDOSO
MARIO BERALDO GUERREIRO, brasileiro, solteiro, aposentado,

nascido em 08/10/1954, 68 anos de idade, portador da Carteira de Identidade n.⁰ 1500671-
9 SSP/AM e do CPF n.⁰ 103.562.232-72, residente e domiciliado nesta cidade, na Rua dos
Seringais, n.º 114, Bairro: Cidade de Deus, CEP: 69099-183, Manaus/AM, por sua bastante
procuradora infra-assinado (Procuração anexa), com escritório profissional na Avenida
Autaz Mirim, nº. 6027, Sala 09, São José II, CEP 69.085-000, publicacao@ksl.adv.br,
Fone: (92) 3644-5233 vem perante Vossa Excelência, com fundamento nos dispositivos
legais atinentes à espécie, propor a presente:
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C REPETIÇÃO

DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS contra:
ABCB - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONSELHEIROSBÍBLICOS, pessoa

jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ n.º 04.291.537/0001-09, com endereço atual
na Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, nº2.747, bairro Jabaquara, CEP: 04.309-
011, cidade de São Paulo/SP, Brasil, com base nos fatos e fundamentos a seguir:
Endereço: Avenida Autaz Mirim, nº 6027 – Sala 09– São José II – Manaus - AM
Contato: (92) 3644 -5233
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DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Consoante o dispositivo nas Leis 1.060/50 e 7.115/83, o Requerente declara para os devidos
fins, e sob as penas da lei, ser pobre, na acepção legal do termo, não tendo como arcar com
o pagamento de custas e demais despesas processuais sem prejuízo do próprio sustento e
de sua família pelo que requer os benefícios da justiça gratuita.
DA TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA
O Requerente, atualmente com 68 anos, requer o benefício da prioridade na tramitação,

conforme previsão no Estatuto do idoso – Lei nº 10.741/03, Artigo 71, conforme se vê
abaixo:
Artigo 71. É assegurada prioridade na tramitação dos

processos e procedimentos e na execução dos atos e
diligências judiciais em que figure como parte ou
interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 anos,
em qualquer instância.
DOS FATOS
O Requerente é aposentado por tempo de contribuição perante a Previdência Social– INSS,

sob o número do benefício 159.973.124-7. Ocorre que, em dezembro de 2022 se deu início
a uma série de descontos em sua aposentadoria, sendo estes denominados de “CONTRIB.
ABCB SAC 0800 323 5069”, conforme HISCRE (histórico de créditos em anexo).
No referido documento podemos constatar os descontos, ocorrendo conforme tabela

abaixo:
Referente ao ano de 2022:

MÊS VALOR DESCONTADO
Dezembro R$ 70,87
Total: R$ 70,87
Referente ao ano de 2023:

MÊS VALOR DESCONTADO
Janeiro R$ 75,07
Fevereiro R$ 75,07
Março R$ 75,07
Abril R$ 75,07
Maio R$ 75,07
Junho R$ 75,07
Total: R$ 450,42
Contato: (92) 3644 -5233
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Conforme se vê acima, os descontos efetuados na aposentadoria do Requerente
totalizam a importância de R$ 521,29 (quinhentos e vinte e um reais e vinte e nove
centavos), o que desde já requer em dobro.
O Requerente desconhece por completo que tenha se associado a Requerida, uma vez que,
recebe o seu benefício desde o ano de 2013, conforme os documentos acostados.
O Requerente entrou em contato com Requerida por diversas vezes, informando que não
contratou nenhum serviço e pedindo para que fosse interrompido os descontos em sua conta
e que, portanto, era para a Requerida interromper tais descontos, porém foi tratado com
descaso, enquanto a mesma manteve-se inerte perante os valores descontados indevidamente
e tais descontos continuam até os dias atuais, conforme extrato da conta corrente anexa.
Enfatizamos que o Requerente é pessoa idosa e tentou resolver a situação perante o INSS,
mas foi informado que este nada poderia fazer para solucionar o problema.
Enfatizamos que situações iguais a lide em tela são corriqueiras, bastando pesquisar na
internet para observamos as INÚMERAS reclamações, como as retiradas do site
“Reclame Aqui”:
Contato: (92) 3644 -5233
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Informamos, novamente, que o Requerente é aposentado, e vem sofrendo descontos em
seu benefício, o mesmo tem passado por dificuldades financeiras, logo necessitando da
quantia recebida para o seu sustento. Portanto, as quantias descontadas em seus
rendimentos, a insegurança, intranquilidade e a angustia que vem passando o afetou e
ocasionou inúmeros transtornos.
Por fim, é cabível salientar que o Requerente busca o judiciário, afim de resolver
justamente a presente lide, visto que a ação da Requerida é envolta de má-fé, como
passaremos a visualizar.
DO DIREITO E DA COBRANÇA INDEVIDA
O Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 42, parágrafo único, estabelece o

direito daquele que é indevidamente cobrado de receber em dobro o valor pago. Dispõe
tal artigo:
Artigo 42. (...)
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do

indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção
monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.
Conveniente trazer à lume jurisprudência dos Tribunais de Justiça pátrios:
CERCEAMENTO DE DEFESA - INOCORRÊNCIA –

SENTENÇA DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA –
PRELIMINAR AFASTADA. ASSOCIAÇÃO – DESCONTO
INDEVIDO NO BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO DA
AUTORA – DEVOLUÇÃO DO VALOR QUE FOI
DESCONTADO INDEVIDAMENTE, OBSERVADA A
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO INICIAL EM MOMENTO
ANTERIOR A AGOSTO DE 2016 – DANOS MORAIS
CARACTERIZADOS - ANGÚSTIA, INSEGURANÇA E
INTRANQUILIDADE QUE POR CERTO TOMARAM
CONTA DA AUTORA AO DEPARAR-SE COM OS
DESCONTOS – EFICÁCIA DISSUASÓRIA DA
INDENIZAÇÃO ESTIMULA O REQUERIDO A
ACAUTELAR-SE PARA EVITAR SANÇÕES COMO ESTA
– "QUANTUM" INDENIZATÓRIO FIXADO EM R$
2.000,00, TENDO EM VISTA PRECEDENTES DESTA C.
CORTE - SENTENÇA MODIFICADA – RECURSOS DE
AMBAS AS PARTES PARCIALMENTE PROVIDOS.
(TJ-SP - AC: 10046382620198260218 SP 1004638-
26.2019.8.26.0218, Relator: Theodureto Camargo, Data de
Julgamento: 23/02/2021, 8ª Câmara de Direito Privado, Data de
Publicação: 23/02/2021)
Contato: (92) 3644 -5233
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Como se visualiza com os fatos expostos, o Requerente jamais contraiu qualquer
negócio jurídico perante a Requerida, restando a aplicação de devolução em dobro
dos descontos efetuados, no valor de R$ 521,29 (quinhentos e vinte e um reais e vinte
e nove centavos).
Portanto, é correto afirmamos que a devolução do importe de R$ 1.042,58 (hum mil
e quarenta e dois reais e cinquenta e oito centavos), valor em dobro, é medida que
se impõe.
DO DANO MORAL
A Constituição Federal de 1988, especificamente em seu Artigo 5º, consagra a tutela do

direito à indenização por dano material ou moral decorrente da violação de direitos
fundamentais:
Artigo 5º (...)
V – É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização

por dano material, moral ou à imagem;
(...)
X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das

pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de
sua violação.
De acordo com o entendimento já firmado, ato ilícito é aquele praticado em desacordo

com a norma jurídica destinada a proteger interesses alheios, violando direito subjetivo
individual, causando prejuízo a outrem e criando o dever de reparar tal lesão. Sendo
assim, o Código Civil define o ato ilícito em seu Artigo 186:
Artigo 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito.
Dessa forma, é previsto como ato ilícito aquele que cause danos, ainda que
exclusivamente moral.
O artigo acima mencionado traz consigo o conceito de ato ilícito, entretanto, observa-se
que não menciona acerca do dever de indenizar, ou seja, a responsabilidade civil, matéria
tratada no Artigo 927, caput, do mesmo diploma legal.
Artigo 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
O dano moral está plenamente configurado, visto que para sua caracterização não é
necessário a ocorrência de um dano material, demonstrável e concreto, bastando apenas
Contato: (92) 3644 -5233
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que se demonstre uma verdadeira lesão a sua moral e a sua boa fama. Tal incongruência
já foi devidamente superada no tempo. A própria Constituição Federal de 1988 trouxe,
em norma potenciada, a possibilidade da cumulação de ambos, o que evidencia a sua
diferença.
O DANO MORAL é, pois, na lição da doutrina autorizada:
“A dor resultante da violação de um bem juridicamente tutelado, sem repercussão
patrimonial. Seja a dor-física – dor-sensação, como a denomina Carpenter -, nascida de
uma lesão material; seja a dor moral – dor-sentimento -, de causa imaterial.” (DEDA,
Artur Oscar de Oliveira. A reparação dos danos morais. São Paulo: Saraiva, 2000, p. 8).
Vê-se, desde logo, que a própria lei já prevê a possibilidade de reparação de danos morais
decorrentes do sofrimento, do constrangimento, da situação vexatória, do desconforto em
que se encontra o Requerente.
Na verdade, prevalece o entendimento de que o dano moral dispensa prova em concreto,

tratando-se de presunção absoluta, não sendo, outrossim, necessária à prova do dano
patrimonial. (CARLOS ALBERTO BITTAR, Reparação Civil por Danos Morais, ed.
RT, 1993, pág. 204).
É válido reforçarmos que a presente lide não é incomum, considerando que pessoas
idosas são alvos de tais situações, tendo estas sido constantemente cobradas e lesadas
pelos mais diversos descontos em seus proventos, evidenciando a ação má-fé.
Além do mais, a aposentadoria possui característica de verba alimentar, sendo

utilizada para sustento e demais necessidades básicas. Desta forma, qualquer
desconto, por mínimo que seja, configura privação de patrimônio, conforme
jurisprudência acima colacionada.
DO QUANTUM INDENIZATÓRIO DO DANO MORAL
Imperioso explanar que MARIA HELENA DINIZ (Curso de Direito Civil Brasileiro,
7º vol., 9ª ed., Saraiva), ao tratar do dano moral, ressalva que a reparação tem sua dupla
função, a penal na qual expõe que:
“Constituindo uma sanção imposta ao ofensor, visando a diminuição de seu patrimônio,

pela indenização paga ao ofendido, visto que o bem jurídico da pessoa (integridade
física, moral e intelectual) não poderá ser violado impunemente e a função satisfatória
ou compensatória, pois, como o dano moral constitui um menoscabo a interesses
jurídicos extrapatrimoniais, provocando sentimentos que não têm preço, a reparação
pecuniária visa proporcionar ao prejudicado uma satisfação que atenue a ofensa
causada.”
Contato: (92) 3644 -5233
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Esse sucedâneo de inconvenientes criados pela Requerida causou e está causando enormes
constrangimentos ao Requerente, de modo que calculamos aqui, com base no impacto em
seu nome e em sua moral indenização no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), que não
fazem jus à indenização justa, mas contudo elege o requerido este Juízo, pelo seu rito célere
e pela garantia fundamental, qual seja a duração célere do processo, trazida pela EC nº 45,
acrescentando no texto constitucional o Artigo 5º, LXXVIII .
DO DANO MATERIAL
É incontroverso, que houve desconto indevido, desde o primeiro em DEZEMBRO/2022

até os dias atuais, que a REQUERIDA continua efetuando os descontos no benefício
previdenciário, assim sendo é necessário à aplicação dos dispositivos pertinente previstos
nos Artigos 876, 884 e 885 do Código Civil e também no CDC:
Artigo 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não

será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de
constrangimento ou ameaça.
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem

direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que
pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais,
salvo hipótese de engano justificável.
É válido também vislumbrarmos a jurisprudência a respeito da matéria aqui tratada:
DIREITO DO CONSUMIDOR. IDOSO. DESCONTOS

INDEVIDOS EM BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO.
FRAUDE. AUSÊNCIA DAS CAUTELAS NECESSÁRIAS NO
ATO DA CONTRATAÇÃO. FALHA NA PRESTAÇÃO DO
SERVIÇO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA.
DEVOLUÇÃO EM DOBRO QUE SE IMPÕE. AUSÊNCIA
DE NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DE MÁ-FÉ.
PRECEDENTES DO STJ. DANO MORAL CONFIGURADO.
QUANTUM ARBITRADO COM RAZOABILIDADE.
SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS
FUNDAMENTOS. RECURSO DESPROVIDO. (Recurso
Inominado Nº 201201003678, Turma Recursal do Estado de
Sergipe, Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, Helio de
Figueiredo Mesquita Neto, JUIZ (A) CONVOCADO (A), julgado
em 28/06/2012).
Por fim, requer que seja devolvido e em dobro os valores descontados de forma
indevida e os descontos futuros que por ventura venham ocorrer, sendo a devolução
em dobro na quantia de R$ 1.042,58 (hum mil e quarenta e dois reais e cinquenta e oito
centavos).
DA TUTELA DE URGÊNCIA
Contato: (92) 3644 -5233
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A possibilidade de concessão de medida liminar está preconizada no Artigo 12 da Lei
nº 7.347/85 que assim dispõe: "Poderá o Juiz conceder mandado liminar, com ou sem
justificação prévia, em decisão sujeita a agravo".
A doutrina e a jurisprudência caminham no sentido de que a medida liminar pode ser
concedida, desde que presentes seus requisitos, seja em sede de cautelar, seja em sede de
ação de conhecimento.
Nesse sentido:
"Embora Paulo Afonso Leme Machado advirta, e com
razão, no sentido de que embora a Lei nº 7.347 tenha
previsto tantoa hipótese de medidas cautelares como ações
cautelares que podem ter o mesmo escopo, não se
confundem. Assim, a medida liminar pode ser solicitada e
deferida dentro da própria ação civil pública, ou
explicitamente, não é necessário que seja conhecida e
concedida com processamento em autos em separado. Já na
ação cautelar, na pendência de açãoprincipal ou antes dela,
seu processamento deve ocorrer em autos em apartado,
assinalando que a medida liminar, em muitos casos, pode
ser mais rápida e, portanto, mais eficaz" (FILOMENO, José
Geraldo Brito, in “Manual de Direitos do Consumidor",
Atlas, 1991, p. 186).”
No caso em epígrafe, é patente o perigo a que estão submetidos ao Requerente, notadamente
porque já está sendo lesado em seu patrimônio, haja vista os descontos indevidos em sua
conta.
O fundamento da demanda é mais do que relevante, estando em jogo, repita-se, o
patrimônio do Requerente, sendo que a fumaça do bom direito está demonstrada pela
legislação acima mencionada, em face da qual a requerida vem fazendo tabularasa.
Assim, pede-se a concessão de liminar (tutela antecipada), para que a requerida
PROCEDA A IMEDIATA INTERRUPÇÃO DOS DESCONTOS INDEVIDOS
RELACIONADOS A “CONTRIB. ABCB SAC 0800 323 5069”, sob pena de multa
diária a ser estipulada por este juízo.
Entendendo-se que demonstrado O “fumus boni juris” está caracterizado mediante a
evidência de um direito a ser questionado: descontos indevidos na conta do Autor, ainda, o
periculum in mora exsurge do perigo do Requerente vir a passar necessidade, pois os
descontos afetam diretamente seu sustento e o de sua família, em caso de não haver o
deferimento imediato da presente liminar.
DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Coloca-se verossímil a alegação do Requerente, diante a exposição dos fatos e direitos acima
expostos. Contudo, ressalta-se ainda a manifesta desproporção entre as partes, motivo pelo
Contato: (92) 3644 -5233
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qual endossa e requer que o excelentíssimo julgador, aplique a manifestação do Código de
Defesa do Consumidor, Artigo 6º, VIII, in verbis:
Artigo 6º (...)
VIII – A facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a
inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando,
a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
a) Primeiramente, a inversão do ônus da prova em favor do Requerente, por apresentar-se

como parte hipossuficiente da relação, ainda, diante da verossimilhança das alegações
verificadas;
b) Vossa Excelência aceite a presente ação, determinando a citação da Requerida, para que
conteste o feito, sob pena de confesso, aplicando-lhe os efeitos da revelia;
c) Seja DEFERIDA, liminarmente, a concessão de TUTELA DE URGÊNCIA,

determinando que a Requerida PROCEDA A IMEDIATA SUSPENSÃO DOS
DESCONTOS INDEVIDOS NA CONTA DO REQUERENTE, até a resolução do
mérito, sob pena de multa diária a ser arbitrada por Vossa Excelência;
d) Seja a presente ação, ao final, JULGADA TOTALMENTE PROCEDENTE,

CONDENANDO a Requerida a pagar o valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) a título de
danos morais e o valor de R$ 521,29 (quinhentos e vinte e um reais e vinte e nove
centavos), o que desde já requer em dobro, que perfaz o valor de R$ 1.042,58 (hum mil
e quarenta e dois reais e cinquenta e oito centavos) a título de danos materiais, pelos
descontos já efetuados desde o mês de dezembro de 2020 até os dias atuais, bem como
cancelamento dos descontos vincendos;
e) Protesta e requer provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidos,
principalmente exibição de documentos, oitiva das partes, inquirição de testemunhas e
realização de perícias;
f) Sejam concedidos os benefícios da assistência judiciária gratuita, dado que a Requerente

não dispõe de condições financeiras para custear despesas processuais e honorários
advocatícios, sem prejuízo de seu sustento e da sua família (art. 5º, LXIV da CF/88 e art.
40 da Lei 1.060/50);
g) Que a Requerida seja condenada ao pagamento de custas e honorários advocatícios, no

percentual que Vossa Excelência fixar, em caso de eventual recurso.
Dá-se a causa o valor de R$ 31.042,58 (trinta e um mil e quarenta e dois reais e

cinquenta e oito centavos).
Contato: (92) 3644 -5233
fls. 10
Nesses termos,
Pede deferimento.
Manaus, 12 de maio de 2023.

___________________________
Dr.ª Kelma Souza de Lima
OAB/AM 5.470
___________________________
Dr. Eloy das Neves Lopes Júnior
OAB/AM 4.900
Contato: (92) 3644 -5233

Kelma Souza Lima Eloy Lopes Júnior Oab/Am 5.470 Oab/Am 4.900

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OAB/AM 5.470 OAB/AM 4.900

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA

MARIO BERALDO GUERREIRO, brasileiro, solteiro, aposentado,

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C REPETIÇÃO

ABCB - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONSELHEIROSBÍBLICOS, pessoa

OAB/AM 5.470 OAB/AM 4.900

O Requerente, atualmente com 68 anos, requer o benefício da prioridade na tramitação,

Artigo 71. É assegurada prioridade na tramitação dos

O Requerente é aposentado por tempo de contribuição perante a Previdência Social– INSS,

No referido documento podemos constatar os descontos, ocorrendo conforme tabela

Referente ao ano de 2022:

Referente ao ano de 2023:

OAB/AM 5.470 OAB/AM 4.900

Conforme se vê acima, os descontos efetuados na aposentadoria do Requerente

OAB/AM 5.470 OAB/AM 4.900

Informamos, novamente, que o Requerente é aposentado, e vem sofrendo descontos em

DO DIREITO E DA COBRANÇA INDEVIDA

O Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 42, parágrafo único, estabelece o

Artigo 42. (...)

Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do

Conveniente trazer à lume jurisprudência dos Tribunais de Justiça pátrios:

CERCEAMENTO DE DEFESA - INOCORRÊNCIA –

OAB/AM 5.470 OAB/AM 4.900

Como se visualiza com os fatos expostos, o Requerente jamais contraiu qualquer

Portanto, é correto afirmamos que a devolução do importe de R$ 1.042,58 (hum mil

A Constituição Federal de 1988, especificamente em seu Artigo 5º, consagra a tutela do

V – É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização

X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das

De acordo com o entendimento já firmado, ato ilícito é aquele praticado em desacordo

OAB/AM 5.470 OAB/AM 4.900

O DANO MORAL é, pois, na lição da doutrina autorizada:

Na verdade, prevalece o entendimento de que o dano moral dispensa prova em concreto,

Além do mais, a aposentadoria possui característica de verba alimentar, sendo

DO QUANTUM INDENIZATÓRIO DO DANO MORAL

“Constituindo uma sanção imposta ao ofensor, visando a diminuição de seu patrimônio,

OAB/AM 5.470 OAB/AM 4.900

É incontroverso, que houve desconto indevido, desde o primeiro em DEZEMBRO/2022

Artigo 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não

Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem

É válido também vislumbrarmos a jurisprudência a respeito da matéria aqui tratada:

DIREITO DO CONSUMIDOR. IDOSO. DESCONTOS

OAB/AM 5.470 OAB/AM 4.900

A possibilidade de concessão de medida liminar está preconizada no Artigo 12 da Lei

DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

OAB/AM 5.470 OAB/AM 4.900

qual endossa e requer que o excelentíssimo julgador, aplique a manifestação do Código de

VIII – A facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a

a) Primeiramente, a inversão do ônus da prova em favor do Requerente, por apresentar-se

c) Seja DEFERIDA, liminarmente, a concessão de TUTELA DE URGÊNCIA,

d) Seja a presente ação, ao final, JULGADA TOTALMENTE PROCEDENTE,

f) Sejam concedidos os benefícios da assistência judiciária gratuita, dado que a Requerente

g) Que a Requerida seja condenada ao pagamento de custas e honorários advocatícios, no

Dá-se a causa o valor de R$ 31.042,58 (trinta e um mil e quarenta e dois reais e

OAB/AM 5.470 OAB/AM 4.900

Manaus, 12 de maio de 2023.

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