Você está na página 1de 4

UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

CURSO DE PSICOLOGIA

Aluno: Sandy Nayara dos Santos


R.A.: N17878-7
Semestre: 7º
Turno: Manhã
Professora: Andréia Ferreira

1. A FENOMENOLOGIA DE EDMUND HUSSERL E SUAS


CONTRIBUIÇÕES PARA A PSICOLOGIA:
1.1. Qual a principal crítica que Husserl faz ao pensamento científico de sua
época? Como essa crítica se articula com o surgimento da Fenomenologia?
No positivismo as aparências recolhidas pelos sentidos humanos são contornados
na direção da verdade objetiva, Husserl critica esse pensamento e a Fenomenologia surge
como um embate entre a filosofia e as ciências positivas. A Fenomenologia de Husserl é
uma tentativa moderna de reestabelecer a antiga ligação entre Ser e Pensamento.

1.2. O que é intencionalidade da consciência para a fenomenologia husserliana?


A intencionalidade da consciência para a Fenomenologia de Husserl é definida
em: toda a consciência é consciência pra um objeto e todo o objeto é objeto para
consciência. As coisas do mundo não existem sem uma correlação com o sujeito.

1.3. O que atitude natural? E atitude fenomenológica?


A atitude natural é a atitude de rotular, que surge tanto no senso comum quanto
no positivismo.
A atitude fenomenológica é a ideia de que não é possível ver algo que está oculto,
o que é do fenômeno se mostra, se apresenta, na experiência.

1.4. Em sua visão, quais as principais contribuições de Husserl para a Psicologia?


Acredito uma das principais contribuições da Fenomenologia de Husserl, seja a
superação da dicotomia sujeito-objeto. A Fenomenologia volta-se, então, para as coisas
mesmas, utilizando-se da suspensão para deixar de lado pré-compreensões e pré-
conceitos e entender o fenômeno tal qual ele se apresenta. Outra principal contribuição,
é a ideia de intencionalidade da consciência, onde toda a consciência é consciência para
um objeto e todo objeto é objeto para uma consciência. Nada existe sem correlação.

2. FENOMENOLOGIA COMO FUNDAMENTO DA CLÍNICA


2.1. O que significa, para a fenomenologia, adotar uma atitude ingênua diante
dos fenômenos?
Atitude ingênua é a atitude natural, que surge no senso comum e está relacionada
a hipótese.

2.2. Como em fenomenologia se dá a relação:


a) homem-mundo/corpo
Relação de consciência intencional, as coisas do mundo não existem sem uma
correlação com o sujeito. Corpo e mente como unidade.

b) homem-outros
A subjetividade não faz sentido, porque separe o eu do mundo. Em
Fenomenologia utiliza-se o termo intersubjetividade, porque abrange a relação entre
sujeito e sujeito e/ou sujeito e objeto. O sentido do outro sempre parte do sentido do eu,
por isso é necessário, primeiramente, dar sentido ao eu e ao próprio, para depois dar
sentido a outro.

c) homem-tempo
Tudo se apresenta no presente, ao contar sobre o passado eu o trago para o
presente, o mesmo acontece quando se trata do futuro.

3. A FENOMENOLOGIA HERMENÊUTICA DE MARTIN HEIDEGGER E


SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A PSICOLOGIA FENOMENOLÓGICA
3.1. Qual é a principal questão filosófica de Heidegger em Ser e Tempo (1927)?
É a Deseinsanálise, que foi desenvolvida a partir de filosofias fenomenológicas e
surge como estudo filosófico sem aplicação terapêutica. Para a Deseinsanálise a
existência se mostra a si mesma a partir de si mesma, fazendo com que assim seja vista,
ou seja, não posso compreender a existência humana com algo que se dá fora ou a priori,
mas somente como ela mesma.

3.2. Qual era o intuito de Heidegger ao elaborar uma ontologia fundamental?


A Ontologia Fundamental visa fundamentar todas as demais ontologias possíveis,
uma vez que estas se caracterizam por investigar modos de ser específicos. A meta geral
de Ser e tempo (1927) busca elaborar uma autêntica pergunta pelo sentido do Ser por
referência ao tempo como horizonte possível para o Seu entendimento.

3.3. Por que Heidegger desenvolve uma Analítica Existencial?


A Analítica Existencial de Heidegger orienta-se pela ideia de existência e é
desenvolvida com o intuito de questionar a tradição metafísica (ontológica) ocidental, se
utilizando do Dasein para nomear o modo de ser especificamente humano.

3.4. Como seria possível descrever o Dasein (ser-aí) de acordo com Heidegger?
Heidegger diz que a existência das coisas tem um Ser e um Ente, o Ser como o ser
que dá a vida, é mutável, e o Ente como matéria, o observável, palpável. O Dasein se
refere ao ente que nós mesmos somos e cujo ser é cada vez meu. Ser é sempre ser de um
entre e, portanto, só temos acesso ao ser a partir do ente. Ser e ente não são separados.

3.5. Por que o Dasein é ser-no-mundo-com-os-outros?


Porque o Dasein não é constituído apenas internamente, mas no mundo. Posso ser
o que quiser dentro de um mundo, Dasein é meu e também é mundo.

3.6. O que é o impessoal? Qual a função do impessoal na cotidianidade do


Dasein?
O impessoal apresenta-se como modo em que o Dasein encontra-se
imediatamente lançado. Vislumbrando o Dasein a partir do impessoal, somos levados a
debruçarmo-nos sobre o modo de ser da cotidianidade, onde o Dasein tece as suas
relações com os outros, com as coisas e consigo mesmo. O impessoal não é nada
determinado, mas o que todos são, embora não como soma, que prescreve o modo de ser
da cotidianidade.
3.7. Qual a diferença entre angústia e medo? Qual é o papel da angústia na
experiência do Dasein?
A diferença entre a angústia e o medo está no fato de que a angústia é mais ampla
que o medo. O medo é direcionado a um ente determinado da nossa existência, ao passo
que o objeto da angústia, ao qual ela se dirige, é "completamente indeterminado" O ser-
aí se angustia pelo simples estar no mundo, a existência enquanto tal é angustiante.
O porquê a angústia se angustia não é um modo determinado de ser e uma
possibilidade do ser-aí. A angústia se angustia pelo próprio ser-no-mundo, o mundo não
é mais capaz de oferecer alguma coisa nem sequer a co-presença dos outros. A angústia
retira, pois, do ser-aí a possibilidade de, na decadência, compreender a si mesmo a partir
do mundo e na interpretação pública.

3.8. O que Heidegger entende por preocupação?


Preocupação, a partir da compreensão de Heidegger, se refere ao ser-com-outros
em co-presença no mundo.

3.9. Como o Dasein impessoal aborda a morte? Para Heidegger, qual o papel da
morte no existir do Dasein?
A angústia desperta para a morte, enquanto dado temporal mais significativo da
existência, e revela a finitude da existência humana, o fato de que o homem tem um fim,
remete a um conceito fundamental de Heidegger, que é o ser-para-a-morte.
A morte constitui uma limitação da unidade originária do ser-aí, significa que a
transcendência humana, o poder-ser, contém uma possibilidade de não-ser. O 'fim' do ser-
no-mundo é a morte. Esse fim, que pertence ao poder-ser, isto é, à existência, limita e
determina a totalidade cada vez possível do Dasein.

Você também pode gostar