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HUSSERL

De volta as próprias coisas, voltar as coisas depois do exagero da


filosofia da representação.

Epistemologia a propensão a adotar um fundamento psicológico para todo


conhecimento inclusive a matemática
- Reformulação do fundamento lógico
- Busca de uma exatidão e uma perfeição cientifica
- Como depurar a filosofia de todo influxo psicológico para se basear
apenas em uma estrutura lógica?
Decartes, como dúvida metódica. Uma anulação da atitude natural a
modo de fazer tabula rasa (evidência residual).
Coloco em dúvida todos os conhecimentos e atitude do senso comum =
ATITUDE NATURAL, o que sobra são evidencias internas da consciência
como resíduo da purificação cartesiana

PARA HUSSERL A CONSCIÊNCIA


A intencionalidade, a atitude intencional da consciência que faz com que
ela se LANCE para o MUNDO
(ex: a intenção de fazer algo, vai a direção do que quer fazer. Assim como
a consciência, pelo seu proposito intencional vai na direção desse
propósito)
INTENÇÃO DE ATINGIR AS COISAS, a consciência é o LANÇAR-SE A
ALGO.
SER portador de atitude, defini como o lançar-se ao mundo, lançar-se a
algo. Frente ao mundo, como atitude da consciência.
INTERSUBJETIVIDADE, uma vez que não se pode por em dúvida a
consciência quanto à intencionalidade, com os vestígios de mundo quais
ela opera. Vejamos a consciência a partir da PLURALIDADE, chama-se
de intersubjetividade.
OBSERVAR APENAS NO SEU GESTO QUE A DEFINE COMO A
INTENCIONALIDADE, SEMPRE OBJETO DE UMA CONSCIÊNCIA.

consciência -> intersubjetividade


(elementos de fora para tornar a consciência intersubjetiva)
Conservação da pureza lógica, a volta da filosofia a um abandono do séc
18 de fundamentar o conhecimento.

Crise do Fundamento da Ciência:


Husserl, era matemático.
- Voltar a lógica como fundamentação da ciência (livro: a filosofia da
aritmética)
FILOSOFIA FENOMENOLÓGICA
É a tentativa de trazer de volta a fundamentação lógica para as
ciências, que antes se postulavam psicologicamente.
Em investigações lógicas de Husserl, traz a aproximação da filosofia às
coisas.

SUBJETIVIDADE
SUBJETIVIDADE, toda psicologia é psicologia DE.
Toda consciência é consciência DE algo, não se pode tratar isolada de
um objeto.
(OBJETO <-> CONSCIÊNCIA)
Só faz sentido quando voltada para a coisa constituinte do objeto.
DE = significa que não há consciência sem que haja um objeto de
consciência posto diante dela
Consciência deixa de ser tratada isoladamente. Possibilidade de estudo
na consciência nela mesma.
CONSCIENCIA COMO TRANSCEDENTAL, envolve tudo aquilo que ela
pode ser consciência, aproxima a consciência. Ponto qual se refere a
alguma coisa, imanência de algum objeto.
Husserl:
- Transformação da fundamentação psicológica para a fundamentação
lógica.
- CONSCIENCIA DE.
- Estar mais perto das coisas em si mesmas.
(supera o distanciamento cartesiano dos objetos)
- Representação se aproxime mais das COISAS em si mesmas, e a
CONSCIÊNCIA veja o objeto inerente a si mesmo como um fato inegável
- Derivada e se distancia de Decarte, Kant (mas não guarda o idealismo)
PROJEÇÃO AO ENCONTRO DO SEU OBJETO
CONSCIÊNCIA DE – aquilo que é lhe é consciência
- Consciência intencional de se dirigir as coisas:
INTENCIONALIDADE provoca a modificação substancial na noção de
CONSCIÊNCIA deixando de ter conteúdos e se torna UM MOVIMENTO
INTENCIONAL EM DIREÇÃO AS COISAS.

CONSCIÊNCIA -> Movimento intencional em direção ao objeto


FENOMENOLOGIA EM CONTRIBUIÇÃO A FILOSOFIA: a
intencionalidade, intenção de chegar a algum lugar, conhecer alguma
coisa, causa movimento em direção ao objeto.

REDUÇÃO FENOMENOLÓGICA
EXPURGAR as representações aquilo que é natural a elas. Sobrando
apenas o núcleo lógico.
Redução fenomenológica de toda e qualquer atitude natural (inclusive a
ciência), TUDO que pode representar algum tipo de CONTEÚDO DE
CONSCIÊNCIA.
Zera a consciência, para que possamos iniciar com os processos corretor
um outro preenchimento da consciência através da intencionalidade.
Verificar o núcleo lógico fundamental de todo o conhecimento.
EPOCHÉ - HUSSERL
Consciência como parte do mundo, proporciona o surgimento dos
pensamentos.
CONSCIÊNCIA DE algo.
Seres humanos operam com a existência e fazemos interpretações da
realidade, através da vivência do processo.
OBJETO + SUJEITO (indissociáveis)
SUJEITO -> OBJETO a partir da CONSCIÊNCIA sobre ele
(consciência direcionada intencionalmente)
SUJEITO ESTÁ CONTAMINADO COM SUAS PROPRIAS
CONCLUSOES
- As concepções que o sujeito tem das coisas.
- O que o pensante interpreta, o que é para mim?
(causa um distanciamento da realidade)

A EPOCHÉ – SUSPENSÃO DO JUÍZO


- Pode estar contaminado por suas concepções e valores logo se faz o
movimento de distanciamento.
NADA É VERDADEIRO, acabado. Se dá na redação fenomenológica:
- Refletir sobre a própria reflexão
- Suspensão dos conhecimentos
COMPREENSÃO DO ENTENDIMENTO SEM JULGAMENTOS.
Oposição a verdade pré-estabelecida
HIEDEGGER

SOMOS ACOSTUMADOS A PENSAR PELO VISIVEL, isso proporciona


a dificuldade em enxergar Hiedegger.
Somos mal-acostumados em entender o mundo pelo sujeito, tentamos
entender isso pelas categorias do sujeito.
Orientados pela questão espacial do visível que para Hiedegger isso é o
esquecimento do ser, pois o ser é temporal.

SER-DO-ENTE
- Metafisica Ocidental, esquecimento do ser a partir do discurso óntico
- Definição da natureza do ente, sendo a ciência e as técnicas (as coisas)

ÓNTICO – relacionado a uma COISA (ex: papel, lápis)


SER – transcende o ente, não se esgota no ente, o ser só é quando
algo é e não se limita/esgota

Ex: a existência de um determinado individuo, é possível fazer uma


investigação ÓNTICA a cerca de sua existência (filho de fulano, tem a
profissão x, tem as coisas y) isso são determinações regionais do ENTE.
As diversas pesquisas não respondem o que o sujeito é, pois o SER
transcende o ENTE.
SER aberto, pela poesia/música/literatura se chega ao ser.

- Somente o homem existe, uma árvore é mas não existe, deus é mas não
existe. Pois só o homem tem a capacidade de colocar a questão do SER,
interrogar o SER.
(ex: a existência de um cachorro, ele é, mas não sabe que existe, pois
não tem uma compreensão do ser)
Ontologia fundamental, é preciso interrogar a existência, somente o
homem se coloca na compreensão imediata – DASEIN (SER-AÍ)
Homem é um ser que está aí, a questão do SER se coloca para o homem
na medida que está imediatamente em um MUNDO. Se põe na medida
da existência do homem

DASEIN (SER-AÍ)
Desconstrói a tradição do pensamento ocidental, na
descompressão/desconstrução do ser. Propõe uma reformulação da
questão do homem:
- Superação da questão sujeito e objeto (pensamento e capacidade
intelectual)
E a crítica de Hiedegger se inicia, na colocação do ser.
Considerando o SER na medida que você É
(sendo colocado em situações existenciais).
A partir daí o encaminhamento da ontologia fundamental, uma analítica
da existência cujo centro é o DASEIN (SER-AÍ)
Para interrogar o ser o mais amplo possível, a partir de estruturas abertas
homem + mundo, como indissociáveis
proposta do SER E TEMPO de Hiedegger

AUTENTICIDADE E INAUTENTICIDADE
Investigação da existência humana como inautêntica do homem do
séc 20, que se encontra lançado e perdido enquanto as “coisas”.
Existência inautêntica – inautenticidade é o traço fundamental da vida
contemporânea (todos queremos SER mas em um instante não somos
nada)
Pois existe uma visão qual o homem entende que alcança o ser se
entregando ao ente, as coisas.
Examina a existência inautêntica – MUNDO e SOCIEDADE. Como se poe
o mundo para o homem do séc 20
- Mundo como conjunto de coisas, mundo da vivência, qual está imerso,
se preocupa em dominar os entes. Mundo constituído pelo homem, a
partir de relações de uso chamado por Heidegger como ‘coisas que estão
à mão’ e ‘mundo da vida’. Visão moderna de mundo.
Sociedade – o mundo qual o homem está, não é só de coisas, mundo
onde existe outros homens
Lugar do impessoal, se pensa o que a maioria pensa na vida social. O
que SE pensa, SE sente, SE faz.
Todos se ocupam com outros, ninguém se ocupa consigo mesmo. O
mundo de todos nós e ninguém (mundo da impessoalidade).
Com as coisas o homem se OCUPA
Com os outros o homem se PREOCUPA
Ocupo antes do outro poder se ocupar, tirar o ser do outro, nebulosidade.
Estar mergulhado na coletividade é uma mancha cinzenta. Sociedade o
último lugar que se coloca o SER.
DASEIN (SER-AÍ) EXISTE NO MUNDO ONDE EXISTEM OUTROS
ENTES QUE TEM A POSSIBILIDADE DO SER-AÍ (possibilidade de ser o
próprio dasein)

1. HOMEM SER-NO-MUNDO
Envolvido em projetos, lançado em situações cotidianas que ocupam
e bloqueiam a questão do ser.
(quanto mais o homem está cercado de ENTE “coisas”, mais difícil se
colocar a questão do SER)
Deve ser colocada a questão do homem para Hiedegger, a partir do existir
(homem e mundo) a noção ontológica, existência inautêntica, onde o
homem de fato não coloca o ser, mas existe a possibilidade de ser
autêntico com a passagem para existência autêntica com a noção de
ANGÚSTIA

ANGÚSTIA
- Angústia é o existencial que apresenta a possibilidade para homem de
colocar a autenticidade de sua existência
(não é uma angústia psicológica/óntica que se refere a um determinado
objeto, angústia não tem a ver com medo)
DIMENSÃO ONTOLÓGICA DA ANGÚSTIA – existencial qual se coloca o
todo da existência humana
ANGÚSTIA INDETERMINADA, não sabemos ao certo a se localizar.
Surge no dia a dia, angústia que toca o fundo do ser humano. É A
ESSÊNCIA DO HOMEM. SER se põe pela ANGÚSTIA.

O que ocorre na angústia?


Embora seja indeterminada, na angústia se manifesta o NADA.
NADA é um reflexo fundamental, um nada com densidade de ser. Quando
os ENTES (coisas) perdem o significado o que se põe é o NADA (não é
um vazio, não é a negação, é um fundo que determina as relações ónticas
ser-ente)
- A ciência confunde o NADA com a negação
(ciência faz um recorde de um determinado recorte de uma determinada
região ontológica). NADA e SER coessenciais
ANGÚSTIA NÃO PRODUZ O NADA, O NADA GERA A ANGÚSTIA
Nada não é subjetivo, é uma espécie de ser determinante
O nada nadifica, se coloca por si mesmo enquanto próprio gerador do
nada. A maneira como se coloca é o nadificar.

SER e NADA (proximidade)


SER-INEXISTENCIA INAUTÊNTICA -> ANGÚSTIA -> chega ao
NADA -> volta para o SER
Em conclusão, investigar o SER é investigar o NADA. Assumir nossa
existência, a radicalidade da existência finita SER-PARA MORTE.

MORTE
No interior do SER há o NADA, o que é o nada? É a MORTE, para o
homem o nada fundamental
- Morte, como um problema ontológico, um problema do SER. A morte só
faz sentido enquanto há existência
Não pode ser experimentada própria se não pela morte de um outro
Uma questão existencial que só faz sentindo em enquanto há existência
SER-PARA A MORTE, é assumir a existência em sua nadificação, em
sua finitude
Conclui a existência como finita, a morte é um problema existencial
(ex: A morte pelo cristianismo como uma continuação a eternidade
absoluta)
Tornando uma questão fundamental do próprio existir SER-PARA-
MORTE
É na morte que se passa para autenticidade, a pessoa que vive a morte
a cada momento (não pensando na morte, mas encara a existência pelo
caráter nadificante)
Assume o SER, cada momento de uma relação óntica está posto o SER
o todo.
Viver autenticamente é viver a partir do fundo em relação a coisa. E não
interpretar o fundo pela coisa, a existência deve ser vivida na sua
plenitude na coisa, não se esgota na experiência da coisa, na experiencia
óntica.
SER é uma questão temporal, envolve o existir
Espaço é ENTE, coisa, determinado.

Explorar a existência pela noção de tempo proporcionam as noções:


nada, angústia, nadifica.
SONHOS E DESEJOS
(POMPEIA, Na presença de sentido, cap. História dos Desejos.
P.35-50)
- Desejos são manifestos acordados
SONHAR, com o distante com as possibilidades
(ex: quero a paz mundial)
Mas o sonho também desperta a sensação de MEDO, esse medo vem da
atitude do OUTRO em relação ao MEU SONHO.
Não contar o que sonhamos, inibi a reação de frustração que podemos
ter a NOS DESVENDARMOS, desvendar esse sonho tão bonito que pode
ser morto e enterrado pelo outro.
como a fantasia do sonho amoroso (ex: amo o outro mas será que ele me
ama?)
quando DESVENDO meu SONHO ao OUTRO, posso o distanciar ou dar
poder para que ele MATE o meu sonho
- Gera um medo de revelar-se ao outro, ser decepcionado, frustrado com
meus sonhos destruídos

Dizer ao outro o que sonho dá poder a ele sobre mim

O SONHO, liberta a capacidade de PROJETAR-SE diante das


POSSIBILIDADES.
- DESPERTA a força para agir no mundo e o colocar em prática
(realizando o sonho)
- DISTANCIAMENTO DA REALIDADE, através do sonho. Saudade do
SONHO e não do que se vive
- POTÊNCIA de projetar-se perante ao sonho
- A INCOMPREENSÃO DO OUTRO perante MEU SONHO causa
SOLIDÃO e a MORTE DO SONHO, ressaltando a importância de como o
outro reage aos meus sonhos.
FORMAS DE QUEBRAR O SONHO DO OUTRO:
- quando o outro mata meu sonho com a sua própria frustração
ex: SONHADOR – quero ser médico e salvar milhões de vidas
FRUSTRADO – você nunca vai conseguir ser médico, você pode
também acabar com milhões de vidas
MATAR o sonho do outro que um dia foi meu sonho, causa ceticismo da
realidade, amargura, pé-no-chão
Se torno um prisioneiro do meu sonho morto, quero me livrar de ter
sonhado isso, fugindo

O SONHO, proporciona POSSIBILIDADES e SENSIBILIDADE. O sonho


é real enquanto se é vivenciado pelo sonhador.

O TEIOMOSO, traz um sonho que foi quebrado de volta, isso só depende


da vontade do SONHADOR
- Contém a força de desejo de quem sonha

SONHOS SÃO DESEJOS de realização, felicidade para com os outros.


OS SONHOS GERAM POSSIBILIDADES NO MUNDO.
OS SONHOS SÃO DOTADOS POR DESEJO DE REALIZAÇÃO.
OS SONHOS SÃO PRÓPRIOS DO SONHADOR (quem os sonha e tem
o desejo potencial de realização dos mesmos)

A nostalgia de lembrar do que foi sonhado, chega ao nada, nos deixando


mais perto da realidade

Por mais que os SONHOS sejam MORTOS, eles representam a


REALIDADE no instante em que SURGEM.
Deixar os sonhos de lado nos constituem por mais fundo que estejam
guardados ou enterrados, fortalece o crescimento abrindo possibilidade
para novos sonhos a serem construídos.
OS TEIMOSOS, são felizes pois tentam mesmo após a frustração, a
morte do sonho é essencial para o desenvolvimento.

Começam como fortes e enraizados e depois veem a luz pelos galhos.

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