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Livro Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais

1. Questões Preliminares Básicas


Necessidade de disciplina
Falta de disciplina intelectual, ou seja, ausência de coerência entre os suportes
teóricos que orientam a área de pesquisa educacional e a prática social associada
Razões para falta de disciplina
Limitado desenvolvimento do espírito crítico limitaram a inovação
Dependência cultural que desenvolve a acomodação e o conservadorismo,
expressando falta de criatividade
A indisciplina impede-nos de distinguir a verdadeira natureza dos problemas!
Não sabemos reconhecer tipos de interrogativas que enfrentamos
É possível que consideremos problemas essenciais "simples" questões
secundárias e percarmos nossos esforços inutilmente, atacando assuntos
superficiais
A opacidade que levanta diante dos fenômenos sociais a ideologia dominante do
capitalismo periférico e dependente e que nos impede uma visão exata da
realidade social nos convida a apreciar, substancialmente, os problemas
secundários.
O trabalho disciplinado permite-nos "estar conscientes" das classes de problemas
que estamos enfrentando, se essenciais ou secundários
Bases Filosóficas
Se observamos o mundo, podemos descobrir que ele está constituído por fenômenos
e objetos
Natureza material
Fenômenos e objetos materiais: toda a realidade objetiva que fica fora de nossa
consciência (o rio, o morro, a terra, a cadeira, o lápis, a água, a chuva, etc.)
Natureza espiritual
Fenômenos espirituais: todos aqueles que se produzem em nossa consciência
(pensamentos, ideias, sentimentos, juízos, etc.)
Segundo Engels, "a grande questão fundamental de toda a filosofia é a da relação de
pensar e ser"
Nossa concepção de mundo, o conhecimento da realidade natural e social, do
homem, da vida, dos fenômenos e objetivos derivarão da busca de sua explicação e
compreensão, da resposta que dermos a "esta grande questão fundamental"
Idealismo Filosófico
Idealismo subjetivo
a única realidade é a consciência do sujeito, o "conjunto de suas sensações,
vivências, estados de ânimo e ações"
Idealismo objetivo
rejeita a ideia de que o primário seja a consciência individual humana
considera que a base primária da existência é a idéia suprema, a consciência
objetiva, o espírito absoluto.
Idealistas subjetivos e objetivos, resolvem o problema da prioridade, afirmando que
é o espírito, a ideia, o primeiro, e que o secundário é a matéria
Materialismo Filosófico
Os materialistas consideram a matéria o princípio primeiro e que o espírito, a idéia,
o aspecto secundário, suas concepções mudam de acordo com a evolução do
pensamento científico.
Materialismo ingênuo
é acrítico, carece de toda visão científica da realidade e esta apresenta-se fora
de sua consciência.
Sua percepção funde-se com o objeto que se percebe, isto é, ser e
pensamento são uma mesma coisa.
Para o materialismo ingênuo, a realidade objetiva é tal como percebemos.
A concepção materialista ingênua corresponde ao posicionamento do indivíduo
indisciplinado, comum, cujas interrogativas não ultrapassam as preocupações
da vida quotidiana.
Materialismo espontâneo
A presença da matéria é reconhecida implícita ou explicitamente.
Esta verdade, da qual estão convencidos os materialistas espontâneos pode
levá-los ao empirismo ou ao positivismo
Materialismo mecanicista
Ele reduz todos os fenômenos da natureza (biológicos, químicos, físicos, etc.) a
processos mecânicos.
Materialismo vulgar
Reconhece como princípio a matéria
Mas estabelece uma relação entre esta e o pensamento que choca as ideias,
que em seguida, teria o materialismo dialético.
Materialismo dialético
Apóia-se na ciência para configurar sua concepção do mundo.
Reconhece como essência do mundo a matéria que, de acordo com as leis do
movimento, se transforma, que a matéria é anterior à consciência e que a
realidade objetiva e suas leis são cognosciveis (compreensível).
Levanta como Critério da Verdade a Prática Social
Possibilidade do Conhecimento
Nossa consciência tem a capacidade de refletir de maneira adequada a realidade
objetiva?
Céticos
Ceticismo absoluto
negam qualquer possibilidade ao sujeito de aprender o objeto
Ceticismo relativo
Agnósticos, Positivistas, Fenomenalistas, Relativistas, Subjetivistas,
Pragmatismas
Dogmáticos
Dogmatismo assegura que o homem é capaz de conhecer o mundo em forma direta
e imediata, através dos meios racionais, supra-racionais ou empíricos
Dogmáticos ingênuos
Dogmáticos absolutos
Dogmáticos irracionais
O Materialismo Dialético rejeita a ideia que nega ao homem a capacidade de conhecer
o mundo
Mas está de acordo com os céticos relativos quando afirma que o conhecimento é
relativo em determinada época histórica e compartilha do ponto de vista dos
dogmáticos quando assegura que o homem é capaz de apreender a verdade
absoluta.
Mas esse processo de apreensão da verdade absoluta não é imediato,
instantâneo, e sim gradual
O pensamento avança no conhecimento do objeto
A verdade imperfeita hoje pode ser verdade absoluta amanhã
A busca científica transforma no mundo, a cada dia, dezenas de "coisas em si" em
coisa para nós
Critério da Verdade
Ligação entre matéria e consciência
Frioridade
Cognoscibilidade
Problema Gnosiológico
Verdade
Quando podemos dizer que o que consideramos conhecimento é verdadeiro?
Que é verdade?
Existe verdade absoluta?
Existe verdade relativa?
Pode-se falar de conhecimento objetivo ou subjetivo?
Pode-se falar de verdade abstrata ou concreta?
Critérios da Verdade
Autoridade
Não pode ser aceito
Evidência
Verdadeira ou Falsa
Utilidade
É satisfatório
Prática Social

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