Você está na página 1de 30

ALTOS GRAUS HERMÉTICOS DA FRANCO-

MAÇONARIA EGÍPCIA

secretary@grand-ordre-egyptien.org

http://www.grand-ordre-egyptien.org
secretary@grand-ordre-egyptien.org
ALTOS GRAUS HERMÉTICOS DA FRANCO-MAÇONARIA
EGÍPCIA

GRANDE ORDEM EGÍPCIA

INTRODUÇÃO

Tradicionalmente, os três primeiros graus de Aprendiz,


Companheiro e Mestre são considerados como o pedestal da Franco-
Maçonaria e constituem um verdadeiro conjunto simbólico. No entanto,
há três séculos, a tradição maçônica compreende também outros três
graus – que o uso consagrou sob a denominação de altos graus (Graus
Laterais de acordo com a fórmula anglófona, dito de outro modo os
Graus Paralelos). Eles colocam em operação um simbolismo
complementar ao da iniciação de ofício, que expressam uma dimensão
muito mais esotérica, espiritualista e aqui especificamente hermetista.
Essas linhas visam, pois, a apresentar os altos graus da Franco-
Maçonaria.
Grande Oriente Egípcio

APRESENTAÇÃO

O Grande Oriente Egípcio é uma estrutura internacional de Altos


Graus (Graus Laterais) independente de qualquer Obediência. Seus
Colégios são mistos, masculinos ou femininos. A Grande Ordem Egípcia
limita-se à transmissão e à prática dos graus que se seguem às Lojas
Azuis, dito de outra forma do 4o grau ao 33o. Seus Colégios são, pois,
reservados aos Franco-Maçons Mestres, de quaisquer Obediências que
sejam, contanto que tenham sido iniciados de acordo com as regras
tradicionais nos três primeiros graus (Aprendiz, Companheiro e Mestre)
e de qualquer que seja seu rito de origem. Não é necessário ainda estar
ativo em uma Obediência para trabalhar no seio da Grande Ordem
Egípcia, na medida onde esta parada estiver conforme às regras morais
da Ordem Maçônica.

AS FONTES DOS ALTOS GRAUS HERMÉTICOS

Ninguém nunca saberá exatamente a origem exata dos altos graus


maçônicos. Eles foram certamente fixados no século XVIII nos caminhos
da Franco-Maçonaria especulativa, mas como veremos mais adiante,
eles se ligam a correntes muito mais antigas. Se o “olhar esotérico” ao
interrogar os mistérios da alma e do universo para além das verdades
religiosas oficiais sempre existiu, não é indiferente recordar que no
Ocidente ele não floresceu realmente com o Humanismo ou a
Renascença. Desde os primeiros anos do século XVI, se formam na

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 3


Grande Oriente Egípcio

França e na Itália círculos que estudam o Neoplatonismo, o


Hermetismo, a Cabala e ainda a “Religião dos Egípcios”. Por seu
relativismo, seu interesse pelas outras formas da espiritualidade e sua
confiança na riqueza insondável do homem, esta busca verdadeiramente
iniciática aparece inseparável de uma perspectiva Humanista. Assim,
quando o clima e a conjuntura política não permitem mais a livre
expressão, esses círculos, que é preciso qualificar bem de iniciáticos, se
refugiam no segredo. Após o Hermetismo da Renascença, um outro ciclo
se desenvolve no século XVII com o gesto da Rosa-Cruz que, a partir da
Alemanha, tocará a França e a Inglaterra. No início do século XVIII,
essas correntes se desenvolveram em grupos mais ocultos e igualmente
na Franco-Maçonaria nascente que ofereceu uma estrutura um pouco
mais exterior particularmente bem adaptada.

A PASSAGEM PELO RITO EGÍPCIO

A criação dos altos graus é apenas uma colocação em forma


maçônica do ensinamento e das práticas desses círculos iniciáticos que
sobreviviam mais ou menos subterraneamente há vários séculos. O
ambiente liberal das Luzes penetrou uma forte difusão da Franco-
Maçonaria e em seu caminho uma multiplicação e um verdadeiro
entusiasmo pelos Altos Graus. Mas, este entusiasmo foi
acompanhamento por uma incontestável confusão.

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 4


Grande Oriente Egípcio

Também, no último terço do século XVIII, uma preocupação de


esclarecimento conduz a organizar os altos graus em ritos que
apresentam um certo número de características próprias e uma escala
específica de graus: Rito de Perfeição no final dos anos 1760 (tornado
em 1801-1804 o Rito Escocês Antigo e Aceito), Rito Escocês Retificado
em 1782 e Rito Francês em 1784. A constituição desses ritos permitiu
de colocar em ordem a maioria dos altos graus então praticados.

Alguns, no entanto, não haviam sido levados em conta nessas


reformas, tratavam-se de graus ou de pequenos sistemas maçônicos
com fortes conotações esotéricas. É provavelmente a origem da formação
do Rito de Misraim no ambiente “Retorno ao Egito” desde os primórdios
do século XIX. Com uma escala impressionante de 90 graus, o Misraim
deu lugar a muitos graus esquecidos pelos outros ritos. Implantado em
Paris em 1814, o rito egípcio (Misraim quer dizer Egito em hebraico)
conheceu uma vida cheia de agitações, de cisões e de saltos ao longo de
todo o século XIX. Uma parte dos dignatários do Rito reuniu o Grande
Oriente atrás dos irmãos Ragon, Joly e Gabboria; um outro formou o
Rito de Memphis em 1839. A exemplo de seus predecessores da
Renascença, o engajamento de certos membros como Morrison de
Greenfield, Pierre-Joseph Briot… ou Garibaldi pelos valores humanistas
de Liberdade, Igualdade e Fraternidade e contribuíram para suas
confusões com a polícia que causaram sua constante proibição.
Paralelamente, ele sempre foi uma encruzilhada onde se encontraram os
Franco-Maçons interessados pelos estudos esotéricos e a busca

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 5


Grande Oriente Egípcio

iniciática. Em 1862, o Irmão Marconis de Nègre, Grande Hierofante do


Rito de Memphis uniu este ao Grande Oriente da França.

OS ALTOS GRAUS HERMÉTICOS DA FRANCO-MAÇONARIA

Uma das características do Rito Egípcio é de ter sido, a partir de


um único patrimônio simbólico e ritualístico, organizado com
modalidades diferentes segundo os lugares e as épocas. A escolha do
Grande Oriente Egípcio foi de praticar os Altos Graus Herméticos
segundo a escala que havia sido definida na ocasião dos protocolos que
ele havia passado em 1862 com o Grande Oriente da França.

É nessas formas tradicionais que o Presidente e os Irmãos


Fundadores da Grande Ordem Egípcia receberam as afiliações que
subsistiram desde o fim do século XIX. Este foi o caso através das
afiliações americanas, francesas e italianas. Um dos pontos notáveis
desse sistema é entregar o ensinamento médio no quadro de uma escala
de 33 graus:
4. Mestre Discreto
5. Mestre Sublime-Mestre dos Ângulos
6. Cavaleiro do Arco Sagrado
7. Cavaleiro do Arco Secreto
8. Cavaleiro da Espada
9. Cavaleiro de Jerusalém
10. Cavaleiro do Oriente

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 6


Grande Oriente Egípcio

11. Cavaleiro Rosa-Cruz


12. Cavaleiro da Águia Vermelha
13. Cavaleiro do Templo
14. Cavaleiro do Tabernáculo
15. Cavaleiro da Serpente
16. Sábio da Verdade
17. Cavaleiro Kadosh
18. Cavaleiro do Real Mistério
19. Grande Inspetor
20. Filósofo Hermético
21. Patriarca Grande Instalador
22. Patriarca Grande Consagrador
23. Patriarca Grande Eulogista
24. Patriarca da Verdade
25. Patriarca dos Planisférios
26. Patriarca dos Vedas Sagrados
27. Mestre Egípcio Patriarca de Ísis
28. Patriarca de Memphis
29. Patriarca da Cidade Mística
30. Sublime Mestre da Grande Obra
31. Grande Defensor do Rito, Cavaleiro da Aurora e da Palestina
32. Príncipe de Memphis
33. Patriarca Grande Conservador (Arcana Arcanorum)

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 7


Grande Oriente Egípcio

Os Colégios Egípcios administram os graus do 4 o ao 30o. As


Academias Egípcias reúnem os graus de 28 o a 32o. O Conselho reúne os
Irmãos do grau 33o.

Nesta escala, os graus praticados ritualisticamente e que servem


de eixo à progressão são: no quadro dos Colégios Egípcios, o 12 o
Cavaleiro da Águia Vermelha, 17 o Filósofo Hermético, 27o Mestre Egípcio
Patriarca de Ísis e, na Academia, o de 30 o Sublime Mestre da Grande
Obra. Contrariamente a muitos sistemas de Altos Graus, o grau 33 o de
Grande Patriarca Conservador faz objeto de uma cerimônia ritualística
em plena e devida forma e não pode ser conferida a não ser no quadro
do Conselho. Os graus intermediários são, em geral, conferidos por
comunicação (com cadernos de estudo), mas são também, em certos
casos, o objeto de rituais específicos.

Sem desvelar o que não deve ser feito aqui, pode-se, no entanto,
dar alguns elementos sobre as principais etapas que acabamos de
mencionar e que vão estruturar o caminho dos Irmãos no seio dos Altos
Graus Herméticos. É, de fato, importante destacar o caráter progressivo
e coerente dos graus praticados que, da mesma maneira que as
iniciações antigas, tem como objetivo a busca do aperfeiçoamento
sempre ultrapassando por seus ritos a dimensão estritamente filosófica,
para aproximar do interior a questão fundamental do sentido da
existência. São esses princípios antigos que foram retomados nos rituais

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 8


Grande Oriente Egípcio

dos graus, na forma de origem propriamente “egípcia” definida por


Yarker.

O iniciado franco-maçon persegue aqui o que Platão chamava sua


ascensão, pelo aprendizado ordenado e coerente dos diferentes sistemas
que compuseram a tradição ocidental.

Esta progressão se efetua, então, em uma perspectiva ao mesmo


tempo histórica e hermetista. As iniciações que vão marcar o
encaminhamento dos Irmãos os conduzem da Cabala judaico-cristã
(séculos XV e XVIII) da renovação do Hermetismo na Renascença, e seu
profundo enraizamento nos mistérios gregos e romanos ao Esoterismo
do Egito. A quarta iniciação acaba nestes momentos. Este percurso
verdadeiramente iniciático é sempre o de um livre pensador, tendo já
desenvolvido seu espírito crítico e sua bondade, o de um ser que
constrói e não que destrói, aquele que se abre ao outro no lugar de
procurar dominá-lo. Mas, retornemos com alguns detalhes
suplementares sobre essas quatro principais etapas.

CAVALEIRO DA ÁGUIA VERMELHA

O grau de Filósofo Desconhecido, Cavaleiro da Rosa-Cruz da


Águia Negra, Branca e Vermelha dito Cavaleiro da Águia Vermelha é
talvez o mais surpreendente por sua profundidade. Este velho grau
hermético – que por aí mergulha suas raízes muito além do século XVIII

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 9


Grande Oriente Egípcio

– é atestado nos anos 1760. Ele foi praticado principalmente em Metz,


pelo Barão de Tchoudy, em Paris e em Marselha. Nós o encontramos nos
anos 1780 como grau de fim de sistema do Rito Escocês Filosófico. Ele
teria desaparecido se não tivesse sido incluído à escala de graus de
Misraim, depois de Memphis. Por sua natureza, ao mesmo tempo
cavaleiresca, cabalística e hermética, ele se inscreve no prolongamento
da Cabala judaico-cristã, estruturando seu rito e sua filosofia sobre as
obras fundadoras e nos grandes princípios desta corrente. É um bom
exemplo deste equilíbrio entre as tradições herméticas mais autênticas e
uma preocupação de humanismo e de virtude moral que se associa a ele
de maneira muito estreita. Não daremos, evidentemente, o texto em
anexo, mas isso não nos impede para este primeiro grau de dar uma
ideia de seu conteúdo. Quanto à estrutura de seu ritual, deixamos claro
que ele se repousa entre outro sobre a árvore sefirótica, o livro do
Sepher Yetzirah e implica o iniciado na totalidade de seu ser. A
dimensão interior que é requerida e cultivada se revela muito bem no
texto de recepção do recipiendário do qual citamos aqui um trecho:

“Meu irmão Venerável Mestre, o desejo de aperfeiçoar a ti


mesmo te conduziu até aqui e estamos felizes de ver que
nossa tradição maçônica conta ainda entre ela irmãos
sinceros e que buscam, antes de tudo, cultivar as virtudes e o
conhecimento. Se o que vens aqui buscar corresponde aos
dois termos que acabei de enunciar, Virtude e Conhecimento,
então tu és bem-vindo e podemos prosseguir com tua

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 10


Grande Oriente Egípcio

iniciação. Se, pelo contrário, são honras suplementares ou


segredos que levam ao poder sobre os outros o que buscas,
então teu lugar não é aqui...”

FILÓSOFO HERMÉTICO

A segunda grande etapa é o grau de Filósofo Hermético. Ele se


enraíza no que conveio chamar-se Hermetismo da Renascença. A
redescoberta pela escola neoplatônica de Florência dos corpos filosóficos
pré-cristãos e dos primeiros séculos, assim como iniciações da
antiguidade deram nascimento a uma rica interpretação simbolista e
ritualística do mundo e de nosso percurso iniciático. Os traços
exotéricos são numerosos, tanto nos artistas que entraram em contato
com este movimento, como em escritores tais como Dante, Campanella,
Giordano Bruno, etc. Sobre o plano esotérico, um grau como o de
Filósofo se inscreve sem nenhuma dúvida nesta “afiliação” que parece
ser a herdeira longínqua das iniciações antigas, quer sejam de origem
pitagórica, eleusina ou mitraica. Elas assumiram mesmo os véus na
Franco-Maçonaria tal como é o exemplo do Cavaleiro do Sol, 51 o da
escala de 1816 de Misraim ou ainda de Sublime Sábio de Elêusis, 62 o da
escala de Memphis-Misraim. Esses aspectos são colocados no estudo do
grau, tanto sobre o plano simbólico quanto operativo.

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 11


Grande Oriente Egípcio

PATRIARCA DE ÍSIS

O grau de Mestre Egípcio, Sábio das Pirâmides, amigo do deserto


ou Patriarca de Ísis resume, prolonga e conserva a busca e o
ensinamento dos pequenos ritos que prosperaram na França no fim do
século XVIII e no início do século XIX. Suas formas ritualísticas atuais
foram fixadas em parte por Marconis de Nègre nos meados do século
XIX. O Egito do qual ele trata é, antes de tudo, um símbolo, este berço
das iniciações que assombra o esoterismo ocidental desde a
Renascença. Mas, o texto de Marconis não é o único documento
referente a este grau e os que foram transmitidos e o completam. É por
esta razão que não podemos dizer que os textos ritualísticos das
iniciações utilizadas no G.’. O.’. E.’. “reativam” aqui de maneira
incontestavelmente autêntica e completa, o que foram os “Mistérios” ou
“Iniciações” de Ísis e de Osíris em sua formulação ptolomaica. Qualquer
leitor que se incline sobre este Mito poderá descobrir algum
esclarecimento sobre o conteúdo deste grau.

SUBLIME MESTRE DA GRANDE OBRA

O Sublime Mestre da Grande Obra conclui a progressão


aproximando-se simbólica e ritualisticamente o iniciado do “Primeiro
Princípio das Coisas” do qual ele emanou, o Nous Pater do qual nos
falavam os hermetistas gregos, o Atoum-Rê dos egípcios. Pelas mesmas
razões que os graus precedentes, o rito permite conduzir o iniciado

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 12


Grande Oriente Egípcio

através das principais etapas da Grande Obra em direção à regeneração


de seu ser, permitindo-lhe assim revelar todas as potencialidades e
qualidades de sua dupla natureza humana e espiritual.

Quanto ao 33o grau e aos componentes dos Arcana Arcanorum


que estão nele encaixados e não superpostos, podemos deixar claro que
esses “Arcana” são realmente praticados em suas três dimensões:
filosóficas, iniciáticas e ritualísticas de acordo com os textos dos quais o
Grande Oriente Egípcio é depositário. A questão do muito que foi
apresentado como sendo “Graus Terminais” sendo muito complexa, nos
limitaremos a dar sobre ela somente algumas breves indicações. Neste
domínio como em outros aqui não é útil tentar provar ou criar
polêmicas. Somente o trabalho e seus frutos podem, sem dúvida, dar a
prova do que realmente é colocado em operação.

ARCANA ARCANORUM

Comecemos por alguns elementos históricos, sempre guardando


presente em mente que as pesquisas históricas sobre este domínio são,
no momento, muito reduzidas e que a vontade desses escritos é de
manter-se ao essencial para enxergar o espírito deste rito.

Sobre o plano histórico, o termo Arcana Arcanorum se encontra


na literatura rosacruciana no curso do século XVIII, por exemplo nos
Símbolos Secretos de Altona (1785-1788). Esta expressão é bastante

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 13


Grande Oriente Egípcio

nova, ainda que equivalentes sejam utilizados, por exemplo em Michael


Maier (Arcana Arcanissima) ou ainda em Cagliostro (Secreto
Secretorum). Este último se dirigiu a Nápoles em 1783 e entrou
verdadeiramente em contato com os meios maçônicos e a Academia dos
Segredos que existia desde 1560.

É, de fato, totalmente verossímil que o que dividiu, mais tarde,


sob três aspectos tomou nascimento na Itália nos movimentos das
Academias. A primeira a ter assim recenseada foi a Academia Platônica
de Marsílio Ficin e Pico de la Mirandola, fundada em Florência em 1462
sob o reino de Laurêncio, o Magnífico. Enviamos-lhe para completar
nossa proposta aos capítulos precedentes nos quais evocamos esta
escola. Não remontaremos mais longe no tempo, mas recordemo-nos
que os fundadores deste grupo, esses Irmãos em Platão, consideravam-
se como fazendo parte de uma cadeia de ouro dos iniciados que remonta
simbolicamente a Hermes através dos dirigentes da Academia Platônica
de Atenas. Essas Academias se desenvolveram segundo o modelo de
uma cultura ao mesmo tempo enciclopedista e humanista, distinguindo-
se muito nitidamente da escolástica desta época. Esta corrente será
muito importante, uma vez que contaremos cerca de 500 Academias por
volta de 1530. Entre estas, algumas continuarão a transmitir um
ensinamento próximo do espírito de Atenas ou de Florência. Notemos
mais particularmente pelo assunto que nos interessa a Academia dos
Segredos de Nápoles e a Academia dos Uranistas de Veneza criada em
1587 sob o impulso de Fabio Paolini, professor de grego e continuador

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 14


Grande Oriente Egípcio

da obra de Marsílio Ficino. Ele será igualmente um dos nove fundadores


da Segunda Academia Veneziana que assumiu, na sequência, em 1593,
aquela da qual acabamos de falar. Sem voltar novamente sobre o
andamento do hermetismo da Renascença, recordemos simplesmente
que não se tratava para esses “Mestres da Arte” de uma pura
caminhada especulativa e intelectual, mas do que se chamou de “Religio
Mentis”, uma expressão filosófica que implica em arte, filosofia e
espiritualidade.

Bem evidentemente a fórmula das academias evoluiu muito


rapidamente. Algumas substituíram o enciclopedismo humanista do
início por especificidades tais como o teatro, a música, as línguas
clássicas, a teologia, a medicina etc., ao passo que outras se
institucionalizaram. Isso não impediu a espiritualidade humanista e
hermetista de prosseguir seu caminho.

A “afiliação” inglesa entre outras teve nascimento a partir das


viagens e dos ensinamentos de Giordano Bruno e dos contatos entre
Paris, Oxford e Cambridge que tiveram sequência com a vinda para a
França de Campanella. Os ciclos platônicos presentes nas diferentes
universidades manifestaram esta permanência do hermetismo e das
práticas que eram a ele ligadas desde a Renascença. Até o século XVII,
diversos grupos informais trabalharam de acordo com esta tradição, até
que ela fosse conservada por maçons como um depósito ritualístico e
iniciático, formalizado pouco a pouco sob a forma de três (ou quatro)

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 15


Grande Oriente Egípcio

graus. Esta corrente que perpetuou esses arcanos graças a alguns


maçons anglo-saxônicos sensíveis a esta filosofia, foi frequentemente
designada por aqueles que a transmitiam sob o nome tradicional de
Aurea Catena ou Arcana Arcanorum.

Sobre o plano da transmissão italiana, somente em 1816 que os


irmãos Joly trouxeram os Arcana Arcanorum da Itália. Eles foram
entregues no mesmo ano ao Grande Oriente da França verdadeiramente
sob a forma de um breviário dos quatro últimos graus do rito de
Misraim. Vários grupos espirituais ou ocultos reivindicaram, a partir
desta época, a posse ou a prática desses graus “ocultos”.

Convém, no entanto, observar que os Arcana Arcanorum parecem


ser transmitidos sob três formas totalmente complementares, hoje
reunidas. Trata-se das formas simbólica, filosófica e ritualística. Ainda
que tenha seguido direções históricas, às vezes, diferentes, a coerência
dos seus três aspectos estudados e praticados mostram bem a sua
origem comum. A colocação em operação incarna o símbolo na psiquê
do recipiendário, dando-lhe vida por esta virtude simpática, esta relação
harmônica e dinâmica que ordena o universo. A tradição de Orfeu,
assim como a de Ísis e Osíris para citar somente estas, encontram a
finalização na via maçônica seu pleno desabrochar sobre todos os
planos que compõem a personalidade.

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 16


Grande Oriente Egípcio

Trata-se, além disso, de uma verdadeira iniciação à prática


ritualística, de uma abertura interior na qual a simplicidade e a estética
ocupam um lugar fundamental.

Não devemos, então, considerar os Arcana Arcanorum como um


conhecimento que seria possível ser passado de um para o outro como
por magia. Como diz Sócrates: “Seria perfeito se a sabedoria fosse tal
como se pudéssemos fazê-la escorrer, por seu único contato, de um
espírito muito cheio a uma alma muito vazia, como se fizéssemos passar
através de um pouco de lã a água de um vaso bem cheio para um outro
vaso bem vazio...” (Banquete, 175c). Da mesma forma na República:
“Eles pretendem em uma alma dentro da qual não há o saber, eles nela
o depositam, como se em olhos cegos se depositasse a visão. Ora, dentro
da alma de cada um possui a potência do saber, assim como o órgão
por meio do qual cada um adquire a instrução; e que, semelhante a um
olhar suposto incapaz, de outro modo com o corpo inteiro, evoluir do
que é obscuro para o que é luminoso, da mesma forma é com a alma
inteira que se deve operar, a partir do que se torna a conversão deste
órgão até o momento em que ele será capaz, dirigido para o real, de
sustentar a contemplação de que há no real de mais luminoso, e é isso
que declararemos o Bem.” (República, Livro VII, 518c)

Pois, se é possível falar de técnica, de ritual, de iniciações, estes


seriam vazios de sentidos se as ferramentas em que eles permanecem
fossem consideradas como fins em si mesmas. Bem ao contrário,

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 17


Grande Oriente Egípcio

podemos compreendê-las como três etapas de aprofundamento do 33 o


grau, que leva a um despojamento de si cada vez mais importante, ao
próprio objeto desta forma de tradição ocidental descrita assim por
Jâmbico, em sua obra sobre “Os Mistérios do Egito”: “Quanto ao dom
hierático da felicidade, ele se chama porta (de acesso) ao deus demiurgo
do universo, lugar ou corte do bem; e ele traz, como primeira qualidade,
uma pureza da alma mais perfeita que a pureza do corpo, em seguida a
um treinamento do pensamento para a participação e para a
contemplação do bem, a travessia de tudo o que é oposto, e lá em cima
a união aos deuses dispensadores do bem” . (X-5)

Sócrates, em palavras um pouco mais diferentes, falará da mesma


finalização dizendo: “Assim chegado a uma vista mais extensa da
beleza, ele não se apegará mais à beleza de um único objeto e cessará
de amar com os sentimentos estreitos e mesquinhos de um escravo, de
um homem, de uma criança, de uma ação. Voltado doravante para o
Oceano da Beleza e contemplando seus múltiplos aspectos, ele dará
nascimento sem cansar a belos e magníficos discursos, e os
pensamentos jorrarão em abundância de seu amor pela sabedoria, até
que enfim seu espírito fortificado e engrandecido enxergue uma ciência
única, que é a do Belo […] Pois a verdadeira via do amor, ao qual se
engaja por si mesmo e que se deixa por ele conduzir, é partir de belezas
sensíveis e de subir sem cessar em direção a esta beleza sobrenatural,
passando como que por escalas de um corpo para dois, de dois para
todos, depois dos belos corpos às belas ações, depois das belas ações

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 18


Grande Oriente Egípcio

para as belas ciências, para chegar das ciências a esta ciência que não é
outra coisa a não ser a ciência da beleza absoluta e para conhecer,
enfim, o Belo tal como é em si. Se a vida nunca valer a pena ser vivida,
[…], é neste momento que o homem contempla a beleza em si” .
(Banquete 211b)

Este trecho nos permite perceber que, sem excluir a dimensão


ritualística e iniciática, é sobre o Amor e a Amizade, o Agape, que
repousa esta progressão em direção ao Belo. Todos os aspectos do ser
são levados em conta em uma perspectiva global que não é em nada
uma negação ou uma dissolução da personalidade. Trata-se muito mais
do momento no qual a Ordem se estabelece em nosso Caos interior,
instante no qual o sentimento de Beleza nos faz descobrir e sentir a
intensidade e a riqueza de nossa humanidade, tanto na relação com
outros como na relação com o mundo do qual dependemos.

Em conclusão, o trabalho iniciático ao qual nos convida os Altos


Graus Herméticos da Franco-Maçonaria tenta reunir na harmonia, a
exigência filosófica e humanista, assim como a verdadeira busca
espiritual. Dois aspectos que são, pelo que nos parece, inseparáveis de
nossa tradição maçônica.

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 19


Grande Oriente Egípcio

F. A. Q.
QUESTÕES FREQUENTEMENTE COLOCADAS

Por que trabalhar nos Altos Graus?

Todos os franco-maçons sabem que os três primeiros graus


servem de fundamento para a via maçônica. As lojas azuis constituem o
local no qual a formação simbólica e ritualística é efetuada. As
iniciações simbólicas de Aprendiz, de Companheiro e de Mestre
introduzem o profano no seio de uma caminhada do conhecimento de si
mesmo e de reflexão sobre o sentido da existência. Há aí uma
propedêutica fundamental que é efetuada nas lojas sérias de qualquer
Obediência que seja. Sabemos todos que o sério deste trabalho não está
ligado à Obediência ou às características masculinas, femininas ou
mistas, mas à qualidade, à vontade e à honestidade dos membros da
Loja. Além do aprendizado especulativo, as lojas azuis ensinam a
cultivar os valores morais, a escuta, o respeito ao outro, a boa vontade,
a abertura da mente e a tolerância. Equipado com essas virtudes, tendo
começado a conhecer-se, o irmão consegue avançar passo a passo para
um maior conhecimento da via iniciática.

Ora, aqueles que têm alguns anos de maestria percebem


rapidamente que há uma outra coisa além… As indispensáveis lojas
azuis não são concebidas para desenvolver um aprendizado ativo de
iniciação. A história mostra que a real operatividade do ritual e da

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 20


Grande Oriente Egípcio

técnica iniciática ocidental foi desenvolvida depois encaixada nos “graus


laterais”, os “Altos Graus”. Verdadeiros aprofundamentos iniciáticos que
visam explicitamente aspectos mais avançados do trabalho esotérico
foram colocados no lugar.

Trabalhar nos Altos Graus neste estado de espírito, é querer ir


mais longe em sua caminhada interior, consciente que as ferramentas
de trabalho e um verdadeiro método foi transmitido. Não cremos, como
em Loja azul frequentemente, que o método deve ser descoberto por si
mesmo. Os Altos Graus Hermetistas da Franco-Maçonaria são um
exemplo dessas transmissões que reúne as abordagens explicitamente
esotéricas que reúnem filosofia, hermetismo e Arte Ritualística.

Por que uma estrutura livre de qualquer Obediência?

Historicamente os altos graus foram desenvolvidos antes que as


obediências que geraram os três primeiros graus aparecessem. Eles
tendem ainda a guardar uma certa autonomia com relação à Obediência
à qual estão ligadas. Ora, todos os maçons conhecem as acomodações
corrente e os padrões inerentes a este estado de coisas.

Nos casos mais frequentes, os altos graus dirigem de maneira


direta ou indireta as lojas azuis. Em outros casos, os altos graus
interditam o pertencimento de seus irmãos a qualquer outro sistema

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 21


Grande Oriente Egípcio

equivalente ou mesmo até a outras Obediências. Belos exemplos de


tolerância e de respeito ao outro, se é que existe.

Outros sistemas de altos graus que se afirmam “autônomos”


assinam um protocolo com uma Obediência e recusam, em seguida, o
acesso a todos os irmãos e irmãs que não são desta Obediência. Mais
um belo exemplo de universalidade maçônica.

Ora, se quisermos ir mais longe na iniciação, é evidente que é


preciso ultrapassar essas barreiras para operar com todos aqueles que
tiveram uma formação equivalente e que são desejosos de avançar com
seus irmãos e irmãs que compartilham as mesmas preocupações.

Quem poderia afirmar que é preciso colocar a origem da


Obediência na frente da qualidade do irmão ou da irmã?

É por esta razão que da mesma maneira quanto à origem, em


conformidade com o espírito da Franco-Maçonaria Universal do Grande
Oriente do Egito coloca adiante uma estrutura livre de qualquer
Obediência, uma vez que se limita realmente aos Graus Superiores.

Como empreender a caminhada?

Da mesma maneira que no início de seu percurso de Aprendiz,


você pode ser iniciado nos altos graus sobre seu pedido ou por

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 22


Grande Oriente Egípcio

cooptação. Nenhum procedimento é superior ao outro. Como sempre, é


uma questão de circunstância.

Basta-lhe para isso nos enviar uma simples carta por e-mail
mencionando suas referências pessoais, seu percurso e sua situação
maçônica no momento de seu pedido. Você pode, aliás, nos assinalar se
deseja trabalhar em um Colégio masculino, feminino ou misto. Faremos,
então, o contato com você da mesma maneira, antes de você se colocar
em contato com irmãos e irmãs mais próximos.

Deixamos claro para terminar que esses Colégios são reservados


para Franco-Maçons Mestres, de qualquer Obediência que sejam,
contanto que eles tenham sido iniciados de acordo com as regras
tradicionais aos três primeiros graus (Aprendiz, Companheiro e Mestre)
e qualquer que seja seu rito de origem. Não é necessário ainda estar
ativo em uma Obediência para trabalhar no seio do Grande Oriente do
Egito, na medida que esta parada estiver conforme às regras morais da
Ordem Maçônica. Da mesma forma, é totalmente possível trabalhar ao
mesmo tempo em outros sistemas de Altos Graus.

Você poderá, em seguida, ser iniciado em um dos Colégios mais


próximos de você ou de seu país.

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 23


Grande Oriente Egípcio

Como deixar o Grande Oriente Egípcio?

Como em qualquer lugar na Maçonaria. Sobre simples carta de


demissão junto ao seu Colégio e ao Grande Oriente do Egito.

Como abrir um Colégio?

Se ainda não existe um Colégio em sua cidade ou região, você


pode solicitar a abertura de um Colégio, seja você já iniciado nos Altos
Graus ou não.

Três irmãos ou irmãs são o suficiente para abrir um Colégio,


ainda que cinco seja o número ideal.

O Colégio receberá uma patente provisória para os primeiros


trabalhos. Um irmão do 33o grau virá um pouco mais tarde instalar
ritualisticamente o Colégio e entregar, nesta ocasião, a patente
definitiva. Os trabalhos e as iniciações podem acontecer a partir do
recebimento da patente provisória.

Na maior parte do tempo, os Colégios têm uma forma associativa


em respeito com as leis de seus países, às vezes, muito diferentes. É
preciso igualmente levar em conta a discrição necessária sob certos
regimes políticos pouco favoráveis à liberdade de consciência.

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 24


Grande Oriente Egípcio

Como se efetuam os trabalhos no Colégio?

Os trabalhos se efetuam de acordo com um método didático


experimentado, levando em consideração os padrões inerentes a este
gênero de grupo.

As iniciações sendo bem completas sobre o plano ritualístico, um


importante trabalho de estudo e de aprofundamento é, em seguida,
necessário.

O material fornecido para cada um dos graus é importante:


Ritual de iniciação e ritual dos trabalhos regulares;
Os dois rituais precitados comentados em detalhe quanto à
execução e às fontes para o uso dos oficiais;
Um caderno completo de instruções;
Um jogo de fichas especiais sobre os pontos particulares deste
grau;
Uma sugestão de programa de estudos por um ano a ser efetuado
a partir dos trabalhos regulares;
Este conjunto é enriquecido em tempo direto pelos trabalhos de
cada Colégio e as sínteses feitas regularmente sobre pontos
particulares da tradição.

É bem evidente que a prática ritualística regular completa este


aprendizado.

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 25


Grande Oriente Egípcio

Queremos chamar sua atenção sobre o fato que o Grande Oriente


Egípcio é o único sistema de Altos Graus Hermetistas que transmite a
totalidade das iniciações. Esses documentos são evidentemente
protegidos pelas leis em vigor.

Como é organizada a direção dos Colégios Egípcios?

Todos os maçons, tendo alguma experiência do funcionamento


das lojas azuis, sabem que elas podem dar nascimento a lutas pessoais
em vista a obter tal ou tal posto julgado honorífico. Ora, a tradição nos
legou um meio que permite limitar, senão suprimir este estado de fato,
consagrando-se somente à obra comum em fraternidade. Um rito
realizado anualmente e inspirado pela antiga democracia ateniense foi
desenvolvido. Ele permite de tirar o responsável do Colégio na sorte de
acordo com os princípios definidos no Regulamento Geral. Assim é
reduzida uma boa parte da ambição…

E quanto aos aspectos administrativos?

Todos os franco-maçons conhecem o peso administrativo das


grandes obediências e aspiram a obrar sobre o plano iniciático com o
mínimo de preocupações profanas deste gênero. Sobre o plano
administrativo, a Grande Ordem Egípcia é gerida por um Presidente e
segundo os princípios inscritos em seu Regulamento Geral.

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 26


Grande Oriente Egípcio

Para aqueles que conhecem os funcionamentos das Obediências e


dos Altos Graus, saiba que os Colégios funcionam apenas com Colégio
de Oficiais e que a quase totalidade da gestão dos membros e de sua
progressão se gera de uma maneira simples por formulários diretos na
Internet.

Da mesma maneira, o trabalho iniciático no templo não é


parasitado pela leitura e o debate sobre as questões administrativas ou
que se relacionam estritamente ao profano. É por esta razão que, por
exemplo, por ocasião das iniciações nenhum aspecto de
correspondência ou administrativo intervêm a fim de quebrar o ritmo e o
ambiente posto em ação.

Desta forma, o Grande Oriente Egípcio reduziu ao máximo o que


há de mais digno das administrações do século XIX que um sistema de
Altos Graus plenamente integrado em seu tempo e respeitoso de seu
papel e das preocupações de seus membros.

Você descobriria, enfim, o tempo que se pode consagrar para


trabalhar a iniciação…!

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 27


Grande Oriente Egípcio

Quanto custa a afiliação aos Altos Graus?

Preocupados em assegurar o seu bom funcionamento, os preços


foram fixados de tal maneira que os irmãos e irmãs possam facilmente
participar dos trabalhos. É por esta razão que quase a totalidade da
gestão administrativa é feita pela Internet.

Assim, a participação anual está fixada em 60,04 a 60 euros.


Quanto às taxas de criação de Colégios, por exemplo, elas são inferiores
ao que podemos conhecer por aí afora.

E quanto à Regularidade?

Como você pôde, sem dúvida, ler em detalhes nos textos


completos de apresentação, a transmissão da afiliação e dos graus se faz
no puro respeito aos Altos Graus Hermetistas da Franco-Maçonaria. O
Presidente do Grande Oriente Egípcio é detentor das afiliações recebidas
de maneira regular e tradicional. Ele é cercado por um Conselhos dos
33o que opera no seio do Laboratório da Ordem.

Quanto aos Arcana Arcanorum, comentários referentes a eles se


encontram na parte histórica desta apresentação.

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 28


Grande Oriente Egípcio

Existem incompatibilidades?

Certamente!
A ausência do desejo de se melhorar, a falta de boa vontade, a
falta de tolerância, o desejo de honrarias, ideias ou uma atitude
extremista em qualquer domínio que seja, etc.
Quanto ao resto, incompatibilidades não existem…

As visitas aos Colégios Egípcios?

Os Colégios Egípcios, se eles o desejam, podem receber como


visitantes, irmãos ou irmãs de qualquer Rito ou Obediência. Todavia,
eles assistirão somente aos trabalhos e não às iniciações e às
cerimônias de abertura e fechamento. As visitas são feitas de acordo
com as equivalências de graus precisadas nos Regulamentos.

Existem correspondências?

A originalidade e a coerência do sistema iniciático da Grande


Ordem Egípcia faz com que seja necessário receber formalmente as
iniciações. Não seria, pois, questão de passarela de graus como é o caso
nas Lojas azuis. Não esqueçamos que neste último caso, os ritos são
senão idênticos são, no mínimo, muito parecidos.

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 29


Grande Oriente Egípcio

Para nos contatar

http://www.grande-ordre-egyptien.org
secretary@grand-ordre-egyptien.org

Altos Graus Herméticos da Franco Maçonaria Egípcia 30

Você também pode gostar