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Introdução - Em busca do ser

I - A IDEIA DO FENÔMENO
- o pensamento moderno supriu o dualismo que embaraçavam a filosofia e substituiu
pelo monismo do fenômeno, não existindo mais o interior e exterior
- não há mais a verdadeira natureza, realidade secreta da coisa ou alcançar o “interior”
do objeto, pelo contrário, as aparições que manifestam o existente não são interiores
nem exteriores: equivalem entre si, remete a todas as outras aparições e nenhuma é
privilegiada
- exemplo: a força não é um impulso metafisico e de espécie desconhecida disfarçada
detrás dos efeitos da aceleração, desvios e etc, mas é um conjuntos desses efeitos
- nenhuma dessas ações basta para revela-la, nem indica algo atrás dela: designa a si
mesma e a serie total
- essência de um “aparecer” não opõe ao ser, ele é a sua medida, porque o saer de um
existente é exatamente o que o existente aparenta
- fenômeno para Husserl e Heidegger “aparece” e se revela como é, é absolutamente
indicativo de si mesmo, pode ser estudado e descrito como tal

- também não vai ter a dualidade de potência e ato, pois é considerado que tudo é ato,
por tras do ato não há potência nem estar passivo, nem virtude
- não há a dualidade de aparência e essência, a aparência não esconde a essência, mas a
revela: ela é a essência, a essência existente já não é mais uma virtude embutida mas é
a lei manifesta que preside a sucessão de suas aparições
- assim, o ser fenomênico se manifesta tanto sua essência quanto sua aparência e não
passa de serie bem interligada de manifestações

- conseguimos reduzir os dualismos ao reduzir o existente as duas manifestações? –


por mais que reduzíssemos entraríamos em um novo dualismo: o finito e infinito
- o existente é uma serie finita de manifestações, porque cada uma delas é uma relação
com um sujeito em perpetua mudança
- o fato de se tratar de um sujeito implica a possibilidade de multiplicar os pontos de
vista sobre a determinada perspectiva, é o suficiente para multiplicar ao infinito as
perspectivas
- INFINITO NO FINITO
- a essência esta radicalmente apartada da aparência individual que a manifesta,
porque, por principio, a essência é o que deve poder ser manifestado por uma serie de
manifestações individuais
- a teoria do fenômeno é que nada tem por tras do fenômenos e so indica a si mesma (e
a serie total das aparições)

II O FENÔMENO DE SER E O SER DO FENÔMENO


- ontologia - reflexão a respeito do sentido abrangente do ser, como aquilo que torna
possível as múltiplas existências
- ontico - que se relaciona aos objetos do mundo, que se refere ao ente. Diríamos ainda
que, ôntico refere-se a toda a esquemática imanente ao ser.
- O FENÔMENO é o que se manifesta, e o ser se manifesta a todos de algum modo,
pois dele podemos falar e dele temos certa compreensão
- FENÔMENO DE SER / APARIÇÃO DO SER – é descritível como tal
- O SER – será revelado por algum meio de acesso imediato, por exemplo, o tedio, a
náusea, etc
- A ONTOLOGIA – é a descrição do fenômeno de ser tal como se manifesta, sem
intermédios
- o ser que a mim se revela, aquele q me aparece, é da mesma natureza do ser dos
existentes que me aparecem?

- o conjunto “objeto-essência” constitui um todo organizado: a essência não está no


objeto, mas é o sentido do objeto, a razão da série de aparições que o revelam
- mas o objeto não remete ao ser como se fosse uma significação, o ser não é uma
qualidade do objeto, nem sentido do objeto – o objeto não possui o ser
- “SERIA IMPOSSIVEL, POR EXEMPLO, DEFINIR O SER COMO UMA
PRESENÇA – PORQUE A AUSENCIA TAMBÉM REVELA O SER, JÁ QUE NÃO
ESTA AÍ É AINDA SER”
-

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